Há algum tempo, fotos e rumores sobre o novo grupo eletrônico de 11 velocidades da FSA apareceram em diversos sites da internet. A bem da verdade, a marca não fez muita questão de esconder o segredo, testando seu novo equipamento inclusive durante grandes provas do ciclismo profissional.
Grupo completo
Há alguns anos, a FSF já pretendia entrar no mercado com um grupo completo. Por isso, o fabricante afirma que o novo K-Force WE, que chega para concorrer com o Dura-Ace Di2 e com o Sram eTap em tecnologia e em preço, consumiu 5 anos para ser desenvolvido.
O novo grupo transmite os comandos dos trocadores para os câmbios sem precisar de fios, utilizando o padrão ANT+. Porém, existe um cabo que liga os câmbios dianteiro e traseiro com a bateria de montagem interna -´algo que lembra a solução encontrada pela Shimano. Os trocadores utilizam baterias estilo moeda.
Outro detalhe interessante é que os trocadores podem ser encontrados nos tamanhos pequenos e standard, que é 6mm maior. Além disso, os manetes ainda possuem regulagem de alcance, sendo as trocas realizadas por um botão tipo "gangorra".
Outros detalhes
Segundo o fabricante, a adoção do padrão ANT+ para a transmissão de dados utiliza uma codificação específica que elimina interferências e invasões maliciosas no sistema, algo que a FSA afirma ter testado exaustivamente.
Segundo eles, a combinação entre fios e wireless é ideal, já que elimina a utilização de "junction boxes" como a Shimano, o que proporciona um visual mais limpo e aerodinâmico para a bike. Para alimentar o sistema, foi escolhida uma bateria de ion litio de 7,4v que dura até 6 mil quilômetros e demora cerca de 1,5 horas para ser carregada.
Como era de se esperar, o sistema conta com um aplicativo de controle para smartphones e desktop que permite customizar as trocas, a função de cada botão, o número de trocas realizadas com cada toque e a agenda de manutenção. Além disso, ele ainda informa o nível da bateria.
A transmissão
Para aumentar a precisão das trocas, a FSA afirma ter criado um mecanismo que elimina a necessidade de regulagem do câmbio traseiro. Além disso, o cambio dianteiro, que é o cérebro do sistema, utiliza um sistema de pinhão e cremalheira que empurra a corrente por coroas com 16 dentes de espaçamento entre si (50/34, 52/36, 53/39). A pedivela utiliza o padrão BB386 EVO e braços de carbono ocos.
O cassete feito de aço e titânico pesa 257g em sua versão mais leve e pode ser encontrado nas configurações 11-25, 11-28 e 11-32. Já a corrente utiliza pinos ocos e pesa 245g.
No quesito peso, o WE é respeitável, porém está aquém de seus principais concorrentes por uma margem praticamente insignificante. Completo, ele pesa 2,090g, 120g a mais do que o eTap e 45g a mais do que o Dura-Ace Di2.
Ainda vale comentar que o grupo utiliza um freio que é compatível com os novos pneus mais largos. O fabricante também afirma que em breve uma versão com freios a disco hidráulicos será apresentada.
Vídeo de apresentação
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