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Ciclistas austríacos são suspensos pela UCI por suspeitas de doping

Georg Preidler e Stefan Denifl são suspeitos de estarem envolvido em escândalo de doping com médico austríaco

A União Ciclística Internacional (UCI) suspendeu os ciclistas austríacos Georg Preidler (Groupama-FDJ) e Stefan Denifl. Os dois são suspeitos de estarem envolvidos em uma rede internacional de dopping sanguíneo investigados pela operação Aderlass . A UCI informou em nota que após revisão dos elementos, decidiu pela suspensão provisória dos dois atletas e que irá auxiliar a Organização Nacional Anti-Doping da Áustria na condução dos procedimentos.

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Os atletas foram suspensos após ações policiais no Mundial de Esqui Nórdico, na Áustria, e em um consultório médico na Alemanha. A polícia alemã encontrou cerca de 40 bolsas de sangue armazenados em uma garagem e prendeu o médico Mark Schmidt, acusado de prestar serviços de doping sanguíneo entre atletas de diversos esportes.

Denifl, que anteriormente corria pela Aqua Blue, teria confessado o doping depois de ser questionado pela polícia. Já Preidler, que abandonou sua equipe, afirmou ter retirado sangue em duas ocasiões mas nunca teria feito a auto-transfusão. "Eu confessei um doping. Tirei meu sangue mais não cheguei a colocar de volta. Mas o pensamento e a intensão fraudulenta já é crime", afirmou o atleta ao jornal austríaco Kronen Zeitung.

Cinco esquiadores também estão envolvidos no escândalo e foram suspensos pela Federação Internacional de Esqui. No mundo do ciclismo, o caso repercutiu muito mal, com diversos atletas posicionando-se em entrevistas e nas redes sociais.

"Eu teria defendido estes atletas na frente de outras pessoas. Jamais suspeitaria ou esperaria algo assim. Acho que fui muito ingênuo", afirmou Matthias Brändle. "Como atleta limpo, sinto-me traído", complementou o atleta que chegou a dividir quarto com os envolvidos no caso.

"Fiquei em choque quando vi", afirmou Thibaut Pinot, companheiro de equipe de Preidler. "Eu não esperava isso de maneira nenhuma vindo de um cara como ele. Foi até difícil derramar uma lágrima porque considerei traição. Não consigo digerir e ontem nem treinar eu fui. Essa manhã, quando sai para treinar, não conseguia pensar em outra coisa", complementou.

"Eu acho trágico que tão poucas pessoas possam causar tanto dano à imagem do esporte. Nos próximos dias certamente terenos novos nomes sendo revelados e mais detalhes chegando ao público, sendo que um é extremamente negativo: o Dr. Schmidt teve contato com muitos jovens atletas, tendo examinado e tratado vários deles. Agora todos eles ficam mal vistos mesmo sem ter feito nada", afirmou o velocista alemão Marcel Kittel.


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