O passaporte biológico é uma ferramenta que permite monitorar os valores de diversos marcadores fisiológicos dos atletas. Com ele, é possível punir por doping sem necessariamente flagrar substâncias ilícitas no corpo, bastando encontrar alguma alteração que fuja dos padrões de um ser humano. Hoje, o ciclismo é um dos raros esportes que aposta neste tecnologia para combater o doping e, ao que tudo indica, o sistema fez uma nova vítima: Sergio Henao, colombiano da Sky, está temporariamente suspenso por conta de alterações que ele deve explicar. 
Isso aconteceu porque a CADF (Fundação Anti Doping do Ciclismo), o braço de controle de dopagem da UCI, acaba de abrir um caso de alterações no passaporte biológico contra o atleta da SKY, o que resulta em um banimento temporário das corridas profissionais.
Agora, o colombiano tem até 20 dias para fornecer mais informações e explicar algumas suspeitas que foram levantadas sobre seu perfil sanguíneo no período entre Agosto de 2011 e Junho de 2015. Esta é a segunda vez em sua carreira que o atleta é suspenso pelo mesmo motivo, sendo que nada foi encontrado na primeira vez.
"Estou muito desapontado. Treinei duro para ficar em forma depois de lesionar meu joelho no ano passado, mas sei quem eu sou, sei do meu trabalho e de todos os sacrifícios que fiz para chegar onde estou", disse ele em um comunicado no site da SKY. "Estou calmo e confiante que poderei voltar a correr o quanto antes", completou.
No ano passado, o atleta Roman Kreuziger também foi suspenso durante 12 meses até conseguir explicar supostas alterações em seu passaporte biológico, sendo inclusive impedido de competir o Tour de France em 2014. Porém, depois de reter a carreira do atleta por este longo período, a UCI simplesmente desistiu do caso, afirmando que os valores fisiológicos de Kreuziger estavam dentro de um padrão normal para ele.
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