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Pedalando Mundo Afora

Com esta estupidez de pensar na possibilidade de guerra, acabei me lembrando de alguns detalhes da história da bicicleta.

Antes de ir à bicicleta, quero lembrar que Santos Dumont suicidou-se ao saber que sua invenção (avião) estava sendo usada como arma de guerra. Só para constar: bicicletas, infelizmente, também foram e continuam sendo usadas como veículo militar.

Histórias:

Bicicletas são tão importantes na vida dos holandeses que durante a Segunda Guerra Mundial Hitler ordenou que fossem recolhidas e retiradas dos Países Baixos todas as bicicletas. Ele sabia que com isto iria desarticular completamente a vida do país invadido. Há holandês que ainda não perdoa os alemães por este péssimo momento histórico.


Na época da Guerra do Vietnã, quando surgiram vários movimentos de protesto contra a guerra e o "american way of life", surgiu também uma onda de viajantes de bicicleta, que meio hippies, meio mendigos, completamente marginais a tudo, até mesmo no meio do pessoal de cultura alternativa, cruzavam os Estados Unidos pedalando. Muitos chegaram ao Festival de Woodstock pedalando. Contar esta história agora pode não fazer muito sentido, mas a época era o ponto máximo da paixão americana por seus imensos carros gastões e a bicicleta passava por um momento de quase completo desprezo por parte da sociedade.


Já aqui no Brasil, na época da ditadura era proibido importar ou trazer bicicletas de cromo-molibdênio. Qual a alegação? Oficialmente nenhuma. Extra oficialmente dizia-se que seria possível derreter um quadro e fabricar uma arma, um fuzil. (O que entrava de bicicleta de competição deve ter sido porque havia gente na fiscalização que sabia que seria muito mais lógico comprar a arma pronta que derreter uma obra de arte).



Arturo Alcorta
(arturoalcorta@uol.com.br)


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