A UCI uniu-se a WADA (Agência Mundial Anti Doping) para condenar os ataques do Fancy Bears, grupo de Hackers russos que vazou dados sigilosos de diversos atletas, dentre eles Chris Froome e Bradley Wiggins em represália ao escândalo de doping que tirou boa parte dos esportistas russos das olimpíadas. 
"A União Ciclística Internacional (UCI) condena em conjunto com a WADA e outras organizações anti-dopagem os ataques cibernéticos que vazaram informações pessoais. A UCI tem plena confiança que a WADA fará o que for possível para prevenir novos ataques", disse uma nota emitida pela entidade.
Segundo os dados vazados, tanto Froome quanto Wiggins utilizaram substâncias proibidas para o tratamento de asma e alergias durante competições, inclusive com a utilização de corticoides, substância que pode ser usada para reduzir o peso do ciclista.
Para fazer uso de substâncias controladas, o ciclista precisa de uma exceção para uso terapêutico (TUE). A última vez que Froome fez uso de tal recurso foi em 2014, sendo a última de Wiggins ainda em 2013.
Processo robusto?
Além de defender a WADA, a UCI ainda aformou no mesmo documento que o processo de obtenção da TUE é "robusto e seguro" graças ao trabalho em conjunto entre a TUEC (UCI TUE Committee), um comitê especializado no assunto composto por especialistas independentes e a CADF (Cycling Anti-Doping Foundation), órgão também independente que é responsável pelo controle de dopagem no esporte.
Em nota, a entidade explicou que uma TUE só pode ser concedida com a autorização de 3 membros da TUEC e que o nível de rigor vai além dos padrões aplicados internacionalmente. A UCI foi forçada a aprimorar o processo justamente em 2014, quando Froome foi autorizado a tomar corticoides orais durante o Tour de Romandie.
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