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Rival AXS - Grupo eletrônico chega como versão mais econômica para estrada

SRAM Rival AXS chega como um grupo todo novo, eletrônico e sem fio

Já são 6 anos desde que a SRAM adotou transmissões eletrônicas sem fio, o primeiro foi o Red eTap, versão sem fios (ou cabos) da transmissão topo de gama para bikes de estrada ainda com cassetes de 11 marchas.

Anos depois aportaram também evoluções do sistema eTap passando a se chamar AXS com várias atualizações na eletrônica que abriram a porta para a popularização da tecnologia não só nos pelotões da World Tour, mas também nas bikes de MTB com o lançamento da família Eagle AXS.

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Dessa vez o lançamento segue a mesma linha que abordamos a alguns dias com o SRAM GX Eagle AXS, trazendo a tecnologias dos irmãos maiores para versões mais econômicas. Entenda econômicas = mais baratas, pois em nada deixam a desejar frente aos irmãos Red AXS e Force AXS.

Cassetes Rival AXS

Agora configurado para rodar com cassetes de 12 marchas o Rival AXS apresenta duas opções de cassetes estampados com relações 10-30 e 10-36, e sim, como os irmãos maiores, para rodar com esses cassetes o seu freehub deverá ser um XDR (semelhante o XD do MTB). Esses cassetes, mesmo sendo feitos em aço estampado, agregam características dos cassetes mais caros da linha, como a montagem em bloco e o perfil dos dentes, porém a um custo muito menor na aquisição e reposição. Ainda é possível usar as demais opções da família AXS como o RED 11-28 ou o Force 10-33.

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Pedivelas Rival AXS

Os pedivelas da nova linha trazem uma feliz surpresa, a possibilidade de uso de um medidor de potência que pesa meras 45 gramas e custa 249 dólares (nos EUA), com leitura apenas na perna esquerda o sistema pode ser adquirido separadamente para uso em todas as versões do Rival AXS.

Falando em versões de pedivelas, a SRAM oferece 4 opções, 48/35d, 46/33d, 43/30d e uma versão para usar no sistema 1X (leia-se one by) com uma única coroa podendo vir com 38 até 46 dentes.

Para os grupos 2x a SRAM trabalha com a filosofia X-Range onde o cassetes com o menor cog de 10 dentes possibilita pedivelas com coroas menores sem perda de performance, mas com interessante economia de peso e melhor ergonomia.

As coroas menores além de se manterem mais distantes do solo, o que ajuda muito no uso em gravel bikes, também possibilitou a construção de câmbio dianteiros dentro de um projeto novo, com o estabelecimento da diferença de apenas 13 dentes entre a coroa maior e a menor, só possível por conta do cog de 10 dentes no cassete.

Assim, a SRAM pode desenvolver seus câmbios que se deslocam de forma pivotal, saindo do caminho da corrente, reduzindo ruídos. São 2 modelos de arquitetura muito semelhante um para bikes de estrada e outro wide, mais largo para bikes de gravel que comportam pneus maiores e usam uma chainline (alinhamento da corrente com o pedivela) distinto.

Compatibilidade

O Rival AXS também adota a mesma filosofia de compartilhamento de peças do restante da família AXS, seja em sua construção usando os mesmos motores, transmissores e App, apenas ajustando o projeto e trocando materiais em prol da redução de custo. Mas também por possibilitar o uso de peças de outros grupos como cassetes, freio e manetes e até os câmbios.

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Freios Rival AXS

Usando esse compartilhamento os manetes de freio e controles usam a mesma arquitetura base dos Force e Red, mas ficaram mais finos e compactos na pegada, possibilitando mais conforto para quem tem mãos menores, as alavancas de freio também receberam novo formato, e são reguláveis em altura para ajustar ainda melhor a diferentes mãos.

Nesse ponto observamos 2 pequenas perdas em relação aos irmãos maiores, saem de cena o regulador de mordida do freio, que ajustava pelo mante a distancia da pastilha ao disco. Também se perdeu na versão do Rival a compatibilidade com os acionadores auxiliares dos câmbios, muito usados nas bikes de triathlon o botões para acionar o câmbio sem tirar as mãos do drop.

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Os freios em si também usam da mesma arquitetura da família AXS, sendo a única diferença nas pinças. Nesse caso, falta o Bleedig Edge, engate rápido para sangria presente nos irmãos maiores, mas nada que denigra o já consagrado sistema, visto que todas as demais marcas de freios usando sistemas semelhantes ou mais complexos que o do Rival.

Mais uma vez, a furações dos freios são exclusivamente Flatmount, que é a montagem que se tornou padrão em bikes de estrada e gravel, não se tornando um problema ao que se propõe.
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Câmbios Rival AXS

Outra peça que sofreu leve mudança perante os irmãos maiores foi o câmbio traseiro, além de trocar as partes de carbono por alumínio a SRAM também trocou o sistema de “clutch” hidráulico dos irmãos maiores pelo mesmo sistema usado em câmbios de MTB.

Dessa forma, podemos esperar uma retenção de corrente tão boa quanto. O câmbio traseiro foi projetado para rodar com cassetes de 10-28 até 10-36, montados com pedivelas 2x (duplos) ou 1x (coroa única).

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Isso significa que para rodar com os cassetes de MTB Eagle você deverá usar um câmbio traseiro de MTB Eagle também, além de uma corrente de MTB Eagle.
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Corrente Rival AXS

A corrente do novo Rival AXS também usa grande parte das tecnologias das irmãs maiores, com a mesma arquitetura Flattop e os tratamentos dos pinos e roletes. Porém o tratamento não é feito no mesmo nível aos elos, baixando o custo e não impactante tanto assim na durabilidade.

O pinos sólidos da corrente Rival são os responsáveis pela diferença mais notável em peso, mas como os componentes são todos intercambiáveis, nada impede a substituição por uma corrente Force aumentando a durabilidade e reduzindo o peso.

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Tecnologia X-Range

A SRAM promete entregar uma gama ainda maior de marchas com um sistema mais simples, a X-Range, como eles intitulam a tecnologia é baseada em cogs menores e pedivelas menores que acabam por manter e até superar o range de outras transmissões.

Por exemplo, na montagem voltada mais a estradeiros que buscam velocidade (pedivela com coroas 48 / 35d com cassete 10-36d o range é de 494% (proporção 4.8 – 0.97) chagando a 516% no grupo voltado ao pessoal do gravel com relação 43/30d e cassete 10-36%. Para quem busca ainda mais é possível chegar a 520% usando o sistema 1x com uma única coroa e cassete e câmbio Eagle AXS emprestados lá do Mountain Bike, algo que tem sido bem comum em bikes gravel ultimamente.

Tecnologia Wide

Com o crescimento do mundo gravel a SRAM foi atrás de alternativas, uma fácil e já bem empregada pela indústria são as transmissões de um coroa com cassetes de MTB . Mas a SRAM foi além e trouxe o câmbio dianteiro wide e o pedivela com eixo (spindle) wide, assim é possível usar quadros modernos pensados em pneus bem mais gordos, até 45mm em vários casos, mantendo uma linha de corrente excelente.

Disponibilidade

A Proparts já tem os pedidos na SRAM feitos e promete para julho a chegada dos grupos completos e componentes para montagem. Mas para os mais apressadinhos, alguns fabricantes já tem alguma bikes a caminho montadas de fábrica com o novo Rival AXS a exemplo da Trek com as variantes SLR 6 e SL 6 das famosas Domane, Madone e Emonda e a Specialized com a Tarmac Comp SL7 e a nova Aeathos Comp, apenas a citar marcas com distribuição no Brasil.

Preços

Será mais econômico comprar uma bike completa, mas para quem quer fazer um upgrade em sua road bike e eletrificar sua transmissão, a Proports espera oferecer o grupo completo (sem cubos e discos, por algo na casa de R$ 14.990,00 em julho de 2021.


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