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Câmbio interno - vantagens e desvantagens?

Impresso de: Pedal.com.br
Categoria: Fóruns Novos - Outras Categorias
Nome do Fórum: Bicicletas Híbridas & Fitness Bikes
Descrição Fórum: Fórum para discussão geral sobre bicicletas híbridas e assuntos afins.
URL: https://www.pedal.com.br/forum/forum_posts.asp?TID=89246
Data da Impressão: 18 Abr 2024 as 06:11
Versão do Software: Web Wiz Forums 12.07 - https://www.webwizforums.com


Tópico: Câmbio interno - vantagens e desvantagens?
Postado Por: silasdb
Assunto: Câmbio interno - vantagens e desvantagens?
Data de Publicação: 16 Dez 2016 as 11:24
Pergunta versão curta: quais as vantagens e desvantagens de um câmbio interno (como o Shimano Nexus) para uso urbano numa cidade como São Paulo (com várias ladeiras)?

Pergunta versão longa: Eu estava há umas semanas atrás na busca desenfreada da urbana perfeita. Maximizar performance, simplicidade e leveza (pra escapar do busão que vem acelerando logo atrás), minimizar manutenção (porque todo dia você passa por cima daquela lama na valeta da obra ou pode pegar chuva). Acabei pegando uma maravilhosa Specialized Sport que está atendendo perfeitamente minhas expectativas. Pedalar com uma relação Acera reguladíssima após 12 anos usando Tourney é quase como estar no céu.

Aí, na mesma bicicletaria que comprei a Sirrus, volto lá pra botar uns paralama e acabo dando uma olhada em outra bicicleta e conhecendo uma tecnologia que ainda não conhecia: a dos câmbios internos (internal hub) como Shimano Nexus e Alfine. Sim, confesso que eu não conhecia. Imediatamente fiquei interessado e quando cheguei em casa fiz uma pesquisa na internet sobre o tal câmbio, inclusive aqui no fórum, achando um monte de páginas e, para minha surpresa, só reviews positivos. As desvantagens parecem ser mínimas (o peso é compensado pela diminuição de outros componentes) e as vantagens, muito significativas: caixa de câmbio selada do ambiente externo, manutenção muito reduzida, corrente com pouco desgaste, etc.

Imediatamente veio em mim o arrependimento de ter adquirido a minha linda Sirrus porque me pareceu que uma solução dessas poderia trazer mais benefícios para o que procuro: simplicidade, baixa manutenção e ainda garantir leveza e performance. Além disso, na Sirrus, das 27 velocidades, eu uso só mesmo as intermediárias. Imaginem que, mesmo em ladeiras importantes de São Paulo, não usei ainda a coroa menor. Ou seja, fico nas coroas 2 e 3 e nas catracas 4, 5, 6, 7 e, às vezes 8.

Eu não vou ter cascalho pra trocar de bike tão cedo, mas fiquei com a impressão que uma solução dessas atenderia minhas expectativas melhor que minha amada Sirrus. Então, coloco uma dessas na enorme "wishlist"?

P.S.: Na mesma bicicletaria fiquei de olho numa Foffa: https://foffabikes.com/product-category/bikes/urban-7-speed-nexus-bicycle-range/

P.P.S.: Lembrando que o uso que faço da bike é muito diverso: encaro ladeiras íngremes, ruas de bairro com crianças jogando bola e avenidas rápidas e hostis com caminhões e ônibus. Nessa versatilidade não posso reclamar da Sirrus...

P.P.P.S.: Essa Foffa tem uma geometria mesmo de Speed, mas sem o guidão drop. Algum motivo específico?



Respostas:
Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 16 Dez 2016 as 11:40
Silasdb eu uso uma bike com Shimano Alfine 8, uso como commuter e estou instalando umas peças nela pra treinar tipo "speed". 

Os IGHs são perfeitos para ambiente urbano, parar no semáforo e trocar quantas marchas quiser parado e sair pedalando é demais rsrs. Não sinto falta de marchas, o range do Alfine 8 é de 307% e apesar dos gaps relativamente grandes, consigo pedalar numa boa. Claro se vc passa por ladeiras muito íngremes prefira usar uma relação mais leve.

Eu pesquisei muito sobre os IGHs, vi muitos relatos em fóruns gringos, cogitei até pra MTB rsrs, mas onde ele se sobre sai mesmo é no ambiente urbano.

Se for pra comprar a urbana perfeita, procure por bikes com transmissão da Gates Carbon, por correia dentada, a oferta de bikes com esse sistema é super pequena, um ou outro modelo apenas.

As vantagens são: a ausência de lubrificação, eu vou trabalhar de calça jeans todo dia, e não suja, porque não tem graxa. A durabilidade é muito maior que de uma corrente.

Desvantagens: precisa de um quadro especial (com abertura no chainstay) e é mais cara (e difícil de achar no BR).

A foto da magrela:










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Postado Por: silasdb
Data de Publicação: 16 Dez 2016 as 14:27
Cara, linda demais! Realmente fiquei curioso de experimentar uma dessas... Umas perguntas: tem relação pra você conseguir desenvolver velocidades boas com ela nas descidas? Esse modelo seu não dá pra colocar paralama, né? Mas acredito que em outros modelos seja possível...

Na bicicletaria que eu fui tinha uma com correia. Fiquei super curioso. Valeu!


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 16 Dez 2016 as 15:41
Silasdb depois eu reli meu comentário e ficou meio esquisito, vc perguntou vantagens e desvantagens dos IGHs e eu falei da correia dentada huahauahaua.

Então pra me redimir segue as vantagens e desvantagens do Shimano Alfine que é o que eu uso...

Vantagens: troca de marchas com a bike parada (quando vc troca a marcha parado, ele demora 1/4 de volta pra fazer a troca quando vc começa a pedalar), menor quantidade de partes móveis expostas (internamente é cheio de engrenagens rsrs mas por fora fica bem "clean"), menor necessidade de manutenção (grande vantagem, Shimano recomenda fazer a manutenção a cada 5000 km ou 2 anos, a manutenção dele é simplesmente abrir e mergulhar num óleo específico e remontar), eu acho mais robusto que um câmbio comum, mas isso é bem pessoal...

Desvantagens: precisa tirar um pouco a força da pedalada para trocar de marcha (tbm sinto esse problema nos câmbios mecânicos, e já acostumei minha pedalada com isso, sempre tiro a força), bastante sensível ao ajuste do cabo (se o cabo não estiver 100% as trocas não saem direito), menor disponibilidade de peças e conhecimento para manutenção (pouca gente sabe abrir para fazer manutenção), deslocamento do peso para a roda (não chega a ser um grande problema).

Acredito que seja isso, preço e peso não entram na lista, são meio que equivalentes...

Agora sobre suas dúvidas:

Se dá para desenvolver velocidades, lembre-se o meu câmbio dá 307% de variação, minha relação é 55x22 dentes, da pra pegar uma boa velocidade (se pegar um paredão muito inclinado fica pesado). Girando a 90 rpm eu só fico sem marcha nas descidas mais fortes. Se colocar um câmbio Alfine 11 vc tem range bem maior (atenção que tem bastante relatos dessa versão com problemas, pessoal recomenda o 8, mais robusto). Mas eu insisto, vc tem que montar sua relação em cima do terreno que vc mais usa, se tiver muito pesado troca o cog traseiro e deixa mais leve, simples...

A minha bike tem furação de paralama sim.

Eu sei de uma bike a venda no OLX/Campinas da RC Bikes, correia dentada e shimano nexus se não estou enganado, da uma olhada...


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Postado Por: newhouse
Data de Publicação: 16 Dez 2016 as 15:45
Eu tenho um primo que usa uma bike com nexus. Ele mora no interior numa cidade com muita poeira, colocou essa relação por conta da manutenção e nesse ponto ela brilha muito, sem duvida é um sistema fantástico contra sujeira. Se a ideia é ter um sistema com pouca manutenção e bem ajustado pro transito urbano, vale a pena.

Agora pensando em eficiência, eu ainda prefiro o sistema de k7. O sistema interno adiciona peso justo onde influencia mais: na roda. Pelo preço de um sistema desses, acho mais interessante investir numa roda leve e rígida, com um sistema de coroa dupla. Vc vai livrar bom peso da bike e ficar bem rápido, excelente para aqueles sprints no meio do transito. A relação também pesa, se vc subir ladeiras com inclinação absurda pode faltar marcha.

Mas é uma questão de gosto, vc vai estar bem servido tanto em um quanto no outro.


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 16 Dez 2016 as 17:18
newhouse, essa questão do peso, a roda fica mais pesada sim, mas isso até que não interfere tanto (tirando que mexe no equilíbrio de peso da bike) .

O que mais influencia nessa questão de peso na roda é a distância ao eixo, quanto mais afastado do eixo da roda, pior. Nesse aspecto, o IGH é o próprio eixo e a distribuição de massa não é tão afastada, então esse efeito negativo é minimizado (não digo que não exista).




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Postado Por: silasdb
Data de Publicação: 17 Dez 2016 as 10:28
De fato consigo perceber poucas desvantagens sobre esse sistema. A questão do peso e perda de eficiência parecem ser facilmente compensadas... Uma desvantagem seria a dificuldade de tirar a roda caso furasse o pneu. Precisaria de tirar o cabo de aço, desregulando-o, que parece ter que ser muito preciso pra funcionar, confere?

Outra dúvida: pra usar os IGHs precisa alguma coisa especial no quadro? Chegou a passar na minha cabeça montar uma com um quadro de Caloi 10...


Postado Por: silasdb
Data de Publicação: 17 Dez 2016 as 10:36
Ah, e, para registrar, o melhor artigo que li sobre os IGH vs. "derraileurs" (câmbios tradicionais) que li até o momento:

http://bootiebike.com/igh/igh.htm


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 17 Dez 2016 as 11:14
Sobre remover a roda:

https://www.youtube.com/watch?v=rGEXjpXtw4g" rel="nofollow - https://www.youtube.com/watch?v=rGEXjpXtw4g

Depois que eu aprendi os macetes acho bem fácil, única coisa é que precisa de uma chave de boca 15, que é grandinha até. Quanto ao cabo, existe uma marcação amarela no câmbio (coloca-se o cambio na 4ª marcha), após a troca é só ajustar novamente o cabo, nada complicado. Segue a foto:



Sobre o quadro, a corrente precisa estar esticada, aí valem os mesmos princípios de uma fixa, se montar num quadro com drop vertical precisa do esticador (eu acho, não entendo muito disso não rsrs), confere se a abertura do quadro é suficiente pra por o cubo e tudo mais certinho...

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Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 17 Dez 2016 as 14:47
Já que estamos falando sobre os IGHs vou trazer aqui outras tecnologias de marchas, quem conhece outras por favor coloque ai nos comentários:

http://https://www.rohloff.de/en/company/index.html" rel="nofollow - Rohloff Speedhub  IGH 526% 14 marchas 13,6% de variação em cada uma. 

http://www.nuvincicycling.com/en/products/overview.html" rel="nofollow - Nuvinci  IGH tipo CVT 330 ou 380% de variação e "infinitas marchas" (CVT). Existem também os sistemas de troca automatizados (Harmony), tecnologia muito interessante.

http://pinion.eu/en/" rel="nofollow - Pinion  Sistema de caixa de marchas, opções de 6 a 18 marchas, 295 a 636% de variação respectivamente. Joga o peso da bike no pedivela, muito interessante...

Algumas bikes "customizadas", com essas tecnologias:

http://maxx.de/de/index.php

https://www.shandcycles.com/

Não vamos falar de preço por favor Tongue rsrs




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Postado Por: silasdb
Data de Publicação: 19 Dez 2016 as 11:21
Poxa, não sabia que tinha tantas coisas legais.

Esses dias, nas minhas pesquisas por IGH (acabei não guardando o link) vi um câmbio automático de bicicleta. Era igualzinho um IGH, mas não tinha cabos vindo de um trocador. Ele trocava sozinho. Muito curioso e fiquei pensando como funcionaria!


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 21 Dez 2016 as 10:58
Interessante o relato do Muriguets sobre a potencial fragilidade do Alfine 11. Já li que o Alfine 8V seria bem semelhante ao Nexus 8V Redline. Por sua vez não sei se o N. Redline é mais robusto que o NeXus 8V simples. Sendo resistente a ambientes poeirentos daria certo o Nexus 8V para cicloturismo?
Tenho uma Cannondale Adventure 2 que veio com o Nexus 8V Redline. Gostei tanto que comprei avulso um de 5 V (seria o minimamente adequado para o ambiente urbano?)para colocar numa retrô NOVELLO que já vem com gancheira horizontal.


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 21 Dez 2016 as 11:00
Lembrando ainda que pra evitar remendos de câmara talvez uma boa fita anti furo, (qual?) ou pneus mais resistentes ao furos seriam uma boa dica.


Postado Por: Lucas.lbtc
Data de Publicação: 31 Dez 2016 as 19:06
eu tenho uma mtb com nexua 5v. a parte boa ja falaram, e a parte ruim: troca de pneu e o freio que vem junto.


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 01 Jan 2017 as 10:46
Originalmente postado por muringuets muringuets escreveu:

Já que estamos falando sobre os IGHs vou trazer aqui outras tecnologias de marchas, quem conhece outras por favor coloque ai nos comentários:

http://https://www.rohloff.de/en/company/index.html" rel="nofollow - Rohloff Speedhub  IGH 526% 14 marchas 13,6% de variação em cada uma. 

http://www.nuvincicycling.com/en/products/overview.html" rel="nofollow - Nuvinci  IGH tipo CVT 330 ou 380% de variação e "infinitas marchas" (CVT). Existem também os sistemas de troca automatizados (Harmony), tecnologia muito interessante.

http://pinion.eu/en/" rel="nofollow - Pinion  Sistema de caixa de marchas, opções de 6 a 18 marchas, 295 a 636% de variação respectivamente. Joga o peso da bike no pedivela, muito interessante...


O Pinion é de fato interessante, mas vc tem que ter um quadro construido especificamente para ele, não é algo que possa "adaptar". Faltou acrescentar a propria shimano. Eu considero que a shimano tem duas linhas de produtos os nexus e o alfine. E a diferença não é simplesmente o numero de marchas. A linha nexus funciona na base da graxa e o alfine (talvez tentando ser um "rohloff" mais barato) é banhado a óleo. Isso muda todo o sistema de como o cubo é montado/selado. Só confirmando o que já disseram, eu acho o alfine 11v fragil... tenho um longo historico de problemas com ele, e finalmente enchi o saco e aposentei ele. 

O Rohloff é caro e pode ser um exagero pra uma bike urbana, mas é perfeito para o cicltour/bikepacking. Quando eu tava pensando em aposentar o alfine, pensei em ir para um sistema 1x11 ou 1x12, e após um bocado de pesquisa fiquei convencido que o rohloff saia mais barato (!) porque ele dura no mínimo 50.000km com muito menos manutenção do que num cambio tradicional (num igh o pinhão/coroa/corrente duram muito mais).

Faltou acrescentar ai nos sistemas, um fabricante tradicional de IGHs "urbanos" que é a sturmey-archer. Eles tem vários modelos de hubs de 2 e 3 velocidades. Particularmente acho interessante um modelo de 2 velocidades com kick-back e freio contra-pedal que fica perfeito para montar uma bike "limpa" (sem cabo algum indo pra roda traseira!). O kick-back é um modo de trocar as marchas dando uma pequena pedalada para trás.

Por fim, existe mais uma pequena desvantagem dos IGHs que é a questão do quadro. Dá para usar em qualquer quadro? dá sim, mas vc vai precisar fazer alguma adaptação se o quadro tiver gancheira vertical, como por exemplo usar um esticador de corrente (que acaba sendo tipo um macaquinho de cambio traseiro, mas que não troca marchas!). Idealmente vc precisa de um quadro com gancheira horizontal.


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http://ciclobits.blogspot.com


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 01 Jan 2017 as 18:46
Originalmente postado por lyra lyra escreveu:

Originalmente postado por muringuets muringuets escreveu:

Já que estamos falando sobre os IGHs vou trazer aqui outras tecnologias de marchas, quem conhece outras por favor coloque ai nos comentários:

http://https://www.rohloff.de/en/company/index.html" rel="nofollow - Rohloff Speedhub  IGH 526% 14 marchas 13,6% de variação em cada uma. 

http://www.nuvincicycling.com/en/products/overview.html" rel="nofollow - Nuvinci  IGH tipo CVT 330 ou 380% de variação e "infinitas marchas" (CVT). Existem também os sistemas de troca automatizados (Harmony), tecnologia muito interessante.

http://pinion.eu/en/" rel="nofollow - Pinion  Sistema de caixa de marchas, opções de 6 a 18 marchas, 295 a 636% de variação respectivamente. Joga o peso da bike no pedivela, muito interessante...


O Pinion é de fato interessante, mas vc tem que ter um quadro construido especificamente para ele, não é algo que possa "adaptar". Faltou acrescentar a propria shimano. Eu considero que a shimano tem duas linhas de produtos os nexus e o alfine. E a diferença não é simplesmente o numero de marchas. A linha nexus funciona na base da graxa e o alfine (talvez tentando ser um "rohloff" mais barato) é banhado a óleo. Isso muda todo o sistema de como o cubo é montado/selado. Só confirmando o que já disseram, eu acho o alfine 11v fragil... tenho um longo historico de problemas com ele, e finalmente enchi o saco e aposentei ele. 

O Rohloff é caro e pode ser um exagero pra uma bike urbana, mas é perfeito para o cicltour/bikepacking. Quando eu tava pensando em aposentar o alfine, pensei em ir para um sistema 1x11 ou 1x12, e após um bocado de pesquisa fiquei convencido que o rohloff saia mais barato (!) porque ele dura no mínimo 50.000km com muito menos manutenção do que num cambio tradicional (num igh o pinhão/coroa/corrente duram muito mais).

Faltou acrescentar ai nos sistemas, um fabricante tradicional de IGHs "urbanos" que é a sturmey-archer. Eles tem vários modelos de hubs de 2 e 3 velocidades. Particularmente acho interessante um modelo de 2 velocidades com kick-back e freio contra-pedal que fica perfeito para montar uma bike "limpa" (sem cabo algum indo pra roda traseira!). O kick-back é um modo de trocar as marchas dando uma pequena pedalada para trás.

Por fim, existe mais uma pequena desvantagem dos IGHs que é a questão do quadro. Dá para usar em qualquer quadro? dá sim, mas vc vai precisar fazer alguma adaptação se o quadro tiver gancheira vertical, como por exemplo usar um esticador de corrente (que acaba sendo tipo um macaquinho de cambio traseiro, mas que não troca marchas!). Idealmente vc precisa de um quadro com gancheira horizontal.

ClapClapClap

Posso estar enganado mas pelo que eu li o Alfine 8 é na base graxa, só o 11 seria banhado a óleo (pelo menos nas versões antigas em que o passador é invertido isso vale)... Vou pesquisar pra ter certeza...


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Postado Por: lyra
Data de Publicação: 01 Jan 2017 as 20:55
Originalmente postado por muringuets muringuets escreveu:

ClapClapClap

Posso estar enganado mas pelo que eu li o Alfine 8 é na base graxa, só o 11 seria banhado a óleo (pelo menos nas versões antigas em que o passador é invertido isso vale)... Vou pesquisar pra ter certeza...

hm... acho que vc não está enganado não! O alfine 11 é certeza que é óleo, mas o 8v acho que é graxa sim.  Pra acrescentar mais uma chatice a esse sistema ainda tem as porcas anti-rotação. Além de vc ter que ter as porcas certas de acordo com o tipo de gancheira, elas ainda tornam mais dificil usar os tensionadores de corrente (tipo o surly tuggnut). Outros fabricantes usam braço anti-rotação.

Ah... a SRAM tb faz IGHs, mas são bem pouco conhecidos. Inclusive tem um de 2v que troca  marcha sozinho baseado na rotação. Eles tem um sistema hibrido tb, cuja ideia me parece interessante, mas não sei se na prática funciona, que é um IGH combinado com cassete, então vc pode ter 27 marchas combinando um cassete de 9v com 3 marchas internas!

 (https://www.sram.com/sram/urban/products/sram-dd3-27)


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Postado Por: silasdb
Data de Publicação: 02 Jan 2017 as 11:39
Pera aê pessoas!

Eu não sabia que existiam tantas opções!

lyra, se você tá falando que tem esses sistemas que trocam de marcha "sozinho" ou com uma "pedalada pra trás" isso resolveria um problema meu, que é o de montar uma bike com quadro de speed e guidão bullhorn com IGH. O problema está em onde colocar o trocador, uma vez que eu queria colocar os freios (e o trocador) na parte vertical do guidão. Como os trocadores são feitos para guidões flat, a coisa ficaria uma gambiarra feia. Tem uns vídeos na internet, mas são o que eu disse, seria uma gambiarra.

A Foffa faz bikes assim, mas deixam com guidão flat mesmo. A State Bycicle faz bikes exatamente como as que eu gostaria, mas fixas ou single speed, assim:



Será que rolaria montar uma igualzinho acima, mas com algum IGH?


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 02 Jan 2017 as 12:42
vai ficar restrito a duas marchas, mas já é melhor do que nada :-).

Olha isso:  http://www.sturmey-archer.com/en/products/detail/s2c-silver" rel="nofollow - http://www.sturmey-archer.com/en/products/detail/s2c-silver


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Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 24 Jan 2017 as 09:28
Minha bicicleta de uso normal, é uma Biomega Amsterdam:



Utiliza cubo Shimano Nexus 8 + tração por eixo "cardan"

Os freios são Shimano Roller Brake na traseira e disco mecânico QUAD na dianteira.

Estou ainda construindo uma "nova" bicicleta, que será equipada com cubo Sachs Spectro S7...


Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 24 Jan 2017 as 10:31
Originalmente postado por lyra lyra escreveu:


Ah... a SRAM tb faz IGHs, mas são bem pouco conhecidos. Inclusive tem um de 2v que troca  marcha sozinho baseado na rotação. Eles tem um sistema hibrido tb, cuja ideia me parece interessante, mas não sei se na prática funciona, que é um IGH combinado com cassete, então vc pode ter 27 marchas combinando um cassete de 9v com 3 marchas internas!

 (https://www.sram.com/sram/urban/products/sram-dd3-27)

Os cubos SRAM, são sucessores dos legendários Sachs, os melhores e mais robustos que já foram fabricados. A Sachs aliás, é a empresa que serviu como ponto de partida para a SRAM. Quanto ao híbrido, é conhecido como SRAM DUAL DRIVE. É um produto bastante testado e consagrado, pois é sucessor do Sachs Helicomatic, que por sua vez utilizava o conceito de cassette que a Sachs adquiriu da empresa francesa Maillard.

Quando a SRAM adquiriu a Sachs, o mercado europeu receou que a qualidade iria diminuir. Felizmente, não é o que aconteceu. Os cubos IGH da SRAM, continuam firmes e fortes com a mesma qualidade e robustez.

Outra empresa que foi adquirida, foi a Sturmey-Archer britânica... O grupo Sunrace de Taiwan, compro u a fábrica inteira, levando não só a tecnologia, mas todo o ferramental para Taiwan. Da mesma forma, não houve diminuição de qualidade, ao contrário! Os cubos Sunrace Sturmey-Archer, prosseguiram sendo desenvolvidos e hoje apresentam qualidade ainda melhor do que quando eram fabricados em terras britânicas...


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 28 Jan 2017 as 13:22
Uma coisa que, creio, não foi falada aqui é a questão que a exceção do Alfine os demais cubos Nexus da Shimano 3, 5 e 8 V são todos rotativos. Já até perguntei a SHIMANO RESPONDE qual a "taxa" da relação do cambio Nexus? Nem me deram bola... Assim, se soubesse não poderia instalar um rapid fire em vez dos controversos - ame ou odeie - câmbios rotativos? Em tempo o site Pedaleira informou que a taxa era diferente dos usuais 1:2 dos trocadores não Dyna Sis Deore acima (Dyna SiS são1:6?), ou seja a maoria dos trocadores da gama baixa e média desde anos 90 até hoje ( Alivio já é Dyna Sis?), mas também não disse qual era a bendita taxa do câmbio.


Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 28 Jan 2017 as 18:03
Originalmente postado por Ligeirinho Ligeirinho escreveu:

Uma coisa que, creio, não foi falada aqui é a questão que a exceção do Alfine os demais cubos Nexus da Shimano 3, 5 e 8 V são todos rotativos. Já até perguntei a SHIMANO RESPONDE qual a "taxa" da relação do cambio Nexus? Nem me deram bola... Assim, se soubesse não poderia instalar um rapid fire em vez dos controversos - ame ou odeie - câmbios rotativos? Em tempo o site Pedaleira informou que a taxa era diferente dos usuais 1:2 dos trocadores não Dyna Sis Deore acima (Dyna SiS são1:6?), ou seja a maoria dos trocadores da gama baixa e média desde anos 90 até hoje ( Alivio já é Dyna Sis?), mas também não disse qual era a bendita taxa do câmbio.

Você está se referindo aos acionadores do tipo "twist shift"??? Atualmente, eles são maioria quase absoluta... Tanto na Shimano quanto na SRAM, Sturmey-Archer e Rohloff... Duvido que um rapid fire funcione...

Que mal eu pergunte... Por que você odeia os twist shifters??


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 01:11
Eu os acho medianos, inodoro se me entende. Quanto a prevalência pelo menos nos Shimano veja http://fish.shimano-eu.com/content/sla-bike/pt/home/cidade---comforto/freios-e-cambios/alavancas-de-cambio.html" rel="nofollow - http://fish.shimano-eu.com/content/sla-bike/pt/home/cidade---comforto/freios-e-cambios/alavancas-de-cambio.html



Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 01:12


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 10:01
Na verdade o problema não é o grip shift, o problema é o descaso da Shimano em oferecer opções de passadores para esses câmbios. Agora com os alfine di2 tem até STI, mas meros mortais q não tem o di2 ficam completamente sem alternativas.

E respondendo a dúvida da puxada, pelo menos no alfine a puxada é bem diferente e pelo q eu me lembro o "comprimento" de cabo q era puxado era super grande. Pessoal reclamava pq adaptaram um sti pro alfine e era ruim de trocar pq o movimento tinha de ser mto amplo...

Considerando que o Rohloff tbm é no grip shift rsrs acho que deve ser o trocador mais fácil de fazer rsrs

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Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 10:13
Originalmente postado por muringuets muringuets escreveu:

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Considerando que o Rohloff tbm é no grip shift rsrs acho que deve ser o trocador mais fácil de fazer rsrs

Acredito que o fabricante do cubo mais complexo e caro de todos, não fugiria do desafio de fabricar um simples trocador... Se eles optaram por grip shifter, a escolha significa bastante...


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 11:24
Originalmente postado por muringuets muringuets escreveu:


Considerando que o Rohloff tbm é no grip shift rsrs acho que deve ser o trocador mais fácil de fazer rsrs

Veja que o Rohloff é um caso a parte. Ao contrario de todos os outros tipo de cambio, o Rohloff não usa "mola", então ele usa dois cabos! Um cabo para descer marcha e outro para subir. Tem mais uns outros detalhes que acabam tornando o grip shift a melhor opção para ele, como por exemplo, a indexação ser feita no cubo e não no shifter! Existem alguma modificações para ele feitas por terceiros. 

O alfine funciona do jeito "tradicional" e dai vem com rapid fire mesmo.


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http://ciclobits.blogspot.com


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 11:30
Fiquei pensando se não seria o caso de ter que pagar patentes? O rapid fire é criação da Shimano? Além do que seria um reconhecimento do mérito deles por parte da Roloof não? Aliás quem criou os gripshifters? Foi a SRAM?


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 12:12
Originalmente postado por edulpj edulpj escreveu:

Originalmente postado por muringuets muringuets escreveu:

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Considerando que o Rohloff tbm é no grip shift rsrs acho que deve ser o trocador mais fácil de fazer rsrs

Acredito que o fabricante do cubo mais complexo e caro de todos, não fugiria do desafio de fabricar um simples trocador... Se eles optaram por grip shifter, a escolha significa bastante...

A palavra mágica aí é o "simples". Acho que é exatamente por isso que o rohloff optou pelo grip shift, pois é muito simples! É basicamente uma roldana com um cabo preso de cada lado! A filosofia deles é fazer algo que mesmo que quebre continue funcionando, ainda que de maneira limitada! No rohloff vc pode tirar os cabos e com uma chave de fenda colocar o cambio na marcha que vc quiser, e ele vai ficar nela!


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http://ciclobits.blogspot.com


Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 29 Jan 2017 as 12:13
Originalmente postado por Ligeirinho Ligeirinho escreveu:

Fiquei pensando se não seria o caso de ter que pagar patentes? O rapid fire é criação da Shimano? Além do que seria um reconhecimento do mérito deles por parte da Roloof não? Aliás quem criou os gripshifters? Foi a SRAM?

Os primeiros grip shifters, foram criados pela SACHS, empresa alemã que foi vendida para o grupo SRAM. Mais ou menos na mesma época, a empresa britânica Sturmey-Archer, também teve a mesma idéia, mas criou trocadores onde a manopla inteira girava (como um acelerador de moto) e não apenas a região próxima à manete de freio.

Quanto ao rapid fire, a Sturmey-Archer tem um sistema semelhante para seus cubos de marchas, mas a esmagadora maioria dos usuários S-A continua se dividindo entre os sistemas de alavanca simples e os grip shifters...

Todos esses sistemas, já completaram os vinte anos de idade, o que coloca as respectivas patentes internacionais em domínio público.

Tenho dois sistemas de cubo de marchas... Um Sturmey-Archer de três marchas com trocador de alavanca simples (Phillips 1948) e um Shimano Nexus 8 com trocador grip shift (Biomega Amsterdam). Dentro em breve, terei um Sachs Spectro 7 (estou montando a bicicleta...) que também será grip shift. Pessoalmente, considero os rapid fire como excessivamente complexos e com peças móveis demais. Dessa forma, opõe-se completamente à simplicidade de utilização e manutenção dos cubos de marchas...


Postado Por: márcio rahal
Data de Publicação: 09 Fev 2017 as 23:47
Boa noite povo.... vamos lá... (eu mais pergunto que respondo, por ausência de capacidade técnica mesmo) kkk

Tenho a Crosstrail Elite INT, com cambio traseiro SLX 10v e pedivela 2x, trocadores microshift.

Ando pensando em colocar nela um sistema de cambio interno, tipo o Alfine.

O que recomendam?

Seria fácil a instalação?


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SPZ Crosstrail Elite


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 11 Fev 2017 as 09:47
Originalmente postado por márcio rahal márcio rahal escreveu:

Boa noite povo.... vamos lá... (eu mais pergunto que respondo, por ausência de capacidade técnica mesmo) kkk

Tenho a Crosstrail Elite INT, com cambio traseiro SLX 10v e pedivela 2x, trocadores microshift.

Ando pensando em colocar nela um sistema de cambio interno, tipo o Alfine.

O que recomendam?

Seria fácil a instalação?

Márcio, também não sou o especialista que vai te dizer se vai dar certo ou não, mas acredito que funcione, consulte algum mecânico bom e talvez a própria Specialized que eles vão te dizer com certeza.

Como o seu quadro é para câmbios normais (gancheira vertical?) provavelmente vai ter de colocar um esticador de corrente, mas é bem simples. Vai ter de raiar a roda de novo com o Alfine.

Se estiver pensando no Alfine 11, dê uma boa pesquisada, tudo que eu li sobre ele me fez ficar com o pé atrás (depende muito do seu uso também). O Alfine 8 dizem que é mais robusto. A linha Shimano Nexus também é bacana pelo que dizem, veja se tem o rapid fire pra ela, pelo que foi levantado por outro usuário nessa thread só tem grip shift.

Foram citados muitos outros modelos e marcas no tópico, sugiro dar uma boa lida sobre o assunto, acredito que as opções da Shimano sejam as mais fáceis de se encontrar tanto peças como mecânicos para realizar eventuais manutenções.

Olha essa Bad Boy com Alfine 11, da pra ver certinho o esticador de corrente (os paralamas dessa bike são muito massa):

https://www.youtube.com/watch?v=GNwHu3hKpmc" rel="nofollow - https://www.youtube.com/watch?v=GNwHu3hKpmc


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Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 11 Fev 2017 as 12:18
Originalmente postado por márcio rahal márcio rahal escreveu:

Boa noite povo.... vamos lá... (eu mais pergunto que respondo, por ausência de capacidade técnica mesmo) kkk

Tenho a Crosstrail Elite INT, com cambio traseiro SLX 10v e pedivela 2x, trocadores microshift.

Ando pensando em colocar nela um sistema de cambio interno, tipo o Alfine.

O que recomendam?

Seria fácil a instalação?

Sou arisco com esticadores... Se você tem uma gancheira vertical e pretende instalar um cubo barato, ainda vai... Mas o Alfine 11 é o segundo cubo de marchas mais caro que existe (só perde do Rohloff).

Um Alfine 11, tem uma amplitude de 409% da relação mais baixa até a mais alta.

Se você procurar com calma, encontra no eBay um Sachs Spectro S7 (antes da Sachs ser vendida para a SRAM), que apesar de ter "apenas" 7 marchas, tem 350% de amplitude e é renomado por ser o cubo mais confiável e robusto de todos os tempos... Ah! Com sorte, você compra um cubo NOS por menos de 120 trumps...




Postado Por: márcio rahal
Data de Publicação: 11 Fev 2017 as 17:50
Show a BadBoy.
To pensando no Nexus 8v. Pelo custo menor.
Como fica a questão do freio? posso continuar usando o que tenho na minha?


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SPZ Crosstrail Elite


Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 11 Fev 2017 as 19:59
Originalmente postado por márcio rahal márcio rahal escreveu:

Show a BadBoy.
To pensando no Nexus 8v. Pelo custo menor.
Como fica a questão do freio? posso continuar usando o que tenho na minha?

Se você usava v-brake na traseira, nada vai mudar.

Se usava disco, o Nexus 8 não permite, Ele tem uma solução alternativa que é o Shimano Nexave, um ROLLER BRAKE, ou seja, um freio a tambor lateral com três sapatas metálicas internas.

Se a utilização de disco for essencial para você, terá de optar pelo Shimano Alfine 8, que é um patamar acima do Nexus e conseqüentemente mais caro...


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 12 Fev 2017 as 23:17
Lembrando apenas q o Roller Brake é um peso horroroso. Parece que o que difere ele do v brake é a capinha que no caso do roller se encaixa no próprio sistema do freio. Posto imagem depois.


Postado Por: edulpj
Data de Publicação: 13 Fev 2017 as 06:42
Nem tão horroroso assim... É bom lembrar que no quesito MODULAÇÃO, ele é apenas a melhor opção existente para o eixo traseiro. E o peso é avaliado como um todo. Até hoje, não vi ninguém colocar na mesma balança o peso de um sistema de disco completo, com rotor, calipers, pastilhas, mangueira, cilindro mestre, fluido. Em geral, nas comparações o que se vê é o peso do sistema completo do roller brake comparado com o peso apenas do calipper de um freio a disco.

Outro detalhe: Nenhum sistema de freio ganha do roller brake no quesito MANUTENÇÃO. A quilometragem entre manutenções, é altíssima, algo bastante desejável em bicicletas híbridas...


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 13 Fev 2017 as 22:30


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 13 Fev 2017 as 22:33
A parte chanfrada logo após a capinha plástica é que encaixa na parte externa do Roller (que informo pesada) formando o sistema de freio. 
Só preciso agora achar um jeito de achar uma peça semelhante pra tapar esse chanfrado. Alguma dica? 
Pra 8V já vi pra vender mas não para o de 5V.


Postado Por: carecasso
Data de Publicação: 03 Jan 2018 as 21:54
muringuets, vi que você usa o cubo e afirma que a roda fica mais pesada, o que concordo. Uso o Nexus 8 e sinto, além do peso da roda, que ela não gira com suavidade. Parece meio presa. Isso acontece com a sua também? Experimente girar a roda com as mãos, ela para rápido ou demora? A minha para rápido.

Me disseram mais de uma vez que isso é comum. Não seria um caso de boa lubrificação e ajuste fino?

Obrigado!


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 06 Jan 2018 as 17:33
Testei aqui, rodei com a mão uma MTB e a Híbrida com Alfine, as duas demoraram bastante para parar, mas o Alfine parou antes.

Sinto um pouco isso que você fala, mas sinceramente não sei te precisar se isso afeta muito ou pouco a energia que você gasta pra pedalar.

Smile


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Postado Por: newbie
Data de Publicação: 16 Jan 2018 as 16:10
Pessoal, ressucitando o tópico:

Estou planejando colocar um Nexus 3v em uma bike hibrida genérica, moro em Brasilia entao acho que as três marchas já são suficientes, meu trajeto é bem plano. Só que sou beeeeem leigo nessas questões de peças então tô inseguro sobre quais peças precisarei trocar... até agora pensei em:

- Cubo Nexus
- Pedivela com só uma coroa
- Corrente (imagino que o nexus precise de uma corrente mais resistente, certo?)
- Movimento Central
- Esticador de corrente por conta da gancheira vertical

tem algo que to esquecendo? 
Uma outra vontade que tenho é de trocar o passador pra adaptar no guidão speed, mas se não der pra fazer isso eu coloco o passador rotativo na ponta do guidão mesmo.



Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 16 Jan 2018 as 20:27
Olá. Tbm moro atualmente em BSB, no plano. Já fui varias vezes ao trabalho e como já disse antes em outro tópico não gosto do Nexus 3V. É limitado e esburacado o intervalo das 3 marchas. O mínimo adequado é o de 5V. Tenho Nexus 5V q em situação urbana de bsb atende razoavelmente  bem o proposto. A relação pedivela/pinhão no Nexus 5V é 2. Ou seja: pedivela 38 pinhão 19. Pedivela 44 pinhão 22 e assim por diante mantendo sempre essa proporcionalidade.


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 16 Jan 2018 as 21:16
Seu quadro é de gancheira vertical? Caloi 10?  Nesse caso, as arruelas q devem acompanham o C. Nexus é a amarela e Azul. Normalmente no 3V vem a arruela marrom e preta. Creio q tem a ver com a regulação do torque do cubo não ser excessiva o q estragaria as gancheiras do quadro por isso.
Quanto a corrente, acho q o principal e que ela não é indexada. A corrente Nexus NX10 acho q esse é o nome é 1 1/8 ou seja grossa. Mas tem tbm a fina  3/32 , acho q é essa a espessura...


Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 16 Jan 2018 as 23:14
Originalmente postado por newbie newbie escreveu:

Uma outra vontade que tenho é de trocar o passador pra adaptar no guidão speed, mas se não der pra fazer isso eu coloco o passador rotativo na ponta do guidão mesmo.


Trocador tipo STI de speed só no Alfine 8 ou 11 antigos, esse passador chama Versa VRS 8 (ou 11) infelizmente não se produz mais, eu tenho um, foi difícil garimpar um usado na internet, funciona muito bem... Tem um novo da Genevalle mas custa uma fortuna ($200), compensa comprar logo o Di2.. Na ponta do guidão tem o JTEK mas também é caro..

Olha a minha magrela ai: Fiona (Trek 1st District Alfine 8), se quiser fazer uma proposta estamos sempre analisando hehe Wink




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Postado Por: newbie
Data de Publicação: 17 Jan 2018 as 08:56
Nossa, bom saber disso então... eu usei essas bikes compartilhadas ha muitos anos e tinha achado suficiente, mas é verdade que meu condicionamento já não é o mesmo, o Nexus 5V deve ser uma melhor opção :) Valeu pela ajuda.


Postado Por: newbie
Data de Publicação: 17 Jan 2018 as 09:11
Originalmente postado por muringuets muringuets escreveu:

Originalmente postado por newbie newbie escreveu:

Uma outra vontade que tenho é de trocar o passador pra adaptar no guidão speed, mas se não der pra fazer isso eu coloco o passador rotativo na ponta do guidão mesmo.


Trocador tipo STI de speed só no Alfine 8 ou 11 antigos, esse passador chama Versa VRS 8 (ou 11) infelizmente não se produz mais, eu tenho um, foi difícil garimpar um usado na internet, funciona muito bem... Tem um novo da Genevalle mas custa uma fortuna ($200), compensa comprar logo o Di2.. Na ponta do guidão tem o JTEK mas também é caro..

Olha a minha magrela ai: Fiona (Trek 1st District Alfine 8), se quiser fazer uma proposta estamos sempre analisando hehe Wink


Nossa, ta lindona sua bike... eu quero deixar a minha bem nesse estilo mesmo, mas por enquanto to tentando manter o orçamento baixo porque não sei se vou ter pique de usar a bike como deveria, se retomar o gosto pela coisa aí até penso numa bike como a sua.

Sobre o passador, ainda to na luta aqui... com ajuda do colega acima eu me decidi pelo Nexus 5V mesmo, vou procurar algum passador que funcione pra ele, se nao tiver outra opção vou colocar o revoshifter na ponta do guidão mesmo, não vai ficar bonito mas vai funcionar.



Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 18 Jan 2018 as 02:20
Lembrando ainda q a diferença de preço Nexus 5V para o 8V estacbem baixa, forcando a tendência de compra pelo  Nexus 8V.  Avalie e decida.


Postado Por: newbie
Data de Publicação: 18 Jan 2018 as 09:22
Originalmente postado por Ligeirinho Ligeirinho escreveu:

Lembrando ainda q a diferença de preço Nexus 5V para o 8V estacbem baixa, forcando a tendência de compra pelo  Nexus 8V.  Avalie e decida.
Sim, percebi que a diferença de preço é pequena, mas acho que entre os dois eu honestamente prefiro o 5V, acho o 8V muito grande e deve aumentar consideravelmente o peso da roda. E uma outra questão que pesa bastante para mim é conseguir adaptar um passador pra guidão road. No Manual do Nexus fala de um modelo rapidfire para o Nexus 5v (SL-5S50) e Nexus 7v (SL-7S50), mas nenhum para o 8v. Tá certo que não conseguir achar esses passadores pra vender em lugar nenhum, mas vou continuar na busca...

Aliás, fica aqui um link muito util que achei nessas minhas ultimas pesquisas: 
https://web.archive.org/web/20160809154735/http://si.shimano.com/php/download.php?file=pdf/dm/DM-SG0003-01-ENG.pdf

Esse é o Manual do câmbio Nexus que a Shimano ja tirou do site dela, mas dá pra baixar usando o archive.org. 


Postado Por: newbie
Data de Publicação: 18 Jan 2018 as 09:29
Aliás... até achei o SL-7S50 para vender, mas só no exterior. O SL-5S50 eu só achei usado, é provavel que a Shimano tenha parado de fabricar. De toda forma parece uma boa solução pra quem quer manter o guidão road. Na pior das hipoteses eu peço pra alguém me enviar o 7V e o SL-7S50 dos EUA pra cá. 


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 19 Jan 2018 as 00:49
OK. Mas o SL 7s50 refere-se ao Nexus 7V contrapedal. Sou cru em compras no exterior mas se quiser comprar 2 rapidfire pro Nexus 5V eu topo . pra dividir frete, se bem que o maior risco e a taxação. Moro no final da Asa sul se quiser ver o Nexus 5V /8V avulso pra VC  comparar te mostro.. QQ mande MP.


Postado Por: newbie
Data de Publicação: 19 Jan 2018 as 08:57
Originalmente postado por Ligeirinho Ligeirinho escreveu:

OK. Mas o SL 7s50 refere-se ao Nexus 7V contrapedal. Sou cru em compras no exterior mas se quiser comprar 2 rapidfire pro Nexus 5V eu topo . pra dividir frete, se bem que o maior risco e a taxação. Moro no final da Asa sul se quiser ver o Nexus 5V /8V avulso pra VC  comparar te mostro.. QQ mande MP.
Valeu! 
Se for comprar no exterior eu vou esperar eu ir pros EUA, viajo frequentemente a trabalho então é só esperar a próxima viagem pra lá, que deve acontecer por volta de março. Chegando perto dessa época eu te mando uma mensagem pra ver se você ta interessado ainda :)


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 19 Jan 2018 as 17:10
Ja te respondendo: to interessado ainda.Tongue


Postado Por: Alcaide
Data de Publicação: 23 Fev 2018 as 20:09
Boa noite pessoal. Entrando na conversa dos câmbios internos. Tenho uma Miyamura - rebatizada de Zero - com Alfine 11 e suspensão RST Single Shot. A relação do pedivela/cassete está 32X23 e sinto que preciso dela um pouco mais leve para encarar longas subidas. Aí gostaria de saber se poderia colocar a relação 30x23 e se o câmbio aguentaria o tranco internamente.
Aqui está a foto de Martina.


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Tá estressado, vá pedalar.

Naomi - Miyamura SRAM X-9 Proshock One.
Martina - Miyamura Cromoly Shimano Alfine 11 Ciclotur.
http://blogdoalcaide.wordpress.com/


Postado Por: Ismah/Cabelo
Data de Publicação: 27 Fev 2018 as 04:59
Se ele aguenta assim, não faz sentido pensar que não aguentaria com uma relação mais leve.


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 28 Fev 2018 as 10:57
Originalmente postado por Ismah/Cabelo Ismah/Cabelo escreveu:

Se ele aguenta assim, não faz sentido pensar que não aguentaria com uma relação mais leve.

Oi,

Infelizmente não é verdade. Com uma relação mais leve, vc submete o cubo a torques maiores e ele tem um limite para isso. A shimano recomenda uma relação em torno 1.9 (ex: 38x20) e se vc usar 30x23 vc está falando de ~1.3 o que é bem abaixo do recomendado. Melhor consultar o manual...

http://si.shimano.com/pdfs/dm/DM-SG0004-02-ENG.pdf" rel="nofollow - http://si.shimano.com/pdfs/dm/DM-SG0004-02-ENG.pdf

(nesse manual a recomendação é algo entre 1.8 e 2.0).


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http://ciclobits.blogspot.com


Postado Por: Ismah/Cabelo
Data de Publicação: 06 Abr 2018 as 08:59
Só que o torque cresce em função das rodas, em razão da relação tamanho pedivela/coroa, e pinhão roda... Essa afirmação não faz bem sentido...


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 06 Abr 2018 as 13:23
Originalmente postado por Ismah/Cabelo Ismah/Cabelo escreveu:

Só que o torque cresce em função das rodas, em razão da relação tamanho pedivela/coroa, e pinhão roda... Essa afirmação não faz bem sentido...

Talvez tenha usado a palavra errada. Mas a ideia é que se a relação for muito leve vc submete o cambio a um "esforço" mecânico maior do que ele foi projetado. 


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http://ciclobits.blogspot.com


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 06 Abr 2018 as 21:19
Ismah, conforme a nº de velocidades do cubos nexus, e desrespeitada a relação A MENOR DE 2.0 entre pedivela/pinhão terei um torque maior do que o permissível predispondo a danos pelo giro indesejável das arruelas junto a gancheira. 
Exemplo radical: usar pedivela 33 com pinhão 20 que dá a relação/proporcionalidade 1.65. Fatal.
Se a relação for mais pesada pro ciclista, exe 44/18 = 2,4444444, o  seja maior que 2.0 não se apresenta esse risco.    
Talvez a foto explique melhor não? Afinal uma imagem pode valer mil palavras.



Postado Por: Ismah/Cabelo
Data de Publicação: 09 Abr 2018 as 00:27
Só que os senhores estão desconsiderando o tamanho do pedivela em função da coroa, implicam em variação do torque sobre o eixo...
De uma outra forma, ainda que a relação 2:1 seja respeitada, com coras muito grandes, o torque que o freehub, que a roda livre (free wheel), ou que o sistema interno deva aguentar também será muito maior. Não é anormal vermos que o cassete cravou no free hub... Coisa que tende a acontecer com relações muito reduzidas, onde o torque fica muito grande...

Eu posso ter errado nos cálculos abaixo, não sou engenheiro mecânico (Gryphon, cadê você nessa hora?), e ainda que fosse, sou um ser humano, suscetível a erros.

Continuo no entanto, achando que simplesmente não tem sentido se restringir ao fato de que a relação máxima deva ser de 2:1...

Vamos as contas...

Relação coroa : pinhão = 2 : 1, pode ser coroa 20T pra pinhão 10T, como de coroa 40T para pinhão 20T...

Só que a relação de um pedivela de 17cm

- Pra uma coroa de 40T (tem 15,93 cm de raio*)

17 : 15,93 = 1,067 : 1

- Pra uma coroa de 20T (tem 8 cm de raio*)

17 : 8 = 2,125 : 1

Então Digamos que use o meu peso de 83 kg ou 813,95 N, como referencial de medida pra força máxima aplicada. Logo temos F = 813,95 N, aplicados ao pedivela, assim:

- Pra uma coroa de 40T terei 1,067 vezes a força que aplico no pedal...

813,95 * 1,067 = 868,49 N

- Pra uma coroa de 20T terei 2,125 vezes a força que aplico no pedal...

813,95 * 2,125 = 1727,73 N 

Bem... Terei então, que contabilizar o torque que se aplica no eixo do sistema...

- Pra uma coroa de 40T, terei 868,49 N que "puxam" um pinhão de 20T.
Sendo que terei uma relação 2:1, terei o dobro de corrente passando pelo pinhão, do que pela coroa, logo tenho o dobro da velocidade, mas apenas metade do torque (créditos: Gryphon)...

Logo terei uma força 868,49 N / 2 = 434,24 N torcendo o pinhão. 
Aplicando isso a fórmula Torque = Força * Alavanca.

Pinhão 20T = 8 cm = 0,08 m de raio, logo...

Torque = 868,49 * 0,08 = 34,739386 N.m

- Pra uma coroa de 20T num pinhão de 10T (raio de 4,045 cm = 0,04045 m), é a mesma coisa

A força se divide por 2: 1727,73 N / 2 = 863,87 N

863,87 * 0,04045 = 69 N.m

___________________________________________________________________

* Para chegar no tamanho de alavanca das coroa/pinhão, eu considerei que se uma coroa/pinhão tem 10T, tenho uma figura geométrica de 10 lados inscrita num círculo. Logo, caímos na fórmula:

C = Sen( 180 / T ) * 2R

C = corda (que seria medida de cada lado da figura inscrita, aka o comprimento de cada elo!)
T = número dentes (que seria o número de lados da figura)
R = raio do círculo

Isolando o raio...

C = Sen( 180 / T ) * 2R
C/2R = Sen( 180 / T )

C / Sen( 180 / T ) = 2R

R = C / [ 2 * Sen( 180 / T )]


Postado Por: Gryphon
Data de Publicação: 09 Abr 2018 as 09:25
Vi toda essa discussão, mas não vi vocês mencionarem isso aqui:
https://youtu.be/kVPjhmTThPo" rel="nofollow - https://youtu.be/kVPjhmTThPo

É um câmbio ao estilo do Nexus, instalado no cubo traseiro, mas de funcionamento ao estilo do CVT automobilístico.
Todo funcionamento é interno. Não tem alavanca de mudança. Parece uma bike single com um cubo traseiro grande.

Sobre as transmissões com correias dentadas, elas vem sendo usadas em automação há mais de 30 anos com vantagens sobre as transmissões por corrente. Correia dentada, dentro de certos limites, não deforma com o desgaste.


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 09 Abr 2018 as 11:04
Originalmente postado por Ismah/Cabelo Ismah/Cabelo escreveu:


Continuo no entanto, achando que simplesmente não tem sentido se restringir ao fato de que a relação máxima deva ser de 2:1...


Não é questão de achar ou não... é o que está no manual! Dá pra fazer diferente? claro que dá, mas vai correr o risco de ter sua garantia recusada em caso de problemas!


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Postado Por: lyra
Data de Publicação: 09 Abr 2018 as 11:11
Originalmente postado por Gryphon Gryphon escreveu:

Vi toda essa discussão, mas não vi vocês mencionarem isso aqui:
https://youtu.be/kVPjhmTThPo" rel="nofollow - https://youtu.be/kVPjhmTThPo

É um câmbio ao estilo do Nexus, instalado no cubo traseiro, mas de funcionamento ao estilo do CVT automobilístico.
Todo funcionamento é interno. Não tem alavanca de mudança. Parece uma bike single com um cubo traseiro grande.

Sobre as transmissões com correias dentadas, elas vem sendo usadas em automação há mais de 30 anos com vantagens sobre as transmissões por corrente. Correia dentada, dentro de certos limites, não deforma com o desgaste.

O nuvinci é legal sim. Mas o range dele é pequeno comparado com os outros. E dos sistemas internos é o que tem menor eficiencia. Dá uma olhada aqui:

https://www.cyclingabout.com/speed-difference-testing-gearbox-systems/



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Postado Por: Gryphon
Data de Publicação: 09 Abr 2018 as 17:04
Mas esse é o ponto interessante.

Para automóveis, o câmbio CVT tem mais perdas que o câmbio manual. Mas vá ver a comparação de consumo e desempenho. O carro com CVT é tão ou mais econômico que o carro com câmbio manual e pode desempenhar tão bem quanto. Qual o pulo do gato?

O pulo do gato do CVT está na curva de potência e rendimento do motor a combustão.
O câmbio manual, com 5 marchas escalonadas obriga o motor a trabalhar numa certa faixa de rotações, onde a variação de rendimento do motor a combustão varia muito. Além disso existe o erro natural do motorista em fazer as mudanças de marcha para favorecer o rendimento.
Já o CVT não comete esses erros.

Então, olhando apenas o CVT, ele é um câmbio com menos rendimento que o câmbio manual, mas quando em conjunto com o motor e o motorista, o CVT forma um conjunto superior de rendimento e desempenho.

Se você considerar agora uma bicicleta e um ciclista, os números ficam interessantes.
Se um sistema convencional tem 90% de rendimento total e o CVT tem rendimento de 84% total, então, proporcionalmente, o rendimento do CVT é de 93,3% em relação ao câmbio convencional. Uma perda da ordem de 7% portanto. É uma perda significativa? Aí temos que analisar.

Pensa no tempo que o ciclista perde trocando de marcha.
No sistema convencional, ele tem de aliviar a peldalada para fazer a troca e só pode fazer força novamente quando o engrenamento estiver finalizado. Quantas vezes ele faz essas trocas? Quanto tempo ele perde de concentração na prova por ter de comandar as trocas de marcha?
Com o CVT ele não tem essas perdas, até porque ele é automático, e o ciclista não perde tempo selecionando marchas e pode ficar 100% focado na prova.

Outro ponto: Porque as mountain bikes da década de 80 tinham 15 marchas e agora elas tem 30? Uma das razões é diminuir "buracos" na transmissão, ou seja, maximizar as opções de transmissão para que o ciclista pedale a maior parte do tempo dentro de um regime limitado de cadência e força para maximizar o rendimento dele.
O CVT não tem buracos porque a variação é contínua.

Mesclando os dois pontos anteriores temos o segundo paradoxo no câmbio convencional: aumentamos o número de marchas para maximizar o rendimento de pedalada do ciclista. Por outro lado, quanto mais marchas, mais trocas ao longo da prova, causando mais perdas.
Com o CVT esse paradoxo não existe.

Só para você ter uma noção, a Willians testou um câmbio CVT para a Fórmula 1 e este sistema foi banido porque os ganhos de rendimento eram tantos que poderia eliminar de vez a concorrência. Mas ninguém proibiu o CVT em nenhuma prova de ciclismo que eu saiba.

A questão de relações de transmissão são apenas uma questão de design.
Um câmbio planetário de 2 marchas automáticas em conjunto com o CVT podem oferecer uma gama enorme de relações. É um exemplo do que é possível fazer. Existem outras soluções.

 


Postado Por: misera
Data de Publicação: 09 Abr 2018 as 19:11
Pera lá , o nuvinci não é automático.
Ele tem um gripshifter , a única diferença é que ele não tem os clicks.
Alias ate vi aqui que existe um novo automático mesmo , só não vi lugar nenhum vendendo.


Postado Por: Gryphon
Data de Publicação: 09 Abr 2018 as 21:59
Originalmente postado por misera misera escreveu:

Pera lá , o nuvinci não é automático.
Ele tem um gripshifter , a única diferença é que ele não tem os clicks.
Alias ate vi aqui que existe um novo automático mesmo , só não vi lugar nenhum vendendo.


Conheço o sistema da internet. Nunca vi pessoalmente.
Muito me surpreende ouvir que tem um gripshifter. Já vi diversos sistemas desse tipo, principalmente aquele sistema de polias variáveis com correia, tanto em máquinas industriais, pequenos scooters e mais recentemente em automóveis.
E todos eram automáticos, até porque a grande vantagem do sistema é ser automático.

O automático não é difícil de fazer.
Inclusive há vários tipos de implementação de automação. Dá para fazer o avanço por rotação (com um sistema que lembra o avanço centrifugo usado em ignição dos velhos carros com platinado), por torque (com mola espiral como nos relógios) ou até por uma combinação de ambos.

Sistemas como o Variomat são versões até antigas desse modelo.
A DAF lançou na Europa em 1958 um carrinho, o DAF 600, com uma transmissão de polias variáveis totalmente automática:








Não só isso mostra que daria para fazer o nuvinci automático, como poderia ter esse sistema de polias vaiáveis tipo Variomatic nas bicicletas. E ambos automáticos.





Postado Por: misera
Data de Publicação: 10 Abr 2018 as 01:25
O comum é acionado com um gripshift que puxa um cabo e desloca o eixo.

https://www.youtube.com/watch?v=QGoQ6roGbsg" rel="nofollow - https://www.youtube.com/watch?v=QGoQ6roGbsg

Ai tem o novo que é o nuvinci harmony que é o automático , não achei o valor so vi cometários dizendo que é caro pa dedeu.

"This is a great looking automatic shift system. I have a Nuvinci N360 Hub with manual shifting. The Nuvinci automatic shifter is very expensive"

https://www.youtube.com/watch?v=S56azdTWDhY&t=101s" rel="nofollow - https://www.youtube.com/watch?v=S56azdTWDhY&t=101s

Eu já tinha comentado sobre esse cubo tempo atrás , mais no comeco ele tava dando bastante problema nas esferas , que é algo meio estranho ja que as esferas não tocam o contato , pelo menos é o que eles dizem...
Ai é o problema de ter algo de difícil manutenção e achar peças e tal , geralmente quem usa esse tipo de câmbio quer durabilidde e manutenção baixa.
Mais fora isso parece legal.

ps: achei as 2 pecas twist shift e o dispositivo que vai no cubo do harmony , só essas 2 peças custam 270 euros.
No caso do automático ele tbm utiliza um grip shifter mais ai vc só seleciona a rotação e a peça que vai no cubo se encarrega do resto.

Eu sou doido pra ter algo assim , mais se é pra pagar uma fortuna e ainda ter problemas vou perdendo energia no tourney mesmo :)


Postado Por: Gryphon
Data de Publicação: 10 Abr 2018 as 10:19
Esses câmbios usam um óleo com uma propriedade estranha. Sob alta pressão, esse óleo se comporta como um sólido, e ele "solda" a esfera na polia. Assim que a pressão é aliviada, ele volta ao estado líquido e não gera muito atrito.

Agora pense quanto seria conveniente uma bike com um câmbio desses. É só subir em cima e sair pedalando, sem preocupação de trocar a marcha. A corrente é mais curta, robusta e sempre trabalhando na chain line, não tem problema de cruzamento, a corrente fica mais elevada e exposta para captar sujeira do caminho, etc..

Um câmbio CVT sem automação é a forma errada de pensar esse sistema. A automação é simples e barata de fazer.
Na hora que o pessoal fizer as contas que se faz nos automóveis, acredito que esta será uma opção cada vez mais comum.
Claro, vai começar de cima para baixo, mas olha o que está acontecendo com os carros. Hoje esses câmbios CVT estão tomando o lugar até dos câmbios manuais.

O que eu posso te dizer é que a tecnologia atual dos automóveis ainda não migrou para as bicicletas.
Se trouxerem a tecnologia dos carros para as bikes e você fizer as contas que eu fiz lá em cima com câmbios automáticos, vai ver que a tendência é esses câmbios tomarem o lugar dos convencionais.

Eu acho que é bom as fábricas de grupos convencionais, como a Shimano, ficarem espertas para não perderem o bonde da história. Essa não é uma tecnologia que se cria do dia para a noite, e quem dormir com os louros da vitória pode ter o tapete puxado.





Postado Por: muringuets
Data de Publicação: 10 Abr 2018 as 22:12
Lyra esse link de comparação é ouro!! Show de bola!!!

Caramba eu sempre senti minha 4ª marcha no Alfine 8 sendo esquisita, meio barulhenta como se tivesse raspando metal mesmo, agora eu vi que ela é a menos eficiente, bate certinho rsrs a 5ª da pra sentir que é livre rsrs

Falando do Nuvinci, falam que nas pontas ele perde muito desempenho, confirmado pelo gráfico hehe...

Editei porque falei besteira hauhauahua 


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=]


Postado Por: Gryphon
Data de Publicação: 11 Abr 2018 as 08:14
Qualquer redutor mecânico tem muita perda quando as relações de transmissão são muito extremas. Tanto em redução como em ampliação.

Olha essa imagem:


É um redutor de engrenagens de 4 árvores, fazendo uma redução escalonada.
A relação de transmissão poderia se feita por apenas 2 árvores de transmissão e um par de engrenagens, mas há duas razões para esse redutor ser projetado dessa forma.

A primeira razão é o projeto compacto.
Pensa numa bike com coroa única e 30 relações. O sistema não ficaria compacto. Nem me refiro ao empilhamento de 30 cog's.
Imagine uma bike com uma transmissão comum com coroa de 48-38-28 dentes e uma Megarange de 11~34 dentes.
Se você mantiver a coroa maior (48 dentes) como única e manter a velocidade final com 11 dentes, você precisaria de um cog de 59 dentes para ter praticamente a mesma relação de transmissão que o conjunto 28 x 34. Fica grande demais.

A segunda razão é a de rendimento.
Relações de transmissão muito extremas levam a muita perda de rendimento, e parte dessa perda vira desgaste.
Para um equipamento industrial, é importante que ele seja econômico em seu funcionamento e tenha baixa manutenção. As duas coisas passam por uma maximização do rendimento do redutor.
Este redutor da imagem seria inviável de fazer com apenas um par de engrenagens tanto pelo tamanho como pelo rendimento. Seria possível usar dois pares de engrenagens com três árvores, mas o projetista provavelmente percebeu que com 4 ficaria melhor e com 5 não compensaria o aumento da complexidade do redutor.

Isso que saiu nos testes não é nenhuma surpresa. Acontece mesmo.


Postado Por: Ismah/Cabelo
Data de Publicação: 18 Abr 2018 as 20:56
Caímos na questão conservadorismo caro amigo "Grifo"...
Tem nego virando o nariz ainda para as trocas eletrônicas, quando elas não passam de uma automação do que já existe...
Do outro lado, vemos uma Shimano insistente, nessa tecnologia...
E ainda que não se queira admitir, em números temos resultados equivalentes com reduções 22/32 como em 34/50...
Já os argumento que "apontam" o segundo como melhor, não são muito objetivos... Mais prático, menor peso, maior linearidade... Mas e os problemas desse sistema? Maior torção da corrente, maior atrito lateral, maiores perdas...
"Mas os caras estão mais rápidos nas pistas..." Mas a pista é a mesma? A bike como um todo é a mesma? O cara é o mesmo?
Num dos anúncios do "sistema águia xixi um", falavam que fulano ganhou N segundos de vantagem. Fui ver a apresentação da bike e ela estava 900 g mais leve, em relação ao ano anterior... Pô, isso tudo não foi limado da coroa que saiu...
Certamente, o condicionamento do vivente melhorou, e certamente ele solito, não serve de estatística...
Dá pano pra manga...

Mas vem cá... Alguém me explica esses gráficos de eficiência? Eu ainda não entendi eles...?


Postado Por: toimlf
Data de Publicação: 10 Mai 2018 as 14:39
Fala galera, tudo bem ?

Estou com um Alfine S7000-8 de 8v... o cliente demorou muito a fazer uma manuntençao preventiva e quando abrimos o cubo tava lama e ferrugem fina... poucos pedacinhos de fuligem... 

O problema é que limpamos tudo, lubfricamos denovo mas nao conseguimos resolver o problema que ele relatou, esse problema é quando pedala, ele da umas travada, vc pedala, para, volta um pouco ele meio q trava, mas eh possivel rodar, as trocas de marcha nao estao com problemas, mas esta tendo esses solavancos, parece um sintoma parecido com o de chain suck e de cassete travando sabe ?

Alguem tem alguma opniao, alguma dica, alguma coisa para agregar nessa situaçao ?

Att


Postado Por: Ligeirinho
Data de Publicação: 10 Mai 2018 as 19:37
Gosto muito desse site que aborda sobre os cubos internos.

https://hubstripping.wordpress.com/alfine-shimano/" rel="nofollow - https://hubstripping.wordpress.com/alfine-shimano/


Postado Por: BrizioPaes
Data de Publicação: 11 Mai 2018 as 02:51
Meu caro, estou chegando aqui agora e tenho estudado um tanto esses câmbios. No caso do Sachs/Sram Spectro 7 (que comecei a estudar recentemente, a partir deste tópico aqui, mas vi vídeo de montagem e desmontagem completa), no conjunto de planetárias existe uma posição correta das engrenagens, que possuem uma marca, e todas devem estar com essa marca em posição igual, senão o conjunto trava, podendo quebrar caso seja forçado quando desse travamento. Talvez um bom esquema seja verificar, também, o manual de reparo do cubo, disponível online (tem link ou aqui ou no site da Shimano), fazendo e refazendo a montagem segundo as instruções do fabricante.

Ah, por acaso sabe onde consigo um desse? Estou penando muito pra obter um cubo pra freio a disco aqui no Brasil... Se for com correria então, é coisa de outro mundo.

Abraço e boa sorte.

Fabrizio


Postado Por: BrizioPaes
Data de Publicação: 11 Mai 2018 as 03:05
Sobre o gráfico, é simples... como o conjunto de engrenagens acionado em cada marcha é distinto, as perdas também diferem entre si. Assim, ele mensurou, com a entrada de 200W de potência no pedivela, o quanto chegava à roda em cada marcha, obtendo assim a eficiência em cada marcha. No caso do Nexus/Alfine, a 5a marcha é "direta", ou seja, o cubo fica "travado" (como uma single speed), o que faz com que a potência passe por bem menos engrenagens, diminuindo drasticamente as perdas.

Espero ter ajudado.


Postado Por: renan_url
Data de Publicação: 13 Mai 2018 as 12:21
pessoal,
quantos dentes tem a catraca do nexus? é possível a troca?


Postado Por: BrizioPaes
Data de Publicação: 14 Mai 2018 as 17:26
Originalmente postado por renan_url renan_url escreveu:

pessoal,
quantos dentes tem a catraca do nexus? é possível a troca?


A que vai no cubo, você diz? Chamam por aí de cogumelos, como fora do Brasil, e pode ser trocada, sim, existem vários dentes disponíveis, acho que de 16 até 23. Entretanto, deve ser respeitada a relação máxima recomendada pela fábrica, entre o pedivela e o coelho, no Alfine algo como 2 e no Nexus acho que 1,8.


Postado Por: Lucasmarques7
Data de Publicação: 03 Fev 2019 as 13:26
Olá pessoal, queria saber se esse cubo alfine 11v é viável para o mtb, pois faço trilhas nos finais de semana e uso minha bike 2/3x na semana para ah cidade, achei muito interessante o sistema e os rohloff atualmente está fora do meu orçamento, o alfine 11v aguenta?!


Postado Por: lyra
Data de Publicação: 04 Fev 2019 as 17:30
mesma pergunta em dois topicos diferentes? Respondi lá no outro. Resumo: na minha humilde opinião, não aguenta.

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http://ciclobits.blogspot.com


Postado Por: folly
Data de Publicação: 16 Ago 2021 as 13:43
Minha contribuição para o fórum vem da minha experiência com uma Brandani "velha guarda" aro 26"1/2 dos anos 70 que adicionei um cubo Nexus 5v, pois seria o único tipo de câmbio que funcionaria bem com sua suspensão de curso longo e que minha filhota pessoalmente escolheu pra passear comigo, pois ainda era pequena pra pedalar na rua. As marchas passam muito fácil e devidamente ajustada não dá problema, passando mesmo a ir ao trabalho com ela num trajeto bem agradável, só pensando em adicionar um roller brake. Apenas dê uma maneirada do torque no pedal na passagem e tudo bem...



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