MENU

GP Ravelli 2005 - A festa do Freeride

A prova de freeride do GP Ravelli sem dúvida fez história. Pela primeira vez no Brasil tivemos uma competição Slopestyle. Este formato de competição mistura um pouco do downhill, 4X e freeride com obstáculos artificiais. O vencedor não é o que chega mais rápido, mas sim o que apresenta melhores manobras e estilo, que são julgados por juízes espalhados pela pista.

O organizador da competição é o 10 vezes campeão brasileiro de cross-country Marcio Ravelli, que nos últimos tempos começou a se aventurar no lado mais radical do esporte. Ravelli já arrisca manobras que muitos pilotos experientes do downhill não ousam tentar.

Pelo visto, Ravelli também tem um talento especial para organizar competições. Nunca foi visto no Brasil um evento tão completo. A estrutura do local era muito boa, com banheiros, espaço para expositores e barraquinhas com comidas e bebidas. A pista lembra os grandes eventos internacionais, com obstáculos muito grandes e bem construídos. Não faltaram wallrides de madeira, boxes, pontes estreitas, duplos, road gaps e tinha até uma gangorra suspensa a mais de 3 metros de altura!

Para aumentar o brilho do evento estavam presentes os 20 melhores freeriders do Brasil. O nível realmente estava muito alto. Praticamente todos os pilotos conseguiam zerar todos os obstáculos. Assim, o que realmente ia valer na competição seria a amplitude, manobra e estilo. Como o downhill ainda é o tipo de competição extreme de mais destaque no Brasil, esse novo formato de evento deu chance para alguns pilotos de outras modalidades se destacarem. E eles realmente mostraram porque vieram! Foram executadas manobras de alto nível técnico como backflips, super-mans, nothings (soltar as mãos e os pés ao mesmo tempo), can-can e passagens de obstaculos com manual (apenas na roda de trás). No hands, no foots e X-Ups eram executados com tanta facilidade que se tornavam manobras comuns. Tudo isso com bicicletas aro 26 e muitas delas full-suspensions.

Infelizmente esse tipo de evento não permite erros dos pilotos. Como os obstáculos são muito altos ou precisam de muita velocidade, uma queda realmente pode machucar. Ao tentar um 360 Clebinho aterrisou junto com a bike e fraturou o femur. O piloto Titan veio muito rápido para um duplo e teve que ejetar, caindo no plano e quebrando o tornozelo. O piloto Juninho, campeão brasileiro de downhill, deixou os espectadores em pânico quando caiu ao saltar o road gap enorme, que só foi usado para uma apresentação especial dele e do Ravelli, devido ao perigo do obstaculo. Ficou claro que o motivo da queda foi o pedal ter desclipado da sapatilha (confiram a foto). Felizmente todos os pilotos estão bem.

Para o mountain biking brasileiro o saldo foi mais do que positivo. O evento foi inédito e mostrou que os atletas brasileiros possuem nível internacional. A pista é muito técnica e os pilotos executaram as manobras mais difíceis. Além disso, a pista continuará construida em Itu e para usá-la basta pagar uma pequena taxa de manutenção.

O resultado da competição foi:

1 - Robson dos Santos "Urubú - PR - 53.50
2 - Luciano Lancelotti - SP - 53.00
3 - Vicente Neto - SP - 50.50
4 - Leo Matiolli - MG - 50.00
5 - André - SP - 48.50
6 - Wallace Miranda - SP - 46.00
7 - Lucas Marri "freitas" - MG - 44.50
8 - João Marri - MG - 42.0
9 - Leofácio - SC - 41.50
10 - Valmiré - SP - 36.00


Agradecimentos: Cando e Laininha, Patricia Loureiro, Vicente Neto, Kona (Fabio), Ogio (Diogo).

Fotos (77)

foto 0 - Urubu Mais Fotos


Comentários

Outras notícias

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando você concorda com a nossa política de privacidade.