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Novo presidente da UCI quer proibir uso de corticoides

Recentemente, um grupo de hackers russos vazou na internet os dados sigilosos de vários atletas, dentre eles Bradley Wiggins, que teria utilizado Triancinolona Acetonida, um potente medicamento a base de corticoides capaz de reduzir o peso e melhorar o desempenho de um atleta pouco antes de importantes competições em 2011, 2012 e 2013. Segundo a Sky, equipe de Wiggins na época, o medicamento teria sido ingerido para tratar a asma do atleta antes as provas.

Segundo o código da WADA, adotado pela UCI no controle de substâncias dopantes, o uso de medicamentos com corticoides é proibido no ciclismo profissional, mas pode ser liberado mediante a apresentação de uma TUE (Autorização de uso Terapêutico). Porém, de acordo com David Lappartient, novo presidente da UCI, a substância está com os dias contatos no pelotão.

Este tipo de medicamento já é banido nas equipes que fazem parte do MPCC (Movimento por um Ciclismo com Credibilidade). Porém, o MPCC é um acordo voluntário e, no caso de uso de corticoides, o atleta fica impedido de competir por um período de 8 dias.

"Meu objetivo é eliminá-los no início de 2019. Eu quero que esses produtos sejam colocados na lista de substâncias proibidas", disse Lappartient em uma entrevista ao jornal Sporza. A opinião no novo presidente da UCI contrasta diretamente com a de Brian Cookson, antigo presidente da entidade, que já afirmou que a UCI deve seguir as regras da WADA, sendo decisões unilaterais inviáveis.

Porém, Lappartient realmente parece estar disposto a acabar ou ao menos reduzir o uso dessas substâncias, impedido que elas sejam utilizadas como um doping legalizado. "Se não for o caso de banir, nós poderíamos impor um período de descanso para ciclistas que estejam tomando corticoides, não pelo doping, mas pela saúde do atleta", explicou.

"Nós poderíamos impor uma suspensão temporária de 15 dias para que seus corpos tenham tempo de recuperar a saúde e isso eu gostaria de introduzir já em 2019. Além dos corticoides, o uso indiscriminado de do analgésico Tramadol também está sob forte pressão, já que sua proibição geraria uma enorme quantidade de exames positivos.


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