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Ajuda para entender meu acidente

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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Cadastrado em: 26 Abr 2017
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    Postado: 11 Jul 2017 as 01:42
Sofri um acidente um tanto feio no domingo a tarde, mais pelo contexto que pelo acidente em si, lá por cerca de 15~16hs.
Fui encontrado por um casal que transitava na estrada, caído desacordado, no meio da rua semi-deserta por N tempo. Relativamente ferido, e todo ensanguentado pois havia acabado de terminar de subir a montanha, e começava a descer. O sangue era esperado, estava a todo vapor da subida, logo um alfinete faria sangue jorrar.

Estou bem, mas de molho por algum tempo. Nada quebrado (não perguntem como), apenas escoriações em quase todo o lado direito do tórax e braço direito, e principalmente o rosto ferido.
Fiz uma tomografia, e segundo o médico "não tem nada na cabeça" - não ia deixar passar, e disse que isso eu já sabia. LOL

Além disso, to com um lapso de memória, de antes de tocar o chão, até quando já estava dentro da UPA / pronto socorro. Alguns flashs de memória no meio do caminho, me fazem lembrar que um casal com uma pick up me socorreu, que mostrei onde morava, que eu entrei andando no pronto socorro, que informei meus documentos e um número de telefone. Até se identificaram, mas eu não consigo recordar. Bem mas vamos lá...

Segue o trajeto que eu pretendia fazer. 

https://goo.gl/maps/neH2Kq9yog62

Foi entre os destinos 1 e 2 o acidente. A montanha toda quase é de pedra grês / de areia, o que deixa a pista entre areia e cascalho (jogado pela prefeitura). É a primeira vez, e estava rodando devagar por isso, pressão dos pneus verificada, freios revisados.

Bem... A última coisa que eu lembro é de estar pedalando em média velocidade, uns 20~30km/h nas marchas 2-5 (ao menos foi na que parou o câmbio), num plano no topo da montanha, e em seguida havia uma sequência descidas.
A primeira eu fiz sem frear na descida, pois havia uma leve subida. Em subida, a inércia joga o peso contra o chão, aumentando o atrito, e é melhor pra frear.

Na descida seguinte, lembro de estar fixo com o olhar na próxima curva, e com certo receio, mas resolvi não frear por isso, pois sabia que o terreno não era propício a freadas bruscas. Estava descendo com freios controlados, mas suavemente, só para não correr demais.

Não consigo lembrar bem o que aconteceu, mas me parece que alguma coisa arrastou a traseira para a direita, corrigi umas (três?) vezes, mas a outra (quarta?) foi chão. Eu caí sabendo que ia dar chão, mas bati a cabeça e não lembro de nada. E acaba minha memória aqui.

Eu creio em algumas coisas:

  • Algum outro animal estava se atravessando na estrada, ou algo do tipo.
  • A curva a seguir era fechada, e eu teria debreado mais forte por instinto (não creio, não sou novato nessas).
  • Dei azar de pegar um monte de cascalho, levemente inclinado.
  • Uma outra opção menos provável, é que teria travado o freio traseiro por algum motivo, seja problema na pinça ou na roda traseira - o disco está encostado na pastilha móvel, não creio ser o suficiente pra travar a roda, pois gira na mão, mas em velocidade, no chão de cascalho... Quem sabe? Se for alguma falha mecânica, vai ter processo sobre a loja e sobre a assistência, pois já tive vários problemas com o cubo traseiro.

Alguma ideia? Eu estou entre algo na estrada, e talvez uma frenagem forte demais por instinto... Mas a segunda opção é custosa de admitir, eu apesar de ser ciente que o disco é melhor utilizado se em freadas curtas e mais fortes, sou de realizar frenagens muito suaves.

A prova mor de que eu não estava rápido, é que a bike INTEIRA teve, o selim quebrado / arrancado do suporte metálico, 3 riscos paralelos no avanço (?!), o câmbio traseiro levemente sujo de terra, a correia caída da coroa, e leves marca no manete ESQUERDO... MAS como não fui eu que ajuntei a bike, não fui eu que trouxe-a pra casa, nem sei quem era o casal que fez isso, tudo é bem impreciso.

Isso que me leva a crer que eu deitei para a direita, com contra esterço, em média a baixa velocidade.
E estava olhando para a estrada, que estava a minha esquerda (por isso suspeito de algo na estrada), pois os ferimento maiores são na região da cintura, na direita do corpo, mas no lado esquerdo, atrás da cabeça. Logo, ali foi o maior impacto! Dessa batida na cabeça, deve ter sido do impacto, ela "chicoteou contra o chão", e então devo ter desmaiado (talvez uma pedra maior?).
Os demais ferimentos na face, foram em consequência do desmaio. A cabeça é esférica, sem a força muscular ela girou, até que travou no " fim do curso " (distensão total) para a direita - o que explica também mais ferimentos no lado esquerdo da face e orelha... E assim fui arrastando a cara no chão e tudo más...

Estava sem capacete, todo modo ele não teria ajudado muito contra os ferimentos, talvez nem nos da face... Mas com certeza, teria evitado o desmaio! E assim poderia procurar ajuda, e inclusive evitar uma possível morte por algum motivo secundário ao acidente, caso não fosse encontrado... Hoje sou mais um que aprendi do pior jeito a importância do capacete.

NOTA¹: Não estou contando aqui para sentirem pena, ou algo assim. Em primeiro lugar para mim mesmo, tentar entender e lembrar o que aconteceu (recomendação médica). Em segundo lugar, compartir a experiência - até do tombo a gente tira conclusões. E em terceiro lugar para os que ainda dispensam o " quepe / chapéu ", bora pedalar nu, mas de capacete!

NOTA²: Não postei fotos, pois o fórum é de ciclismo, e não de gore.


Editado por Ismah/Cabelo - 11 Jul 2017 as 02:03
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Prominski Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Prominski Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 11 Jul 2017 as 03:40
Quando voltei a pedalar em abril/2016, pesquisei sobre o uso do capacete e, mesmo depois de ter lido em muitos lugares que não protegia, que só protegeria numa queda parado ou a 20km/h, resolvi que usaria mesmo assim, uma proteção pequena seria melhor que nenhuma, fora que parece que os motoristas respeitam um pouco mais.
 
Hoje veio a prova: Tava de Road na rodovia Anchieta, segundo o aplicativo que uso a 55,9km/h, trafegando pelo acostamento, por volta das 18:30, um tanto escuro, usava uma lanterna boa mas na hora não vi nada no acostamento, só senti a roda dianteira travar DO NADA e capotei junto com a bike três vezes e daí vi ela voando e eu ficando.
 
Tava sozinho mas por sorte nem 3 minutos depois passaram dois ciclistas também de Speed e pararam para ajudar, pois nem em pé eu consegui ficar... Enquanto esperava a ambulância, uma hora passei mão encima/atrás do capacete e senti ele todo ralado e quebrado numa parte. Ainda não vi como ficou nem sei como a Joana (a bike) está. Consegui ligar pra um amigo buscar a bike, quando ver o capacete tiro uma foto e mando aqui.
 
Pro tombo e velocidade que estava acho até que me machuquei bem pouco, to escrevendo isso aqui com aquele colar imobilizador no pescoço, que terei que usar por 3 dias, mas nadinha de errado com a cabeça graças ao capacete (e olha que era um desses baratos)
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Leo Amaral Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Leo Amaral Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 11 Jul 2017 as 07:27
Primeiro mandamento que vocês desobedeceram: não saia para pedalar sozinho.

Graças a Deus vocês estão bem.

Sobre o acidente do Ismah é difícil dizer algo. Teria que chamar a perícia. Talvez o casal possa completar algo.

Mesmo o que você se lembra pode ser uma fantasia ou a mistura com outros pedais.

Minha mãe esteve internada por uma semana, saiu ontem, por causa de uma embolia.pulmonar causada provavelmente por um tombo bobo ocorrido há um ano.

Então, investiguem um pouco mais para descartar qualquer consequência dos tombos.

. Eu refaria a tomografia para ter certeza que não ocorreu nada
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rafael_rtg Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar rafael_rtg Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 11 Jul 2017 as 10:13
Cara como você disse, tentar passar os fatos, é o melhor para tentar lembrar, fique lendo e repassando os acontecimentos, vai acrescentando coisas que você lembrar no relato, e aos poucos seu cérebro vai fazer as conexões, talvez não 100%, ja tive amigo que apagou em uma prova ha 02 anos e ainda não lembra de tudo...

Mas viu que ter precaução é sempre a melhor escolha:
  • Não pedalar sozinho
  • Usar capacete
  • Avisar onde vai e levar anotações de segurança (telefones, plano saúde, tipo sanguino, etc)
  • Revisar equipamento
Não exatamente nessa ordem, mas são coisas que podem salvar sua vida.

Cara, não acho que é problema mecânico no freio, você teria notado algo antes do acidente...

Fico com a questão de ter sido algum erro próprio mesmo, causado por uma ação inesperada da bike, uma derrapada na terra ou pedra, algum buraco ou depressão inesperada, talvez excesso de confiança, etc... Coisas que levam todo ciclista ao chão...

Quanto ao capacete e escoriações no rosto, discordo que ele não faria muita diferença, não sei qual era o terreno que você estava pedalando, mas um capacete de all mountain bike te protegeria melhor... Não estou falando daqueles fechados, e sim aqueles com uma proteção um pouco maior....


Outra coisa é o correto ajuste do capacete, ele deve ficar fixo a cabeça sem precisar prender o fecho em baixo, para isso deve ser ajustado o tamanho dele (a maioria é regulável), e aqueles ajustes laterais (não lembro nome), deve ficar próximos as orelhas e nunca la em baixo... Ai sem fechar o fecho você dar umas balançadas na cabeça, ele deve se manter no lugar....

Boa recuperação parceiro....


Editado por rafael_rtg - 11 Jul 2017 as 10:15
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luis reimann Ver Drop Down


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Olá ,Melhoras !

Qual sua idade? Será que você não passou mal, após a subida?... Baixou a pressão, Vertige .....


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Marcelook32 Ver Drop Down


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Cara, esses dias um conhecido caiu de cara numa descida, do nada, praticamente desmaiou em cima da bike... depois ele contou que estava pedalando a muito tempo, e sem comer direito...

Por isso não dá pra pedalar sozinho em lugares sem movimento... se anoitece, vc passa tranquilamente 12 a 15h lá largado, e uma pequena hemorragia interna leva vc a MORTE.... sobre o capacete... nem vou comentar né...
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misera Ver Drop Down


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belo horizonte
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Espero que esteja tudo bem com vc ismah.
A curva era pra esquerda ?
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Ramai Ver Drop Down
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Itaberaba - BA
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Caramba... Vou tomar mais cuidado em meus pedais solo...

Melhoras, amigo!
Scott
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DougFF Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar DougFF Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 11 Jul 2017 as 18:01
Qd vc chegou no Pronto atendimento, qual era a sua glicemia?
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Gryphon Ver Drop Down
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Meu trabalho é como perito de acidentes automobilísticos. Vamos ver se posso ajudar.
A descrição é muito superficial, mas vamos juntar alguns cacos.

Pelo que o Ismah disse, ele vinha em descida, com freio controlado quando perdeu a estabilidade da roda traseira, tentou controlar, mas acabou levando ao tombo e ao desmaio.

A primeira coisa que temos que pensar é que em descida, um veículo naturalmente transfere peso para a roda dianteira, com alívio sobre a traseira. Isso diminui a capacidade de aderência da roda traseira.
Depois ele disse que veio modulando os freios na descida de olho na curva. Ele também mencionou que o piso podia ter cascalho.
Pela visão do satélite do local, é pista de terra.

O que ocorre? É muito provável que nosso amigo sofreu um chicote de traseira.
Vocês já ouviram especialistas dizendo que sempre se usa os pneus mais novos na traseira do carro e não na dianteira? Quando chove, a lâmina de água tem de ser drenada para que a borracha do pneu se apoie adequadamente no asfalto.
O maior peso do carro fica na frente, e esse peso auxilia na drenagem dessa água. A traseira é mais leve e tem maior dificuldade nessa drenagem. Se usar um par de pneus gastos na traseira, fica mais fácil para estes pneus aquaplanarem e o carro roda por um movimento de chicote de traseira. O motorista vira passageiro e não tem controle.

No caso dele, ele estava andando num piso de baixa aderência, com peso sendo transferido para a roda dianteira tanto pela descida como pela frenagem controlada. Isso deixava a roda de trás mais próxima do limite de aderência e estabilidade da bicicleta.
Nessa condição, qualquer perturbação na roda pode afetar a estabilidade. A roda pode ter tropeçado num galho, um cascalho pode ter rolado por baixo da roda... Aí, o piso com baixa aderência transformou atrito estático entre a roda e o chão em atrito dinâmico, que é mais baixo, e a roda travou no freio acionado. O resto é pura dinâmica, incluindo as tentativas de estabilizar a bicicleta, o contra-esterço inclinado...

Ele com certeza levou um tombo a uma velocidade muito baixa, tanto pelos ferimentos mais superficiais como nos pequenos danos na bicicleta. O problema foi a batida da cabeça no chão mesmo. Sorte pura.

Sobre a questão do capacete, há controvérsias no ramo da perícia.
O capacete de ciclismo tradicional protege muito pouco em caso de queda. O simples fato de deixar a lateral da cabeça exposta já diz muito sobre a proteção que ele oferece.

Um capacete muito superior em termos de proteção é um usado por skatistas e até mesmo por alguns ciclistas. É um capacete tipo "coquinho" (porque parece um coco recortado), como os usados há muitos anos nas motocicletas. Ele protege a cabeça de forma mais envolvente.

Há ainda uma observação já bastante antiga e que impacta em laudos de segurança de equipamentos de proteção, e isso pesa contra o capacete tradicional de ciclismo. Esse modelo tem muitas aberturas. Essas aberturas podem prender o capacete em outros objetos e causar lesões graves ou mesmo fatais ao ciclista.

Pensem num ciclista descendo uma montanha no meio da mata a toda velocidade. No meio do caminho tem uma ponta baixa de galho. Se o ciclista vem sem capacete, ele leva uma pancada feia na cabeça, faz um galo, mas o galho resvala e tudo bem. Se o ciclista vem com o capacete tipo coquinho, o galho bate e resvala, e nada acontece. Porém, se o ciclista está usando um capacete de ciclismo, a ponta do galho pode prender numa das aberturas, o que pode causar uma lesão grave da coluna cervical ou até a morte do ciclista.

Este detalhe de não prender o capacete em qualquer coisa é fundamental para que capacetes de moto recebam certificação do Inmetro no Brasil. Só que ninguém certifica capacete de ciclismo.

Usar capacete sempre é uma coisa positiva, mas tem de usar o tipo certo.
Acho que a literatura forense não tem tantos registros de problemas com capacetes de bicicleta porque as velocidades envolvidas são muito menores que as de moto. De qualquer forma, se reconhece o risco de um capacete de moto com alguma saliência que possa prender e machucar o motociclista. Acredito que valha o mesmo para o ciclismo.
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Vamos por partes...

Primeiramente obrigado aos que desejaram melhoras. Isso é só questão de tempo.
Não vou responder a todos, pois quero ser objetivo

Minha maior questão é se foi um acidente de fato, ou se foi um problema DO FREIO... Pois eu já tive DUAS garantias do cubo traseiro, e a confiança no serviço que não conheço é bem baixa...

Mas estou mais propenso a crer que foi ou um reflexo meu, ou algo na roda.

ltadeu70:não saia para pedalar sozinho

Verdade, mas nem sempre se tem parceria, estou a um bom tempo atrás de companhia. Meu trabalho me afasta do bairro, já são 10 anos " longe ". Numa cidade pacata de interior, já não é tanta gente pedalando, desbravando montanha então...

rafael_rtg

É difícil dizer se teria notado, pois estava começando a descer apenas. Foi a segunda freada mais forte. E infelizmente estou começando a usar freios a disco, ou seja, se mandou aviso, eu que não notei.

Um capacete teria possivelmente evitado os desmaio, e em consequência, boa parte dos cortes - principalmente da face, que foram posteriores. Em momento nenhum, disse que com ou sem capacete daria na mesma, disse que possivelmente não teria minimizado os danos.
O capacete citado, é o que planejo adquirir. Ainda assim, é muito provável que eu teria desmaiado também, e os ferimentos faciais, o capacete não evitaria. Os cortes na orelha e na cabeça, com certeza teriam sido evitados.

luis reimann
DougFF

Estou com 22 anos. Pode ter sido uma baixa de pressão, mas creio que eu não teria freado, e chegado ao contra esterço - praticamente foi um drift, seguido de um cavalinho de pau, antes de cair. Tampouco teria caído "de lado", me atravessando na estrada, teria caído alinhado com a estrada se tivesse passado mal.

Havia de todo modo, me alimentado bem anteriormente. Não sei responder os níveis glicêmicos no pronto socorro, mas ainda assim não sei de que adiantaria, pois não sei quanto tempo houve entre queda e socorro...

misera

A curva seguinte, era para a esquerda sim. Ao que lembro foi antes da curva ainda.

Gryphon

Eu não acho, eu tenho quase certeza que foi um chicote de traseira, mas dizer isso aqui não ajuda ninguém. São termos mais técnicos, e ainda que alguns mais entendidos em maioria são ciclistas apenas, e quando acontece é apenas um acidente.
Minha pergunta é o que levou a isso: Falha humana? Falha mecânica? Fator externo? Tudo isso junto?

Basicamente, eu não sendo nada, estou deduzindo o mesmo que tu deduziu como profissional. Mas quero cogitar outras hipóteses, para não cair no viés de confirmação. Realmente eu não creio que uma pastilha em atrito ainda que contínuo com o disco, seria capaz de travá-lo. Precisa-se mais pressão que isso para travar.


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Carlos W Ver Drop Down


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Quanto ao esquecimento, é normal em acidente em que se bate a cabeça.  Dependendo da gravidade, nunca irá lembrar.  É uma forma de defesa do cerebro.
Uma ciclista da nossa turma ficou sem freio traseiro por pastilhas gastas,  se perdeu no controle só com o freio dianteiro e sofreu uma queda violenta ao bater a roda dianteira no meio fio.
Resultado: o capacete salvou ela. Ralou, rachou, mas se estivesse sem estaria sem couro cabeludo em boa parte da cabeça. Fraturou o osso da face, sem muita gravidade. 
E tambem não se lembra do acidente, mesmo retornando ao local para tentar lembrar de alguma coisa.
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Leo Amaral Ver Drop Down
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Originalmente postado por Gryphon Gryphon escreveu:


Pensem num ciclista descendo uma montanha no meio da mata a toda velocidade. No meio do caminho tem uma ponta baixa de galho. Se o ciclista vem sem capacete, ele leva uma pancada feia na cabeça, faz um galo, mas o galho resvala e tudo bem. Se o ciclista vem com o capacete tipo coquinho, o galho bate e resvala, e nada acontece. Porém, se o ciclista está usando um capacete de ciclismo, a ponta do galho pode prender numa das aberturas, o que pode causar uma lesão grave da coluna cervical ou até a morte do ciclista.


já caí porque o capacete prendeu no galho. Não machuquei, mas o baque no pescoço incomodou.
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Acho que as fotos a seguir dão uma noção. Ainda há ferimentos no couro cabeludo que não são visíveis por foto, alguma coisa na coxa esquerda, queixo, e debaixo da barba.

http://imgur.com/a/75GGH
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Gryphon Ver Drop Down
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Ismah, estou escrevendo dentro do pouco que tenho.

Acho que o mais difícil de perceber é que você vinha freando de forma controlada.

Num carro com ABS, se você começa freando no asfalto seco e de repente desvia para a grama molhada, o ABS fica sem uma referência de atrito para modular a pressão hidráulica sobre a pinça de freio. Aí ele começa um ciclo. Quando a roda trava e escorrega, o ABS alivia totalmente a pressão sobre a pinça de freio, soltando a roda e permitindo que ela volte a agarrar no chão. Quando a roda volta a girar agarrada ao solo, o ABS volta a aplicar uma pressão hidráulica menor. Fica nesse ciclo entre 10 e 15 vezes por segundo.

Você com certeza não fez isso. O mais provável é que tenha continuado a manter o freio acionado, mesmo que de leve.
A questão é que quando uma roda trava sobre um solo de baixa aderência, qualquer mínima pressão sobre o freio mantém a roda travada.
Veja, as coisas num instante de acidente ocorrem muito depressa e em casos como o seu, o cérebro não registra tudo e pode até mesmo substituir uma memória legítima por uma falsa. Então é provável que você continuou freando, mesmo que de leve e não lembre agora. Isso manteve a roda de trás bloqueada.

Faça um teste depois. No asfalto seco dê uma volta com sua bike sem reparar nada, se for possível, e tente frear. Se foi algum travamento indevido de cubo ou de freio, o problema deve se repetir. Senão, o mais provável é que tenha sido seu acionamento do freio que travou a roda.

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Gryphon Ver Drop Down
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Originalmente postado por ltadeu70 ltadeu70 escreveu:



já caí porque o capacete prendeu no galho. Não machuquei, mas o baque no pescoço incomodou.


Valeu! Demonstração prática de um exemplo teórico.

Já vi muitos projetos de EPI onde os caras são chatos às pampas com a segurança do próprio dispositivo de segurança. Não sei como não pegaram no pé desses capacetes de ciclistas ainda.
Sei que muito do design deles vieram daqueles capacetes de tiras de couro usados muitas décadas atrás. É uma estilização de uma tradição visual.
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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A roda de trás ainda ESTÁ travada André... Mas não permanentemente, apenas a pastilha móvel está forçada contra o disco. Aliás, esqueci de soltar isso... com azar, vai empenar o disco. Ouch

Estamos deduzindo quase a mesma coisa, e creio estarmos certos: foi um conjunto de fatores que levou a um acidente. E do qual eu saí muito pouco machucado. Em pouco tempo, será só história do meu pior tombo em ciclismo.
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misera Ver Drop Down


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belo horizonte
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Bom Ismah tbm imaginei uma chicotada mais agora entendi , vc quer saber o porque.
Aí fica mais difícil mais eu ate hj so vi 2 freios travarem , hidraulico superaquecido e mecanico com pastilha solta , a pastilha acabou e nesse momento que não tinha mais material ela encostou no disco e saiu do pistão e ficou presa entre a pinça e o disco.
As vezes de repente foi isso , pode acontecer quando a pastilha acaba ou caso a pinça esteja muito deslocada pra esquerda.
Edit: basta soltar os parafusos que seguram a pinça um pouco que ela solta a pastilha . se está como eu imagino.

Editado por misera - 11 Jul 2017 as 22:20
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chalenger Ver Drop Down
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camarada que problema hein,tambem ando sem capaçete mais sou cagão pois sei que é importantissimo então dificilmente iria descer rapido a trilha como vc fez, iria no sapatinho so pra curtir mesmo e evitar tombos, vc deu muita sorte.

quanto ao problema o gryphon disse tudo, concordo muito com que ele falou.
e digo que como ex praticante de bmx que realmente quando se ta em velocidade em descida a roda de traz perde tração num pulo por por exemplo e na hora pouso se ela por acaso tiver parada,pois ja veio reduzindo com o freio antes do jump, é chicote certo no final independente do piso.

vc diz que seu cubo teve problemas, pode ser que os rolamentos ou bilhas, tenha travado mas não o suficiente para travar de vez mas agir como um freio extra, soma isso a velocidade e falta de aderencia, ta feito o tombo. eu concerteza iria analizar esse cubo com alguem que possa me fornecer um laudo tecnico como um engeheiro mecanico.

pois tem a duvida de trabalho mal feito a ser resolvida.
TensoAngryAngry melhoras pra vc camarada.
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Ismah/Cabelo Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 03:52
misera

Eu sinceramente não descarto a hipótese de algum fator externo, como um animal (lagarto, cobra, rato...) ou até algum legume ou fruta que role... ter entrado debaixo da roda traseira, ou até um valo preenchido com cascalho. Só lembro de ter acionado os freios, e estar tentando reduzir a velocidade, e de repente a bike ir para a direita, eu recuperar e no chicote virar chão. Porque ou o para que estava debreando, nem ideia.

Só que... isso é o que eu lembro! E é difícil saber se o que eu lembro, é o que realmente foi. Muita coisa pode ser viável! To afim de tentar localizar o casal, saber onde fui encontrado etc... Eu sou lá cagão pra deitar a 29 um pouco ainda, mas entre TALVEZ cair curvando, e COM CERTEZA cair freando forte no cascalho, eu ficaria com o TALVEZ... Pensando eu faria a curva, com ou sem medo, pois poderia ainda pular da bike depois dela...

Aplicando alguns conceitos da ciência, como a " navalha de Occam ", o mais sensato é a chicoteada... Ao menos, até que uma nova teoria, mais provável surja é o que tenho.

Nem sabe a falta que uma camera faz nessa hora...! Matava a charada na hora, até de quanto tempo fiquei deitado lá... Vou arranjar 3 só pra garantir. rs

chalenger 

Posso te garantir que eu não estava rápido. Se estivesse, teria quebrado alguma coisa na bike, e ela teria marcas. E as marcas no meu corpo não são longas, o que quer dizer que eu me arrastei, uns 30~40mm, até parar. Se tivesse rolado, teria marcas em mais lados do corpo.
Sou ciente que pedalando sozinho, em terreno desconhecido, alta velocidade é suicídio voluntário.

Não foi um jump, mas normalmente se a roda para no ar, já se cai desequilibrado, pois é o efeito giroscópico que mais dá equilíbrio.

Obrigado pelos votos.


Editado por Ismah/Cabelo - 12 Jul 2017 as 04:03
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thiagoguedes Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar thiagoguedes Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 07:48
Cara, é muito dificil mesmo saber. 

Sem relação de 100%, mas eu tomei um tombo de moto certa vez que até hoje não entendi. 

Eu estava de boa, descendo uma estrada de terra.. tinha cascalho mas eu tava realmente descendo de boa. No final havia uma curva pra esquerda, ja tinha mapeado, mas a velocidade que eu estava dava pra negociar de boa. 

E ai a roda traseira derrabou e virou de lado, do nada. Nao tava freando, pneus em ótimo est6ado. Eu corrigi a moto pro outro lado, ela virou de novo e eu consegui parar mas provavelmente o momento girou e eu cai de lado. 

Dói cara, mais na alma do que no corpo. Mas pacicncia, bola pra frente :)
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Pedro Cury Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (1) Agradecimentos(1)   Citar Pedro Cury Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 13:23
Fala Ismah,

Que bom que está bem! Como vcs sabem, tive um acidente que quase morri em maio. E a maior lição (que eu já sabia) é nunca pedalar em lugares remotos sozinhos. Você provavelmente sofrei uma concussão - https://pt.wikipedia.org/wiki/Concuss%C3%A3o

Olha... discordo de algumas coisas que foram faladas aqui. Discordo bastante e acho legal levantar a discussão. Vamos lá...

Falha Mecânica
Eu quase descarto falha mecânica. Cubo travou ? Provavelmente vc teria o problema ou indicações do problema antes. Travar em velocidade ao ponto de frear sua roda ? Acho improvável... aconteceria se quebrasse algo internamente, logo não estaria normal agora.

O mesmo com o freio. É relativamente normal as pastilhas estarem um pouquinho apertadas. As vezes pumpeando a manete elas soltam. Acontecem sim alguns aquecimentos, mas em geral o freio para de funcionar, a manete fica mole ou muito dura. Isso pode acontecer nos melhores freios, mas vc sentiria claramente. Frenagens involuntárias ? Nunca ouvi falar... e tb acho que se acontecesse estaria travado até agora.

Derrapagens e velocidade
Em cascalho é muito fácil perder o controle e tombos acontecem muito rápido, mesmo quando você está devagar. As vezes vc consegue se ver em câmera lenta e lembrar exatamente porque caiu, as vezes não.

Eu já tomei tombo de não saber onde a bike foi parar e mal me ralei e meu último tombo eu não tava nem a 20 por hora e quase perdi o rim (aliás, tudo indica que foi o steerer). Então, perigoso sempre é, mesmo devagar.

Capacete
Já deve estar de saco cheio de ouvir gente falando que você vacilou de não estar... o que posso quase afirmar é que se você tivesse com um capacete colocado de forma correta, você no mínimo não teria ralado a orelha e testa, afinal, eles são mais altos nessa parte. Provavelmente não teria desmaiado.

Existe um tópico enorme sobre a questão de que capacete não protege. E isso PRA MIM é uma enorme burrice!

Tentando resumir... um tombo de bicicleta é complexo e testes de laboratório nem sempre levam isso em conta. Eu vi algumas metodologias de testes e elas são ridículas! Tipo, simular um impacto de um capacete contra uma parede de concreto a XX por hora.

Porra, isso é o equivalente a você estar numa trilha a XX por hora e bater, diretamente, com a cabeça numa árvore! Sério... quantas vezes isso acontece ? Quantas vezes você cai, sem ter a menor chance de diminuir sua velocidade ou se proteger ? Eu já bati em árvores, já estava freando, vi que ia bater, tentei me proteger... o impacto não deve ter sido nem a 10 por hora... ainda mais quando a bike bate primeiro. E velocidades em trilhas nem sempre são tão altas...

O mesmo vale pra cidade. Ok, num atropelamento as velocidades em geral são maiores. Masss e se você colidir com um carro, bater com o ombro e sua cabeça bater no chão no segundo impacto ? Qual é a velocidade do impacto ? Então, afirmar que o capacete não protege de um impacto a partir de XX por hora está completamente errado! Você pode no máximo afirmar que um capacete, genérico, não protege do impacto direto contra uma superfície sólida!

Gryphon, discordo de muitas coisas que você falou... pra manter o contexto, capacete:

- Existem sim certificações com capacete de bike. CE, americana e asiática. O INMETRO já quis se meter nisso e ainda bem que desistiu! Tem um tópico complexo sobre isso.

- Sobre as ventilações, concordo em parte, mas são situações muito teóricas. 

Ao meu ver são duas situações. A primeira é um galho entrar numa das ventilações quando você está em movimento. Impossível ? Não... improvável ? bastante. Quando você tá em trilha em geral você vai ver o perigo eminente. Uma árvore, baixa, com galhos finos expostos e longos para estarem no meio do caminho não é tão comum. E galhos finos e fortes o suficiente para entrarem na ventilação e causarem uma lesão grave também é difícil.

A segunda, é até mais provável... que é durante o tombo, sua cabeça estar ainda escorregando e uma das ventilações travar em alguma parte do solo. Ok, isso pode acontecer, mas também é improvável. Em trilhas e terrenos irregulares, você desliza muito menos do que no asfalto como no skate. O terreno se for de pedras e raízes, você provavelmente nem vai escorregar. Se for estrada de terra, vai escorregar, mas qual a chance de ter algo no chão que consiga enganchar na ventilação ?  Ainda assim, alguns capacetes de enduro usam esse argumento e tem ventilações mais protegidas.

Sobre capacete de skate. Discordo totalmente que eles são melhores. Primeiro, alguns tem apenas uma almofada e o plástico, o que só te protege se você deslizar sem impacto. Tem que ter o EPS! Vamos lembrar que o que causa a lesão é a energia do impacto e o objetivo do capacete é absorver energia. Capacete bom é o que quebra no tombo! Por isso no manual de instruções deles falam pra jogá-lo fora em qualquer tombo com impacto, já que podem ter fissuras internas que fazem eles não funcionarem como devem num segundo impacto.

Capacetes de skate nem sempre tem as bordas tão largas. Principalmente na parte de trás. Também muitas vezes não tem microajuste... e o capacete estar bem fixo no impacto é fundamental. Eles em geral também não tem tecnologias específicas, na real ate devem ter, mas em bem menos disponibilidade que os de bike... coisas como MIPS, esqueleto interno de kevlar, etc.

Capacetes de bike podem proteger muito mais sim. Capacetes de enduro podem até cobrir mais do que os de skate. Tudo vai também com uma questão de preço né.

Sobre comparação com carros
Gryphon, respeito seu conhecimento, mas discordo sobre a aplicabilidade dos conceitos de carros em bikes. Pra mim, não faz sentido a questão toda de atrito dos pneus pelos seguintes motivos:

- O peso nas rodas dependem absurdamente no posicionamento do ciclista e estilo de pilotagem. Eu discordo que em uma descida o peso esteja sempre mais na frente. Isso é o teórico. Na prática, todo ciclista experiente sabe que quanto mais inclinada a descida, mais se deve colocar o corpo pra trás... e isso gera na verdade um segundo problema - Quando é uma trilha mais inclinada, colocar o peso pra trás pode fazer com que a frente fique muito leve, perdendo tração e funcionamento da suspensão, que é justamente o oposto.

- Geometria e configuração da bike - Se você está descendo em trilha, deve estar em pé e não sentado. Mesmo sem botar o peso pra trás, o peso nas rodas vai depender da inclinação da descida e da geometria e configuração da bike.

Quer aumentar a complexidade ? Quando se freia, a suspensão afunda muito ou ela tem o sistema pra não afundar tanto ? E o pneu, como é configuração dos cravos da frente e atrás ? Tá certo pro terreno ? E a pressão do pneu ? E quando se passa em buraco ? 

Tem mais uma coisa... derrapar com a roda de trás em bike, muitas vezes é desejável e as vezes é completamente normal. Muitas vezes que to freiando mais forte, uma pequena derrapada é meu aviso de que tenho que manerar...

Então, a questão é muito complexa... carro no asfalto é diferente de bicicleta em trilha.

Ismah - "Normalmente se a roda para no ar, já se cai desequilibrado, pois é o efeito giroscópico que mais dá equilíbrio."

Em bike não muito. As rodas são leves, estão em baixa velocidade e seu posicionamento conta muito também. Em moto isso rola... em bike, se tiver um efeito é bem pouco... já várias vezes saltei e freiei por instinto e não dá nada... você só tem que estar preparado pra que a roda vai cair derrapando.

Boa recuperação!!
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Fabio Ver Drop Down


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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Fabio Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 13:58
Originalmente postado por Gryphon Gryphon escreveu:

Originalmente postado por ltadeu70 ltadeu70 escreveu:



já caí porque o capacete prendeu no galho. Não machuquei, mas o baque no pescoço incomodou.


Valeu! Demonstração prática de um exemplo teórico.

Já vi muitos projetos de EPI onde os caras são chatos às pampas com a segurança do próprio dispositivo de segurança. Não sei como não pegaram no pé desses capacetes de ciclistas ainda.
Sei que muito do design deles vieram daqueles capacetes de tiras de couro usados muitas décadas atrás. É uma estilização de uma tradição visual.


Esses dias eu fiquei preso, mas não caí, embora tenha me puxado bem para trás da bike numa descida. Mas foi numa planta que grudou na camisa. Parecia alguém me puxando. Tipo filme de terror que a pessoa está na mata de noite e acha que tem alguém te puxando e de dando rasteiras, mas na verdade é seu próprio descolamento pela natureza. 
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Vinicius Trevisan Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Vinicius Trevisan Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 14:09
Rapaz... levei um tombo feio há quase 20 anos e até hoje não sei o que aconteceu pra eu ter caído... Eu tinha uns 12~13 anos, estava pedalando no asfalto, sem capacete porque nem sonhava ter um naquela época, era descida e eu estava relativamente rápido, e a única coisa que me lembro é do meu rosto arrastando no chão... O lado esquerdo do rosto, peito e barriga ficaram todos ralados. Um dos pés do meu tênis quase foi parar dentro do rio que passava por ali e a bike quase não teve avarias, a não ser o guidão que desalinhou. No mais, passo com frequência pelo local onde eu levei o tombo mas não consigo lembrar de jeito nenhum como eu caí (não sei se passei por um buraco, se algo na bike travou ou se perdi o controle por estar descendo muito rápido, ou se foi por algum outro fator). 

Detalhe, eu estava sozinho também, mas a rua era um pouco movimentada, e eu não lembro quem me socorreu.
https://www.strava.com/athletes/1206610
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Ismah/Cabelo Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 16:32
Pedro Cury

Há alguns equívocos... 

Eu uso freios mecânicos. " Pumpear " (esse verbo é novo LOL ) não resolveria. Mesmo assim, são alguns segundos, eu tava mais preocupado em tentar não cair ou ao menos cair com jeito. 
Minha teoria, é que morro abaixo, em velocidade, qualquer atrito poderia sim travar a roda... Mas é preciso testar. Algum candidato? Embarrassed
Eu considero essa hipótese, porque já tive problemas DUAS vezes com o cubo traseiro, desde março, quando comprei a bike.

O capacete não tem o que comentar. Eu que deixei na reta.
Os certificados existem, mas nós sabemos muito bem que raramente esse é o capacete mais usado, pois o custo tende a ser bem salgado. O CE eu lembro de ler em brinquedos Xáina desde sempre. Eles foram testados? Duvido muito!
Agora que um fato é pouco lembrado: o capacete de ciclismo, foi desenhado com base para estrada. O MTB adotou apenas ele. Os capacetes para all-mountain como o citado, já tem menos furos por isso.

Eu tenho uma bike deveras simples, e não descarto a hipótese de ter segurado o freio travado, como de ter errado o posicionamento. São instintos naturais, e involuntários. Apesar de ser desproporcional a relação entre motos e bikes, os instintos são os mesmos.

Na prática, o banco está numa posição, em que eu fico levemente acima quando em pé. Mesmo assim, um momento de descuido, pode ter ficado sentado, ao invés de em pé na descida. É algo meio natural nas motos, se segurar em cima com o quadril e usar as mãos para conduzir, o que tende a me deixar sentado - é um vício de pilotagem.

Um dos pecados que eu posso ter cometido é a calibragem do pneu, muito acima do recomendado. Costumo inflar com 40PSI, mas dessa vez deixei nos 30 PSI, lia uma reportagem sobre uma ciclista BR de XCO que diz usar 16 PSI na dianteira, e 18 PSI na traseira... Óbvio que eu devo ter umas gramas a mais qu'ela. Agora vou atrás de rever isso.

Já sobre as rodas em movimento ou travadas na aterrissagem, e demais comparativos entre nós, considere a desproporção que há entre nós. Devo ter nas costas menos de 6 mil km, com a aro 29 menos de 500 km com certeza.

Sei que não deveria pedalar sozinho. Mas estou entre pedalar sozinho, ou não pedalar. Então acabo assumindo o risco de pedalar sozinho, com duas vezes mais receio e cautela. Tanto é que desde que eu pedalo a 3 anos e meio, o único acidente realmente feio que eu tive, foi este.

O resto faz sentido. Todavia, como disse acima, a navalha de occam funciona bem na ciência. Quero dizer, é preciso elucidar e supor mais da metade dessas coisas, logo fica melhor ignora-las... Mesmo assim obrigado, opiniões são bem vindas.
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zoda Ver Drop Down


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são paulo
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar zoda Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 17:19
Um dos pecados que eu posso ter cometido é a calibragem do pneu, muito acima do recomendado. Costumo inflar com 40PSI, mas dessa vez deixei nos 30 PSI, lia uma reportagem sobre uma ciclista BR de XCO que diz usar 16 PSI na dianteira, e 18 PSI na traseira... Óbvio que eu devo ter umas gramas a mais qu'ela. Agora vou atrás de rever isso.


16 e 18 psi, só se for tubeless, o piloto leve, e terreno escorregadio. 40 Psi em cascalho é faca na manteiga. Vc usa câmera ou tubeless? 30 psi com câmera de ar eu não usaria.
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Pedro Cury Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Pedro Cury Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 12 Jul 2017 as 17:58
Fala Ismah,

Vamos lá...

Falei dessas 3 certificações, mas nem todo capacete tem as 3 ou mais... O importante é ter alguma delas. Isso não necessariamente aumenta o custo, nenhuma marca vai vender na europa ou EUA sem essas certificações... então, é difícil ele não estar certificado. E pense bem nisso... por menos de 90 reais você pode ter um capacete que não é o mais bonito, mais certificado e mais protegido, mas que é o suficiente pra salvar tua vida. 

Sobre o disco mecânico... minha speed também usa e as vezes também da uma encostada. Por não ser hidraulico é mais difícil ainda ter alguma travada involuntária... se o cabo soltar ou afroxar, o freio vai abrir e não frear, que é o oposto.

Pressão de pneus é pessoal... depende do pneu, tamanho de roda, seu peso e estilo. Eu em trilhas com pedra e raíz uso tipo 23 na frente e 25 atrás com pneus 29 x 2.2. Se for estradão, vou querer que a bike renda mais e vou botar mais pressão, mas sabendo que perco um pouco de aderência. Não vejo problema entre 30psi e 40 psi... eu provavelmente ficaria mais perto de 30... mas isso tb depende se eu conheço ou não o lugar, o quanto estou disposto a poder furar, etc, etc... eu sou MUITO chato com pressão de pneu. E eu também peso menos de 70kg e tenho uma pilotagem mais suave. Ahhh eu uso camara ainda e mesmo assim não furo!!! rsrs

Pedalar sozinho é foda mesmo... eu já pedalei outras vezes, mas mesmo antes do meu acidente eu já tive um alerta com um outro amigo. Nesse caso, tente ir em lugares mais movimentados e tentar agitar companhia pra sua região... sei que nem sempre é fácil, massss...

E sobre quilometragem / experiência... acho que a atitude mais importante é experimentar... brinque com pressão dos pneus, derrape propositalmente, veja aonde é o limite de derrapagem em situações mais controladas... baixe o banco em algumas descidas que vc vai dar gás, só pra testar o comportamento da bike, etc... quilometragem não é uma parâmetro decisivo se você sempre andar com os mesmos vícios.
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Pedro Cury Ver Drop Down
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Ahhh sobre andar sozinho... eu quase sempre ando... mas no asfalto e em lugares que sei que não vão passar 5 minutos sem aparecer um carro pra me socorrer. 

Quando falo desse alerta é pra lugares mais remotos mesmo...
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rafael_rtg Ver Drop Down
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A pressão do Pneu, como o Pedro disse, é relativo e pessoal...

Nos estradões eu uso 30 na frente (29-2.2) e 34 atras (29-2.0)... Quando o terreno é mais acidentado, uso cerca de 5 psi a menos em ambos, e asfalto com um pouco estradão uso 5 a mais...

Observações: Uso câmara, se fosse tubeless deixaria com menos pressão ainda... Essa mistura de 2.2 na frente e 2.0 atras ja veio original da SPZ Epic Fsr, pois isso os 04 ou 05 psi de diferença entre um e outro, o normal é entre 2 e 3 de diferença...   

Nos estradões e terra não tive problemas com furos ate agora... No asfalto, tem aqueles benditos ferrolhos/arames dos pneus de caminhões... Na minha antiga bike, os X King da continental furavam menos com esses arames... 
 


Editado por rafael_rtg - 12 Jul 2017 as 19:39
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misera Ver Drop Down


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belo horizonte
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Pedro Cury as vezes a pastilha pode soltar do pistão quando ele chega no fim do curso e a pastilha entra na frestra entre a pinça e o disco.
Esse ano mesmo tive que destravar a roda de trás de um kra no grupo e regular novamente o freio.
O meu freio tbm já aconteceu isso mais ao invez da pastilha travar (o espaço na pinça é feita pra ela passar) ela ejetou e acertou algum carro do lado
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Pedro Cury

Do capacete... Bicho, entre ter o selinho lá e ser verdade o caminho é bem longo! Os caras são tão capitalistas para aquele lados. que eles estão cagando e andando, se o produto de baixa qualidade vai machucar pessoas ou não... Eu não achei um capacete que me parecesse de confiança por menos de " 150 real ", e não gastaria menos.

Companhia é osso aqui, eu vivo numa cidade de 12mil habitantes, trabalho na noite com uma banda... Quando eu pedalo (tipo terça feira as 14hs) 'tá todo mundo no trabalho. Final de semana eu to geralmente ou fora, ou apagado em casa pra próxima gig... Desde que pedalo praticamente estou atrás de parceria. Tenho chegados que pedalam, mas ou eles estão muito a minha frente, ou o máximo que fazem é dar uma volta no parque...

E como disse já, eu não conhecia o trajeto, então estava mapeando ele... Já vi que não dá para facilitar... rsrs

E claro, a busca continua!

Pedro Cury
zoda
rafael_rtg 

Eu sou plenamente ciente de que pneu é algo pessoal, assim como o selim... Quando disse que era umas gramas mais pesado que a moça, fui irônico... A olho devo ter tranquilamente além de 30kg a mais que ela. Devo estar entre 85 e 90 (vai cair bastante por causa da perda de sangue) distribuídos em 1,87 m de altura não é lá muita coisa.

Eu estou com 29 x 2.1 
Greenstone (originais da bike) com câmara, que estão mais para ciclocross mesmo - coisa que eu fazia. Na cidade rodo com 45PSI, no estradão já baixo para 35 PSI ou menos, e trilha não é para esta bike. Estou ainda me adaptando ao aro 29, e não esperava cascalho solto, se esperasse, com certeza teria baixado ainda mais a pressão dos pneus...

Furo? Não sei o que é! " Em todos esses anos nessa indústria vital " (Smedley) só me aconteceu um furo, e possivelmente porque esqueci de calibrar o pneu! Tive 3 furos recentemente, por ação do aro (fita original da Vzan não segurou), e acabei tendo de trocar a câmara por não conseguir vedar ela (mas já são 3 semanas que ela está com 15PSI fora do pneu, e quando coloco em cima ela esvazia. Vai entender...! rsrs

Pedro Cury
misera

Quanto ao freio, eu realmente não creio que seja o caso. Seria muito, mas muito pouco provável isso... Só que... Já deu pau umas vezes, o que seria dar pau de novo...? E como o disco tá travado, vou mandar para um mecânico avaliar, mas descarto praticamente essa hipótese.
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misera Ver Drop Down


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belo horizonte
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Mais o disco está travado como ?
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Pedro Cury Ver Drop Down
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Originalmente postado por Ismah/Cabelo Ismah/Cabelo escreveu:

Pedro Cury
Do capacete... Bicho, entre ter o selinho lá e ser verdade o caminho é bem longo! Os caras são tão capitalistas para aquele lados. que eles estão cagando e andando, se o produto de baixa qualidade vai machucar pessoas ou não... Eu não achei um capacete que me parecesse de confiança por menos de " 150 real ", e não gastaria menos.

Cara, mais ou menos... tem muita marca de confiança, mas que não é necessariamente famosa. Falsificação eu não acho que tenha muito (já tiveram casos até), mas tem marcas confiáveis que não são caras. Vale um tópico sobre isso...
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raulino Ver Drop Down
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boa noite ismah... preteou os zóio da gateada hein tchê... mas agora passou, te desejo uma recuperação plena e rápida!

o que percebo (meu ponto de vista) pelos teus relatos é que você, involuntariamente, foi muito imprudente e se colocou em condição excessiva de risco...

1. saiu pedalar tarde demais e sozinho
2. esta ainda se adaptando a nova bike (geometria, freio, etc)
3. queria desbravar um trajeto novo e desconhecido
4. queria testar os limites seu e da bike
5. nao estava preparado para o pior

nosso esporte envolve riscos e sao muitos... q merecem ser previamente estudados e na medida do possível minimizados, evitados ou q estejamos minimamente cientes e preparados para eles...

uma quebra, uma trilha nova que se torna um labirinto, um tombo, uma escoriação, um assalto, um acidente (bater em outra bike, num carro, numa moto, num caminhão), um mal subito, falta de gás (água ou alimento insuficiente), etc... o que vc fará caso aconteça?

sim é muito chato ficar pensando no pior, mas pior é ser pego de surpresa e perder o autocontrole no meio do pedal... todas essas desgraças que escrevi acima ou ja aconteceram comigo, ou com conhecidos, ou li na imprensa, ou ouvi relatos por ai

fica a reflexão e o aprendizado... creio q quase todos aqui tb ja tiveram essas "lições" com o Dr. Prof. FERRO... "particulares" muitas vezes... senão no ciclismo, em outros aspectos da vida

desculpe se pareço chato e rabugento... mas com o dobro da tua idade aprendi que quanto mais eu treino e me preparo, mais sorte eu tenho... grande abraço rapaz

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joaopassareli Ver Drop Down
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Originalmente postado por Pedro Cury Pedro Cury escreveu:

Originalmente postado por Ismah/Cabelo Ismah/Cabelo escreveu:

Pedro Cury
Do capacete... Bicho, entre ter o selinho lá e ser verdade o caminho é bem longo! Os caras são tão capitalistas para aquele lados. que eles estão cagando e andando, se o produto de baixa qualidade vai machucar pessoas ou não... Eu não achei um capacete que me parecesse de confiança por menos de " 150 real ", e não gastaria menos.

Cara, mais ou menos... tem muita marca de confiança, mas que não é necessariamente famosa. Falsificação eu não acho que tenha muito (já tiveram casos até), mas tem marcas confiáveis que não são caras. Vale um tópico sobre isso...

Concordo plenamente que esse assunto valeria um tópico. A umas semanas atrás estava em busca de um capacete, nunca tinha usado um e não conhecia muito bem as marcas. Tive que garimpar em postagens bem antigas e torcer pras marcas ainda serem confiáveis. hahaha
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Pedro Cury
joaopassareli

Estão esperando o que para fazer o tópico crianças? hehehe

Pedro Cury

Não falava de falsificação, mas da facilidade que é por um selo desses, como o da CE. Produtos orientais a suspeita só cresce, pois eles copiam tudo, e na cara dura.
Se tratando de comércio informal de internet o problema só aumenta! Mas que mero mortal, pode pagar pelo capacete forjado por Hefesto? No país, a tecnologia própria é quase zero, logo dependemos de importar tudo, e isso vai agregando valor ao produto final.




Editado por Ismah/Cabelo - 13 Jul 2017 as 21:48
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Obrigado pelos votos de melhoras de todos. Ontem já retirei as ataduras, e estou apenas untando os machucados. Creio que de uma semana a 10 dias, seja só mais história praticamente. Hoje, avaliando de novo, o contexto do acidente, foi muito pior que o acidente em si.

raulino


Desculpe-me se não compreendi o que quis dizer. Fiquei em dúvidas em algumas partes.
Ainda assim, se me oponho, ao que tu diz, não é apenas por discordar para me considerar infalível. Talvez o que tu saiba é superficial demais, ou mesmo, minha péssima habilidade com síntese e redação, tenham lhe confundido. Ou ainda, simplesmente tenha tido conclusões erradas.

1. saiu pedalar tarde demais e sozinho

Olha, cada caso é um caso, mas eu saí para pedalar 14h30. Já tinha rodado um bocado quando me acidentei.

2. esta ainda se adaptando a nova bike (geometria, freio, etc)

Quando disse isso quis dizer que não, é uma bike que eu tenha prática em levar ao extremo, com referência a minha anterior, aro 26...
Se comparada com a aro 26, em que pedalei mais de 3 anos... Eu estava tão habituado com ela, que fazia alongamentos em movimento, em alguns trechos perto de casa, quando dava câimbra na volta... 

De todo modo, não há bem outra fórmula de me adaptar se não pedalando. Concordo que não necessariamente precisaria pedalar em locais desconhecidos. hehehe

3. queria desbravar um trajeto novo e desconhecido

Procede. Só que eu sabia onde ia dar, para onde ia. Planejo tudo muito bem, via mapas e imagens aéreas, além da velha consulta aos locais de como é a estrada, onde vai dar, se há animais etc... Ainda que eu desconheça o lugar, apenas nunca estive lá antes, pois geralmente já tenho uma noção do que me espera.

4. queria testar os limites seu e da bike

Não, isso de modo nenhum. Eu não estava sequer cronometrando o passeio. Dados como velocidade, batimento cardíaco e demais, são apenas chutes com base em sensibilidade e auto-conhecimento (modéstia a parte, é bem elevado, pelo contexto do trabalho).

Aliás, já disse e volto a afirmar que eu descia freado e a baixa velocidade. Pois estava ciente que éramos a estrada e eu, num lugar desconhecido, de solo instável além de relativamente remoto. Se quisesse achar limites, ou teria tomado um capotamento por excesso de frenagem, ou teria saído pela tangente por excesso de velocidade.

5. nao estava preparado para o pior

Também procede, mas em partes.

Não é a primeira vez que fiz algo assim, e de certo modo eu estava preparado para quase tudo, menos o tombo. É o tipo de coisa que só acontece com os outros, e se empurra com a barriga. Infelizmente, já disse em outros tópicos, " Nem só de ciclismo vive o homem ", no meu caso, o trabalho envolve um capital de giro bem grande, pois TUDO a preço justo, precisa ser importado. Meu custo operacional mensal, é de 70% dos meus lucros tranquilamente. Então vai ficando para um amanhã que nunca chega, e desa vez vivi para contar a história.

Eu penso geralmente no pior, só mesmo desconsiderei a queda - talvez por nunca ter tido uma queda tão feia, me faltava noção do que realmente pode acontecer (e agora a tenho).
Minha vibe não é trilha - até porque a bike não aguentaria - e sim rodar por estradas de terra. Eu chamo de "XCM turismo", onde o objetivo é chegar lá (vivo rs), por cima do que vier, mas sem compromisso com o tempo que levo, e principalmente sem abrir mão da diversão.

Meu autocontrole é extremo. Para te dar uma noção, eu mesmo chamei a ambulância quando tive apendicite a 2 anos atrás, mesmo sem conseguir falar, sabia que era minha única chance... Tenho um histórico de meditação, artes marciais, uma alta dose de ceticismo (surtar, nunca é uma boa ideia), e bastante sangue frio, que me deixaram assim.

Os perrengues vai se dando um jeito. Se esperar um acidente ou mal-súbito, realmente eu não saio de casa. Meu velho pai, falou com minha mãe ao telefone, e 15min depois me ligaram, dizendo que ele estava quase falecido (ainda penso que acharam mais educado apenas, dizer isso pessoalmente), infartado no hospital longe de casa. Praticamente, ele morreu na fila do buffet do restaurante!
Pô bicho, a vida é curta, os riscos de morrer por um fato que não tem na a ver comigo
, no contexto do país estão cada vez mais altos...! O velho morreu aos 54 (aliás, faria 58 hoje), no local e situação menos prováveis! Deixou um acervo de milhares de horas em música, da qual ele ouviu uma pequena parcela. Sou impaciente para esperar passivamente, logo não é pra mim sentar em uma redoma de vidro, e esperar a velhice calmamente - talvez a idade me traga paciência, talvez não. E creio que todo mundo, que pratique um esporte outdoor, pense assim.

Mesmo assim, fico feliz por ter opinado. Quanto mais eu falar sobre, mais posso entender erros, falhas e decisões erradas, que me levaram ao chão e passar a evitá-los. Agradeço imensamente os votos de melhoras.

Fatta l’Italia, ora bisogna fare gli italiani. (Massimo D'Azeglio)
Algo deu errado, agora acharemos a falha. (Ismael Parmigiani) LOL
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Em minha vida de ciclista, já levei três tombos desses. No primeiro eu fiquei destruído e nos outros dois quem se ferrou foi a bike. Agora, quanto ao tombo em si, vc caiu porque vc estava em velocidade incompatível com a via.
cair de uma bike a 20km/h é o mesmo que descer de um ônibus em movimento nessa mesma velocidade. Embora não pareça ser muita coisa, você vai cair e no mínimo irá ganhar alguns hematomas.
Seu ângulo de inclinação na curva fez a roda sair levememte a primeira vez, seu senso de equilíbrio tentou corrigir uma, duas e na terceira vez a lei da gravidade percebeu que você estava com muita gracinha e ela mesmo foi lá e corrigiu sua inclinação para 0º 
Mas não se preocupe, quando esse tipo de coisa acontece com a gente, a gente fica meio assim, mas depois passa e depois nem nos lembramos mais 

Fernando Messina
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Não foi na curva, foi ANTES da curva. Estou mais na curiosidade do que possa ter acontecido, que qualquer outra coisa. LOL

Todavia BOAS NOVAS!

Voltei ao trabalho hoje...
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Bem, eu entendi desde já, que minha queda foi porque a roda traseira travou, mas estava tentando entender porque ela travou.

E cheguei a algumas conclusões...

Visando operar mais a frio com o disco (medo de vitrificar a pastilha Embarrassed), eu opto por freadas curtas e mais intensas em trechos planos e subidas.
Eu lembro que estava freando, e que era um trecho plano com um leve subida no final. Bem, meu erro começou aqui.

Como disse acima, opto por freadas curtas e fortes, então eu estava numa freada relativamente forte devido a descida anterior. Na subida a tração aumenta, e isso pode ter aumentado a frenagem.
Quando cheguei ao topo eu dei um " mini pulo ", onde por um pequeno instante o atrito entre o chão e o pneu caísse abruptamente, o que me fez destracionar, e o chicote me levou ao chão.

Acho que é fim de caso aqui.
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