Normalmente, existem poucas dúvidas sobre qual é o papel de Alejandro Valverde (Movistar) no Tour de France. Afinal, há três anos o espanhol serve como escudeiro de Nairo Quintana na tentativa da conquista da camisa amarela.
Porém, com o veterano voando no início do ano, fazendo uma temporada de clássicas recheada de vitórias e o desempenho abaixo do esperado de Quintana no Giro levantaram muitas questões sobre como a Movistar jogará com os atletas no Tour de France.
Todavia, em recente entrevista, Valverde reafirmou que, mais uma vez, será gregário do colombiano: "Meu objetivo é claro e já falei muitas vezes: ajudar Quintana e nada mais. Todos estaremos apoiando Nairo em 100%".
Mesmo assim, isso não quer dizer que Valverde vai "para a morte" para seu companheiro. Isso porque na estratégia da Movistar, ter dois atletas bem colocados na classificação geral pode ser uma carta na manga em momentos decisivos. Com isso, fica impossível prever até que ponto o time pretende sacrificar seu segundo atleta mais forte.
"Qualquer coisa que acontecer na estrada não pode ser planejado. Logicamente, não posso perder muito tempo por conta da estratégia do time. Acreditamos que minha posição pode ser taticamente importante. Se as coisas derem certo e nós dois ficarmos no topo, nossos rivais terão que dobrar o esforço, o que pode ser bom para o time", explicou o veterano.
Durante a entrevista, Valverde afirmou que Quintana está focado e bem preparado para a prova e que, assim como já foi dito antes, ele é capaz de andar melhor em sua segunda grande volta do ano.
Questionado sobre os favoritos, o espanhol explicou que todos parecem muito bem, com Richei Porte (BMC), parecendo um pouco melhor.
"Mas, é uma prova de 21 etapas. Qualquer coisa pode acontecer", finalizou.
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