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Protesto na Praça do Ciclista após morte de Juliana Dias

Ciclista morreu atropelada na Avenida Paulista por um ônibus

A morte da ciclista Juliana Dias, atropelada por um ônibus na Avenida Paulista nesta sexta-feira (2), representa uma triste coincidência no terceiro aniversário do movimento Pedal Verde, que combina pedaladas com o plantio de árvores em São Paulo. O grupo nasceu em 2009 para homenagear a ciclista Márcia Prado, morta em janeiro daquele ano, atropleada por um ônibus na Paulista. No Pedal Verde desde 2011, Juliana foi atingida a 150 metros de onde está o memorial para Márcia.

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"A Julie era uma pessoa muito alegre, acolhedora", diz a educadora ambiental Juliana Gatti Rodrigues, também do Pedal Verde. Bióloga, Juliana ia ao trabalho pedalando e também participava de outros movimentos de cicloativismo, como a Bicicletada e a Expedição Rios e Ruas. "Era uma pessoa que defendia o uso da bicicleta, lutava por melhores condições para os ciclistas e todo mundo", conta André Pasqualini, cicloativista e instrutor de bicicleta.

A colisão com o ônibus ocorreu na altura do cruzamento com a Rua Pamplona, no sentido Consolação da via, por volta das 9h50. A área foi interdada até o início da tarde e pequenas manifestações bloquearam pistas da Paulista momentos depois do atropelamento.

Testemunha da colisão, a depiladora Maria Célia dos Reis Fagundes disse à polícia que Juliana Dias perdeu o equilíbrio após discutir com o motorista do ônibus que ultrapassava o veículo que a atropelou. O condutor do ônibus que tentou a ultrapassagem foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção.

Um skatista de 17 anos disse ter visto o choque e afirmou que ela foi fechada por um carro. Depois, o ônibus de outra faixa avançou sobre a ciclista, que gritou. O motorista voltou a jogar o ônibus intencionalmente em Juliana, segundo ele. "Vi uma mulher morrendo. Podia ter sido eu."

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Protesto na Praça do Ciclista

O protesto se concentrou na Praça do Ciclista, onde integrantes do Pedal Verde plantaram mudas de cerejeira, a árvore preferida de Juliana. Flores nos capacetes e em punho, alguns chorando, os ciclistas desceram do selim e caminharam pela Paulista, sentido Paraíso, empurrando a bicicleta. Ao chegar no ponto em que houve a colisão, a massa de pessoas cruzou a via e bloqueou todas as pistas no sentido Consolação, em uma homenagem que durou mais de uma hora.

Sob chuva, centenas deitaram no asfalto no momento em que outro manifestante ergueu uma bicicleta branca em direção ao céu. A ghost bike que simboliza o adeus dos ciclistas para Juliana Dias foi presa ao gradil e, em questão de minutos, sumiu afogada por flores e velas.

Texto: Lucas Frasão / G1.com
Fotos: Fabio Braga / Folhapress

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Reportagem da Rede Bandeirantes



Reportagem da Rede Globo


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