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Taça Brasil de MTB 2013 - Evento de padrão internacional

Antidoping, pontos para UCI e pista técnica foram destaques

A cidade de Rio das Ostras (RJ), foi novamente palco da Taça Brasil de Mountain Bike. O evento foi um dos mais importantes do país e contou com aproximadamente 250 atletas.

A organização do evento mostrou muito profissionalismo e cuidado com todos os detalhes, trazendo características e benefícios dificilmente vistos em outras provas nacionais.

Antidoping

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A iniciativa de ter antidoping foi muito elogiada pelos atletas. Apesar de ser uma prova que vale pontos pro ranking da UCI, não existe obrigatoriedade do antidoping, mas aplicá-lo dá uma maior credibilidade ao evento e faz com que ele seja melhor visto pelos atletas e pela própria UCI. A escolha é feita da seguinte forma: os campeões das categorias elite masculina, elite feminina, sub-23 masculina e sub-23 feminina são obrigados a se apresentar. Além dos vencedores, são sorteados mais 2 de cada uma dessas categorias, somando 12 atletas. Após a prova eles precisam comparecer na sala reservada para o exame. Quem for convocado e não comparecer é colocado como resultado positivo para doping e desclassificado, podendo ficar suspenso por até 2 anos.

O comissário antidoping, Marcelo Muñoz, veio do Chile exclusivamente para o evento.

Cronometragem

O nível da cronometragem também foi internacional. Além de Artur Castro da Fecierj, esse evento contou com o mesmo equipamento usado na última edição da Vuelta de España. O espanhol André Alanon Vazquez veio também para o evento, garantido excelência na cronometragem.

Equipe e sinalização

Os números de profissionais envolvidos na organização foi grande: 9 socorristas especializados, 2 ambulâncias com médicos, 25 guardas municipais, 22 funcionários da secretaria de esporte e 12 comissários da federação.

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Foram seguidas à risca as recomendações da UCI para sinalização, tanto para atletas quanto para o público. Algumas placas mostravam as mensagens:"Não jogue lixo no chão", "Limite para descarte de hidratação", "Descida perigosa", "Atenção, passagem de atletas", etc.

UCI e comissarios internacionais

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Michael Donovan, Eduardo Almeida e o tradutor Chen

O comissãrio canadense Michael Donovan foi o representante UCI internacional responsável por fiscalizar o evento. O profissional costuma estar bem atualizado com o esporte é exigente, mas teve um ótimo relacionamento com todos os envolvidos.

A prova fez parte da classe C2 (antes chamada de E2) da UCI e segundo Michael, o local e organização tem potencial para sediar uma etapa C1 e até mesmo uma Copa do Mundo, caso seja feito um planejamento para cumprir todas as exigências futuras. Realmente uma excelente notícia para o esporte.

Ações social

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Três ações sociais fizeram parte do evento. O projeto ambiental teve como objetivo catalogar espécies da fauna e flora existentes ao redor da pista, para melhor informar o úblico e os atletas. Outro projeto envolveu as crianças da região, que nunca tiveram contato com o mountain bike. Algumas aulas foram dadas para as crianças falando da importância do esporte e ensinando o que é o mountain biking. Para completar, outro projeto foi a integração entre profissionais e amadores durante o treino premiado, no final de semana anterior ao evento. Essa integração é importante para motivar tanto quem já compete de forma amadora quanto quem está conhecendo ainda o esporte.

Show

Para animar ainda mais todos os presentes, a banda Live fez uma apresentação no sábado a noite. No domingo foi a fez da banda Tio Juka, que animou não só o pós evento, mas também a largada.

A pista

https://www.pedal.com.br/taca-brasil-de-mtb-2013-conheca-a-pista_texto6938.htmlfalamos da pista anteriormente, mas vendo pessoalmente dá para entender o porque de tantos comentários. Definitivamente, a pista não é para iniciantes. Alternando partes largas abertas, com single-tracks em mata fechada, os obstáculos naturais incluem subidas e descidas íngremes, passagens estreitas por árvores (onde é preciso tomar cuidado para não bater o guidon), algumas curvas em off-camber e algumas raízes.

Só o traçado natural, já tornaria a pista desafiadora. Mas para completar, foram construídos obstáculos artificiais para dificultar a vida dos pilotos. Dois trechos de pedras (rock garden) eram o que mais assustavam, especialmente um deles que era antecedido por uma descida bem inclinada. Um salto (estilo drop-off) de aproximadamente 1 metro de altura também foi construído em uma leve descida, mas que não apresentava muitos problemas. Já um pequeno gap, sem caminho alternativo, de menos de um metro assustou muitos pilotos - diferente de um salto tradicional, um gap é um buraco que se não for ultrapassado com velocidade, pode gerar um impacto muito forte suficiente para empenar a roda traseira.

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Para completar, um dos trechos mais divertidos era uma sequência de três wallrides - curvas de madeira em relevê. Esse obstáculo na verdade é um grande auxílio para que os pilotos façam curva em altas velocidades, mas assusta os menos experientes.

É até difícil imaginar que um circuito com essas características se encontra numa região de praias. Com tanto trabalho e dedicação na construção, a pista foi classificada pelo comissário internacional da UCI como classe E2.

Veja o que alguns pilotos falaram sobre a pista

Rubinho - Campeão elite masculina - "Só tem elogios a fazer da pista. É uma das pistas mais técnicas que temos no país e muita divertida de competir. Gostei principalmente dos trechos de mata fechada, dos wall rides e dos rock garden, trazendo emoção para o público que compareceu. Como sempre, foi uma prova dura, pois o nível dos atletas é cada vez mais alto".

Raiza Goulão - 2a posição elite feminina - "Considero uma pista muito boa, onde exige muita técnica e habilidades dos atletas, na qual se destaca o atleta que tem força e técnica. Adorei a pista e colocaria como umas das melhores do Brasil com todas as letras".

Renê Silva - Campeão juvenil - "Nós temos muitas pistas no Brasil do mesmo nível que esta. Mas gostei pela variação ao longo do percurso. Realmente estava muito top, digno de UCI".

Conclusão

Rio das Ostras tem pretensões de ser uma zona de aclimatação para o mountain biking nas Olimpíadas de 2016 e pelo visto está no caminho certo. Foram seguidas as reocmendações da UCI e nem mesmo a chuva que castigou a região durante todo o sábado trouxe transtornos no dia da prova, mostrando que a equipe está preparada. Estamos torcendo para que outras provas no Brasil sigam o mesmo caminho para que possamos elevar cada vez mais o nível do esporte.

Patrocínios e apoios

Realização
BikeRO, Tayra Eco-Parque, Prefeitura Rio das Ostras

Supervisão
Fecierj, Confederação Brasileira de Ciclismo, UCI

Institucional
Rio das Ostras Convention Bureau, Rio Estado da Bicicleta, Rio das Ostras Cidade Bike

Patrocínio
Vzan, Am Pm, Amazonas Bike, Governo do Rio de Janeiro Secretaria de Esporte e Lazer

Apoio Especial
Ashima, XFusion, MOB

Apoio
UP!GYM, Supermercado Salvador, AMANORTEBG Associação Mar do Norte Balneário das Garças, Empório Mineiro, Ponto Tropical, PRM Transporte Executivo, Systema R.O. , Praia Bike, O'born

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