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KMTB Series 2018 #1 - São Bento de Sapucaí - Relato e Reconhecimento

No último dia 22 de fevereiro, tivemos a oportunidade de participar do Press Day de reconhecimento de percurso da KMTB, prova que será realizada no dia 21 de abril na cidade paulistana de São Bento do Sapucaí, na belíssima região da Serra da Mantiqueira. O evento contou com a colaboração da Specialized e da Thule.


A Kailash Mountain Bike nasceu no ano passado na Serra do Itapeti, em Mogi das Cruzes - mesmo local que sediará a segunda prova no dia 19 de agosto. Agora a ideia da organização é aumentar o nível técnico do evento e melhorar ainda mais a estrutura oferecida. “Sempre tivemos como meta elevar o nível do mountain bike nacional com percursos que desafiassem o nível técnico e de resistência dos atletas,” explicou Tani Oreggia, sócio da XKR Outdoor Sports, organizadora do evento.

"Para a Specialized é muito bom ver novas provas e organizações no MTB Brasileiro, enxergamos a KMTB como grande parceiro, cheios de energia e profissionalismo, por isso é uma satisfação estarmos juntos nos eventos", comentou Marina Richwin, responsável pelo marketing da Specialzied Brasil.


O Percurso

A prova acontecerá na região da Serra da Mantiqueira e por isso conta com muitas subidas e descidas duras. Confira mais detalhes abaixo.

Parte 1 - Subidas - O pedal teve como ponto de partida a Pousada do Quilombo. Depois de alguns minutos pedalando em um trecho praticamente plano, entramos em uma duríssima sequencia de escaladas que nos levaram a uma altitude máxima de 1607 metros.

A primeira subida do dia foi feita em um estradão de terra com partes bem inclinadas, beirando os 30% mas sem desafios técnicos. Depois de sofrer bastante escalando sem muitas sombras, entramos em um trecho asfaltado que não fara parte da prova e seguimos rumo ao merecido ponto de abastecimento. Nesta parte, os competidores farão uma trilha que nós não conhecemos.

Depois de reabastecer o tanque com frutas, refrigerante e bastante água, entramos em mais um pequeno trecho de subida relativamente técnica que nos levou para um single com suaves subidas e descidas com pequenas cavas no chão. Agora, chegou a hora de descer tudo aquilo que havíamos subido.

Fim das subidas e abastecimento
Fim das subidas e abastecimento

Parte 2 - Descidas - A descida do topo da serra começou com um single bastante inclinado e escorregadio, com curvas fechadas e uma pastosa camada de lama e pedras lisas em alguns pontos. Depois deste trecho bastante técnico, entramos em uma estradinha um pouco mais larga repleta de erosões que cruzam a pista, forçando o ciclista a passar de um lado para o outro mais de uma vez - mais uma vez exigindo habilidade.

Por último, a estrada fica mais larga e entramos em um estradão de altíssima velocidade, com cobertura solta e muitos buracos. A descida têm várias curvas de diferentes raios e é preciso tomar bastante cuidado ao deixar a bike embalar, já que reduzir a velocidade é uma tarefa complicada neste terreno - principalmente de hardtail.

Nesta descida, atingimos a velocidades acima de 65kmh, isso porque fomos extremamente cautelosos. Descendo em velocidade, certamente é possível passar dos 70, 75km/h, mas o risco é elevadíssimo.

Durante o single e a estradinha com erosões, nós praticamente não tiramos a bunda de cima do pneu traseiro, com uma postura mais convencional sendo adotada apenas no trecho de estradão. Porém, do começo ao fim, os freios da bike foram extremamente exigidos - com direito a um forte cheiro de pastilhas queimadas exalando de praticamente todas as bicicletas.

Para se ter ideia da inclinação, basta dizer que, mesmo passando por trechos super inclinados, precisamos percorrer cerca de 10km para subir, mas a descida acabou em apenas 4km.

Parte 3 - Final - Depois de descer a serra, voltamos rumo à Pousada do Quilombo e antes de passar pela linha de chegada, passamos por uma pequena trilha onde predominou uma subida não muito inclinada, com diversos cotovelos com quase 180 graus em meio as arvores.

A cara de cansado denuncia a dureza do trajeto
A cara de cansado denuncia a dureza do trajeto

Dicas

Relação de marcha - As subidas são duríssimas e, durante as descidas, mal pudemos pedalar. Por isso, priorize marchas para escalada. No dia, estava com uma relação 30 / 11-42 e senti falta de marchas leves. Deu para zerar tudo, mas foi o tempo todo sem alivio. Resta saber se a falta de marchas pesadas pode prejudicar no trecho plano.

Verifique os freios - O freio da bike realmente sofre nesse percurso e certamente merece uma atenção super especial antes da prova. Pastilhas boas e um sistema sem vazamentos ou ar são fundamentais. Discos maiores também são bem-vindos.

Canote Dropper - Sim, é possível descer tudo de banco alto, mas certamente um canote dropper ajudaria bastante na descida. Lembre-se que ela é bem inclinada e não é nem um pouco difícil virar para frente, perincipalmente no trecho de single no topo do morro que tem curvas fechas e super inclinadas.

Confira o percurso - Nosso pedal percorreu cerca de 25 quilômetros com quase 1250 metros de escaladas, o que é apenas um trecho trecho do percurso da categoria Sport. No dia da prova, quem correr nesta categoria enfrentará 1531 metros de escalada ao longo de 33km. Vale lembrar que a competição ainda contará com a categoria Pro, com 55km e assustadores 2400m de ganho.

Outro detalhe é que nosso pedal começou no ponto onde será realizada a chegada da prova. A largada oficial, porém, acontecerá no centro da cidade.

Para mais informações, confira o site oficial do KMTB Series.

Detalhes do percurso e altimetria na galeria de fotos

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