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Entendendo - Tecnologia Shimano Synchro Shift Di2

Desde seu lançamento, os grupos eletrônicos da Shimano, batizados de Di2, sempre tiveram a capacidade de causar alvoroço no mercado. O primeiro a receber a tecnologia de trocas eletrônicas foi o Dura-Ace, topo de linha da marca quando falamos em ciclismo de estrada. O lançamento do Dura-Ace Di2 aconteceu em 2009 e, na época, parecia que a migração desta tecnologia para as trilhas se daria rapidamente. Porém, este desembarque aconteceu apenas em 2014 com a chegada do XTR Di2 - segundo a Shimano, o grupo que teve o maior tempo de desenvolvimento da história da marca.

Assim como aconteceu na estrada com a apresentação do Ultegra Di2, a Shimano também levou a tecnologia de trocas eletrônicas para o segundo nível de sua cadeia nas trilhas com a apresentação do XT Di2 M8050, grupo que chegou para tornar mais acessível o custo das trocas eletrônicas para atender uma fatia mais ampla do mercado.

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Além de obvias adaptações para suportar o ambiente hostil das trilhas, a Shimano investiu bastante tempo desenvolvendo novas funcionalidades para o XTR Di2 antes de seu lançamento. Certamente, uma das grandes mostras disso é o sistema Synchro Shift, presente tanto no XTR quanto no XT, que permite realizar trocas de marcha de uma forma mais simples e eficiente, tornando-se uma ferramenta bastante útil mesmo para atletas mais exigentes.

O que é o Synchro Shift?

A primeira coisa que devemos dizer é que o Synchro Shift não é um sistema de trocas automáticas. Isso significa que a bicicleta não vai mudar as marchas sozinha e sim somente quando o ciclista desejar. Com ele é possível utilizar um ou dois passadores. No primeiro caso, um sistema computadorizado realiza as trocas tanto do câmbio dianteiro, como do traseiro, possibilitando um uso mais inteligente de toda a relação, evitando cruzamentos e minimizando os buracos de cadência na relação.

O sistema Synchro Shift permite, por exemplo, utilizar duas ou três coroas com a mesma simplicidade de uma transmissão de uma coroa. Com isso, o atleta não perde as vantagens de ter um escalonamento com menos espaçamento entre as trocas nem a amplitude de marchas que só múltiplas coroas podem oferecer.


E-tube e Customização

Além de toda a tecnologia embarcada nos componentes, certamente outra grande estrela do Di2 é o aplicativo E-Tube. De atualizações no firmware a configuração do momento ideal de cada troca, este aplicativo permite customizar o sistema inteiro para satisfazer exatamente às necessidades do ciclista.

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Tela inicial


Outro detalhe interessante é que o E-Tube pode, de maneira simples, customizar os mapas de funcionamento do Synchro Shift. Com uma tabela, você escolhe o momento que deseja que o câmbio dianteiro realize a troca e, para facilitar, ela mostra de maneira gráfica qual a diferença de relação entre uma troca e outra.

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Customização dos mapas de troca de marcha


Além disso, como citado acima, é possível selecionar a função que você deseja para cada um dos 4 botoes dos trocadores. Para fazer isso, o E-Tube possui uma tela bastante simples que permite fazer esta seleção de maneira intuitiva. Com isso é possível utilizar só um trocador, o que abre espaço no guidão para alavancas de regulagem de suspensão e canotes retráteis.

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Tela de seleção de função de botões


S1, S2 e modo Manual

Utilize 1 ou 2 trocadores e mude a configuração para troca automática do cambio dianteiro
Em primeiro lugar, utilizar o sistema é bastante simples, basta acionar os botões de troca normalmente, como no sistema mecânico. Porém, o Synchro Shift oferece 2 opções de customização: o S1 (que utiliza até os pinhões maiores antes de trocar o câmbio dianteiro) e S2 (que troca o cambio dianteiro antes da corrente cruzar o meio do cassete), além do modo manual. No software do E-tube, o ciclista pode configurar a forma como serão efetuadas as trocas de marcha de seu Di2, inclusive configurando se fará trocas no trocador direito, no esquerdo, etc.

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Sistema conta com três modos de atuação


No caso de você ter o FD (Câmbio Dianteiro) em sua bicicleta, a customização que você programar no E-tube permitirá a você usar ou não o trocador dianteiro, por exemplo. Se você fizer a programação no E-tube para que as trocas no câmbio dianteiro sejam feitas automaticamente pelo sistema, você não precisará do trocador dianteiro! Essa é uma função que estabelece um grande diferencial para ciclistas que estão tentados a ter uma bicicleta sem câmbio dianteiro pela simplicidade que isso oferece, mas leva em consideração as inúmeras possibilidades e variáveis que um pedal de All Mountain, por exemplo, pode oferecer.

Vídeo explicativo



Conclusão

Além de realizar as trocas de marcha com perfeição milimétrica e nunca desregular, os grupos XT e XTR Di2 apresentam a grande vantagem de poder operar múltiplas coroas com apenas um trocador de forma sincronizada, otimizando o uso de energia e evitando desperdícios de potência com combinações de coroas e pinhões inadequadas.

Além disso, segundo relatos de ciclistas profissionais que utilizam a bike em provas de longa duração, não se preocupar com trocas e poder cambiar com um simples apertar de botão certamente são uma grande vantagem em momentos de esforço ou exaustão extrema.

Agora que o Di2 chegou ao primeiro grupo do Mountain Bike da História – o Deore XT, cada vez mais a transmissão eletrônica se torna mais acessível a todos!


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