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Teste - Sense Impact Race 2019

Testamos, desmontamos, pesamos e depois testamos um pouquinho mais a Impact Race, a nova topo de linha de alumínio da Sense

Lançada recentemente junto com a linha 2019 da Sense, a Impact Race é uma mountain bike indicada para a prática do cross-country. O modelo chega com duas características inéditas: seu quadro em alumínio SL 6061 T4-T6 de tripla espessura com uma nova geometria já com espaçamento boost e uma transmissão SRAM, marca que até então não fazia parte do catálogo da Sense.

Foto 69588
    Pedro Cury

No teste a seguir, você vai conhecer todos os detalhes da bicicleta que encontra-se no topo da linha de hardtails de alumínio do fabricante nacional - linha esta que ainda conta com outras seis bicicletas.

Ficha Técnica

Quadro: Alumínio Sense Sl 6061 T4-t6 Tripla Espessura / Tapered / Tecnologia Boost / Eixo E-thru 12x148mm / Cabeamento Interno / Sistema Post Mount
Suspensão: Rock Shox Judy Gold RL 29" 100mm, Boost 15x110mm com trava remota
Caixa de direção: Neco Integrado 1.1/8 - 1.1/5
Guidão: Sentec RS1 31.8 720mm, 9° Back Sweep
Avanço: Sentec RS1 31.8 90mm
Manoplas: Sentec com trava
Canote: Sentec Rs1 31.6 400mm
Selim: Selle Royal Sirio
Trocador: SRAM GX Eagle 12v
Freio Dianteiro: Shimano Deore M500
Freio Traseiro: Shimano Deore M500
Disco dianteiro: Shimano RT66 180mm
Disco traseiro: Shimano RT66 160mm
Câmbio: SRAM GC Eagle 1 X 12v
Movimento central: SRAM GXP
Pedivela: SRAM Style 6k Eagle Boost 170* S - 175mm M/l
Corrente: SRAM GX Eagle 12v
Cassete: SRAM X-Glide 10 X 50
Roda Dianteira: Sentec Race Boost 110, 25mm, raios Sapim Leader, Cubos Sentec XD A, Compatível Tubeless
Roda Traseira: Sentec Race Boost 148, 25mm De Largura, raios Sapim Leader, Cubos Sentec XD A Rolamentos, Compatível Tubeless
Pneus: Schwalbe Racing Ralph 29 X 2.25
Câmaras: Chaoyang
Preço sugerido: R$8.490,00

Impressões Iniciais


Apesar do visual com cores pouco gritantes, a Impact Race nos chamou a atenção logo de cara. Os grafismos são de muito bom gosto e passam uma sensação de agressividade sem exageros, no melhor estilo "sexy sem ser vulgar". Essa sensação é reforçada pela bela mesa semi-integrada e pelo badge em alumínio no head-tube cônico, detalhes que deixam a frente da bicicleta muito bonita.


Na parte central da bicicleta, o seat tube curvo - uma característica bem comum na linha de alumínio da Sense - reforça a sensação de velocidade. A bem da verdade, o único detalhe que não agradou visualmente foi a gancheira do câmbio com a rosca do eixo de 12mm integrada - por algum motivo, a peça destoa do restante da bike.

O cabeamento da bike é parcialmente interno, com o cabo do câmbio traseiro correndo por dentro do seat-tube e por baixo do chain-stay direito. A mangueira do freio do freio traseiro passa pelo lado de fora, sendo presa por suportes padrão com presilhas plásticas. O quadro ainda possui aberturas para a passagem de cabos para um eventual câmbio dianteiro.

Componentes

O grupo GX Eagle é o primeiro detalhe que se destaca na Race. Afinal, a coroa única e o grande cassete imediatamente dão um ar de "bike de pro" para qualquer bicicleta. Além dele, destaca-se a mesa semi integrada Sentec que conta com tampa e espaçadores diferenciados. Curiosamente, ela é montada sobre um adaptador que cobre a tampa original da caixa de direção - com isso, é possível trocar o componente por um convencional sem a necessidade de mudar a caixa.


Guidão, manoplas e canote também levam o logo Sentec, com a velocidade sendo controlada por um par de freios Deore M500. Os discos de 180 e 160mm são montados no padrão 6 parafusos em cubos Sentec Boost XD, que utilizam raios Sapin para sustentar os aros Sentec de 25mm de largura interna calçando pneus Schwalbe Racing Ralph 2.25. A suspensão dianteira é uma Rock Shox Judy Gold também no padrão Boost e com espiga cônica. O selim é um Selle Royal Sirio.

Pesos

A desmontagem, pesagem e remontagem da Impact Race foi realizada na H.Bike, oficina especializada localizada na Zona Sul de São Paulo.

Foto 69666

Totais

Total Divulgado: 11.60Kg
Total Aferido: 11.97Kg

Rodas
Dianteira montada sem disco e eixo: 920g
Traseira montada sem disco e eixo: 1.190Kg
Câmaras: 180g e 215g
Disco dianteiro: 140g
Disco traseiro: 115g
Eixo traseiro: 45g
Eixo dianteiro: 45g

Componentes
Canote: 325g
Quadro: 1.995Kg
Pneus: 630g e 615g
Suspensão: 1.985
Selim: 300g
Freio traseiro (sistema): 290g
Freio dianteiro (sistema): 275g
Mesa: 150g
Trava suspensão com cabo e conduíte: 70g
Guidão: 345g
Manopla (unidade): 30g

Transmissão
Cassete: 455g
Pedivela: 635g
Câmbio: 295g
Trocador com cabo: 135g
Conduíte câmbio: 50g
Central: 140g
Corrente: 250g

Geometria

O quadro da Impact Race é o primeiro da Sense a utilizar o padrão Boost. Mas, além de aumentar o espaçamento dos eixos, a Sense desenvolveu uma geometria completamente nova para o modelo. O ponto que chama a atenção é a caixa de direção com 68.5 graus de inclinação - um número relativamente relaxado para bicicletas de cross-country e que, em teoria, aumenta a capacidade da bike em enfrentar terrenos técnicos e inclinados.

Foto 69637

Atualmente, bicicletas de todas as modalidades do mountain biking estão ganhando comprimento na dianteira, recebendo centrais mais baixos e caixas de direção mais deitadas - a conhecida tendência "long, low, slack". Além disso, rabeiras super curtas e tubos de selim mais em pé também fazem parte deste conceito que a Sense seguiu em alguns pontos e em outros não.

Se comparado ao quadro anterior que equipava a Impact Evo 2018, a traseira perdeu 1mm de comprimento, com o Seat Tube saindo de 73 para 73.5 graus - diferenças muito pequenas para serem notadas. Outro valor que praticamente não sofreu alteração foi o alcance da bicicleta, que foi de 408mm para 410mm no tamanho M - a mesa utilizada ainda têm 90mm e o guidão tem 720mm. A versão L é basicamente igual, tendo 428mm de alcance e uma caixa proporcionalmente mais alta, na casa de 120mm contra 100mm da M - guarde estes números, eles serão importantes na análise da bike.

Com este pacote, a Sense conseguiu manter a agilidade da Race, que de quebra ganhou mais estabilidade em altas velocidades e em terrenos técnicos. Todavia, o fabricante nacional optou por manter o alcance curto se comparado à geometrias mais vanguardistas, algo que tem vantagens e desvantagens.

O Teste

Ao longo de dois meses, tivemos a oportunidade de pedalar a Impact Race em diversos tipos de terreno, passando por singles de alta velocidade, pistas de XCO com singles travados, trechos com descidas bem inclinadas, muitas erosões, subidas duras e também pelas infinitas pedras da Lapinha da Serra, município mineiro que sediou a apresentação da linha Sense 2019.

Foto 69607
    Thiago Lemos

No teste, também pedalamos a Race no tamanho M e L, o que foi um excelente complemento para a avaliação, ajudando a confirmar ou refutar algumas teorias que tínhamos sobre o comportamento da bike.

Descendo

Ladeira abaixo, a Race apresenta um comportamento bem condizente com sua geometria. Em nosso primeiro contato com a bike, ainda na Lapinha da Serra, o modelo mostrou uma ótima precisão e nos passou bastante confiança sobre um terreno extremamente pedregoso. Na ocasião, andamos primeiro com bike no tamanho M e depois no tamanho L.

Foto 69611
    Thiago Lemos

Em sua versão menor, a Race mostrou boa disposição nas descidas, mas o pouco alcance da bike ficou evidente em algumas situações como descidas mais inclinadas. Na versão grande, por outro lado, nosso piloto de 1.75m sentiu-se muito mais confortável, com a frente mais alta e o maior alcance permitindo atacar o terreno com mais confiança.

Também andamos com a bike no tamanho M na Copa Internacional de MTB em São Paulo e durante o restante do teste, o que reforçou ainda mais nossa impressão inicial. Nas travadas trilhas do Jardim Botânico da CIMTB e do Cemucam, por exemplo, o modelo mostrou a agilidade esperada de uma bike de XC, permitindo atacar o terreno com desenvoltura para ganhar bastante tempo descendo.

Já em singles lisos, de alta velocidade e que exigem rápidas mudanças de direção, a agilidade e a precisão da bike novamente impressionaram. Nesta situação, o entre-eixos relativamente curto permitiu mudanças telepáticas de direção, com a caixa mais deitada passando a sensação de que a bike está "surfando" o terreno, com o guidão querendo virar cada vez mais conforme vamos deitando a bike. Os aros mais largos certamente tem um papel fundamental nas mudanças bruscas de linha. Em descidas de alta velocidade em estradão, a Race não mostrou nenhum comportamento adverso, apresentando características neutras ao realizar curvas de raio longo.

Foto 69608
    Thiago Lemos

Porém, quando o terreno torna-se muito inclinado e esburacado, o cockpit compacto mostra algumas limitações. Apesar de ser capaz de encarar descidas mais íngremes, a confiança de se jogar em um drop deve vir do piloto, já que a frente curta e a mesa de 90mm acabam aumentando aquela sensação de capotamento para frente - algo que acontece menos com bicicletas com a frente longa que colocam o peso do piloto mais centralizado entre os eixos como.

Em trechos de descidas com muitas erosões e inclinação mediana como a trilha da Taturana, na Serra do Japi, esta característica também acaba aparecendo. Nesta situação, as boas respostas da caixa estimulam você a acelerar. Porém, em caso de erros, você não vai contar com a "calmaria" e a dose extra de confiança proporcionada por geometrias mais alongadas e o espaço para movimentar o corpo oferecido por elas.

No geral, sentimos que a bike desce melhor do que uma XCzeira tradicional, mas realmente alguns centímetros a mais de alcance fazem falta - tanto é que, na versão L, a Race mostrou-se mais lisa e previsível, com um prejuízo minimo na agilidade.

Subindo

A Sense Impact Race sobe como uma típica XCzeira, talvez com as respostas um pouco mais lentas graças a caixa mais relaxada - nada que comprometa o desempenho. Durante nossos testes, conseguimos encarar subidas bastante técnicas com os dois tamanhos da bike. Na Lapinha da Serra, encaixar a bike em passagens de pedra bem estreitas e que exigiram bastante precisão foi uma experiência bem prazerosa.

Foto 69605
    Thiago Lemos

O quadro passa uma boa sensação de rigidez, com a relação feita entre a coroa de 32 dentes e o cassete 10/50 mostrando uma boa amplitude de marcha e capacidade de encarar inclinações elevadas sem que o giro caia demais. Ajudando no quesito "inclinações elevadas", não podemos deixar de destacar a tração positiva dos Racing Ralph 2.25.

Com 11,9kg, a bike não é super leve, mas o peso não chega a assustar. Além disso, como era de se esperar, a trava da Rock Shox apresentou um excelente funcionamento, bloqueando completamente os movimentos da suspensão com uma alavanca de funcionamento bastante macio.

A tendência de empinar não é muito grande e, no nosso caso, a bike no M ficou com a frente mais leve, facilitando posicionar a roda sobre obstáculos na subida - algo que realmente ajudou a passar por um trecho do circuito da CIMTB que exigia transpor dois troncos molhados ladeira acima. Já a bike L nos pareceu mais plantada no chão, subindo com calma, tranquilidade e sem exibir quase nenhuma tendência de empinar.

Pedais Longos

Se nós fossemos apostar, dirianos que a Race é uma bike mais indicada para o XCO do que para o XCM. Isso porque a frente baixa deposita bastante peso nos braços do ciclista, exigindo mais do condicionamento do atleta. Tanto é que acabamos utilizando a Race com um espaçador por baixo da mesa - configuração raramente preferida por nosso piloto.

No mais, o quadro possui dois suportes de garrafinha de fácil acesso, com os impactos sendo bem absorvidos pelos pneus 2.25 e pela excelente Rock Shox Judy Gold, que mostrou um funcionamento bastante ativo e suave durante todo o teste. Mais um vez, a escolha de selim feita pela Sense agradou, com o Selle Royal Sirio proporcionando boas horas de pedal sem grandes desconfortos.

Suspensão

Com hastes de 30mm, espaçamento boost, 100mm de curso, regulagem de retorno e trava remota, a Rock Shox Judy Gold é um dos pontos mais positivos da Race. O modelo possui uma leitura de terreno excelente, com o curso sendo utilizado mesmo sobre as menores ondulações. Além disso, diferente de sua prima mais simples, a Rock Shox 30, o modelo possui um suporte de meio de curso melhor - isso quer dizer que ela não afunda a toa quando o terreno fica mais inclinado.

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    Thiago Lemos

Durante os pedais "normais", utilizamos cerca de 25% de SAG, configuração que mostrou-se bastante macia e confortável e, mesmo utilizando todo o curso, felizmente não sentimos sinais de pancadas secas. Com esta configuração, só sentimos necessidade de aumentar a pressão em terrenos super agressivos e inclinados - mesmo assim, a leitura de terreno continuou bastante positiva.

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    Thiago Lemos

A trava tem acionamento suave e agradou bastante, assim como a prática regulagem de retorno. Com apenas 5 cliques, o sistema Motion Control pode não oferecer uma regulagem super precisa para os mais "nerds", mas certamente vai satisfazer uma grande parcela dos ciclistas pela simplicidade e rapidez em encontrar um ajuste funcional. O detalhe negativo fica por conta do eixo dianteiro sem blocagem. Embora este sistema seja mais leve, muitos preferem a simplicidade de uma alavanca para colocar a bike no carro ou reparar um furo na trilha - questão de gosto pessoal.

Freios

Sem puxa-saquismos, tem como não gostar dos freios hidráulicos da Shimano? Mais uma vez, ficamos positivamente impressionados com a eficiência e com a qualidade do sistema, com o Deore M500 realizando um ótimo trabalho na hora de reduzir a velocidade ou parar a bicicleta.

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    Thiago Lemos

Equipado com disco de 180mm na frente e 160mm na traseira, o sistema mostrou potência o suficiente mesmo em terrenos íngremes, com bloqueio da roda traseira sendo facilmente controlado para evitar derrapagens desnecessárias. Assim como outros freios da Shimano com Servo Wave, o engate das sapatas é super rápido, exigindo uma recalibração dos dedos para evitar travamentos - uma adaptação motora que acontece rapidamente.

Os manetes de um dedo possuem regulagem de alcance com ferramenta e, a bem da verdade, o único ponto negativo não é culpa do freio em si - estamos falando da obvia incompatibilidade com os trocadores SRAM. Sim, é possível encontrar uma boa posição de uso, mas claramente uma peça não foi feia para encaixar na outra.

Transmissão

A Sense acertou em cheio ao apostar na transmissão GX Eagle 1x12 da SRAM para a Impact Race. A bike testada veio com uma coroa de 32 dentes e com cassete 10/50, configuração que satisfaz na grande maioria das ocasiões. Durante o teste, não tivemos problema de regulagem e, depois de desmontar e remontar a bike, o sistema foi reajustado em um piscar de olhos.


A retenção da corrente é muito boa, com as pancadas no chain-stay sendo bastante reduzidas. O modelo já veio equipado com as novas roldanas que, em teoria, selecionaram o problema de queda de corrente e danos ao cage relatado por alguns usuários do Eagle GX.

No geral, achamos que o grupo de transmissão combina perfeitamente com a proposta da bike. Trata-se de um pacote com bom custo-benefício com desempenho semelhante ao de componentes mais caros - basicamente um resumo da Impact Race.

Rodas e pneus

O uso de aros com 25mm de largura interna e pneus de 2.25 certamente foi mais um acerto da Sense, já que esta configuração diminui a distorção dos pneus, permitindo uma tocada muito mais direta e precisa mesmo com pressões reduzidas. No geral, conseguimos baixar a calibragem até a casa das 23 libras no pneu dianteiro antes de começar a sentir o conjunto dobrando em demasia.


A tração dos Schwalbe Racing Ralph Addix também mostrou-se positiva, com os blocos centrais proporcionando uma boa "pegada" nas subidas técnicas e frenagens. A transição entre o centro da banda e os cravos laterias é suave, permitindo encontrar os cravos laterias sem sustos. A rolagem também agradou, mesmo que este quesito seja de difícil avaliação.

A tração eficiente é proporcionada pelo desenho da banda de rodagem e também pelo composto aparentemente macio. A combinação resulta em um desempenho que agrada, mas o pneu traseiro já apresentava alguns sinais de desgaste no fim do teste.

Com 2.110Kg o par, certamente as rodas não são super leves, mas felizmente elas aguentaram bem o teste. Os cubos com a marca Sentec também não apresentaram problemas. No geral, trata-se de uma imensa evolução quando comparadas aos aros de 17mm e 19mm que equipavam as bicicletas anteriores da Sense.

Pros

-Suspensão dianteira
-Aros de 25mm
-Geometria mais capaz

Contras

-Poderia ser mais longa

Conclusão

Quando comparada com as versões anteriores da Impact, a Race certamente é uma evolução em todos os sentidos. A geometria da bike agradou, mostrando-se mais acertada e capaz do que as XCzeiras mais tradicionais. Todavia, acreditamos que um alcance um pouco maior e uma mesa um pouco mais curta deixariam a bike ainda melhor - algo que foi reforçado pelo uso da bike no tamanho L.

Foto 69612
    Thiago Lemos

Por isso, pense na Race como aquela roupa de marca que tem um caimento um pouco mais apertado. Se ficar na dúvida entre um quadro maior ou um menor, parta para o maior sem pensar duas vezes se seu objetivo for encarar terrenos mais técnicos. Se sua pegada for a agilidade extrema, opte pelo menor.

Piloto: Gustavo Figueiredo - Strava
Altura: 1.75m
Peso: 66kg

Para mais informações, acesse a página da Impact Race no site oficial da Sense Bike.

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