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Henrique Avancini anda forte nas geladas montanhas do Chipre

Nos dias 26, 27 e 28 de Fevereiro, foi realizado nas Machairas Mountains no Chipre, a Afxentia Stage Race, prova XCS classe 1 no ranking internacional e válida como segunda etapa da segunda da Cyprus Sun Shine Cup.

A primeira prova foi um contra-relógio de 7.8km, a segunda uma XCP (maratona) de 42km, e a terceira um XC de 6 voltas num circuito de 7.8km.

O brasileiro Henrique Avancini, que faz parte do equipe internacional ISD Cycling, relata com exclusividade para o Pedal, as suas provas.

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“No contra-relógio fazia um frio insuportável. Para mim foi necessário fazer 1 hora de aquecimento para começar a sentir as pernas e os braços. Fazia 5 graus e com muita chuva e vento a sensação térmica despencava ainda mais.

Parti pra volta com toda força possível, mas fica um pouco complicado, quando se anda no alto nível europeu, fazer um bom tempo quando não se adapta as condições do dia.

No final do dia fiz o décimo oitavo tempo, mas ainda tinha as provas mais longas e duras pela frente. No sábado o ritmo foi simplesmente alucinante, estava um dia frio, mas sem chuva e em alguns momentos tivemos o prazer de andar com um tímido sol.

A primeira parte da corrida (1 hora) é muito veloz com subidas e descidas curtas e velozes, é uma corrida muito perigosa, já que a estrada é muito estreita e sempre cortando a montanha com um penhasco muito alto. Imagine isso, andando no limite, dentro de um grupo compacto.

No meio da prova eu perdi o primeiro grupo que era composto por aproximadamente 20 atletas. O final da prova é uma subida dura e técnica de 8 km e depois um single-track muito técnico durante 8km e mais 5km de subida até a chegada.

Na subida mais dura comecei a me recuperar dentro da corrida e comecei a ganhar algumas posições. No final cheguei em décimo segundo. No geral subi para décimo primeiro.

No domingo tive uma das corridas mais dramáticas de minha carreira até hoje. Fazia um frio absurdo, e para completar chuva e lama no técnico circuito com pedras e raízes de todos os tipos. Na primeira volta tive muita dificuldade de acompanhar o ritmo dos ponteiros, mas fui me recuperando dentro da prova. Da segunda volta em diante fui fazendo uma prova estável sempre andando forte e sempre buscando posições mais a frente, sem perder nenhum posto para alguém que viesse de trás.

Nessa prova experimentei sensações que nunca tinha tido. Não conseguia fechar a boca depois da prova de tanto frio, não movia os dedos. Para fazer a mudança de marchas eu tinha que olhar para mão, pois não sentia nada. Os dedos ficaram roxos. E nessas condições não há opção, pois como chovia não era possível colocar roupas mais aquecidas. Fiz a prova debaixo de chuva com 7 graus apenas com uma camisa de “dry fit” por baixo do fino uniforme tradicional.

Eu não parava de buscar posições e mantive um ritmo forte durante toda a corrida mesmo quando andava sozinho. Na quinta volta encostei na estrela mundial Roel Paulissen e fiz duas voltas com ele. Na última subida do circuito não consegui mais seguir no ritmo do belga campeão do mundo e terminei a prova na sexta posição.

No geral terminei com a excelente sexta posição. Fiquei muito satisfeito com a progressão constante dentro da corrida. Na classificação geral fui 18°, 12° e 6°. De etapa em etapa subi 6 posições. Mais uma vez fiquei a uma posição do pódio, mas na próxima etapa isso servirá como uma motivação a mais. Além disso, consegui somar bons pontos no ranking internacional. Agora é seguir trabalhando muito e com seriedade para os próximos desafios e objetivos”.

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