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No Brasil, maioria dos que usam bicicleta para ir trabalhar são de baixa renda

Ao ler os comentários em matérias sobre ciclovias no Brasil, é bastante comum encontrar pessoas que acreditam que o transporte com esse modal é "coisa de rico que mora perto do trabalho" ou de "riquinhos que gostam de passear com bikes caras". Porém, uma recente pesquisa feita pela ONG Transporte Ativo em parceria com outras entidades colocou estas visões em xeque.

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Ciclovia da Av. Niemeyer, Rio de Janeiro. Foto: Raphael Pazos / CSCRJ


Ao contrário do que muitos acreditam, a maioria dos ciclistas são pessoas com renda de até três salários mínimos e a principal função da bicicleta não é recreacional, e sim como meio de transporte.

A média nacional também levanta outro dado bastante interessante: a maioria dos ciclistas pedala por trajetos entre três e oito quilômetros, em trajetos que duram de 10 a 30 minutos. Com isso, o mito do "pobre que mora na periferia e tem que andar 50km para chegar no trabalho" também fica bastante abalado.

Ao todo, foram pesquisados cinco mil ciclistas em dez cidades brasileiras: Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Niterói, Salvador e São Paulo. Com tantas cidades envolvidas, foi possível perceber algumas diferenças entre as regiões do país.

Em São Paulo, por exemplo, os ciclistas pedalam distancias maiores, sendo que o tempo médio gira em torno de 30 minutos por viagem. Já no Rio, a grande infraestrutura de 400 km de ciclovias faz com que 81% dos usuários pedalem ao menos 5 vezes por semana.

Agora, o melhor dado da pesquisa é que, a cada dia que passa, o número de pessoas que utilizam a bicicleta como meio de transporte não para de crescer, principalmente nos grandes centros urbanos. Como sabemos, a melhor solução para o problema de segurança no trânsito para ciclistas e justamente ter mais ciclistas na rua.


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