O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), apresentou na última quinta-feira, 9, o Plano de Expansão Cicloviária, entitulado CicloRio. O objetivo é estimular cada vez mais o uso da bicicleta como modo de transporte, interligar toda a cidade e facilitar a conexão aos centros de bairros, a grandes equipamentos urbanos e, sobretudo, à rede de transportes de média e alta capacidade. O projeto pretende estender a malha cicloviária da cidade em 600km, marca 150% do que a existente. Somadas aos 400 km de ciclovias já em operação, serão mil quilômetros de faixas destinadas às bicicletas até 2033. O objetivo é transformar o Rio na “capital da mobilidade urbana saudável e sustentável”.
O projeto contempla a criação de corredores que integrem as bikes aos transportes de alta e média capacidade, como trens, barcas, metrô, BRT e VLT. Além disso, a proposta é também criar mais segurança em rotas comerciais em grandes logradouros para atender à demanda dos entregadores. O plano também prevê a recuperação dos mais de 400 km de ciclovias já existentes, assim como a melhora da sinalização e mais segurança.
Na Zona Oeste, vemos muitas pessoas usando bicicletas nas estações do BRT Transoeste. Nas novas estações, sejam as que estamos construindo ou reformando, teremos bicicletários. Isso vai permitir que a pessoa utilize a bicicleta e pegue o BRT. Também trouxemos de volta o trabalho de manutenção das ciclovias, várias estão sendo recuperadas. O uso das bicicletas, além do impacto no trânsito, traz saúde e ajuda o meio ambiente – afirmou o prefeito Eduardo Paes.
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De acordo com o mapa atual e a projeção de instalação das novas vias, todas as zonas da cidade serão integradas por ciclovia. Hoje, apenas a Zona Sul possui ligações com o Centro e Barra da Tijuca. Grandes ruas passarão a contar com a estrutura, como a Avenida 24 de Maio (ligação entre Méier e Maracanã), Rua Conde de Bonfim (Tijuca), Estrada dos Bandeirantes (Curicica) e até a Avenida Brasil teria um espaço dedicado às magrelas.
Como é e como ficará
"Avaliamos o que já foi implementado e fizemos um plano para requalificar e aprimorar as conexões que já existem. Detectamos que a segurança viária é a nossa primeira preocupação. Temos ciclovias que não estão bem marcadas e precisam de manutenção, que ficarão a cargo da Secretaria de Conservação", disse a secretária de Transportes do Rio, Maína Celidônio. "Essa é uma demanda histórica dos ciclistas, que pediam um plano estrutural para a expansão cicloviária no Rio. Além disso, tivemos um aumento do uso das ciclovias por conta da pandemia e com os novos hábitos de entrega, em que temos mais trabalhadores usando as ciclovias. O que queremos é a qualificação da rede existente, propor uma rede e, por meio da participação popular, qualificar o que é prioridade para a população", completou a secretária.
Para o planejamento deste novo plano de expansão cicloviária, segundo a Prefeitura, foi feita uma ampla avaliação das ciclovias e ciclofaixas da cidade, contando com a colaboração de entregadores, ciclistas e usuários para a construção de um plano ideal para a capital. Cerca de 150 pessoas deram a opinião presencialmente em encontros durante 2022. Outras 2782 pessoas deram sua opinião online, via plataforma Participa.Rio.
No ano passado, foram implantados 30 km de novas ciclofaixas e ciclorrotas, distribuídas pelas cinco áreas de planejamento da cidade, que conectam 55 estações. Foram contemplados os seguintes bairros: Barra da Tijuca, Benfica, Campo Grande, Cascadura, Catete, Centro, Cidade Nova, Engenho de Dentro, Flamengo, Gamboa, Glória, Inhaúma, Ipanema, Santo Cristo, São Conrado, São Cristóvão, Saúde e Vila Militar.
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