Recentemente, uma reportagem publicada no jornal Italiano Corriere della Sera em parceria com a televisão francesa State 2 afirma ter detectado motores escondidos em bicicletas durante a Strade Bianche e na Coppi e Bartali stage race, duas importantes provas do calendário. Depois do episódio, a UCI recebeu duras críticas por não utilizar a tecnologia como forma de detecção de fraudes eletrônicas.
Todavia, a UCI afirma que o método utilizado pela reportagem é pouco eficiente se comparado aos tablets que a entidade utiliza para tentar detectar motores escondidos. Segundo Brian Cookson, presidente da UCI, o sistema de câmeras térmicas só é eficaz durante ou logo após o uso do motor, e que ele ainda pode confundir a imagem com outras fontes de calor.
Segundo ele, o método de ressonância magnético desenvolvido pela UCI em parceria com uma empresa de tecnologia cria um campo eletromagnético que é capaz de perceber motores e baterias mesmo quando eles estão desligados, o que torna possível procurar evidências com as bicicletas ainda nos boxes.
Além disso, ele afirma que as assinaturas de calor encontrados pela reportagem poderiam ter sido causadas por atrito nos rolamentos quando falamos dos cubo e transferência de calor dos pneus no caso dos motores escondidos no seat tube. "Nos últimos dois anos fizemos um investimento considerável de recursos para descobrir um método de testar bicicletas para fraude mecânica que fosse flexível, confiável e simples de usar em campo. Consultamos muitos experts com uma vasta gama de experiências profissionais - universidades, engenheiros mecânicos, eletrônicos e de software - para trabalhar com a melhor tecnologia disponível", disse Cookson.
No Tour de Romandie, a UCI testou sem anúncio uma chacagem durante a etapa 3 da prova e não encontrou evidências de fraude tecnológica. Em apenas um dia, a entidade afirma ter testado 347 bicicletas das 20 equipes presentes na prova. Ao todo, a entidade afirma ter vistoriado 507 bikes nos 5 dias de competição.
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