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[relato] do rio Tietê ao arroio Chuí |
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rdias
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Postado: 09 Fev 2013 as 21:52 |
Olá
pessoal do gueto!
Depois de um final de ano enrolado, acabei decidindo, de última hora, fazer uma viagenzinha para conhecer o sul do brasil. Como gosto bastante do clima do interior, acabei desenhando uma rota bem maneira pelo interior de SP, PR, SC e RG, levando do rio tietê (mais precisamente de São Miguel Paulista/SP) até a divisa Brasil/Uruguai. A rota que fiz foi essa: http://www.bikemap.net/route/1966210. Se observarem bem, é bem tranquila... Algumas serras pelo meio do caminho e praticamente só morro. Nos dias anteriores à saída do pedal nem me preocupei em dar uma revisada na bicicleta. Estava mais preocupado na rota do que em outra coisa. 15/01/2013 - São Miguel Paulista -> São Miguel Arcanjo: 230km Tudo acertado, acordei bem cedinho e arrumei a minha caloi 100 para a viagem. Em relação às malas, acabei levando algumas coisas só para passear. No kit completo levei as seguintes coisas:
Consegui tirar só uma foto na saída de casa, pois estava chovendo e o meu celular fica incontrolável na chuva.
Sophia preparadinha para sair. Foi a primeira vez que usei o alforje da Ararauna. Achei muito bom. Saí da zona leste de São Paulo, mais precisamente de São Miguel Paulista. Passei no QG na barra-funda para dar uma otimizada na mala. Saí do QG por volta das 11:00 e logo estava na marginal. Como chovia, estava tudo parado e com isso deu para ir para a castelo sem nenhum problema. Perto do pedágio de Osasco, o acostamento começou e aí foi uma maravilha. Havia alguns trechos sem acostamento, como em jandira, mas nada muito preocupante. O acostamento da Castelo Branco é um tapetão. Em alguns lugares um pouco sujo por causa do grande movimento de caminhões, mas nada muito preocupante. Fui pela Castelo Branco até a região de Araçariguama, onde peguei o acesso para São Roque, por onde segui por Mairinque, Alumínio e chegando em Sorocaba, pela Raposo Tavares. Achei a Raposo muito boa para pedalar, sempre com acostamento. Depois de Sorocaba peguei o caminho mais difícil e tortuoso, passando em Votorantin, Salto do Pirapora, Pilar do Sul e São Miguel Arcanjo. A paisagem deste último trecho é fantástica porém não gostei nada da estrada. Sem acostamento e em muitos lugares, sem área de escape. Por sorte, não havia movimento intenso, mas os carros/caminhões que passavam, passavam tirando fina. Raros os veículos que diminuiam ao me ver na estrada. Cheguei em São Miguel Arcanjo no começo da noite. Assim começava a minha rotina de sempre chegar tarde nas cidades. Como estava todo ensopado, ao chegar em São Miguel Arcanjo, procurei algum lugar para pousar. Encontrei um hotel bem baratinho em frente à rodoviária, R$30,00 a pernoite com direito à café da manhã.
Acordei bem cedo e como ainda estava chovendo, resolvi esperar. Esperei até umas 9:00 e, como o tempo não melhorava, acabei me ajeitando para ir embora. O dia seria longo pois eu estava planejando prosseguir até Itapeva ou Sengés, por isso a minha urgência em ir embora.
Coloquei
a capa de chuva, aprontei as coisas dentro dos alforjes e saí. Toda faceira pronta para cair na estrada
A
estrada entre São Miguel Arcanjo e o bairro do Gramadinho é uma
estradinha de mão simples e sem acostamento. O asfalto não é muito
bem conservado mas dá para rodar muito bem por ela. Haviam algumas
subidas, mas nada muito pesado. Como estava nublado e um pouco frio,
algumas vezes chovia e sempre se via a névoa nas encostas das
montanhas, uma imagem bem legal. Logo cheguei na SP-127 e segui em direção à Capão Bonito. A chuva parou de cair quando cheguei nos arredores de Capão e pensei que iria deslanxar. Assim que peguei a estrada para Taquarivaí, um raio da roda traseira quebrou.
Voltei para Capão Bonito para arrumar o raio. Passei na bicicletaria do Cabral, no centro de Capão Bonito e fui muito bem recebido pelo pessoal. Como o mecênico só retornava depois do almoço lá pelas 14:00, deixei a bicicleta na bicicletaria e fui almoçar. Quando voltei, troquei dois dedos de prosa com o Cabral e o mecânico Parada na bicicletar Roda alinhada, parti em direção à Taquarivaí. Estradinha bem legal, com um fluxo razoável de caminhões e ônibus. Em alguns pontos o acostamento é feito de uma pedra meio solta, mas como eu estava com pneus largos nem me atrapalhou. O que me chamou a atenção nesta etapa é a paisagem... Região praticamente plana, com alguns morros, algumas plantações de soja, vários rios e sempre acompanhado de nuvens de chuva. SP-258 Faltando 20km para chegar em Itataré, parei em um posto da SP-Vias. Conversando com um dos paramédicos,
ele me indicou um albergue para ficar em Itararé. Cheguei em Itararé no
final do dia, procurei o albergue e me hospedei. Acabei ganhando a
janta e dormi cedinho para poder me recuperar do dia, que foi bem puxado. Terceiro dia - Itararé -> Teixeira Soares : 235km Saí de Itararé bem cedo. Já saindo de Itararé, dou de cara com a divisa SP/PR e com uma antiga trincheira usada pelos paulistas durante a revolução de 1932. Divisa SP/PR Sengés é uma cidade que fica a 16km de Itararé. Assim que passei pela divisa a geologia
mudou bastante. Antes eu observava morros de terra e agora eu observava
muitas formações rochosas, as quais eu só vira antes em Ponta Grossa,
Lapa e região. Paisagem típica do nordeste paranaense Após Sengés, começa a primeira serrinha que enfrentei. Até chegar em Jaquariaíva são quase 15km de subida constante e depois temos um sobe-desce alucinante. Jaquariaíva está na várzea de um rio, mas assim que se sai da cidade, são mais 15km de subida ininterrupta. Cheguei em Piraí do Sul, exausto. Acabei almoçando por lá mesmo. Parti para Castro. Como conhecia mais ou menos a estrada a partir de Castro, queria muito chegar lá e estar em algum lugar conhecido. Cheguei em Castro lá pelas 14:00, parei para tomar um café perto do portal da cidade e rumei para Ponta Grossa. Peguei a PR-151 sentido Palmeiras e, após 8/9km, a PR-438 sentido Irati. Na PR-151, região de Cara Cara. Ponta Grossa está lá no fundo... Segui pedalando e olhando os arredores. Muito rio, algumas áreas com plantação de soja e muita propriedade pequena. A estrada é de mão simples, com muito pouco movimento (mas isso não quer dizer que eu pedalava sem prestar atenção no que vinha atrás). Passei por um distrito de Ponta Grossa chamado Guaragi e perguntei em um posto se havia algum lugar para pousar por alí ou se havia alguma cidade mais à frente. Disseram que só em Teixeira Soares. Então continuei... Antes de Guaragi ocorreu o primeiro
fato esquisito da viagem: como estava escurecendo, acabei parando a
primeira pessoa que vi na rua para perguntar se Teixeira Soares estava
perto. Quando cheguei perdo do moço, eu vi que ele era meio esquisito. Perguntei e aí reparei que ele era mudo. O pior é que eu disse: "Poutz, você é mudo?", e ele respondeu mexendo a cabeça. Pedi desculpas e deixei para lá. Cheguei em Teixeira Soares mais ou menos às 20:00. Como estava só o pó da rabiola, acabei procurando o único hotel da cidade. Foram-se R$ 40,00 com café da manhã, mas valeu a pena. Quando saí para jantar, um pessoal que me viu chegando começou a me perguntar de onde vim. Assim que eu disse que viera de São Paulo, em três dias, o pessoal ficou assustado. O comentário que ouvi foi: "Cara, eu pedalo de speed e não vou nem até Irati que é a próxima cidade... Você veio de Itararé para cá em um dia. Tá doido!". Assim que eu disse que pretendia chegar no Chuí em mais 7 ou 8 dias o pessoal pensou que eu estava de brincadeira. Enfim, depois desta conversa acabei indo para o quarto e apaguei. Pôr do sol na região de Teixeira Soares Quarto dia - Teixeira Soares -> União da Vitória: 150km
Sente só a neblina... Em Irati, peguei a BR-153, sentido sul do Paraná. Passei por algumas pequenas cidades, como Rebouças e Mallet. Sempre que eu parava em um bar para tomar uma água ou um refri, era motivo de atenção. Acho que não tem muitos cicloviajantes passando pelo interior do paraná. Parei para almoçar em Mallet e prossegui viagem. Pedalar só observando esta paisagem é fácil. A estradinha não tem muito movimento e, justamente por isso, é bom ter cuidado a andar por ela. Sempre passavam alguns caminhões voando baixo pela estrada. Cheguei
na BR-427. Muito movimento e sujeira no acostamento. Me deparei, duas
vezes, com o que menos gosto em rodovias: a terceira faixa para
caminhões nas subidas. Não gosto muito porque geralmente nestas
situações não há acostamento e os caminhões passam mais devagar. Sem
contar, que geralmente os construtores fazem uma vala logo após a faixa
branca que, em qualquer vacilo, te traga. Não gosto muito disso, mas faz parte. Chegando
em União da Vitória, pego um temporal. Esperei o temporal passar e
segui para União. Cheguei lá à noitinha e procurei um albergue. Como não
encontrei, fiquei em um hotel no centro, à R$ 25,00 a diária. Quinto dia - União da Vitória -> Caçador: 115km Inicialmente eu pensei em descansar o dia todo, estava quebrado. No
final, acabei ficando na cidade até o meio dia, saí para almoçar e já
rumei para Matos Costa. A minha idéia éra a de ir direto por Porto União
até Matos Costa. No centro de União da Vitória perguntei para um senhor
como é que fazia para ir para Matos Costa e aí ele me informou o
caminho e me perguntou de onde vinha e para onde ia. Quando disse que a
minha idéia era a de chegar no Rio Grande do Sul, ele me disse que seria
melhor pegar a BR-153 sentido Erechim pois a estrada estava um tapetão.
Acabei ouvindo a voz da experiência e me ferrei. Saindo
de União da Vitória, estava tudo em reforma. Haviam muitos trechos sem
acostamento e um movimento intenso de caminhões. Depois de um trecho em
que a DNIT estava controlando a passagem a uma ponte, perto de General
Carneiro, dicidi pegar uma saída para Matos Costa, através de uma
estrada de terra através de uma serrinha. Logo de cara, uma estrada
característica do sul com muita pedra solta. Após 17km estava chegando
em Matos Costa. Serra
catarinense na região de Matos Costa. Segundo um farmacêutico da
cidade, a região está quase que na mesma altura da região de Urubici. Conversei
com o farmacêutico da cidade. Contei a minha aventura e ele disse que é
motociclista e que geralmente faz viagens para o litoral. Foi a
primeira pessoa que não ficou muito impressionado com o fato de eu ter
saído de SP pedalando. Achei legal isso. Continuei o pedal, segundo em direção à Calmom e depois Caçador. Achei
bem legal este pedaço da viagem pois passei em algumas regiões de mata
protegidas, possibilitando ver alguma coisa diferente das plantações de
pinus que eu estava vendo na BR-153. No meio da serra catarinense, entre Calmon e Caçador Cheguei
em Caçador no final do dia. Lá fiquei em um hotelzinho no entorno da
cidade. Estava tendo festa de formatura e acabei filando uma janta de
graça. Sexto dia - Caçador -> Barracão: 157km Saí de Caçador cedinho. Logo estava no vale do rio do Peixe. Passei por Rio das Antas, Videira e Pinheiro Preto. O quê dizer sobre este pedaço? Simplesmente FANTÁSTICO! Rio do Peixe em Pinheiro Preto Almocei
em um restaurante em Pinheiro Preto. O pessoal estava com roupas
típicas alemãs e, quando fiz o pedido, o dono perguntou se eu era
paulista. Disse que sim, e ele disse que era do Butantã, e que estava
morando em Pinheiro Preto a uns 10 anos e que não voltava para SP nem à
força. Olhando a estrada eu até entendo. Acabei
chegando em Campos Novos lá pelas 17:00. Parei para tomar um café e
segui para o Rio Grande do Sul. O que me chamou muito a atenção neste
último trecho foi a chegada ao rio Uruguai, que é a divisa entre SC e o
RS. A estrada desce de Campos Novos para o rio Uruguai e depois sobe
tudo novamente para chegar em Barração. Uma bela de uma subida, tanto
pelo esforço quanto pela beleza. Descida para chegar no rio Uruguai Arroio Poatá ou rio Uruguai... Não sei dizer qual é. Cheguei em Barracão debaixo de chuva. Procurei um camping, não encontrei, assim fiquei em uma pousada perto da rodoviária. Sétimo dia - Barracão -> Passo Fundo: 170km A
minha idéia era ir para Cacique Doble e chegar até Marau. Conversando
com o dono da pousada, ele me disse simplesmente que não tinha nada para
ver por lá. Fiquei pensando e aceitando a sugestão dele, de ir até lagoa vermelha, e depois rumar para passo fundo. Continuei na BR-470. Sinceramente, eu achei muito chato. Me arrependi de não ter ido por onde estava pensando. As emoções do dia, foi correr de cachorros. Até chegar em Lagoa Vermelha, corri de uns 4. O mais engraçado é que quando eu parava, eles paravam e não sabiam o quê fazer, ou ficavam pensando: Ô humano, só quero correr atrás de você. Continue aí, pls. só esperando eu voltar a pedalar, né?
Cheguei
em Lagoa Vermelha por volta das 11:00. Parei para almoçar e aí, o
primeiro gaúcho típico (com botina, bombacha, laço vermelho no pescoço,
chapéu e bigodão) me aborda no restaurante. Inicialmente
ele me pergunta o nome e depois de um tempo, o nome de família. Quando
eu disse "Dias", ele disse que conhecia alguns Dias em Passo Fundo e,
que se tivesse a agenda deles, ligaria para alguém me dar hospedagem.
Achei legal. Ele ficou interessado em saber como eram as terras mais
para o norte e ficou impressionado com o tempo que levei para chegar lá.
No final ele viu as minhas pernas e disse que eu estava fraquinho e que
era para comer mais. Bom, nem preciso dizer que não precisei pagar o
almoço novamente.
Olha só o estado do acostamento na BR-253 Cheguei em Passo Fundo no final do dia. Um pouco cansado mas feliz. Oitavo dia - Passo Fundo -> Soledade: 100km Dia só de giro. Saí de Passo Fundo com a idéia de chegar em Vera Cruz. Acho
que Passo Fundo foi a primeira cidade que não era de primeira que eu
passei. Havia um movimento de carros, ônibus e caminhões um pouco
intenso quando saí. Até
chegar em Tio Hugo foi tranquilo. A estrada é bem plana, com algumas
subidinhas e muitas descidas. Depois de Tio Hugo, haviam algumas subidas
longas, com três faixas... Fui girando e levando várias finas
desnecessárias de caminhões. Cheguei
em Soledade na hora do almoço. Almocei e fui embora. A uns 10km de
Soledade, ouço um barulho estranio na bike e, já desconfiado de quebra
de raio, olho para a roda traseira e constato um raio quebrado...
Pedalei mais um pouco para ver se encontrava alguma casa e nada...
Voltei para Soledade e procurei uma bicicletaria. Fui para uma no
centro, mas eles não tinham o saca-k7. Acabei rodando a cidade até que
cheguei na bicicletaria do Tio Caio. Como havia perdido muito tempo
nesta estória toda, acabei desencanando de ir para vera cruz e iria
ficar por soledade mesmo. Tio Caio arrumando a roda traseira... No final de tudo, o Tio Caio acabou contando estórias suas sobre cicloviagens e outros causos. Depois ele me levou para um albergue da prefeitura e dormi por lá mesmo. Nono Dia - Soledade -> Santa Cruz do Sul: 160km Saí
do albergue mais ou menos às 7:00. Tomei café da manhã em uma padaria
no centro e peguei a estrada. Novamente, uma estrada muito boa para
pedalar. Não estava muito calor e deu para desenvolver bem o pedal.
Estava pensando em conhecer alguns vilarejos e acabei parando para
almoçar em Gramado Xavier. Lá conheci parei para comer no restaurante
Tomazzi e o dono do restaurante acabou conversando comigo. Contei de
onde vinha, como estava passando as noites, mostrei no mapa os lugares
que passei... Acabei ganhando mais um almoço. Nisso juntou mais alguns
moradores e ficaram ouvindo as estórias. O comentário que ficou na
minha memória, feito por um senhorzinho, foi: Nunca vi um aventureiro
assim. Pronto, agora sou um aventureiro. Gramado Xavier Voltei
para a BR-153 e segui até Herveiras. Lá parei para tomar uma coca e,
novamente, um gaúcho me perguntou de onde eu vinha e qual era o meu nome
de família. Conversamos
um pouco e logo parti para Sinimbu. Peguei a estrada de terra, desci as
7 curvas e levei dois capotes. Quando desci a serra, senti que estava
em outro país. Muito esquisito.... Chegando em Sinumbu Depois de Sinimbu, peguei uma estrada e saí em Santa Cruz do Sul, onde a Lidiane estava me esperando. décimo dia - até a padaria e só... Bah! Não fiz nada neste dia... décimo primeiro dia - Santa Cruz do Sul -> Encruzilhada do Sul: 110km Estava em um dilema... Saí de Santa Cruz cedinho pensando em chegar em Canguçu. Cheguei em Pantano Grande por volta da hora do almoço. Almocei
e continuei pedalando em direção à Encruzilhada. Muito vento contra e
uma subida bem de leve até chegar em Encruzilhada. No meio do caminho eu
parei em um boteco para comer melancia e acabei mandando metade de uma
para o peito. manda tudo para o peito! Cheguei em Encruzilhada às 19:00. Me hospedei em um hotelzico de R$ 15,00 a diária. sossegado! No final do dia recebo uma mensagem da Lidiane dizendo que iria para Pelotas me esperar, ela estava querendo ir para o Chuí. décimo segundo dia - Encruzilhada -> Pelotas: 180km Saí de Encruzilhada mais ou menos às 7:30. Estava um pouco frio e com bastante vento contra. Achei a região bem isolada. Haviam algumas casas, onde eu peguei água algumas vezes, e poucos bares. A paisagem é fantástica, bem diferente do que eu vi nos outros dias de pedal. Após
alguns muitos quilometros de pedal, chego na várzea do rio Camaquã.
Achei bem legal o pessoal aproveitando o dia de sol nas margens do rio. Pessoal aproveitando o dia nas margens do rio Camaquã Parei
para pedir informações em uma casa perto do rio camaquã e acabei
ficando mais de 30 minutos conversando com um senhorzinho. Ele me
indicou uma mercearia mais à frente para almoçar. Acabei almoçando pão,
banana e mel. Continuei pedalando e, assim que cheguei na BR-392, em Canguçu, o pneu traseiro fura. Procurei o elemento furante e não encontrei. Avaliando a câmera, vi que o furo havia sido do lado de dentro. Olhei a roda e não vi nada.... Nisso, recebi uma mensagem da Lidiane dizendo que ela estava me esperando em um posto de gasolina na BR-392, antes de Canguçu. Cheguei
no ponto de encontro, comi alguma coisa e saímos. Assim que chego em
Canguçu, sinto alguma coisa pegando no freio. Paro para dar uma olhada e
vejo que a roda traseira está trincada. ê lasqueira Abri
o freio e seguimos para Pelotas. No meio do caminho o pneu traseiro
fura novamente e pela segunda vez, foi furo interno. Desta vez estava
evidenciado que era por causa da trinca. A lidiane, para ajudar, pegou um dos meus alforjes e carregou com ela para aviliar o peso na minha bicicleta. Chegando em Pelotas, outro furo, só que no pneu dianteiro. Chegamos na cidade e acabamos encontrando um pouso baratinho perto da rodoviária. Saímos para jantar e depois dormir... Décimo terceiro/quarto dias - Pelotas -> Chuí Acordamos
bem cedinho e já fui remendar as câmeras. Saímos lá pelas 7:00. A nossa
idéia era a de chegar no Chuí no final do dia, de qualquer jeito. Não
pedalamos nem dois quilômetros e o pneu traseiro fura. Disse para a
Lidiane que, se fosse por causa do aro, eu já desistia alí mesmo. Olhei a
câmera e vi que a câmera estava rasgada internamente. Lembrei do ditado do velho eremita: O quê é um peido para quem já está todo cagado. Acabei cortando uma câmera e fazendo uma gambiarra, enfiando a câmera cortada entre o pneu e a roda. Gambiarra #1 Com essa gambiarra, seguimos para Rio Grande. No meio do percurso a Lidiane me perguntou se conseguiria chegar no chuí com uma bicicleta nova... Falei que sim mas nem dei bola. Estava pensando em arriscar tudo e pegar a estrada com a Sophia do jeito que estava. No pior dos casos, eu voltaria para pelotas de carona. Um
pouco antes de Rio Grande começo a sentir o pneu resvalando no quadro
da bicicleta. Resolvo amarrar tudo com o resto da câmera que havia
cortado. Gambiarra master piece
Chegamos
em Rio Grande mais ou menos às 11:00. Almoçamos e a Lidiane me propõe
trocar de bicicleta. No começo relutei mas acabei concordando. Peguei
a RS-471 sentido Chuí. Muito vento contra e ainda tinha o efeito
psicológico de nunca se ver o final da estrada. Houve um momento que um
caminhão passou e eu parei para ver como ele andava... Depois de uns 10
minutos ele começou a sumir, como se fosse uma descida. Pensei que havia
uma descidinha lááááá na frente. Plano Infinito Me
disseram que esta região era tudo deserto. Posso dizer que dá para
atravessar tranquilamente, sem medo de ficar à mingua. Haviam algumas
vilinhas a pelo menos 50km e tem três postos de gasolina no meio do
percurso, o primeiro deles após a reserva do Taim. Após
uns 50km cheguei à reserva do Taim. Achei muito bonito por lá: em quase
toda a extensão da reserva há dois rios beirando a estrada, cheio de
capivaras e em alguns lugares acho que vi jacarés. Reserva do Taim Acabei dormindo em um camping que tem logo depois da reserva do Taim. http://noticiasjasvp.blogspot.com.br/2012/03/camping-do-taim.html No outro dia, o vento estava empurrando. Acordei às 7:00 e arrisco dizer que estava uns 25º. Tomei café e zarpei. Cheguei em Santa vitória do Palmar um pouco antes do almoço. Almocei por lá e saí em direção ao chuí. Santa Vitória do Palmar Fui para o Chuí pela praia do Hermenegildo. Por sorte, a maré estava baixa e havia uma grande faixa de areia. Depois de 15km estava na divisa Brasil/Uruguai. \o/ Passei na barra do chuí e procurei o arroio Chuí, afinal, saí de SP para conhecê-lo. Do Tietê ao Chuí Peguei
a estrada para o chuí, cheguei na cidade e já procurei a rodoviária,
afinal, havia gente me esperando em pelotas. Cheguei em Pelotas à tarde.
Bom é isso aí! 14 dias de pedal com 1900km. Fiquei dois dias em barraca, três em albergue e o resto em pousada. Link para as fotos: https://picasaweb.google.com/113732869544350305103/SaoMiguelChui01152013 |
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Waldson
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Grande Rdias, parabens! Fantástico pedal, bela cicloviavem!
Só me permita uma correção: o que vai dentr do pneu é câmara de ar. Câmera é o que você usa para fotografar. Grande abraço! Waldson (Antigão) |
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Waldson (Antigão cicloturista)
Blog = Pedalando com o Antigão http://pneunaestrada.blogspot.com |
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rdias
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Hahaha! É verdade, escrevi errado. Pelo menos foi consistente, mantive o erro até o final. |
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poneis
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lindíssimas fotos do sul, hein? logo vou fazer uma viagem parecida também, saindo de sp e chegando (em algum lugar) no sul, rota ainda a definir, hehe.
E que perrengue com as rodas vzan, hein? Roda é o tipo de coisa que se der problema, azeda bonito a viagem. para viajar só ando com rodas de 32 raios, sem raio aero ou aros com menos furos.
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Os melhores mecânicos para a sua bike: www.bike123.com.br
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rdias
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E eu fui com a caloi 100 pois é a bicicleta mais simples que tenho. Esqueci de ver este lance da roda, passou batido. Na próxima vez, vou com rodas de furos mesmo. O seguro moreu de velho, né? |
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NanShibukawa
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que massa em ! parabens pelo feito , você tem uma média de qts $$ foram gasto na viajem ? planejo um dia fazer uma viajem ao extremo sul do brasil , porem partindo de maringá-pr.
agradeço , NanShibukawa |
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Nan Shibukawa :)
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Saddam
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Esse é o verdadeiro Rafael Dias!
Caloi 100 e um Audax por dia. Obrigado por compartilhar conosco esta odisseia. Voltou de avião? Editado por Saddam - 10 Fev 2013 as 20:19 |
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rdias
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Olá NanShibukawa, Sempre procurava os hotéis mais baratos. O mais barato que eu encontrei foi em encruzilhada do sul, R$ 15.00, e o mais caro foi em caçador, R$ 60.00. Se for contar com os dias que fiquei em albergues e o dia que dormi em um posto, gastei mais ou menos uns R$350 em estadia nos hotéis. A maioria dos lugares que encontrei estava pedindo entre R$40.00 e R$50.00. Em relação à alimentação, estava gastando de R$ 20 à R$ 25/dia. Dá para gastar menos. |
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rdias
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É, eu até que tentei... Com as quebras e a preguiça o rendimento caiu. Sim, voltei de ônibus até Porto Alegre e depois avião para São Paulo, pela TAM. O mais legal é que em PoA o pessoal da TAM nem me pediu para esvaziar os pneus... Só tirei os alforjes e entreguei a bike. :D |
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diegourbano
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esta de parabens!!!! belissimas fotos
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