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Relato - Mountain biker em seu primeiro bike fit

E a história se repete... você pedala há décadas, sabe tudo sobre equipamentos, deixa a bike exatamente como você quer, baseado em todos os detalhes técnicos e tudo parece perfeito. Você faz mountain biking, muitas vezes all mountain ou downhill, mas apesar de ser competitivo, não é um profissional. Você já fez um bike fit ? Provavelemente não!

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As perguntas mais comuns que muitos de nós fazemos são: "Pra que isso de bikefit se eu não ando de speed ? Eu nem mesmo uso pedal clip! E se o fitter quiser que eu use um avanço de 100mm ?". E depois de tanto tempo, tenho que admitir que eu estava errado com minhas preocupações e já deveria ter feito um fit há muito tempo.

O assunto começou a ficar cada vez mais na mídia especializada. A Shimano e Specialized começaram a mais e mais falar da importância do fit, adotando o procedimento em suas lojas conceitos. Mas o meu real interesse começou, quando conheci o Andy Pruitt, considerado por muitos o pai do bike fit moderno e um dos primeiros utilizar câmeras para captar o movimento do atleta.

Conheci Pruitt no evento de lançamento da linha Specialized 2016. Em sua palestra, foi contada toda sua história, ainda nos primórdios do bike fit e com diversas histórias sobre lesões em atletas com uso errado de componentes. Ao final da palestra, pude conversar um pouco com ele e perguntei sobre a importância do fit para quem faz MTB nas modalidades mais extremas.

Pra minha surpresa, segundo Andy, até mesmo para o downhill, onde o atleta mal pedala sentado, o fit pode ser importante. Nesse caso em particular, a posição do taquinho da sapatilha ou até mesmo, no caso de pedais flat, uma palmilha diferente pode ser indicada para maior eficiência da pedalada.

No all mountain e Enduro, o fit é ainda mais importante, pois a altura e posição do selim pode evitar lesões e melhorar a eficiência das pedaladas, mesmo que seja em trechos de deslocamento. E quanto ao tamanho do avanço, um bom fitter não vai obrigar a mudança de tamanho caso isso seja um problema para a pilotagem, pois, na maioria das vezes, não compensa o benefício.

Já estava convencido que fazer um fit seria importante, pelo menos para tirar a dúvida se eu poderia ter uma lesão. Mas ter iniciado a andar de speed, tornou a decisão uma prioridade. Conversei com o pessoal da IBS e agendei um fit com o Ronaldo Romariz, profissional pós-graduado em Biomecânica do Movimento Humano e faz o fit com o sistema Retul.

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Conclusões do Fit

E realmente, a decisão não poderia ter sido melhor. Quase tudo na minha bike de speed estava fora da posição ideal: altura, angulação e posição horizontal do selím e a posição do taquinho, ou seja, apenas a posição do guidon estava correta! Já tinha andado quase mil quilometros com menos eficiência e com uma leve dor nos joelhos. Mais importante que isso: descobri que estava pedalando de forma incorreta, com o calcanhar muito alto e deveria começar a me re-educar, algo que já poderia estar fazendo há muitos anos.

Para a mountain bike, ainda não fiz os ajustes, por estar num processo de mudança de bike, mas os dados coletados vão acelerar o processo do novo fit, precisando apenas de uma nova visita para esses ajustes.

Afinal, vale a pena ?

Sim, sem dúvida! Para o downhill não competitivo, não é a maior prioridade e é preciso procurar um profissional que consiga te ajudar nessa especificidade. Porém, quem leva a sério a modalidade, certamente treina cross-country ou estrada, onde o fit é fundamental. Não perca tempo!

Contato Ronaldo Romariz (RJ): 21-99444-0237 / ronaldoromariz@gmail.com


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