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Panamericano de MTB - Henrique Avancini fala de sua participação

Brasileiro faz um relato completo da sua prova

Desde o início do PAN, o Pedal vem conversando e publicamos informações dos nossos atletas. Henrique Avancini foi um deles, que relatou a sua preparação para mais um Pan.

Agora, o Pedal publica o seu relato na íntegra, pós competição.

Henrique Avancini (Sub-23 Masculino)



“Representei mais uma vez o Brasil em um Campeonato Panamericano de MTB, desta vez na Colômbia, em Chía. O circuito de 4.8km ficava em uma altitude que variava de 2600 a 2800m acima do nível do mar. Eu tinha um grande foco nessa prova e cheguei a fazer um bom treinamento para amenizar os efeitos da altitude, porém acredito que não o fiz durante um período de tempo suficiente devido ao conflito de datas com meu calendário internacional. Eu sabia que o fator altitude seria o maior obstáculo para o resultado almejado. Porém não seria impossível buscar um bom resultado ou a vitória, que era o objetivo.

Chegamos na quarta-feira à noite e fizemos o primeiro treino no circuito na quinta. As condições do circuito me agradavam. Era técnico, com alteração de trechos velozes e lentos em subidas longas. Até o dia da prova não tivemos chuva, o que foi piorando as condições de respiração.

Eu tinha uma grande expectativa para essa prova e sabia que estava em grande momento físico e se eu me adaptasse bem nas condições, eu poderia conquistar a vitória na prova.

O domingo finalmente chegou. A largada foi dada às 11:00. Fui o primeiro a alinhar pelo fato de ser o primeiro pan-americano no ranking mundial. Eu tinha uma estratégia de prova muito clara em minha cabeça. Eu tentaria segurar o ritmo de prova no começo da competição, já que a tendência é o corpo se adaptar um pouco durante a prova, quando se corre na altitude, porém como a recuperação é menor e mais lenta na altitude, o ritmo imposto no começo de prova não poderia ser muito exagerado.

Arranquei mal, o que não é de costume, mas logo no começo consegui me posicionar mais na frente. Quando terminamos o start-loop estava em terceiro, e quando abrimos a primeira volta o americano Stephen Ettinger atacou e eu respondi bem. Ele controlou o ritmo no começo da prova. Mas logo em seguida, dois colombianos nos alcançaram e então formamos o grupo líder com quatro atletas. No final da volta os dois colombianos atacaram juntos e eu não tentei reagir, pois queria seguir minha estratégia e continuei com o Americano. No final da primeira volta, tínhamos uma pequena desvantagem para os dois colombianos. Na segunda volta o americano atacou e acabei perdendo contato.

Eu estava só perdendo tempo para os líderes da prova e também para o americano. No final da terceira de cinco voltas, eu tinha 43 segundos de atraso para o bronze. Na quarta volta comecei a reagir e diminui a diferença para 30 segundos, na quinta volta fui com tudo em busca de pelo menos uma medalha, mas o americano se defendeu muito bem e diminui a desvantagem para pouco mais de 20 segundos.

Acabei a prova esgotado, o esforço da última volta, não deixava meu corpo e acabei ficando um tempo respirando num cilindro de oxigênio para abaixar o batimento e dar ritmo normal à respiração.

Como este é o meu último ano na categoria, esta foi minha última chance de conquistar este título. Fiz uma bela prova em minhas condições. Talvez tenha faltado um pouco mais de empenho em uma preparação específica. Porém vale ressaltar que uma preparação na altitude não é simples como se imagina e pode comprometer uma temporada inteira se realizada de má forma.

Os colombianos levaram o ouro e prata o americano o bronze na sub-23. Todos são naturais da altitude e se adaptaram bem as condições."


O Pedal parabeniza o atleta pela sua participação em mais um Panamericano de MTB.

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