Itaqua/Saquarema/Itaqua

Quem programa seus passeios de olho
na meteorologia, anda com um pé no chão e outro no pedal. O costume de sair bem
cedo ainda escuro, esta um tanto desafiador, devido a instabilidade do
clima,    já na noite anterior de sábado,
o céu encoberto dava a incerteza de uma madrugada com as nuvens indo embora, já
preparando um nascer do sol de pedaleiro. Nada melhor do que registrar os
primeiros raios de sol, contrastando com uma bonita paisagem, é realmente um
dos melhores momentos para extrair as cores da natureza, mas, na dúvida dessa
possibilidade, resolvi esticar o sono mais um pouco, e levantar já com o dia
claro, e para alegria de todos,  nenhuma
chuva à vista. Então vamos lá, equipar e largar.

Por trás da montanha, lá vem sua majestade,
o sol, propiciando diversão e saúde para seus apreciadores, e no sopé dessa
montanha, chamada de pedra do elefante, em Itacoatiara, que inicio mais  um “longão”, esse previsto como destino à
praia de Saquarema, 75 km
daqui. 

Deixo
registrado o momento da partida, tendo a magrela e a mãe natureza,
minhas únicas companhias nesse pedal. Pedalar longas distâncias,
atravessando
municípios e cidades, nos da a sensação de um desbravador, pois vamos
vencendo os kms com o próprio esforço, cara a cara com as pessoas,
absorvendo o
jeito local, e com isso, nunca se sentindo solitário.

Pela orla de Itaquá, a natureza chama ao seu encontro, cada um com seu hobby, uns vão nadar, outros surfar, subir a pedra do elefante ( alto moirão ), e aqui vamos nós, pedalar.

Um pedacinho do paraíso, Itacoatira é um recanto paradisíaco cravado entre montanhas que na lingua tupi significa " pedra riscada ", é sem dúvida um dos locais mais charmosos da região, vale uma visita.

  Saindo do bairro, agora vamos pegar a estrada.

Esse percurso é tranquilo, com algumas subidas leves, só para não deixar faltar, e a estrada tem um bom acostamento. Lá no fundo, está a pedra do elefante ( alto moirão ), já a 20 km de distância.

Já no Município de Maricá, a bela paisagem parece um imã, vai nos atraindo, e chamando a conhecer novos caminhos

Já tem um tempão que não venho para esses lados, e noto que os pastos estão mais vazios, onde está o gado zebú ?

Opaaa, trocaram de zebú para búfalos, mas esses aí parecem estar passando fome 

Pedalando mais um pouco, pude notar o motivo da mudança, o progresso está chegando, tratores abrindo caminho para um condomínio, tirando o selinho da região, que é conhecida pelos seus costumes roçeiros, uma pena , fazer o que .

Já no meio do caminho, contornando a lagoa de Maricá, surge um restaurante, que sempre que o vejo, afirmo que na próxima vez paro,  para saborear um aipim com carne seca

 mas impulsionado pelo esforço do passeio, fico sempre na vontade e na " ração " de sempre, hehe, mas, a vista que se tem,  é de se apreciar.

Passei pela tentação do rango, da próxima eu paro, e chego em Jaconé, divisa entre Ponta Negra e Saquarema

um tempinho para apreciar o mar

Esse ponto do caminho, começa um estradão de chão, litorânea para Saquarema de 20 km de poeira, buracos valas e muita, muita areia, e eu com pneus 1.5, hehe

Para quem gosta de  um voleizinho, olha aí a confederação brasileira 

tava perguntando para o vigia, pô, cadê os caras, aí que ele respondeu, o meu, hoje é domingo, dia de trabalho é durante a semana, as vezes a galera vem só para o churrasco.

realmente é uma belíssima sede, na verdade parece mais um spa de luxo 

chegando ao meu destino, igrejinha de Saquarema, 75 km rodados com vento contra, não me demorei muito, sempre quando vinha até aqui, parava pelo menos uma meia hora, pois já estava notando que o vento ameaçava trocar, aí é demais, dobrar com ventro contra é fod..., então saí batido com o vento nas costas, bem melhor, hehehe.

 eita praião, mulheres, descanso, curtição, e nois no pedal, sol na cabeça, 11 da manhã, cs fazem isso também né, hehehee

já de volta à lagoa de maricá, aqui tem muita diversão de barcos, jet ski, canoagem, e afins

aqui nesse ponto, minha amiga que a muito tempo não dava as caras, avisou que estava  chegando,  o terror  dos atletas,  corredores e ciclistas principalmente, a terrível caimbra. A minha   eu já conheço não é de hoje, e de certa forma já aprendi a lidar com ela e identificar seus motivos de aparição, então fiquei frio, pois já estava com 120 km rodados

parei para fazer um alongamento e repor alguma coisa, e após descer da bike, minha amiga deu uma puxada forte, e parti para as posicões em que consigo estancar a danada, só que para quem está olhando, é algo incomum, um cara se contorcendo, aí me perguntaram, moço, tá tudo bem, acho que estavam pensando que eu estava infartando, e continuaram a olhar espantados, e ouvi um dizendo, acho que está fazendo tai chi, e parei a danada, e fui bem nos 30 km finais, chegando ainda para pegar o almoço com a família, que está acostumada a me receber de tardinha, olha aí, chegou o "destruidor de panelas", salve o nosso, salve o nosso, hehe, eles sempre brincando, mesmo assim os tranquilizei, ainda vou demorar um pouco a chegar, podem comer tranquilos, hehehe.  

Abraços

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