Qual bike comprar para poder revender facil?

Em termos técnicos acho que uma aro 29 será muito mais fácil de revender do que uma aro 27.5... Ja no aspecto preço creio que você perdera menos dinheiro comprando uma bike usada e revisada do que uma nova... Pois se ela estiver em bom estado sera mais fácil revender próximo ao preço que pagou...

dawid escreveu: Oi Me mudei a florianopolis. Acho que vou morar aqui um ano.  Quero comecar com MTB. Vi pessoas recomendando GT Avalanche. Entao tou pensando comprar um desses mas ao mesmo tempo pensando o que vai ser mais facil revender  depois de um ano para recuperar mais do investimento: Achei GT Avalanche sport 27" pouco usado (do ano 2017) que podia comprar por 1600 reais.  Alternativamente podia comprar um GT Avalanche sport 29" novo (modelo deste ano) por 2400 reais. O que vai ser mais facil vender para perder menos depois de um ano?  Obrigado

Editado por Binotto - 09 Abr 2018 as 15:27

Meu primo comprou uma GT agressor 1.0 ,nova na loja, na época aro 26" por 1.800 reais, isso em 2013, usou muito bem usada, em trilhas por 2 anos,  e deu de entrada numa full 27.5 em 2015, o cara da loja pagou 1.200 na bike, detalhe principal, a bike estava zerada, com marcas de uso, mas em perfeito funcionamento.

Editado por hurry-gurits - 09 Abr 2018 as 19:42

dawid escreveu: Oi Me mudei a florianopolis. Acho que vou morar aqui um ano.  Quero comecar com MTB. Vi pessoas recomendando GT Avalanche. Entao tou pensando comprar um desses mas ao mesmo tempo pensando o que vai ser mais facil revender  depois de um ano para recuperar mais do investimento: Achei GT Avalanche sport 27" pouco usado (do ano 2017) que podia comprar por 1600 reais.  Alternativamente podia comprar um GT Avalanche sport 29" novo (modelo deste ano) por 2400 reais. O que vai ser mais facil vender para perder menos depois de um ano?  Obrigado

Sinceramente, a "grife" só vai valorizar a bike na venda para uma loja se estiver dando ela de entrada numa nova...

Se for só vender e pronto, como ele planeja, qq loja vai jogar o preço de qq marca la embaixo! Pois o negocio deles eh vender bike nova e nao fazer repasse...

Ja numa venda particular, ai sim a marca e o estado geral ajuda, mas demora mais se vc nao tiver nenhum conhecido a fim da tua bike

Editado por raulino - 11 Abr 2018 as 20:27

Eu tenho um monte de amigos que adoram comprar gadgets, usam dois meses e revendem quase pelo preço que pagaram. Eles nem tentam vender do meu lado porque já sabem o que eu penso.

Qualquer coisa usada, para mim, perde muito rápido valor em relação ao novo. Se for para eu comprar usado, que seja num valor que compense, tanto financeiramente como em termos de risco.

Se uma coisa nova custa 100, porque eu pagaria 95 numa que já foi usada? Pago os 100 e vem fechado, na caixa com garantia e nota fiscal.
Quer vender usado? Está vendendo porque? Se está vendendo cedo é porque alguma coisa errada tem. Quer que eu compre? Então me venda por 60.

Quer ver quem quer morrer com esse argumento? Fanboy da Apple. Entre eles existe um mercado que aceita pagar 85, 90% do preço novo num iPhone com 6 meses ou 1 ano de uso.
Se perguntar porque um iPhone tem valor de revenda enquanto um Android não tem, em uma discussão mais profunda sempre irá cair em argumentos tão intangíveis como explicar porque uma pessoa prefere o vermelho ao invés do verde.

Outro tipo de vendedor que fica cuspindo de raiva com esse argumento é aquele sujeito que gastou um caminhão de dinheiro numa preparação de um carro que ele agora quer vender. O sujeito sempre quer recuperar pelo menos parte daquilo que ele investiu no carro, e o carro sempre é oferecido bem acima da tabela FIPE. Aí eu chego e ofereço 50~70% do valor da tabela FIPE do carro. O sujeito quer me matar. Aí eu digo que ninguém pendura um turbo para enfeite. Quem garante como um carro desses foi usado e se não vai desmanchar na esquina seguinte? Se eu quero comprar, tem que ser por um preço que valha o risco.

Outro mercado parecido: computadores gamers. Queira ou não, computadores para jogos são um luxo e as peças ficam obsoletas muito rapidamente.
Eu comprei ano passado um computador gamer por R$ 2.200,00, mas só depois de muita conversa. O antigo dono tinha loja de informática e gastou mais de R$ 4.000,00 montando a máquina porque só usou peças de primeira linha, embora não fosse uma configuração realmente top. Na hora de vender ele queria R$ 3.500,00, mas a máquina micou e ficou anunciada quase 1 ano sem nem fazerem perguntas. Fui o único interessado que apareceu para ele. Mas a negociação foi pesada até que chegou no meu preço. Dois meses depois tive que fazer uns upgrades às pressas porque ele veio com pouca memória (8 Gbytes de RAM) e o tipo de memória para ele (DDR3) estava sumindo rapidamente do mercado.

Não me surpreende esse comportamento em bicicletas porque já vi coisas parecidas com outros produtos.
Normalmente quem pensa já pensando na revenda é quem quer experimentar mas não quer correr o risco. Comprou a bike por R$ 5.000,00, e se não gostar revende perdendo só R$ 200,00. Ou então é aquele sujeito que adora aparecer com uma bike top diferente todo mês para causar inveja nos amigos gastando na verdade troco de pinga.
E esses caras existem porque tem quem compre deles pelo preço que eles pedem. É um ecossistema.

O que me deixa triste é que quem é assim não compra por realmente gosta da coisa. A paixão não precisa ser grande para ultrapassar o medo, se o risco é pequeno.
Eu compro, eu usufruo o tanto que me satisfaz, me livro daquilo sem quase perder dinheiro, e com o que eu recupero parto para o próximo. Sou o Gerson do consumo, porque tiro vantagem em tudo.

Se pensar bem, esse ultimo pensamento se aplica até a casamentos...


Editado por Gryphon - 12 Abr 2018 as 10:00

Eu penso assim. Você compra passagem usada de avião? Não. Mas você não deixa de viajar e curtir o passeio, mesmo que seja um dinheiro que você gasta e não volte.

Se você realmente curte uma bike, a perda que você vai ter com a desvalorização dela foi paga com o que você usufruiu dela. Tudo tem dois lados. Não existe só o lado bom, tem o lado ruim também. E esse é o lado ruim do lado bom de curtir uma boa bike.

O problema é você querer usufruir ao máximo e não perder nada no processo.
Tudo que vem fácil e vai fácil você nunca dá o devido valor porque não existe sacrifício da sua parte.

É mais ou menos como querer comprar uma passagem ida e volta para Aruba, usar a passagem, curtir o passeio e ainda querer revender o bilhete usado por 95% do valor dele para não sair perdendo.
Parece absurdo, mas a maioria dos carros nas ruas são de cor prata ou preta exatamente por argumento.

Pensando nisso, qual a graça de tirar férias em casa? Mas tirar férias em casa não exige sacrifícios. E sem sacrifício, não existe paixão.
Da mesma forma, se você pudesse curtir férias em Aruba gastando troco de pão, a viagem não teria graça.

Não sei se você percebe, mas se quiser alguma coisa neste mundo, em algum instante se exige algum sacrifício, alguma renúncia da sua parte para aquilo ter valor.

Agora pense um pouco. Você disse que vai mudar para Florianópolis para ficar apenas um ano. Quanto custa se mudar para lá? Quanto vai custar sair de lá depois desse ano? E quanto você pode perder na revenda da bicicleta perto desse gasto todo? Acho que você está lutando por migalha.

O que dá para dizer para você então?
- Se não quer perder grana, não compre a bike;
- Se quiser perder pouco, compre uma bike usada antiga. Tem muita GT aro 26 dos anos 90 sendo anunciada a preço de bicicleta de supermercado. É uma bicicleta boa que não tem mais para onde desvalorizar;
- Se quiser andar de bike nova e boa, se conforme. Vai custar caro e a perda é parte da diversão.