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Latin X-Games 2004 - Bike Park

Domingo: 09 de maio

Último dia de X-Games e três grandes finais iriam acontecer: duas no Vert com In Line e Skate e a outra no Park com as Bikes.

Pois é, a área do Park no domingo ficou reservada exclusivamente para as bikes. Quem gosta de bike, foi um dia inesquecível que ficará na memória de todos.

PARK

A grande área do Park estava composta com: lombadas, quarter-pipe, Wedge ramps, corrimãos, caixotes, um transfer, “bowl” e outros obstáculos baseados no street. Essa pista foi considerada menos técnicas em comparação das americanas.

Regras: Na preliminar, cada competidor completa uma corrida que deve ter, pelos menos, 60 segundos e, no máximo, 75 segundos. Depois de um intervalo, cada atleta deve fazer mais uma corrida e a melhor das duas pontuações vale como preliminar. Os dez melhores são classificados para a final, em que têm completar duas corridas em ordem reserva do ranking. O melhor resultado vale para final.

10:00h às 13:00 Treinos

Grandes pilotos estavam presentes, dentre eles em destaque, o campeão do ano passado, o americano Bruce Crisman da Hoffman Bikes. Considerado um dos pilotos mais técnicos do mundo na modalidade, Bruce que na época competia pela Diamond Back, ficou conhecido por ter quebrado a hegemonia de Dave Mirra que já durava 3 anos no Park do Global-X. Desde então outros pilotos começaram a surgir no cenário mundial.

Alguns pilotos que competiram no Vert também estavam presentes, tudo é válido para garantir uma vaga no tão esperado Global X-Games, que neste ano de 2004 será 10ª edição. O tão esperado X !!! Diferente do Vert, o Park abrange mais pilotos. Cada um tem seu estilo próprio de andar e até mesmo de armar suas bikes. Muitas delas sem freios, com 4,3,2,1 e nenhum apoio – pedaleira que fica presa nos eixos das rodas para facilitar as manobras – outras com um só freio. Guidons cortados para uma pegada melhor, correntes de motos por serem mais resistentes, catracas cassettes, coroas menores, além de muitas peças em titânio. Tínhamos de tudo. Alguns pilotos andam sem alguns destes acessórios. Desta forma, suas manobras são analisadas com um grau de dificuldade mais elevado.

Quem prestou atenção ou tem um pouco de conhecimento sobre este tipo de competição, pode notar que nos treinos os pilotos fazem sua linha de apresentação. Esta linha é o que cada um vai fazer durante os segundos preciosos. Apenas 14 pilotos persistiram nisto, os mais experientes. Os outros procuravam um reconhecimento melhor dos obstáculos.

13:00h às 15:30 Preliminares

O público presente nas arquibancadas pela manhã foi pouco, mas vibravam sem parar. E com muitos biker’s na pista todos ficaram zarolhos. O tempo passava, o sol escaldante aliviava devido a umas nuvens e o público começou aparecer abrilhantando mais ainda o evento. Todos não queriam deixar de ver as preliminares que estavam começando. Foram sorteados três grupos pela quantidade de pilotos. Dois grupos com 10 atletas e um com 9.

O primeiro grupo:

1- Miguel Angel Castillo / San Luis Potosi / México.
2- Koji Kraft / Chicago / USA
3- José Pedro de Oliveira Ramos / Viçosa / Brasil
4- Peter Henningsen / Lima / Peru
5- Ryan Guetller / Buccan / Austrália
6- Christian Balmaceda / Buenos Aires / Argentina
7- Luís Guillermo Rafael Martinez / San Luis Potosi / México
8- Gleyson Felix / Londrina / Brasil
9- Vanderlei Júnior ( Juca Favela) / São Bernardo / Brasil

Segundo grupo:

1- Roman Loredo Martinez / San Luis Potosi / México
2- Ivan Balmaceda / Valeria del Mar / Argentina
3- Serginho Santana / São Paulo / Brasil
4- Jay Miron / Vancouver / Canadá
5- Rafael Costa / Curitiba / Brasil
6- Bruce Crisman / Tigard / USA
7- Senad Grosnc / Untertullnerbach / Áustria
8- Sergio Llayos / Madrid / Espanha
9- Steve McCann / Melboume / Austrália
10- André Ribeiro / São Paulo / Brasil

Terceiro grupo:

1- Erik Garza / Apodaca / México
2- Daniel Dhers / Caracas / Venezuela
3- Alejandro Caro / Valle Del Cauca / Colômbia
4- Diogo Canina / Amdaro / Brasil
5- Dennis McCoy / Kansas City / USA – Não participou.
6- Axel Jurgens / Buenos Aires / Brasil
7- Jhon Maurício Mayorga / Bogotá / Colômbia
8- Tom Haugen / Plymouth / USA
9- Laureano Vallejos / Buenos Aires / Argentina
10- Christian Mateluna / Santiago / Chile

As manobras apresentadas nas preliminares eram espetaculares. O primeiro grupo foi considerado latino mesmo, aparentemente estava fraco e fácil de conseguir um aproveito disto, mas só dois conseguiram impressionar os juízes: Ryan Guetller e Koji Kraf; justamente os únicos que não eram. Ryan fez suas duas apresentações belíssimas, uma delas ele fez “fufano” perfeito (foto nº 05). E a outra foi um vôo alto com mais de 6m da extensão, de um “Quarter-Pipe” a uma recepção. Já Koji, fez uma linha diferente. Por ser piloto de Vert, ele apresentou nas suas duas voltas o que mais sabe fazer no Vert: Invert e Back Flip nas passagens sobre o transfer e variações de manobras em alta velocidade. O brasileiro José Pedro estava neste grupo, ele é conhecido pelo seu apelido: Flip Man; nem precisa falar porque. Ele deixou a galera sem voz com seus “Back” e “Front Flips”. Incrível como ele tem a facilidade de fazer essas manobras. Deixando os gringos de boquiaberta. Os demais não tiveram suas apresentações convincentes.

O segundo grupo era o mais forte de todos, além de ser mesclado ele tinha os grandes nomes. Bruce Crisman fez sua linha bem diferente e simples, mas não deixou dúvidas quanto a sua técnica. Senad Gorsnic era desconhecido por muitos, mas demonstrou bastante habilidade quando andou uns 10m de “Hang Five” – manobra em que o biker coloca um dos pés no apoio da frente se equilibrando somente na roda dianteira, a traseira fica suspensa até o término da manobra. O público foi ao delírio com esta manobra. Sergio Llayos fez sua apresentação não muito convincente, alguns até protestaram quanto a isso. Mas ele utilizou a pista inteira, coisa que ninguém tinha feito naquele momento. Steve Mccann era outro que vinha do Vert tentar ganhar alguma coisa. Sua apresentação foi um espetáculo, ele se apresentou para o público fazendo o mesmo vôo que Ryan Guettler fez na sua apresentação. E também demonstrou criatividade e técnica ao sair do “Bow” para o tranfer.

Mais um momento ilustre dos X-Games

Antes destas apresentações, Jay Miron se apresentou. Mais uma vez ele demonstrou porque é um dos melhores pilotos do mundo e um dos mais queridos. No sábado ele já tinha feito uma das suas proezas no Vert com o 540 Tail Whip ficando em segundo lugar. Na noite anterior ele teve problemas e passou mal, era visível nos seus treinos durante o dia no domingo. Mesmo assim ele foi, Jay saiu com bastante velocidade pegando a mesma linha de direção de Ryan e Steve. Todos esperavam o mesmo vôo. Mas como sempre ele tem algo diferente e que não deixou passar em vão. Jay vôo dando um 360 para delírio geral de todos que estavam vendo, mas sua aterrissagem não foi boa, caiu. Levantou-se, pegou a bike e foi novamente. Durante toda sua pedalada a galera vibrava sem parar, como se fosse um ataque da seleção brasileira. Miron tentou e nada. Desta vez sua queda deixou-lhe uns 5 segundos no chão para frustração do público, todos ficaram tristes. Levantou-se, chamou a galera e foi novamente. Ninguém acreditava que naquele momento ele estava se dirigindo com mais velocidade. No mesmo instante o narrador das manobras incentivou e todos gritavam até o momento de sua decolagem... o silêncio prevaleceu durante todo o movimento dos 360º... uma aterrissagem de arrepiar. Perfeita para delírio geral de todos. Ninguém acreditava no que estava vendo. O inacreditável. Até os pilotos foram parabenizá-lo pelo tal feito. Para ele a sua apresentação tinha terminado com pedal de ouro. Mesmo que classificasse para final, ele não iria competir. Pois Jay tem uma hérnia que nem é mais de disco, já estar em uma degradação mais avançada, DVD. Isso levou moral a todos os pilotos.

O terceiro grupo viria sem nenhuma grande estrela, mas tinha pilotos experientes em competições. Dennis McCoy anunciou momentos antes que não iria competir, deixando assim a bateria totalmente desconhecida. Enquanto o venezuelano Daniel Dhers, fazia uma boa apresentação sua esposa que estava presente, vibrava, pulava, gritava e ao mesmo tempo filmava suas manobras. Chamou mais atenção do que ele na pista. Eu queira saber se saiu alguma coisa na filmagem. Outro piloto que se apresentou muito bem foi um conhecido da galera do Rio e de SP, Alejandro Caro, que mesmo sendo gringo tinha uma torcida a seu favor. Axel Jurgens também fez bonito para o seu chefe Jay Miron. Quem fez a melhor apresentação deste grupo foi Tom Haugen, com umas manobras espetaculares e diferentes dos demais. Mostrou domínio total da bike. Detalhe, assim como Daniel Dhers, Tom estava competindo sem patrocínio. O único brasileiro deste grupo foi Diogo. Solitário, ele fez uma boa apresentação.

Após as apresentações, todos aguardavam a contagem dos pontos e a classificação para grande final. Rolou muita especulação que dois brasileiros estariam na final.

Depois de muita expectativa e suspense saiu a lista dos dez finalistas:

1º Ryan Guetller / Austrália / 92.75
2º Steve McCann / Austrália / 89.25
3º Koji Kraft / USA / 89.25
4º Bruce Crisman / USA / 89.00
5º Tom Haugen / USA / 88.50
6º Daniel Dhers / Venezuela / 84.00
7º Sergio Llayos / Espanha / 83.00
8º Axel Jurgens / Argentina / 81.75
9º Senad Grosnic / Áustria / 80.50
10º Alejandro Caro / Colombia / 79.50

Esses foram os 10 melhores. Os brasileiros reivindicaram muito, nenhum estava na grande final. Uma pequena manifestação gerou nos bastidores, alguns pilotos conversaram com o organizador e responsável pelo Park Achim Kujawski, mas nada convincente. Não adiantava chorar mais pelo pneu furado.

17:00h às 19:00h treinos das finais

Após as preliminares, tivemos uma longa pausa para descanso. Alguns pilotos descansaram, prepararam-se mentalmente, uns fizeram os últimos ajustes nas bikes e outros tomaram uma ducha e trocaram de roupa. Estavam prontos para batalha final. Pequenas voltas de aquecimento, ninguém queria se arriscar nos treinos das finais. O destaque ficou para Koji, que voltou com uma camisa do Brasil com o nome de Pelé atrás. Feita pelo seu patrocinador Yoo Hoo, uma empresa de iogurtes e achocolatados.

18:00h às 19:00h Finais

Tudo pronto e as finais iriam começar, a ordem de apresentação era da classificação, mas de trás pra frente.

O primeiro colocado tinha a vantagem de analisar todos e assim por diante. Já estava escuro, os holofotes acessos e o telão abrilhantavam mais ainda. Assim como no VERT, os dez finalistas foram apresentados para o público. As arquibancadas tremeram ao anuncio de Koji Kraft que estava com a camisa do Brasil. Perguntei o por quê daquela camisa, ele respondeu que foi uma idéia do seu patrocinador homenagear os brasileiros, pois estava no país do futebol. Belíssima jogada de marketing.

O primeiro foi Alejandro, caiu em suas duas voltas, ficou nervoso e não conseguiu fazer mais nada convincente. Senad partiu para sua volta, caiu na primeira volta. Já na segunda, voltou bem, sua principal manobra foi feita na mesa com um Double Tail Whip perfeito. Cansado ele tentou fazer uma manobra que poucos puderam notar. Totalmente nova, ela ainda não tem nome definido, ao saltar, a bike é girada como se fosse um guarda-chuva, como Charles Chaplin fazia. Dificílima. Axel Jurgens foi o próximo. Fez uma apresentação muito boa, mas utilizou metade da pista.

Sergio Llayos foi outro que se apresentou muito bem com manobras totalmente diferentes sem muitos vôos, mas autênticas do street como: “Wall Ride Corner”. Um que estava merecidamente neste grupo foi se apresentar, Daniel Dhers sem patrocínio, veio participar e fez bonito, nem imaginava estar entre os 10. Para quem não sabe, o BMX da Venezuela é fortíssimo no mundo.

Outro que estava sem patrocínio foi para suas voltas. Tom Haugen andou muito, uma variação de manobras totalmente diferentes e difíceis. Naquele momento ele estava fazendo a melhor apresentação de todos. Saiu muito bem aplaudido. Entre um atleta e outro, quem acabava a apresentação tinha que ficar no centro da pista para sua visualização no telão, que mostrava o nome, as principais manobras da volta e sues pontos. O campeão do ano passado, Bruce Crisman, começou com a mesma linha das preliminares, demonstrando uma técnica invejável. Sua bike não tinha freio e nem apoios. Ele reduzia a velocidade botando o pé no chão. Alguns disseram que sua apresentação foi a mesma de 2003.

O próximo a se apresentar foi o BMX’R que estava com a camisa do Brasil. Aquele mesmo. A galera foi à loucura quando ele começou, caiu duas vezes numas tentativas arriscadas. Isso não deixou abalar sua concentração, até o narrador chamava seu nome à torcida e todos acompanhavam incentivando-lhe. Com velocidade e agressividade de suas manobras deixaram os árbitros mais indecisos. Estava sendo uma das finais mais eletrizantes de todos os tempos. O pior, ou melhor, estavam por vir. Os dois australianos tinham que fazer algo impossível para agradar os jurados, pois o público já não sabia mais para quem torcer.

Steve McCann começou sua apresentação com aquele mesmo vôo que causou o momento ilustre, mas foi diferente desta vez. Ele fez um belíssimo “Look Down”. Estava começando outra dor de cabeça para os árbitros. A medida que ele se apresentava todos iam a loucura. Suas manobras estavam totalmente diferentes e com bastante amplitude. Foi muito bem determinado. Sua pontuação estava sendo a melhor: 93.75. O sorriso meio preocupado estava visível. Pois ainda faltava seu compatriota.

Ryan Guetller ficou apreensivo com a belíssima volta que pôde presenciar do seu companheiro de quarto. Antes fosse ele na apresentação anterior. Ser o último nestas horas não compensa. Mesmo assim ele começou do mesmo jeito de todas as suas apresentações. Partiu em velocidade para o “Quarter-Pipe” até decolar e fazer um perfeito Tail Whip para delírio geral da torcida que não tinha mais voz de tanto gritar. Sem comentários. A galera queira mais um “fufano”. Desta vez a noite, e ele fez. Só faltava agora manobra que ele tinha errado na volta anterior, o “Flair” dentro do “mini Bowl”. Todos aguardavam ansiosos, pois sua linha estava por terminar até quando ele entrou no Bowl se concentrou com manobras de borda e fez o “Flair” perfeito. Uma obra prima, que ao completar, parou jogou a bike e foi comemorar com a galera, jogando as luvas e a camisa à arquibancada. Estava se consagrando campeão. Vibrava muito. A galera invadiu a pista e foi comemorar com ele. Ainda não tinha saído o resultado. Todos aguadavam, principalmente Steve.

Após montar o podium saiu a classificação:

1º Ryan Guetller / Austrália / 94.00
2º Steve McCann / Austrália / 93.75
3º Tom Haugen / USA / 91.50
4º Bruce Crisman / USA / 90.00
5º Sergio Llayos / Espanha / 89.25
6º Koji Kraft / USA / 88.00
7º Daniel Dhers / Venezuela / 86.75
8º Axel Jurgens / Argentina / 84.00
9º Senad Grosnic / Áustria / 83.50
10º Alejandro Caro / Colombia / 82.00

Crítica dos bastidores

A diferença de um piloto americano para outro qualquer é muito grande quando se trata de patrocínios.

As empresas americanas brigam pelo espaço em qualquer lugar. Quando vimos diversos adesivos num capacete ou na bike, pode acreditar que ali foi pago de alguma forma. Não importa o que sejam as empresas: de alimentação, eletrodomésticos, cosméticos, vestuário; além das marcas das peças. Tem de tudo. Tudo bem que não podemos comparar. Mas aqui no Brasil o segmento das bicicletas num geral está melhorando. Muitas equipes estão surgindo, uma delas é a RODAN – aguardem uma pequena entrevista que fiz com COYOTE durante os X-Games – que está fazendo um belo trabalho. Outros que ajudam bastante o nosso esporte no Brasil e não podemos esquecer é Luciano Kdra e a Renata Falzoni, ela patrocina até Juca Favela. Nós, amantes das bikes devemos muito para eles que sempre fizeram o melhor para divulgar o nosso esporte, graças as suas grandes reportagens na ESPN. Valeu! Agora imaginem se não existisse a TV a cabo?

Se dependesse da Rede Globo, ficaríamos com o pneu furado. Os X-Games da Globo foi somente o skate de mineirinho. Não podemos esquecer de parabenizar ele e todos os outros brasileiros que competiram no In line e Skate. Valeu!

As inovações das bikes

Cada dia que passa a fusão entre MTB e BMX cresce mais. Tecnologias e design’s não ficam para trás. Os quadros de BMX tiveram avanços tecnológicos que melhoraram bastante as suas qualidades, tudo vindo do MTB, assim como o BMX também trousse mudanças nas peças. Sempre tocando informações, ambas inovaram muito.

Temos algumas como exemplo:

Movimento central – diversas BMX’s estão vindo como mesmo sistema de MTB. Muito mais prático e leve, o movimento de central de 68mm se encaixou perfeitamente nas “aros 20”. Com ele, a instalação é mais rápida e simples. As opções de medidas e variedades de modelos não deixam dúvidas para os BMXr’s. Agora todos sabem que este tipo é mais fraco do que o tradicional três peças. Analisando tecnicamente, para profissionais esse tipo de central é fundamental quando chega num nível elevado de suas manobras, eles procuram leveza nas bikes. Já no MTB os pedivelas três peças estão sendo usados pela galera do DH e do Freeride.

Caixa de direção – a primeira BMX adquirir o sistema SX-Z (patente da Schwinn com a Dia Compe) foi a SPZ e a Huffy. A Zero Stack (caixa de direção embutida do quadro ou integrada) tem diversas qualidades e vantagens. Para os fabricantes de bicicletas, este sistema diminui custos e fortalece a resistência do quadro contra impactos. Já os usuários – bikers – sempre encontram uma coisa a mais: maior área de giro na direção, mais durável contra pancadas e por ser praticamente fechada contra lamas, estética etc. Poucos fabricantes pagam esta patente.

Canotes Thomson – quem acompanha o MTB internacional, sabe que marca é essa. Nos X-Games pude verificar diversas novidades como inovações nas bikes, e uma delas que mais chamou atenção foi uma epidemia de canotes nas BMX’s. O canote Thomson é considerado o melhor canote do mundo. O mais incrível é que o fabricante só fabricava a partir de 26,8mm. A pedidos das grandes montadoras – principais fabricantes de bicicletas – ela aumentou a sua linha de produção no final do ano de 2002 e começou a fazer as medidas 25,0mm; 25,4mm; 26,6mm com diversos tamanhos no comprimento: 200mm; 250mm; 330mm. Antes a fábrica só trabalhava com 10 medidas, hoje eles têm 38 opções de canotes. Por tal curiosidade, perguntei a Dennis McCoy o por quê de todos estarem usando. Ele comentou sobre a resistência, leveza e qualidade, não dispensou comentários. Que muitos bancos e canotes quebravam em quedas, e com esse agora nada acontece. Disse também que nos Estados Unidos muitos pilotos quem tem patrocínio de outras marcas estão quebrando as suas propostas e usando por conta própria. O mais incrível é que a Thomson não faz propaganda e não patrocina ninguém. Lógico que existem parcerias com as equipes, mas nada “pagar para usar”. Com uma fidelidade destas nenhuma empresa quer gastar com publicidade. Uma curiosidade, se você fizer um corte num canote destes, visualizará internamente um formato oval. Com diversas variações de espessuras de ponta a ponta de cada tubo. Mais uma coisa, tinha uma BMX com uma mesa e canote Thomson. Quer mais?

A bike de Koji Kraft

Ele foi o centro das atenções, não tinha como. As peças diferentes chamavam atenção. Sem marca e uma cor meio dourada o pedivela, apoios e eixos dos cubos foram feitos em titânio por encomenda. A corrente também era de titânio totalmente reforçado. O aro traseiro de sua bike tinha uma parede de 30mm. Assim era a bike dele. Seu autógrafo era um carimbo com seu nome e sua home page: www.kojikraft.com

Cariocas

As coisas acontecem e muitos escondem. Não tinha um carioca nos X-Games competindo nas bikes. Isso não pode passar como uma normalidade. Segundo informações, nenhum era qualificado. Acho que isso foi desculpa ou mau entendimento. A culpa é de todo mundo, o Governo com a Secretaria de Esportes, Prefeitura do RIO, A Federação Carioca de Ciclismo e outros envolvidos no seguimento, ninguém deu o ar da graça. Entre isso tudo, tinha uma placa na arquibancada: “ABBMX panelinha paulista”. Acho que eles não viram os pilotos do Paraná competindo. Vamos considerar que no Rio e em boa parte do Brasil tem pilotos qualificados e até superiores do que os paulistas. Não quero nunca aumentar a rivalidade entre paulistas e cariocas. Pois muitos deles têm grandes amigos e não merecem este comentário. Só sei que quem perde nisto tudo somos nós brasileiros que ainda amamos o esporte e temos que engolir esse tipo de coisa.

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