A geometria para homens e mulheres não tem diferenças significativas, e como bicicletas tem muita variação em relação a isso, não tem necessidade de buscar algo específico para mulheres. Basta escolher uma geometria que se adapte ao seu fit e se necessário fazer ajustes (mesa, guidão, selim, manoplas, etc). Se achar um modelo com preço similar ao "masculino" já com esses componentes que te agradem aí sim pode ter vantagem o modelo feminino. Por exemplo as bikes da Juliana (Santa Cruz) já vem com guidões mais estreitos, bancos mais largos, manoplas para mãos menores e suspensões ajustadas para pessoas mais leves. As pinturas são diferenciadas, com cores diferentes dos quadros da Santa Cruz, mas os quadros são exatamente os mesmos. Só que o preço da bike mais barata deles acho q vai ser quase o triplo do seu orçamento.

Como desvantagens as bikes femininas tem um problema na revenda já que pelo apelo estético provavelmente somente outra mulher vai interessar na compra, e como a porcentagem de mulheres pedalando hoje é bem menor que a de homens, restringe bastante os potenciais compradores.

Além disso ainda existem poucas opções no mercado nacional, e quando existem elas tem mais apelo estético que diferenças significativas nos componentes.

olhando a bike em questão (Soul), achei uma geometria muito antiquada e mesmo sendo criada para mulheres, as bikes são extremamente pequenas e curtas para os padrões atuais. Os ânguos são iguais as da bike masculina, só são mais compactas. 

Comparando os números de Reach e top tube efetivo com qualqer bike moderna de grandes fabricantes que da p perceber quão pequena são essas bikes. Além disso não parece vir com nenhum componente diferenciado que realmente importa, como selim, manopla, pedivela. Até o guidão de 760mm é o mesmo.

o que eu disse se trata da minha opinião pessoal. muitos fabricantes seguem essa linha, como a Juliana bikes, por exemplo, e recentemente a Specialized que abandonou os modelos femininos com geometria diferente) e outros não, como a Giant que segregou sua linha de bikes femininas como Liv. E no fim das contas o que importa não é só por ter modelos com geometria diferenciadas ou não, mas também como as marcas contribuem no desenvolvimento do ciclismo feminino e como as mulheres percebem isso.

 Se quiserem se aprofundar nessa discussão, aqui é um bom artigo pra ler e saber o que acontece mundialmente no mercado de bicicletas femininas. 

https://www.pinkbike.com/news/where-have-all-the-womens-bikes-gone-a-look-inside-an-ever-changing-market.html" rel="nofollow - https://www.pinkbike.com/news/where-have-all-the-womens-bikes-gone-a-look-inside-an-ever-changing-market.html