Vuelta a España

Nairo com febre e devido a diarreia dos últimos dias pode retirar-se de La Vuelta a España nas próximas horas, informa a Rádio RCN em boletim de hoje (link abaixo).

Uma quase repetição da etapa anterior com altimetria baixa e chegada em uma longa parte quase completamente plana que surge após uma longa descida.

Enfim, mais uma etapa propícia aos velocistas.

O pelotão, guardando energias para a dura etapa de amanhã, não se importou com a fuga de nada menos que 24 ciclistas que abriram cerca de 5 minutos de vantagem.  Presentes à fuga estavam as seguintes equipes: Sky (2 ciclistas), AG2R (2), BMC (1), Caja Rural (1), Cofidis (2), Etixx Quick-Step (2), FDJ (2), IAM Cycling (2), Lampre-Merida (3), Lotto-Soudal (1), Movistar (1), MTN-Qhubeka (1), Orica-GreenEdge (1), Europcar (2) e Tinkoff-Saxo (1). 

Trek e Giant-Alpecin preferiram não lançar e apoiar seus velocistas (respectivamente, Danny van Poppel e John Degenkolb).  A Giant-Alpecin, aliás, tinha recomendação de proteger Tom Dumoulin e não se preocupar com a fuga.  

Mesmo com o pelotão pedalando "preguiçosamente" a posição de Nairo Quintana (Movistar) na classificação geral estava ameaçada por Gianluca Brambilla (Etixx-Quick Step) e Romain Sicard (Europcar), especialmente quando Nairo Quintana, ainda adoentado, não conseguia acompanhar o ritmo do pelotão e pedia auxílio ao carro de apoio da equipe. Infelizmente essa situação se confirmou e Nairo perdeu 2 posições na classificação geral.

Se no pelotão ninguém queria acelerar, no grupo da fuga ninguém queria trabalhar em conjunto. Essa situação, aliada ao bom trabalho de 2 ciclistas da Lampre-Merida (Rubén Plaza e Valerio Conti), anulando a iniciativa dos demais ciclistas, permitiu a escapada isolada do português Nélson Oliveira (Lampre-Merida) que, pedalou sozinho e sem oposição os últimos 30km na liderança, cruzando a meta 1 minuto à frente dos demais.

Parabéns ao "tuga" Nélson Oliveira (Lampre-Merida) pela vitória e pela iniciativa.  Por isso, merecidamente, foi eleito o ciclista mais combativo do dia. 

A etapa foi tão "ruim de assistir" que nem vou postar o link para o vídeo dos últimos km.

Fiquem, assim, com a imagem do valoroso "tuga" Nélson Oliveira (Lampre-Merida), um dos poucos ciclistas que estavam realmente afim de pedalar nessa 13ª etapa:

Amanhã teremos uma etapa de alta montanha.  Poderá ser uma etapa decisiva para a liderança e uma etapa decisiva para Nairo Quintana.

 

 

Etapa longa com uma também longa subida Especial precedida por uma subida categoria 1.

Enfim, uma etapa para escaladores fortes.

Os atletas da fuga mantiveram-se trabalhando juntos até os km finais, quando começaram as disputas pela vitória.  Quintero (Team Colombia) apena acompanhou a disputa entre os outros 4 ciclistas, vencida de forma brilhante pelo italiano Alessandro De Marchi (BMC), honrando o abandono de seu companheiro de equipe Samuel Sánchez. 

As emoções estavam guardadas para a subida do pelotão, que foi tranquila até faltar cerca de 6 km para a meta, quando a Astana (que fez um excelente trabalho hoje) acelerou e começou a fragmentar o pelotão. Na marca de 3 km para a meta, a Astana embalou e lançou Fabio Aru que atacou com força na subida, trazendo em sua roda Rafal Majka (Tinkoff-Saxo), Nairo Quintana (Movistar).  O trio sumiu "morro acima", em meio à neblina, até que Majka que havia ficado para trás, se reconectou com Nairo e Aru, trazendo consigo Joaquin "Purito" Rodriguez (Katusha), Esteban Chaves (Orica-GreenEdge) e Domenico Pozzovivo (AG2R).   

Aru tentava acelerar e deixar Nairo para trás, mas o colombiano, impassível, não saia de sua roda. Então aconteceu o que parecia improvável até ontem, Nairo "Naironman" Quintana ultrapassou Fabio Aru, acelerou e escapou do grupo.  "Purito" pulou na roda do Colombiano mas não conseguiu acompanhar o ritmo até o final.  Nairo (Movistar) cruzou a meta 6 segundos à frente de "Purito" (Katusha) e 7 segundos à frente de Fabio Aru (Astana).  Que recuperação de Nairo que, com essa atuação, volta ao top 10 da competição !! 

Vídeo com os últimos km:

 

Mais uma etapa de montanha com uma duríssima chegada. São 13km de pura subida até o Alto de Sotres, com inclinação média de 8%.  E, para acrescentar mais tempero, os 3 últimos km possuem inclinação sempre superior a 10,5% (com picos de até 13%).

Uma fuga se formou na prova mas, como esperado, ela foi eliminada durante a última escalada. 

A Movistar puxou o pelotão quase a prova toda, seguida pela Astana, ambas protegendo seus pupilos: Nairo Quintana e Fabio Aru, respectivamente.  

Faltando cerca de 2 km para a meta, a disputa inflamou.  Nairo atacou; Aru respondeu. Um pequeno grupo acompanhava os destemidos escaladores: Joaquin "Purito" Rodriguez e Dani Moreno (Katusha), Mikel Nieve (Sky), Rafal Majka (Tinkoff-Saxo), Mikel Landa (Astana), Eteban Chaves (Orica-GreenEdge) e Domenico Pozzovivo (AG2R).

Todos disputavam a vitória e todos queriam aumentar a diferença de tempo entre eles e Tom Dumoulin (Giant-Alpecin).  Infelizmente para eles, Tom Dumoulin resistia e perdia menos tempo que deveria se esperar dele em uma chegada em alta montanha como esta.

Faltando 800m, "Purito" atacou forte e parecia que Nairo (Movistar) não tinha mais forças.  O colombiano perdeu contato com o pelotão líder e uniu-se a Mikel Landa (Astana) e Dani Moreno (Kausha).

"Purito" continuou acelerando, deixando para trás Majka e Aru, que foram alcançados pelo trio Nairo-Landa-Moreno.  "Purito" vence de forma brilhante, seguido por Majka e Moreno.  Nairo "Naironman" Quintana ainda conseguiu ultrapassar Aru antes da meta, mostrando que seu estado físico está melhor.

Por apenas um segundo "Purito" não assume a camisa vermelha. Mas ele tomou a camisa verde de Chaves e a branca de Dumoulin. 

Vídeo com os últimos 2 km:

A etapa de amanhã (segunda-feira) promete.  Serão 7 subidas sendo as duas últimas de categoria 1 e categoria especial.  Nos 7 km finais a subida terá 11% de média de inclinação, com partes em que a inclinação supera os 26% 

Tom Dumoulin (Giant-Alpecin) apenas confirmou as expectativas.  Especialista em provas de contra-relógio, o holandês venceu a etapa 17 e retomou a camisa vermelha de líder da competição cravando o tempo de 46'01".  

A dupla de capitães da Movistar, Nairo Quintana e Alejandro Valverde, mostraram grande capacidade de adaptação e, mesmo não sendo este tipo de prova a especialidade de ambos, Valverde fez o terceiro melhor tempo da etapa e Nairo o sexto melhor tempo. 

Fabio Aru também mostrou suas qualidades e obteve um excepcional tempo, alcançando a meta apenas 1'53" após Tom Dumoulin, o que lhe conferiu o décimo melhor tempo da etapa.  Esperava-se que Aru não conseguisse cruzar a meta antes de 2 minutos e meio que Tom Dumoulin, mas o italiano da Astana surpreendeu e, com o excelente tempo obtido, ficou apenas 3 segundos atrás de Dumoulin na classificação geral, uma posição que o favorece sobremaneira, especialmente quando observa-se a altimetria da etapa de sábado próximo. 

Era previsto, também, uma má participação de Joaquin "Purito" Rodriguez (Katusha) nesta etapa contra-relógio e isso, infelizmente, se confirmou.  Purito fez apenas o 30º melhor tempo, cruzando a meta 3'06" após Tom Dumoulin. Com esse resultado, Purito se posiciona 1'15" atrás do líder na classificação geral.

 

Etapa tranquila, com apenas uma subida forte (porém curta) e final em descida.

Esperava-se um "super ataque" de ciclistas em fuga nesta etapa e ele veio.  Antes do km 50, cerca de 25 ciclistas partiam em fuga.  

Graças ao trabalho do pelotão (Astana trabalhando forte para Fabio Aru), poucos restaram à frente quando o pelotão iniciou a subida principal da etapa: Nicolas Roche (Sky), José Gonçalves (Caja Rural) e Haimar Zubeldia (Trek).  Roche ultrapassou Gonçalves e abriu vantagem.  Nos metros finais, Roche e Zubeldia disputaram palmo a palmo a vitória, conquistada pelo ciclista da Sky.  O português José Gonçalves cruzou a meta em terceiro. 

Lá trás, ainda na subida, o pelotão ficou "nervoso" com diversos ataques de Fabio Aru (Astana), Alejandro Valverde (Movistar), Joaquin "Purito" Rodriguez (Katusha) e etc., todos visando "minar as forças" do líder Tom Dumoulin (Giant-Alpecin).   Dumoulin resistiu bravamente à todas investidas.  O pelotão então, manteve-se unido e não houveram mudanças na classificação geral.

Yvon Ledanois (BMC Racing): "Ontem eu não vi (na etapa 18) um grande Fabio Aru (Astana).  O que eu vi foi um Tom Dumoulin (Giant-Alpecin) que seguia a roda de Aru facilmente."

Dirk Demol (Trek Factory): "O dia D será amanhã (na etapa 20). Hoje, Tom Dumoulin (Giant-Alpecin) poderia até conseguir alguns segundos nos quilômetros finais" 

Christian Guiberteau (Giant-Alpecin): "Tom Dumoulin conseguiu também uma vitória psicológica.  A Astana atacou, mas nós já estávamos preparados para isso.  Creio que foi um pouco decepcionante para a Astana. Ontem (etapa 18) vi Fabio Aru um pouco solitário na última subida.  

Jose Azevedo (Katusha): "Quanto mais tempo passa, mais nos damos conta que vai ser muito complicado terminar em uma posição melhor que terceiro lugar.  Dumoulin nos surpreende a cada dia. Inclusive no TT, depois e 17 dias de competições e etapas de montanha muito duras.  Apenas nos movemos se Astana ataca e deveremos repetir isso hoje, pois prevemos que se forme uma fuga. Amanhã teremos que nos lembrarmos do que ocorreu em Fuente Dé, quando Alberto Contador deu a volta na situação."

Giuseppe Martinelli (Astana): "Tom Dumoulin me surpreendeu ontem conseguindo ficar na roda de Aru o tempo todo. Se não conseguimos vencê-lo no homem-a-homem então temos que vencê-lo com o jogo de equipe, com a ajuda da Movistar e de Majka. Aru me disse essa noite que 3 segundos não parecem nada, mas são muito quando o adversário é Dumoulin".

Foto mítica! Aru se perguntando: "O que esse cara tem que eu não tenho??"