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Curitiba / Caiobá / Curitiba |
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lgalicki
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Postado: 27 Out 2008 as 07:29 |
Bom dia pessoal.
Ao longo da semana passada, eu estava louco de vontade de dar uma boa pedalada por boas estradas asfaltadas. Havia colocado em minha cabeça que o próximo pedal seria de Curitiba até Caiobá, no litoral paranaense, indo em um dia e voltando no dia seguinte. Sexta-feira passei na casa do velho para pegar a chave do apêzinho dele para meu pernoite. Combinei com minha esposa que eu saíria cedo e ela mais tarde, encontrando-me no caminho ou já no destino. Como segunda não teria que trabalhar, seria o fim de semana ideal para o pedal, tendo um dia de sobra para esperar um possível tempo ruim passar. O foco deste pedal seria menos turístico, dando mais ênfase à diversão de descer à serra em alta velocidade e ao desafio de subí-la se arrastando feito uma lesma. A serra consiste em um desnível de 930m de altitude ao longo de 20 km (veja o gráfico no Bikely). Acordei sábado às 06:00 AM. Olhando pela janela, o céu todo cinza me desanimou. Voltei a deitar, já pensando em deixar a ida para domingo. Quando levantei novamente lá pelas 10:00 AM, o céu estava completamente limpo. Não deu outra. Tomei café, dei conta dos preparativos e avisei a mulé que eu estava partindo. Nos primeiros 30 km rumo à descida da serra, tudo muito bacana e bonito. A partir daí, o céu começou a se esconder atrás de algumas leves nuvens, avisando que haveria garoa ou neblina na descida da serra. Não deu outra, quando cheguei na serra, uma neblina muito forte, daquelas que nos molham como se fosse uma garoa forte e prejudicam muito a visibilidade. Tive que segurar a bike nos freios, não podendo atingir os diveritidíssimos picos de velocidade normalmente atingidos no trecho, de cerca de 70 km/h. Além disso, qualquer oportunidade de foto bacana havia ido por água abaixo. Chegando no pé da serra, não mais havia neblina, como era de se esperar. Havia mais 50 km de trajeto praticamente plano. Ao tentar pegar um lanchinho, acabei derrubando a câmera, que estava no mesmo compartimento, a mais de 30 km/h! Achei que tinha ido pro saco mas, para grande surpresa, ainda funcionava normalmente! Entretanto, ficou extremamente arranhada! Parei em um posto de atendimento ao usuário da concessionária responsável pela rodovia para repor minhas reservas de água e encontrei uma figurássa por lá. Um rapaz não fantasiado de ciclista, com uma bike bem simples, me perguntou como estava o tempo na serra. Falei que havia neblina muito forte e que talvez estivesse até chovendo, já que eu havia visto nuvens negras indo em direção à serra. Conversando com ele, descobri que era um cicloturista muito aventureiro, daqueles que saem sem nenhum tostão furado no bolso, sem qualquer planejamento, confiando no acaso e na ajuda de pessoas encontradas pelo caminho. Ele já havia cruzado o PR, indo de Curitiba até Foz do Iguaçu pedalando. Para ver se ele não estava mentindo, comecei a testá-lo, perguntando sobre suas rotas. Ele pareceu muito verdadeiro. Acho que realmente não estava mentindo. O mais curioso foi a resposta dele quando perguntei porque havia começado a viajar de bike: "Não tenho nada pra fazer". Despedi-me do Billy e me mandei rumo ao meu destino. Após mais 20 km, cheguei à PR508, os últimos 30 km da minha viagem. A rodovia não possui acostamento entretanto, entre todos os motoristas que passaram por mim, só um se provou um babaca, tirando fina e buzinando, achando-se dono da estrada. Cheguei em frente ao prédio e ainda tive que esperar minha esposa por mais uma hora. Ela estava com as chaves. Todo o trajeto foi feito em cerca de 4:20 horas. No dia seguinte, a preguiça me fez acordar somente às 8:30, o que mais uma vez postergaria meu almoço em cerca de quatro horas. Peguei a estrada lá por 9:30 e os primeiros 30 quilômetros sem acostamento foram sem qualquer dor-de-cabeça. São realmente alguns poucos maltoristas que nos causam má impressão de todo o resto. Cheguei a subida da serra com sol a pino e nada de vento para refrescar. Controlando meu batimento cardíaco na casa de 140 BPM, subi numa média de 11 km/h. A idéia não era vencer nenhuma corrida, e sim chegar em casa o mais inteiro possível. A subida foi escaldante! Muito calor! Pelo menos o movimento de caminhões na terceira faixa estava muito baixo. Cerca de 80% da subida não possui acostamento, e sim terceira faixa. Normalmente. essa terceira faixa é muito movimentada devido ao porto de Paranaguá, mas aos domingos se mostrou bem tranqüila. Já havia subido a serra outras vezes, mas sempre no sábado. Mesmo sendo respeitados pelos caminhões, que passam a uma boa distância dos muitos ciclistas que sobem esta serra, me senti muito mais satisfeito podendo usar a terceira faixa praticamente sozinho! Após o término da subida, eis que minha esposa me encontra. Ao levantar meu traseiro da bike, rola aquela vontade de fazer o número dois! Como o mato era muito aberto, pedi para minha esposa rodar mais 10 km até o próximo posto de atendimento ao usuário e me aguardar para ficar de olho na magrela enquanto eu largava o lastro. Encontrei-a lá e soltei tudo! Tudinho! Alívio imediato! Já a menos de 20 km de casa, encontro o Billy novamente. Estava dando uma descansada devido ao maldito vento contra. Realmente estava muito forte. Onde normalmente pedalaria-se a 28 km/h, a velocidade estava menor que 17 km/h! Falei para ele tentar aproveitar meu vácuo, mas o ritmo dele estava menor e ele não conseguia acompanhar. Dei uma segurada e fomos batendo papo. Ele falou que havia dormido em um posto de atendimento ao usuário e que subira a serra empurrando a bike. Quando uma possível chuva começou a ameaçar, desculpei-me, despedi-me e forcei o ritmo. Devido a subida e ao vento contra, mas principalmente devido a subida, cheguei em casa com pouco menos de 7 horas de pedal, contando paradas e tudo mais. Fotos: http://picasaweb.google.com/lgalicki/CuritibaCaiobCuritiba Trajeto no Bikely: http://www.bikely.com/maps/bike-path/Curitiba-Matinhos (obs.: Caiobá é um balneário de Matinhos) Poucas e toscas fotos, mas pelo menos o feito foi registrado. Um abraço, Luciano Editado por lgalicki - 28 Out 2008 as 06:07 |
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O homem é o único ser que mede a passagem do tempo, o que faz com que ele, solitariamente, sofra de um medo que nem um outro sofre: o medo de tempo esgotar-se.
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Negrao
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Ae Luciano
Bacana o passeio hein ?
Já subi a 277 mas logo no iníco levei umas finas de caminhoneiros e decidi ir pela contra mão onde pelo menos tem acostamento (menos nas pontes) .
Aquela serra só quem já subiu prá ter idéia da dimensão da encrenca, a vista do pedágio no final é algo como vislumbrar a Terra Prometida hahaha
Vc conhece o Marcelo Montahnista ? Ele tem uma Zohrer...
Abração
Marco Antonio
Curitiba
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lgalicki
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Fala Negrão!
A vista do pedágio realmente é algo como ver um oásis no meio de um deserto. O interessante é que é possível vê-lo à distância, o que acaba nos animando e nos esquecendo de que há mais duas fortes subidas até chegar nele. Seria sacanagem menor se aparecesse de repente, por trás de uma curva, e não lá loooonge! Hehehehe! Dessa vez essa sensação foi ainda maior porque meu intestino estava me fazendo pressão! Conheço o Marcelo sim. Gente boa! Manja muito de bikes e de reclinadas! Já comprei algumas coisas dele. Ultimamente ele tem pedalado com umas novas reclinadas canadenses que ele comprou. São muito mais confortáveis que as EXD, pois tem suspensão! Um abraço, Luciano. |
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Spoock
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Acho que te vi...
Eu e um amigo meu estavamos indo descer a serra via anhaia..
Se era voce, ate te dei oi... ali no retorno depois do viaduto dos padres... local onde tem a entrada da estradinha do anhaia.
Abraço
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lgalicki
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Opa! Tô lembrado sim! Vocês estavam em três na hora que eu saí do mato. Então um de vocês simplesmente evaporou. Em seguida a porcaria do sachê de gel de carboidrato estourou na minha mão e fez aquela sujeira, e na mesma hora, vocês passaram e trocamos uns "opas".
Como é que foi a descida da estrada da Anhaia!? |
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Mauro Brisola
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Legal o relato Igalicki. Já fui até Matinhos algumas vezes mas ainda não sobrou coragem para encarar a subida! Já pedalei bastante com o Marcelo. Ele algum tempo atrás também subiu a serra. Falando em reclinadas: No plano não é fácil acompanhar mas dá até raiva de ver vocês "sumindo" na descida! Pergunta técnico-científica: se o número dois tivesse rolado antes, em Caiobá por exemplo, a média teria sido quanto melhor que 11km/h na subida???
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lgalicki
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Fala Mauro!
Lembro de ter visto no Fotolog do Marcelo uma foto no meio da serra dele com outro ciclista. A partir do ponto da foto, ele teria subido a serra e o outro ciclista continuado rumo à praia. Acho que é você! Vou ter que dar uma olhada em casa porque a página do Fotolog é bloqueada aqui no serviço! Pois é, realmente a aerodinâmica das reclinadas beneficia a velocidade em planos e em descidas, mas também depende do "motor". Tenho pouco tempo de reclinada. Estou completando meus 2000 km com reclinada agora, e meu físico para ela vem melhorando gradativamente. Deixei a bike melhorzinha pra asfalto há pouco tempo também, e acho que já estou conseguindo rodar com ela um pouco mais rápido que com minha MTB urbana. Na verdade, eu não arrisco forçar muito com a reclinada porque meus joelhos ainda não estão fortes o suficientes para eu dar um sprint com ela da maneira que eu consigo fazer com uma upright sem me lesionar, por exemplo. Já lesionei um ligamento do joelho forçando muito na reclinada, mas já estou 100% recuperado. Uso uma MTB de segunda a sexta como commuter e a reclinada para viagens e longos pedais nos fins de semana. O ideal seria usar a reclinada diariamente, mas ainda não tomei essa decisão. Pra quem não entendeu o porque de todo esse blah blah blah, as reclinadas utilizam músculos diferentes daqueles utilizados em uma upright. Quanto ao lastro, não sei te dizer em quanto a média aumentaria, mas posso afirmar que subiria a serra com cerca de 700 gramas a menos na carga! Um abraço, Luciano. |
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Spoock
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Opa!!!
Sabia que tu era do forum, até falei pro meu amigo "ja vi outra pedalada desse cara, ele postou no forum.."
Entao, o terceiro integrante estava com bike de pneus slick e sem suspa dianteira... caloizona supra das antigas... Ele continuou a descida via BR mesmo e dps nos encontramos em Morretes.
A descida foi bacana, da primeira vez que desci estava de bike hard tail... aquele dia botei minha full pra ver como se comportava na descida da serra com pedra, buraco, etc.. Foi bacana, gostamos bastante.. desde a ultima descida, tem mais de 1 ano, eu nao lembrava mais como era descer aquela estradinha. Só lembrava do trecho plano aos redores de Morretes ja, aonde tem o rio anhaia. Muito bonito o lugar diga-se de passagem. A descida da serra é boa, um trecho relativamente longo de descida, dedo no freio é lei, buraqueira, curvas, pedra solta.. bate bate de correia... hahaha.. Recomendo a descida bem como toda a estrada até Morretes, lugar lindo.. Dia de sol rola banho de rio, frio, mas refrescante! E o retorno by train foi bacana, antigamente nós arriscariamos voltar pedalando, mas sabe como é um ano sem pedalar mata o caboclo!
Ah! Entao, meu amigo que foi comigo até bateu foto da tua bike "diferente"
Taí mais uma foto pro teu album: Vamos combinar alguma aí...
Abraçao
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lgalicki
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Fala Spoock!
Pô! Me pegou de surpresa com essa foto, hein? Não percebi nada na hora! Muito bacana! Valeu por postar a foto! Esse seu pedal parece merecedor de um relato aqui no fórum de cicloturismo! Bota um relato aí! Às vezes esse fórum fica meio parado! Relatos de boas pedaladas são sempre bem vindos! Quando eu planejo um pedal com um pouco mais de antecedência, às vezes posto um tópico aqui avisando possíveis interessados. Porém, ultimamente, tenho decidido tudo de última hora, mas podemos combinar uma sim! Abraço! |
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Negrao
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Oi Luciano Acho que sou eu na foto com o Montanhista, eu estava com a Trek azul e ele com a reclianada, ambos continuamos a descida. Saímos de Curitiba com destino ao Parque Águas Claras, que fica na Alexandra-Matinhos, a 100km de Curitiba. Naquele dia eu iria me encontrar com a esposa e filhos e passar o dia lá e o Marcelo resolveu voltar pedalando, pegou uma mega chuva na serra . Abração Marco Antonio |
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Waldson
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Beleza, Luciano!?
Parabéns por mais essa pedalada!
Embora as fotos foram prejudicadas pela intempérie o relato não o foi!
Já passei por essa situação de neblina forte num pedal que fiz no início desse ano. É realmente difícicil de pedalar. Eu uso óculos normal e tive que tirá-lo pois ficava todo molhado e sem ele não enxergava direito... uma verdadeira dor de cabeça.
Mas tá bom. O importante é estar em cima da magrela se "deliciando" com o trajeto.
Grande abraço!
Waldson
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Waldson (Antigão cicloturista)
Blog = Pedalando com o Antigão http://pneunaestrada.blogspot.com |
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