Guia de Bikes por faixa de preço

 ThiagoZnL escreveu:

Sim, questão de acompanhar, ficar ligado e entender as novidades eu concordo, é interessante. Mas como você disse... a influência disso é minima, insignificante. E aí sempre tem aquela galera... ah você vai comprar um quadro da caloi, da oggi, da sense, compra specialized, trek, scott... é boost, é tecnologia melhor... que diferença isso vai fazer para nós, se nem pros caras que compete nível nacional/internacional faz? 

Depende das pretensões. Certamente NENHUM entusiasta, e que busca por desempenho em algum sentido*, deixa uma bike standard. Seja só virar a mesa, ou trocar o canote por um com off-set, isso vai mudar de alguma forma a condução da bike. É discutível o quanto, mas vai mudar.

Falávamos isso hoje a tarde eu e uma amiga! O óculos ISOLADO, não trás benefício significativo. São ganhos marginais, mas é no conjunto da obra que ele faz diferença.
Um óculos de lente amarela, trás uma melhora nos contrastes, principalmente fora de estrada. Isso melhora um pouco a visão no estradão, e faz com que tu se sinta mais seguro para arriscar mais que sem, em função do contraste, ou por causa de não entrar alguma coisa no olho em uma descida forte...
Porém, sem a sapatilha, não teria a coragem de arriscar tanto, quanto arrisco de sapatilha. Com o óculos, eu até vejo melhor, mas não tenho a segurança do pé estar firme no pedal.

Em nível de equipamento, um eixo boost sozinho não resolve todos os problemas dos 11,27% mais alavanca de uma roda 29, com cassete de 12 velocidades. Certamente, ele é um pequeno elo no meio de um contexto bem grande.

Um exemplo fora do mundo das bikes, mas que mostra o quanto a tecnologia ajuda...
O Márcio Murta, jornalista automotivo, tem um VW Gol com motor AP 1.9 Turbo, que PODE chegar aos 400 cv. Essa potência leva ele a... Bem, ele mesmo não sabe a velocidade máxima que o carro pode chegar. O preparador dele, Marcelo MVS, por sua vez tem um VW Gol AP 2.0, com mais de 900 cv, e deve bater em 400 na reta.
Ambos carros tem propósitos diferentes, mas é unânime entre os, que apesar de mais potência que alguns carros esportivos de entrada, e uma preparação COMPLETA, ainda é um Gol.
Isso acarreta em outros problemas, desde a estrutura do carro e seus materiais, até isolação de ruído, finalizando com a questão da condução do carro: ele chega com grande chance a mais de 300 KPH, mas a curva que ele fazia a 80 KPH, vai continuar fazendo a 80 KPH.
Nessas, o Honda Civic Si 2018, de motor 1.5, turbo, que dá 208 cv, 100%, fez uma volta em 1:17:587, contra 1:18:455 do Gol fuçado (sem banco traseiro, pneu de pista e blá blá blá...) no Velopark (Nova Santa Rita/RS).

Uma bike com mais tecnologia embarcada, vai exigir menos do piloto e vai aguentar mais o tranco. Não é algo tão fácil de mensurar objetivamente, mas tá lá...

* Leia-se mais conforto para viagens longas, melhor eficiência nas subidas, melhor eficiência nas descidas, mais agilidade, menos inércia, mais inércia...

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