Ciclovias Integradoras da Zona Oeste

Como toda nova obra de um tipo ainda incomum no país, ciclovias, existem erros e acertos. Você pode escolher falar sobre os benefícios e acertos fazendo matérias e artigos positivos ou focar nos erros e fazer matérias difamando a obra.

Preferimos deixar que vc tire suas próprias conclusões conferindo o vídeo abaixo.

Sede da maior ciclovia do Brasil, com pretensão de ser um exemplo mundial do uso deste meio de transporte e de prática esportiva, o Rio de Janeiro está bem longe de ter o que mostrar ao mundo e ainda mais distante ainda de poder comemorar avanços nesta área.

Enquanto o incentivo ao uso de bicicletas em substituição ao carro particular, ou mesmo aos transportes públicos, existe no mundo inteiro como forma integrada do planejamento urbanístico de grandes capitais, que pensam em melhorias ambientais para os lugares onde vivem, o Rio desperdiça sua vocação óbvia de integração à natureza em um show de pataquadas.

Na última  semana o que se viu do governo local em relação às ciclovias existentes na cidade foi um acúmulo de robalheiras, desrepeito ao contribuinte e principalmente ao usuário. Quanto custa um quilômetro de asfalto? Você acha que o seu uso em ciclovia deve ser o mesmo do quem em ruas e avenidas construídas para suportar as toneladas de caminhões? E quanto tempo você acha que uma ciclovia deve demorar para apresentar sinais de rachadura desde a sua inauguração?

Pois no Rio, estas perguntas são respondidas com o espanto de quem não pode e não quer se conformar com o quão corriqueiro se tornou o ato público de burlar a lei e tirar o seu. No Rio, pasme caro leitor, o quilômetro de ciclovia custa sim o mesmo que o de um asfalto feito em uma BR destas da vida. Com o valor equivalente ao custo de um quilômetro da nova ciclovia da Zona Oeste – quase R$ 900 mil – daria para construir uma estrada com a mesma extensão e ainda sobraria troco, segundo a Associação das Empresas de Engenharia do Estado do Rio (Aeerj).

E, mais uma vez caia para trás leitor, os primeiros sinais de deterioração da obra apareceram menos de quatro dias depois do início de sua utilização. Em matéria sobre os 22 quilômetros inaugurados pela Prefeitura do Rio na semana passada, o Globo convidou especialistas para analisar a obra e os resultados são horrendos como consta neste vídeo. 

Como se não bastasse este pouco caso, moradores da Urca já cansados da obra que se estende ao longo de 1,2 quilômetros de ciclovia na área, dizem que há três semanas não veem um operário no local. Tudo está parado à espera da continuidade da obra de expansão da ciclovia no local. Além dos transtornos, a obra tem posicionamento contrário dos moradores, por acabar com um estacionamento rotativo no local e, em consequência, obrigar ônibus de turismo a ocupar uma faixa da rodovia Pasteur, provocando um caos no trânsito.

De quebra, o Andaraí andou conversando com quem entende mais de bike do que estes notívagos que aqui escrevem, e descobriu que das 19 estações disponíveis para retirada de bicicletas, 13 não funcionam adequadamente.  O projeto Pedala Rio, que integra o sistema de Bicicletas Públicas Samba (Solução Alternativa para a Mobilidade por Bicicletas de Aluguel), enfrenta mais problemas do que se podia imaginar possível. Das 19 estações em funcionamento espalhadas ao longo da orla da zona sul, 13 não estão funcionando de forma adequada. Ispirado no modelo de sucesso do Vélib francês, o programa  tem por objetivo alugar, com baixo custo, bicicletas aos moradores e turistas para aumentar a utilização de veículos considerados mais sustentáveis, melhorando assim a qualidade do ar na cidade e também proporcionando qualidade de vida para a população.

Ao que parece, as iniciativas voltadas para as duas rodas precisam de muito mais para fazerem sucesso no Rio como em Paris, ou a clássica capital da bike, Amsterdam. Precisam conseguir juntar a experiência de outras cidades,  à melhorias possíveis, qualidade da obra, transparência em sua execução e principalmente eficiência administrativa. Palavras que no Rio parecem jogadas ao vento e impossíveis de serem conjugadas na prática.

Matéria do site:

http://andarai.wordpress.com/2011/06/01/dois-toques-sobre-as-duas-rodas/

lá também é possivel ler o depoimento do secretario do meio ambiente rebatendo as criticas a ciclovia e seu custo exorbitante.