Diferenças entre as Caloi Aluminum 90's?

Dae pessoal,

tive uma andes sport 1, toda shimano altus c10, menos o cambio dianteiro que era altus a10, ano 1995. quadro de alumínio e garfo over de cromo.

Editado por tiagobe - 18 Jan 2013 as 01:15

Tenho uma supercross aro 700 grupo altus c10 A10, garfo Cr-Mo, quero comprar outra igual, mas nao consigo achar. É bastante boa e a caloi não tem nada parecido hoje . Alguma dica de como achar?

Existe várias nesse espaço de tempo... entre elas... a ELITE que vinha com uma com diversas configurações como: XTR COM XT, DEORE XT COM LX, STX, STX RC, STX special edition... e alivio... ambas com quadro resistente e com cores metalizadas, com suspenções... Rock shox quadra 20 e 21 e MEG 21... lembrando que eram as bikes dos sonhos dos meus olhos... e sem contar... com a Monark ALUM 7000 que deixou saudades é claro...

tenho uma caloi supercross aluminum quero umas rodas aros 700 mas qual os tipo de pneus continuo com os 1.5 kenda kwest ou coloco um pirreli 1.25//??

O que é bem interessante é que essa fase da introdução das Aluminum criou uma espécie de segunda linha com bicicletas de quadro de aço mas igualmente bem equipadas, como as Aspen Way.
Na época, uma dessas com quadro de aço saíam pela metade do preço de uma Aluminum, mas equipadas no mesmo nível. Esta foi a era do hype do alumínio.

Se ficar antenado, muita gente que tem essas Caloi não sabe o que tem na mão e acabam vendendo muito barato.
Outro detalhe interessante é que embora as Aluminum fossem bem mais caras, a falta de interesse nos modelos com quadro de aço manteve um certo equilíbrio nas vendas desses dois modelos, mas se for procurar, hoje você encontra muito mais as de quadro de aço que as de alumínio à venda.

Recentemente, um amigo meu mudou-se aqui para São Paulo e o trabalho dele fica a apenas 4 km do apartamento dele. Longe para ir a pé, curto demais para ir de carro e não tem ônibus direto. Então ele queria uma bicicleta boa mas que fosse muito barata, e eu indiquei para ele ficar de olho na OLX e comprar uma dessas Caloi Aspen. Ele comprou uma na cor violeta, acho que era uma Pro GS, toda Shimano (alguns componentes eram Altus pelas fotos que ele me mandou), e ele pagou coisa de R$ 200,00 nela. E a bicicleta estava zerada. Foi comprada e esquecida numa garagem, protegida do tempo. Meu colega teve apenas que trocar pneus, câmaras e sapatas de freio por ressecamento das borrachas.

Essa Aspen Pro GS não tem modernismos. Os trocadores de marcha ainda são os contínuos e os freios são os cantilever, mas bem reguladinha e lubrificada, funciona como um relógio.
Por ter quadro de aço, transmissões e freios visivelmente obsoletos, passa a ideia que não vale nada para o dono e para a maioria dos interessados porque está completamente fora de moda. E o hype atual pelas mountain bikes de 29 polegadas deve desvalorizar essas bikes de aro 26 antigas ainda mais.

Essas bicicletas hoje são um bom negócio para quem não liga para modernismos e quer apenas uma boa bike para usar na cidade e se divertir.

As Aluminium tinham um problema crônico de espanar as roscas do movimento central, principalmente do lado das coroas. As primeironas eram estranhas, pois tinham o top tube muito comprido. As últimas já estavam mais "normais". E de um modo geral, todas eram lindas e tinham uma traseira dura pra dedeu, fruto de um projeto de traseira mais curto, reativo. Os modelos eram vários, e alguns mais tops de linha somente eram encontrados em grandes bicicletarias, bem caros, inclusive.

Essas primeiras Aluminum eram completamente ponto fora da reta, mesmo para a época.

Uma das coisas que eu lembro é que na época todos os fabricantes de quadros recebiam os perfis de alumínio recozido, fabricavam o quadro e davam têmpera. A Caloi achou que assim ficava complicado e caro de fazer e mudou o processo. Os fornecedores forneciam os perfis já temperados e a Caloi só tinha o trabalho de cortar e soldar (embora ela precisasse aprimorar a técnica de soldagem).
Parece que muitos fabricantes copiaram a Caloi nisso.

Outra coisa que um passarinho verde me contou é que a Caloi não tinha grande corpo de engenheiros atualizados com as tecnologias mais modernas e por isso ela vivia improvisando.
Quando ela foi lançar a Aluminum, a engenharia da fábrica não tinha a menor ideia da resistência do quadro e a base de comparação que eles tinham na época era o alumínio de panela, que era muito mole. Então reforçaram tudo pra não quebrar. Num desses reforços eles usaram um downtube de perfil elíptico. Na época parecia estranho pois só existia bicicleta de quadro com tubos redondos, mas ao mesmo tempo que aquilo dava reforço à estrutura, chamava a atenção por ser diferente e por ter o nome "Caloi" em letras maiores.

Essa é rara de se ver na rua. A Caloi ATN, cópia da GT.
Era bicicleta para poucos, antes da moda das Aluminum.

Engraçado é que acabei atirando o que queria e acabei acertando em cheio onde não esperava.

Há uns tempos atrás minha T Type (das primeiras lançadas) quebrou o quadro (coisa comum na T Type) e eu queria um quadro para remontar as peças dela.
A chamada "rajadinha" era um antigo sonho de consumo. Quando eu estava na faculdade todos os alunos mais "afortunados" tinham uma dessas, enquanto eu tinha uma Cruiser Montava 10.
Quando foi para comprar o quadro, minha primeira opção seria encontrar um quadro de ATN.

Não achei e acabei comprando uma carcaça de uma Caloi estranha. Depois de muita pesquisa, descubro que se tratava da Caloi Mountain Bike 15, a primeira "mountain bike" oficial de fábrica no Brasil. Bicicleta histórica, rara, praticamente desconhecida, mas com uma história muito interessante para contar.
Só faltava essencialmente o câmbio completo e o selim e decidi por uma restauração da bike.

Parto para a segunda tentativa. Não acho um quadro de ATN em bom estado nem com reza brava. Mas topo com um quadro de GT 93 de cromoly.

Questões profissionais fizeram com que eu desacelerasse a restauração da Caloi e a remontagem da GT.
- Da Caloi faltavam dados sobre a bicicleta original. Peças e grafismos;
- Da GT, muitas peças que eu tinha não serviram;

Mas a Caloi teve uma nova chance. Achei outra quase toda original (o dono tinha trocado selim, pedais e guidão e faltava o câmbio traseiro) e paguei apenas apenas R$ 200,00 nela. Era bicicleta de estimação, presente do avô e o dono queria mais um bom destino para a bicicleta do que o dinheiro. Está um pouco desgastada do tempo, mas em perfeito estado. Até os grafismos estão num estado que permite que sejam reproduzidos para a restauração da primeira.
A primeira também teve a sorte de o dono da segunda lembrar de todos os detalhes e eu encontrei o conjunto de câmbio original zero km. Achar a segunda bicicleta foi como achar uma agulha num palheiro, e agora tenho peças para restaurar uma com 100% originalidade.

A ATN ainda tem uma coisa intteressante. O primeiro modelo lançado, que substituiu a Montain Bike 15, era igualmente preta com a mesma inscrição "Mountain Bike" em branco no top tube. Depois ela passou para a pintura cinza rajada de preto (inicialmente com garfo preto e depois também rajado). Até esse ponto o modelo era designado apenas como "Mountain Bike".
A designação oficial como ATN   pela Caloi só aconteceu quando o modelo passou a ser pintado de amarelo ou laranja cítricos.

No final das contas, eu quis comprar um quadro de ATN, acabei com 3 bicicletas em restauro e não comprei nenhuma ATN! :D

Over!

o garfo de diametro interno 25 mm é considerado over ou stand ?

Segundo um vendendor stand é 21mm ou 22mm e o diametro de over é 25 mm. Enfim o diametro interno do garfo original da caloi aluminum sigma é 25 mm.