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Entendendo Cambio e Passador de marcha da bicicleta

Confira as informações básicas sobre os controles das trocas de marcha da sua bike

O sistema de troca de marchas da bicicleta é composto por câmbios traseiros, câmbios dianteiros (opcional) e passador de marcha. Além de claro, a transmissão da bicicleta, com engrenagens especiais que facilitam as mudanças e serão tratadas em outro texto.

Os câmbios são responsáveis pelo movimento da corrente sobre as engrenagens (chamadas de cassete, na roda traseira) e coroas (na pedivela). A combinação entre as engrenagens do cassete e a coroa, é o que torna possível uma pedalada com mais giro e menos força ou o oposto. A eficiência de um sistema marcha esta na rapidez, suavidade e precisão com que as mudanças são feitas.

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Existem ainda os cubos de marcha interna, que tem um funcionamento diferente.

Passadores / Trocadores de Marcha

Existem quatro modelos principais de passadores de marcha, também chamados de trocadores: os Thumbshift, os Trigger Shifters, Twist Shifters e os trocadores de bicicletas de estrada, algumas vezes chamados de Shift-Brake, uma vez que combina a alavanca de mudança de marcha com a do freio.

A diferença entre os sistemas é o modo como os passadores estão dispostos no guidão, a posição junto à manopla e o modo como as trocas de marcha são efetuadas.

Tipos de passadores / trocadores de marcha de bicicleta
Tipos de passadores / trocadores de marcha de bicicleta

O passador para o câmbio traseiro fica do lado direito do guidãoe para o câmbio dianteiro do lado esquerdo. Apesar de terem o mesmo aspecto, cada lado tem o funcionamento interno diferente, já que o câmbio e número de marchas diferem.

Também são diferentes os passadores para diferentes quantidades de marchas, ou seja, existem passadores para 6, 7, 8, 9, 10, 11 e até 12 marchas, sendo os mais comuns indo de 9 a 11 velocidades tanto para speeds quanto para MTBs.

Thumb Shifter

O thumbshifter é um sistema já ultrapassado e encontrado somente em bikes de passeio mais antigas. É composto de uma alavanca que fica presa ao guidão virada pra cima e que o ciclista a gira com o polegar até efetuar a mudança para a próxima marcha.

Passador de marcha thumb shifter
Passador de marcha thumb shifter

É lento, fica em uma posição não muito confortável e mais difícil de regular, caindo, assim, em desuso no MTB. No ciclismo de estrada, todavia, muitas bicicletas de contra-relógio utilizam thumbshifters nas pontas dos clips. Com isso, é possível fazer alavancas de freio mais esguias, o que melhora a aerodinâmica da bike.

Twist Shifter

O Twist Shifter é um sistema composto por um "punho" giratório inserido no guidão, lembrando o acelerador de uma moto. Esse modelo ganhou popularidade entre competidores de mountain biking por ser um pouco mais leve e menos sujeito a quebras. A SRAM chama seu modelo de GripShift.


A mudança de marcha é feita girando este punho para frente e para trás. É o segundo sistema mais popular, tendo como vantagens o menor peso, a mudança rápida de marchas (pode-se girar da primeira até a última marcha facilmente) e é menos sujeito a quebrar no caso de uma queda, pois não possui alavancas.

Trigger shifter

O Trigger shifter, ou trocador de gatilho, é um sistema que consiste de duas alavancas de trocas, uma para aumentar e outra para diminuir a marcha. É chamado de RapidFire pela Shimano.


Com ele, o risco de passar marchas acidentalmente é menor. Ele também é ligeiramente mais pesado, porém é o mais popular, já que ele permite trocas simples e sem precisar mudar a mão de posição.

Trocadores de estrada

Para as estradeiras atuais, o sistema mais comum é o STI (Shimano), Ergopower (Campagnolo) ou Double Tap (SRAM).


Todos os sistemas contam com alavancas posicionadas junto das alavancas de freio. Com isso, o ciclista consegue trocar marchas e frear sem tirar a mão do lugar. Cada fabricante aposta em um tipo de acionamento.

Eletrônicos

Grandes fabricantes de bicicleta já contam com versões eletrônicas de seus trocadores, que realizam trocas de marcha com um simples apertar de botão. Os câmbios eletrônicos não são acionados por cabos de aço, e sim por impulsos elétricos. O câmbio eletrônico oferece vantagens e não é uma frescura.

Grupo eletrônico SRAM AXS
Grupo eletrônico SRAM AXS

Com eles, além das posições tradicionais para os simular as trocar de marcha de um trigger ou de um trocador de estrada, é possível espalhar botões de acionamento em outros locais da bike, como na parte de cima de um guidão de estrada.

Câmbios Traseiros

Os câmbios traseiros são também conhecidos por alguns como "macaquinho". Sua função é tensionar e alinhar a corrente para que se mova entre as engrenagens do cassete.

Câmbio traseiro
Câmbio traseiro

O que diferencia um bom câmbio de um ruim é a qualidade dos materiais e peso. Alguns tem peças de plástico, enquanto outros usam alumínio e até fibra de carbono.

Tamanho do braço

Outra diferença entre câmbios é o tamanho do braço. Existem os três tamanhos: short, medium e long cage. Cada um deles serve para diferentes tamanhos de coroas e cassetes.

Cage longo e Cage curto
Cage longo e Cage curto

Via de regra, quanto maior for a variação de tamanhos entre coroas e pinhões do cassette, maior será o cage do câmbio, já que ele deverá acomodar uma maior gama de dentes.

Câmbios Dianteiros

Os câmbios dianteiros possuem um mecanismo bem simples: uma haste de metal é movida para esquerda ou direito, empurrando a corrente entre as coroas da bike. A fixação do câmbio varia de acordo com o modelo da bike, mas nas mais simples ele é preso por uma abraçadeira ao tubo do selim.

Câmbio dianteiro
Câmbio dianteiro

As principais marcas no mountain biking, Shimano e SRAM, possuem padrões diferentes de passadores e câmbios. Esses sistemas não são intercambiáveis, portanto passador de uma marca só funciona com câmbio da mesma marca.

Também é importante dizer que não é possível misturar câmbios e trocadores com diferentes números de marcha.

Perguntas e Respostas - Câmbios e Passadores de Marcha

Qual a melhor marca de câmbios para bicicleta ?

Diferentes marcas tem diferentes tecnologias e qualidades, não existe hoje a melhor. As 3 mais populares são Shimano, SRAM e Campagnolo. Tão importante quanto a marca, é o modelo adequado para o seu uso.

Câmbio Shimano é bom ?

Sim! A Shimano sempre foi e ainda é uma referência de qualidade e seguiu por muitos anos sendo pioneira em novas tecnologias. Hoje em dia a SRAM é sua maior concorrente, muitas vezes lançando novas tecnologias primeiro.

Por que todos buscam bikes com câmbios Shimano ?

Além dos produtos serem excelentes, a Shimano é uma marca centenária. Por todos esses anos a marca fornece produtos para bicicletas não só de passeio, mas também para competições mundiais e olímpicas, reforçando seu compromisso de qualidade. Além disso, eles estão presentes no Brasil com garantia e assistência técnica.

Qual o melhor modelo de câmbio ?

O câmbio funciona dentro de um sistema que envolve a corrente, coroas, pedivalas e cubos. A função dele é apenas mover a corrente através das diferentes catracas. Trocar apenas o câmbio pode fazer pouco diferença ou mesmo gerar incompatibilidade com o resto do sistema. Nosso artigo Ententendo transmissão da bicicleta aprofunda nessa questão.

Qual tipo de passador é melhor, Gripshift ou Rapidfire ?

É uma questão de gosto. Os twist shifters (que a SRAM chama de Gripshift) pode tirar algumas gramas de peso e permite passar muitas marchas de uma vez. Porém, algumas pessoas preferem usar botões dos Trigger Shifters (que a Shimano chama de RapidFire), do que girar para troca de marchas.


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