Pouco antes de publicar suacarta aberta ao público onde descreve o acidente que causou o machucado em sua perna na Paris-Roubaix, o atleta Fran Ventoso da Movistar teve sua versão dos fatos contestadas por Brent Copeland, diretor da Lampre-Merida - uma das equipes que utilizaram freios a disco na prova. "Parecia que uma lâmina havia cortado ele, mas como? Não estou 100% convencido que foi um disco. Pode ter sido um raio aerodinâmico", disse o dirigente.
Além disso, Copeland utilizou um argumento bem simples para refutar a versão de Ventoso: se o corte foi na perna esquerda e Ventoso afirma não ter caído da bike, como ele poderia ter se cortado em um disco que fica montado na esquerda da bike?
Depois, se a versão do atleta for confirmada, Copeland deu uma solução simples para o problema. "Se este for o caso, Shimano, SRAM e todas as outras precisam desenvolver uma proteção ao redor dos discos. Vamos continuar trabalhando com a Merida e já temos um duto de ventilação no disco. Algo assim poderia ser adicionado para aumentar a segurança", disse.
Em uma nota ao Cycling Weekly, a UCI já se posicionou sobre o caso.
"É desconsertante ouvir sobre o incidente que aconteceu na Paris-Roubaix e resultou na lesão de Fran Ventoso, ciclista da Movistar. A temporada de 2016 marca o segundo ano dos testes com freios a disco e vamos estudar este incidente com muito cuidado", disse a entidade máxima do ciclismo.
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