O ciclista Chris Froome, flagrado em um exame realizado durante a Vuelta a España 2017 como dobro da concentração permitida de Salbutamol em seu organismo defende-se das acusações de doping em uma entrevista concedida ontem para a BBC.
Segundo ele, as reações negativas de muitas pessoas são perfeitamente compreensíveis, principalmente graças a imagem ruim do esporte em relação ao doping. "Entendo o choque das pessoas mas certamente não quebrei nenhuma regra. Entendo a reação das pessoas graças a história do esporte. Mas isso não é um positivo", afirmou o atleta.
Ontem, logo depois de ficar sabendo do caso de Froome, o italiano Vincenzo Nibali afirmou ser difícil de acreditar que seu concorrente estivesse sofrendo de asma. Vale lembrar que Nibali chegou em segundo lugar na Vuelta, perdendo justamente para Froome.
Esta já não é a primeira vez que Froome envolve-se em polêmicas com sua asma. Em 2014, durante o Criterium du Dauphine, o ciclista foi amplamente criticado depois de ter sido visto usando uma bombinha durante uma etapa da prova. Em uma recente nota, o ciclista explicou que sua condição havia piorado no fim da Vuelta deste ano, e por isso ele teria aumentado a dose do medicamente sob ordens médicas.
"Sou ciclista profissional e trato meus sintomas de asma há 10 anos. Eu sei quais são as regras e me mantive abaixo dos limites. Tenho uma rotina muito clara de como e de quantas vezes posso usar meu inalador. Forneci todas as informações que a UCI precisa para investigar este caso a fundo", finalizou o atleta.
Como o Salbutamol não é uma substância proibida, o caso de Froome não gera uma suspensão imediata. Agora, ciclista e equipe devem tentar recriar as supostas condições que levaram ao acumulo de Salbutamol no corpo de Froome. Esta será sua única defesa contra a perda do título da Vuelta e ainda uma possível suspensão.
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