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Coronavírus - Espanha e Itália proíbem bicicletas para reduzir sobrecarga em hospitais

Itália já havia proibido prática mesmo para recreação na semana passada

O colapso do sistema medico de países fortemente afetados pela pandemia de Coronavírus levou as autoridades da Itália e da Espanha a proibirem a prática, mesmo que recreacional, do ciclismo. Segundo a imprensa internacional, ciclistas que vivem na região de Girona, na Espanha, foram forçados a voltar para casa - o uso da bike só está autorizado para comprar comida ou medicamentos, com a multa por desobediência podendo chegar a 3 mil Euros.

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    Giro d'Italia / Divulgação

Atualmente, cerca de 100 ciclistas profissionais vivem na Espanha, especialmente nas regiões da Girona e na Catalunha. Diversas equipes também estão sediadas nas mesmas áreas. Segundo o periódico El Pais, além da multa, quem desobedecer as ordens de voltar para casa ainda pode sofrer a punição de um ano de prisão.

A quarentena na Espanha, em teoria, deveria durar por ao menos 15 dias, começando a contar à partir do dia 14 de março. Porém, o prazo pode ser estendido se as condições não melhorarem. As autoridades de Saúde da Espanha pediram para que ciclistas fiquem em casa, não só por conta do risco de contaminação, mas também para não sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde em caso de acidentes.

"Fique em casa e deixe a bike de lado. É primordial minimizar o impacto nos recursos dos serviços médicos que não sejam relacionados com o Coronavírus", explicou Carlos Mascias, diretor técnico de um hospital em Madri.

"Se um ciclista sofre um acidente e precisa de uma ambulância ou de cuidados intensivos, estamos tirando a vaga de alguém que realmente precisa, e elas estão chegando em massa aos Hospitais. Se algo acontecer com você, talvez você receba tratamento, mas você estará tirando o espaço de alguém. Mas, em 48 horas, se alguma coisa acontecer com você, talvez quem fique sem vaga na UTI seja você, que está andando de bicicleta", finalizou Mascias.

Atualmente, a Espanha tem 11 mil casos confirmados, com o número de mortes chegando em quase 500 pessoas. Já a Itália tem mais de 23 mil pessoas diagnosticadas com COVID-19, com o número de mortes já passando de 2.150.


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