Cerca de um mês depois de ter sido flagrado com o dobro da concentração permitida de Salbutamol em sua urina, começam a aparecer as primeiras informações sobre a defesa de Chris Froome. Segundo uma matéria publicada hoje pelo jornal francês "L'Equipe", o atleta alegará uma falha em seus rins para justificar o pico na substância.
Vale lembrar que o Salbutamol é uma substância permitida e que não requer autorização especial para consumo. Porém, o atleta deve respeitar um limite máximo de ingestão - algo que Froome alega ter feito.
Embora a defesa do atleta ainda não tenha sido entregue para o Serviço Legal de Controle de Dopagem da UCI (LADS), a contratação de um especialista em rins pela entidade máxima do ciclismo revelou a possibilidade da argumentação do atleta tomar este rumo.
A matéria afirma que os níveis de Salbutamol na urina de Froome estava muito baixos nos dias anteriores ao exame em que ele foi flagrado, na etapa 18 da Vuelta. A explicação seria uma falha momentânea nos rins do atleta, que teriam assim acumulando a substância metabolizada pelo fígado. Quando os rins voltaram a funcionar perfeitamente, todo o acúmulo teria sido liberado de uma vez.
A defesa ainda teria explorado e descartado duas outras hipóteses, a desidratação e a farmacocinética, já que seria praticamente impossível recriar as situações que supostamente levaram o atleta a acusar o positivo.
Se a defesa for aceita pela UCI, Froome estará liberado das acusações. Todavia, a WADA (Agência Mundial Anti-Doping) e a UKAD (Agência Anti Dopind do Reino Unido) podem recorrer da decisão no CAS. Se a defesa não for aceita, Froome, que tem 33 anos, pode ser banido por dois anos, significando um possível fim de sua carreira.
Relacionados