Investir ou trocar ? (Híbrida)

Vamos lá,

Sempre se varia ângulo e comprimento da mesa, mesmo que SOMENTE para avançar/retroceder ou elevar/abaixar o guidão... Está me parecendo bem usual, mesas que compensam o ângulo de caster - ou seja, o guidão é paralelo ao chão. Aí evidentemente para variar o comprimento, o ângulo não varia.
Geralmente também, o comprimento do top tube efetivo (ou Effective Top Tube, aka ETL, que é medido do centro do guidão, até o centro do tubo do selim), é constante.
O ângulo varia - por consequência a medida da mesa, para preservar o ETL - apenas para mexer na altura.
Ainda que tu não seja um maníaco por peso, vale a pena seguir o caminho mais curto, visando o menor peso, e menor momento de alavanca (aka, peças mais fortes) para isso... De 10 g ali e aqui, dá para compensar bem a bike. Logo, não tem sentido um guidão de rise gigantesco, para manter um ângulo negativo.
Tenho lido algo como que para XC, a distribuição de peso, idealizada seria 60/40 (frente/atrás, em %); Já no DH, seria 40/60, e no Enduro/Freeride uma posição neutra de 50/50.

Uma maneira um tanto porca de observar isso, está nos pneus - se não for pneu diferente, e com pressão diferente claro...
Se um pneu desgasta muito mais rápido, é possível que esteja sobrecarregado, e é preciso jogar mais peso para o outro pneu. É o método mais confiável. 
De imediato, se pode compensar com pressão, mas algo acima de 20% na pressão, não é normal. A pressão é interessante deixar como um ajuste rápido, de acordo com o terreno, clima e/ou prova - simplesmente porque é muito mais fácil por ou tirar ar, do que variar medidas da mesa!

Eu uso um paquímetro (o ideal seria um micrômetro de profundidade), para monitorar o desgaste do pneu. Tenho notado que em 2 meses, os pneus novos desgastaram X' e X" milímetros. Isso me leva a concluir que pro tipo de pedal que estou fazendo, posso depositar muito mais peso na frente.

Vai mudar a pilotagem? Sim, vai.
Posso conviver com isso? Vou me sentir seguro, por consequência confortável? Depende, isso exige testes.

É absurdo a primeira vista, mas não é incomum pensar em mesas de 120~150 mm em bikes de estrada. 
Primeiro que morro abaixo, todo santo ajuda, morro acima que está o desafio, e é onde "nada"ajuda. Segundo, se passa quase o tempo todo pedalando sentado, e terceiro que a posição é sempre a mais a aerodinâmica possível, para ajudar em alta velocidade...

XC é mais modesto, porque se jogar o peso pra frente, na subida a tração é comprometida. E na descida mais acentuada, ou na freada mais intensa, o corpo é lançado para frente.

No outro extremo, tem gente com mesa de 30 mm. Acaba que mesmo pedalando, quase sempre em pé, a descida acentuada, com freadas muito fortes, exige uma posição mais recuada...

O bike trial e o BMX, se fica quase sempre em pé, e sem pedalara. Exigem um guidão mais alto, pro corpo ficar mais alinhado verticalmente, e tudo isso com baixo peso, melhorando os saltos...

E os espaçadores? Talvez sejam vistos como um risco desnecessário, ou até uma gambiarra para variar a altura do guidão. Pessoalmente ao menos, não vejo muitos espaçadores nas bikes top de linha, olha lá 1cm pra variar pelo gosto do freguês.

Ângulo do guidão? Quando ele existe, tenho observado que quase sempre ele é alinhado com o garfo/suspensão nas bikes top de linha. Também acho que deva ficar numa posição o mais neutra possível, para alterações rápidas na bike.
E claro, acho bem mais seguro, um guidão com rise grande, que 15 cm de espaçadores na espiga. Simplesmente, porque o guidão está sob menos estresse que a espiga. A espiga, tem o efeito alavanca do head tube, com a mesa, se movendo em sentidos contrários, e num ponto bem específico... O guidão tem o efeito alavanca, mas só está calçado na mesa... Não tenho muito o que argumentar sobre.

E a literatura é extensa... O bike fit mais completo, é do www.competitivecyclist.com/Store/catalog/fitCalculatorBike.jsp .
Infelizmente, ainda não é sensível, e é para bikes de estrada.