Ontem, Arnaud Demare (FDJ) venceu de forma espetacular a Milan-San Remo 2016. Para vencer, além de muita potência, o atleta precisou de um sprint bem calculado e muita força para recuperar-se de um tombo. Porém, segundo Matteo Tosatto (Tinkoff) e Eros Capechi (Astana), esta força não teria vindo das pernas do francês. 
"Demare estava atrás antes do Cipressa. Na subida ele nos passou com o dobro da velocidade. Não vi se ele estava segurando na janela ou em uma garrafa. Lógico que ele teve um sprint forte, mas sem a carona ele jamais teria conseguido disputar o sprint. Nunca vi nada assim sendo feito com tão pouca vergonha", disse Tosatto.
"Ele passou por nós a 80km/h na subida. Nunca vi nada assim antes. Estava na roda de Tosatto e vi claramente ele segurando na janela direta do carro da equipe. Foi nojento", disse Capechi.
Segundo os atletas, a carona teria sido notificada para Herve Borcque, o juiz da competição. Porém, como não existem provas fotográficas ou em vídeo do acontecimento, a acusação não foi levada adiante. Agora, os atletas querem que o vencedor divulgue os dados de seu GPS ou que a organização utilize o transponder da bike para verificar as acusações.
"Considerando que os juíze nós disseram que não é possível provar o que muitos viram, tenho duas sugestões: usar o transponder para verificar o tempo que Demare precisou para escalar o Cipressa ou ele próprio fornecer os dados de seu computador para vermos quanto tempo ele demorou para subir. Aposto que não foi muito...", finalizou Tosatto.
Esta não é a primeira vez que este tipo de acontecimento marca uma prova de ciclismo. No ano passado, o italiano Vincenzo Nibali foi desclassificado da Vuelta a Espana graças a carona que você vê no vídeo abaixo.
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