Grupo SunRace presta? Caloi 10

NO MTB a Sunrace é mais velha que a Shimano,porem,a Shimano tinha componentes mais baratos em uma linha maior,por isto,ganhou mercado.
No mercado mundial,a Shimano é mais velha.A Shima fabrica ate camisinha.Bem,nen tanto,mas tem uma vasta gama,e logico,o maior $$$ vem das linhas basicas.
Sim,SunRace é uma boa marca.A SunRace e a Suntour sao pioneiras em peças pra MTB,enquanto a Shima negligenciava este nicho.Nas "de corrida" tbm,rei era a Campagnolo(Tulio Campagnolo simplesmente invetou os cambios).
Depois as coisas mudarao,a Shima passou a atacar em todos os mercados.
Outra marca q é pioneira é a SRAM,a RockShox foi a primeira(seguida da RST)a apostar (agora com eficiencia)na suspensao traseira.<<<Editei q errei,o correto é suspensao DIANTEIRA.A traseira demorou pra aparecer uma que fosse eficiente,isto em 1985,se nao me engano)
Entre algumas coisas q a Shima inventou esta o STI pra speeds,q ate hoje nao é um padrao.N Shima,as trocas usao o manete de freio como alavanca principal,na Campa e SRAM,nao,eles apenas se mexem junto,mas nao fazem parte do sistema de trocas.Mas SRAM é caro praca,e so tem 2 linhas,ambas caras,Campi nen se fala,um absurdo de caro,neste nicho,pra amador a Shima rema de braçada sozinha.Tem desde o Tourney 7v ate o DuraAce DI1 11v.
Ai quem negligencia perde,neste item a Microshift ta vindo ai.Preço muito bom,o de 7v é mais barato q o 2200/Tourney,e o de 8v mais barato q Claris.


Ah sim,nao,so precisa trocar se for trocar de numero de marchas,o que se recomendo é ver a corrente,se esta gasta.O q se recomenda trocar sempre junto é cassete e corrente,pois pode pular qdo força,e ate causar um acidente
Qto a compatibilidade,em speed é bem mais flexivel,por exemplo,se quiser por um STI pode por o Shima normalmente,um Microshift ou um Campa.So nao pode por o trocador se for 2 numeros de marchas acima.
Somente a marca SRAM é que so é compativel com SRAM.Mas o cassete e pedivela SRAM é compativel com qq coisa.

Editado por Devair - 26 Fev 2017 as 00:27

Pô. Bacana cara, e fiquei mais animado pelo fato de você ter falado que mora em litoral, se o câmbio durou bastante mesmo morando em litoral, então eu estou bem tranquilo pois moro bem no interior, moro em Uberlândia - MG. Então é isso, só vou me preocupar em trocar alguma coisa quando estragar. Não pretendo fazer upgrade não, estou satisfeito com a bike do jeito que ela é. 

Tem alguns grupos básicos da sunrace que circulavam por aqui que eram bem toscos mesmo, geralmente era a alternativa barata ao shimano. Esse grupo da C10 por exemplo é bem simples, me parece que a linha tourney da shimano está um nível acima.

Usar peças de marcas diferentes dá problema? Tipo catraca sun race 14-34 e câmbio shimano?

Jopamacedo escreveu: Usar peças de marcas diferentes dá problema? Tipo catraca sun race 14-34 e câmbio shimano?

Problema nao...
Mas nao é 100% perfeito.

Jopamacedo escreveu: Usar peças de marcas diferentes dá problema? Tipo catraca sun race 14-34 e câmbio shimano?

Tenho uma specialized allez, uso trocadores shimano, pedivela FSA e cassete sunrace. Não tenho nenhum tipo de problema com eles. Funcionam em perfeita harmonia.

M9NGE escreveu:   Tem muita diferença o 105 para o claris?

Jopamacedo escreveu: Usar peças de marcas diferentes dá problema? Tipo catraca sun race 14-34 e câmbio shimano?

dwsmartins escreveu: M9NGE escreveu: Olá, eu sou novo aqui no grupo e ano passado eu ganhei uma Caloi 10, desde então comecei a ir para o estagio com ela e me apaixonei pela Bike, apesar de suas limitações. Hoje como tenho condições ($$$) gostaria de fazer Upgrades nela, (sei que a maioria tem preconceito com a C10, mas ela é meu xodó e não quero me desfazer dela) andei estudando alguns compones que gostaria e vou lista-los abaixo..   Além de uma Pintura nova, claro  UP de inicio - Pneu novos Continental Ultra Sport 2 700x23 (ela já tinha um par, mas já está muito usado) - Fita de guidão shimano pro  - Selim Tsw - Sapata de freios novos  UP Com mais Km  - Cassete Shimano Claris CS HG 50 + Correntes novas HG 40 * - Cambio Dianteiro e Traseiro Claris R2000 2x8 * - Par de Cubo Shimano Claris  UP mais a frente - Pedivela Claris R2000 50/34 + Central Hollowtech 2 * - Garfo em carbono  - STi Claris 2000 - Canote de Caborno Gostaria de saber se os componentes que tiverem o "*" são compatíveis nesse quadro, e se a ordem dos Upgrades está correta ou se devo muda a ordem.. desde Já agradeço a vocês Olha, eu sou notório aqui no fórum por investir em bike velha… Então acho que eu tenho alguma experiência pra falar disso. Eu tinha uma caloi Aspen, aro 26”, de entrada MESMO (R$330,00 em 2011). Essa bike representa uma mudança muito grande na minha vida, onde eu saí do sedentarismo total pra 100km/semana rodados nela, daí eu troquei praticamente tudo, só ficando de fora o quadro, garfo e canote. Pelas minhas contas (e desconsiderando os erros), eu gastei em torno de R$2500,00 distribuídos em 8 anos de felicidade. Poderia ter gastado mais, mas eu metia a mão na massa e preferia comprar ferramentas a pagar mão de obra pra mecânico que não iria ter com ela o mesmo carinho que eu tinha. Aprendi a maioria do que eu sei sobre bike com ela, a ponto de considerar isso como uma carreira alternativa. Infelizmente, minha finada Dama (sim, ela tinha nome) quebrou o quadro em novembro de 2019, daí comprei uma BTwin RockRider 100 de um vizinho pra aproveitar o quadro, garfo e canote apenas, pois já tinha as outras peças. Batizei a atual de Xica... Posso te dizer de cadeira: comprar uma bike melhor, que já venha com peças melhores, vale a pena financeiramente. Mas parece que você se apegou com a sua C10 como eu me apeguei com as minhas ferrosas (sim, ambas têm quadro de aço e eu não confio em quadro de alumínio de entrada, além de serem aro 26”, e estou muito feliz com isso). Você vai passar por mecânicos que vão fazer o serviço de qualquer jeito por conta da simplicidade dela, daí vale a pergunta: Você está disposto a aprender mecânica de bike pra cuidar dela? Se a resposta for não, vende e compra outra, pq por mais que você vá em um ou outro mecânico, essa galera vai te considerar cliente pouca renda, murrinha, etc., e vão te oferecer quase sempre uma outra bike como alternativa ao conserto ou troca. E quando vc negar, ainda pode ser pior, pq eles terão perdido a comissão de venda e farão qualquer coisa pra vc se arrepender disso. Ela não vai receber o cuidado que você daria com eles. Se for sim, recomendo os vídeos do OndePedalar e Pedaleria pra aprender sobre mecânica. Se o inglês não for barreira, os vídeos de treinamento da ParkTool são a referência definitiva, mas pode ver tb RJ The Bike Guy, GCN/GMBN e outros do grupo (GCN Tech, etc.). Um que eu tenho visto ultimamente é o OldShovel, que faz restaurações e melhorias em bikes antigas. Pra ler, só tenho recomendações em inglês: o site do falecido Sheldon Brown, que tem um porrilhão de informação, e o livro The Bicycle Wheel, de Jobst Brandt (se quiser aprender a raiar uma roda, essa é A referência, mas da pra aprender muito pela internet afora). Inclusive, pra obter mais informação sobre mecânica (e aqui eu devo ser até xingado por essa), faça um login na comunidade do BikeForums, a galera é mais aberta lá. Aqui você é criticado por não ter uma bike com aro 29”/quadro de alumínio/marca X ou Y/cubo 32 furos ou menos/freio a disco/blá-blá-blá... Não que esses componentes sejam piores ou melhores, mas a galera leva algumas coisas muito pro pessoal, principalmente no quesito da “marca de estimação”, e não considera as razões de cada um para aquela escolha. Por último, se já não souber, aprenda a comprar on-line, no Brasil e no exterior. Algumas peças ou ferramentas que você pode precisar estarão muito caras aqui ou não farão parte do catálogo de vendas de um fornecedor local (passo muito por isso). Foi mal pelo textão. Pra citar Matrix, te deixo com essa decisão na mão: pílula azul ou pílula vermelha?

Okay vamos lá..

Nenhum dos links que você mandou do AliExpress estão funcionando, acho que tem alguma coisa nele pra impedir compartilhamento de links ou coisa assim. Mas mesmo sem saber, tenho algumas recomendações. Vamos lá...

“Garfo de carbono” e “barato” na mesma frase me parece cilada... Você sempre vai ter três aspectos em qualquer componente de bike: durabilidade, preço e peso. E nunca vai ter mais de dois no mesmo item! Carbono é leve, mas se esse garfo é barato, você vai estar jogando a durabilidade pro saco. E um garfo quebrando é um tombo FEIO, com direito a cara rasgada nos pedaços dele. Cuidado com isso!

O que você precisa é de um garfo com espiga lisa oversized (ou simplesmente over, como dizem) para speed. Caixa de direção aqui no Brasil é Neco, a não ser que queira meter a mão no bolso em algo mais caro e renomado (Chris King, por exemplo, custa 100+ dólares lá fora, mas tem outras). Essa caixa precisa ser aheadset (lisa, sem rosca) oversized. Geralmente, quem vende o garfo tb vende a caixa. Aproveite pra checar onde tem o expander pra garfo de carbono, que substitui a porca estrela que é afixada por dentro da espiga, onde a tampinha da mesa é aparafusada. A recomendação pra garfo de carbono é não usar a porca estrela, porque ela racha a espiga.

A porca estrela pra alumínio:



E o expander pra carbono:



Mesa e guidão Shimano Pro devem ser boas quando são originais. Um alerta: tem relatos de colegas aqui do fórum dizendo que são produtos chineses adesivados, mas não tenho experiência própria quanto à isso. Eu uso uma mesa e guidão da BTwin (marca própria da Decathlon), que tem 2 anos de garantia e saíram num preço justo (R$140,00 o conjunto na época). Apesar de serem feitos em alumínio, me parecem um pouco pesados, mas checa lá.

O central dela é ponta quadrada e o central do grupo Claris é de rolamentos externos (“HollowTech”), então a ferramenta deles é diferente. Talvez compense procurar um amigo que já tenha a ferramenta ou um mecânico que esteja atendendo (alguns estão de portas fechadas, mas estão lá, atendendo por telefone e combinando serviços assim, mesmo na pandemia) pra tirar o central de lá. Aproveita e tira as bacias da caixa de direção, que são mais fáceis do que parece: usa uma chave de fenda larga, uma marreta ou martelo, e vai batendo por dentro, na borda da bacia, com cuidado.

Já que você está considerando comprar os cubos separados, acho que compensa comprar os outros componentes da roda e mandar pra um mecânico experiente fazer isso, provavelmente comprando todo resto com ele (aros, raios e nipples). Roda é um negócio chato, que precisa calcular o comprimento dos raios e enraiar de acordo com uma técnica específica, senão pode dar problema. Não recomendo que você faça isso sozinho.

Por último, as ferramentas que você vai precisar:

* Jogo de chaves para porcas: não são muito usadas em bike hoje em dia, exceto pra desmontar e ajustar os cubos, fixar acessórios, etc. Recomendo ter tanto de boca quanto estrela, essa última pode ser jogo de soquete (aqueles com encaixe quadrado de meia polegada). Não precisa de todas, só 9mm, 13mm e 15mm, mas um jogo deve sair mais barato que comprar individualmente. Eu tenho os dois abaixo:




* Jogo de chaves Allen: essas são as mais usadas hoje em dia. Usam-se a 3mm, 4mm, 5mm e 6mm (de novo, um jogo deve sair mais barato), podendo ser do tipo bit. Em ocasiões bastante raras, duas são necessárias, mas pode usar uma multiferramenta especifica pra bike no lugar da segunda (mais um item). Eu acabei comprando o kit da Vonder e, depois que o cabo dele quebrou, comprei o cabo da Stanley, abaixo:




* Alicate universal 8”: se ele tiver um corte bom, pode usar ele pra cortar conduíte de freio mecânico; se não, compra também um alicate de corte diagonal que ele vai ter outros usos. Os meus são tipo esses abaixo:




* Alicate corta cabos com capacidade pra 5mm: eu corto conduíte de freio mecânico, do tipo espiralado, com o alicate universal ou de corte diagonal, mas o conduíte de câmbio, do tipo que tem vários fios paralelos, se deforma quando faz assim. Daí eu uso esse outro alicate, que alem de cortar o conduíte de câmbio com facilidade, também é muito bom pra fazer um corte limpo nos cabos de freio e câmbio também. O meu é desse abaixo:



* Alicate de pressão 10”: dá pra viver sem, mas você vai sentir falta dele quando tiver um parafuso com cabeça espanada pra soltar. Também é bom pra segurar coisas firmemente. O meu é desse tipo:



* Marreta de borracha: algumas coisas só saem ou entram na porrada, mas com isso não marca a superfície. Tenho essa aqui:



* Chave de cone: pra desmontar ou ajustar os cubos das rodas. Tem uma que já vem os tamanhos 13mm a 16mm, dois em cada ponta, que é suficiente pra quem não é profissional do ramo, mas se quiser algo mais resistente, pode procurar pelos modelos da ParkTool ou IceToolz. Eu uso a quatro em um mesmo, tenho um par igual a essas:



* Chave pra cassete: às vezes ela vem indicada pra disco center lock, mas é a mesma chave. Tenho uma da TSW com um pino central, pra encaixar no furo oco do eixo de aperto rápido, que estabiliza a ferramenta. Imagem do meu:



* Imobilizador de cassete: é uma alavanca com um pedaço ou dois de corrente presos nela. Tenho um da Decathlon que prende três pinos nos dentes da engrenagem menor do cassete, muito bom pq não corre o risco de empenar (como eu já fiz...). É mais caro, mas valeu cada centavo pra mim!



Abaixo a foto do tipo comum, que eu tinha antes:



* Chave de central de rolamentos externos (“HollowTech”): o nome HollowTech é relativo à construção do braço do pedivela, mas os atuais pedivelas construídos assim tem esse tipo de central, daí a convenção de chamar o central de “HollowTech”. Geralmente, ele vem acompanhado da ponteirinha de plástico pra tirar a folga do central, mas ela é barata pra comprar separado. Esse eu ainda não tenho (minhas bikes usam central ponta quadrada), mas seria tipo um desses aí embaixo:




* Chave de abrir corrente: a corrente vem mais longa que o necessário e é preciso dimensionar quando instalar. Pra 8v, uma mais barata vai atender, desde que usada com calma e que receba um carinho extra na conservação. Uma chave razoável vai te custar umas 3x a baratinha, então pensa aí se é o caso. Não recomendo usar aquela chave de corrente que vem em multiferramentas, ela é pra emergências apenas.



* Torquímetro de 0 a 10Nm: alguns vão dizer que é frescura, mas eu já quebrei parafuso grande pesando a mão, então considero necessário, principalmente pra mexer com peças de carbono. A Topeak tem um de vareta e a Decathon copiou dela. São bem fáceis de usar, com encaixe pra bits, inclusive vem com alguns no cabo. Eu tenho um da Decathlon e optei por fechar ele todo com fita isolante, pq achei a dobradiça da tampa do compartimento dos bits algo meio frágil. Não achei foto do meu, mas esse aí abaixo é o original da Topeak:



* Torquímetro bidirecional de maior capacidade (60Nm+): é um exagero, mas eu tenho. Não precisa ser dos caros, um daqueles de vareta, usados em oficina de moto, é suficiente. O encaixe geralmente é soquete quadrado de meia polegada, mas existem adaptadores pra isso. O meu é desse aqui:



* Espátula de pneus para bike: pegue uma daquelas de plástico e seja feliz. As metálicas duram mais, mas marcam o aro a cada uso. A minha é tipo essa:



* Bomba de encher pneu de piso pra até 120psi: speed é foda... Esses pneus fininhos precisam de uma pressão alta pra car**o! Como eu ando de com pneu 50mm, coloco 40psi e fico feliz com isso, mas com pneus 23mm, você teria de colocar absurdos 120psi, se tivesse o meu peso (120kg+). E já vou adiantando que não é qualquer calibrador de posto que permite uma pressão tão alta! A minha não é desse modelo e nem sei se ele aguenta tanto, mas só pra ilustrar:



* Kit de remendo a frio: pra usar em casa, não é pra levar nos pedais. Leve uma câmara de ar reserva e as espátulas. Imagina a briga que é anoitecendo, num lugar esquisito, e você lá esperando a porra do remendo pegar? A pressa nessas horas ainda rende um serviço que não resolve, vai por mim. O melhor é remendar em casa, confortável, sem pressa, se possível colocando um peso em cima do remendo e deixando de um dia pro outro. Eu até tenho esse aqui, mas não recomendo:



No lugar dele, vai em fornecedor de material pra borracharia, se tiver na sua cidade. Você pode comprar os remendos “estrelinha” no tamanho e quantidade que quiser, muito mais baratos, e com a cola em tamanho conveniente. Deixa um pedacinho de lixa grossa junto, pra preparar a câmara. Foto do tipo abaixo:



Acho que é só. Tira um print dos itens que você achar no AliExpress e posta aqui. Vou reforçar pra tomar cuidado com garfo barato de carbono, pode te deixar a cara toda retalhada. A frente da bike é o que leva mais pancada durante a pedalada, lembra disso.

Sobre a ordem recomendada dos upgrades, tem alguns caminhos a seguir:

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1. Trocar tudo de uma vez.

Precisa da grana pronta pra gastar e é imediato. É o mais econômico a longo prazo, porque vc não lida com desgaste de peças nesse meio tempo.

No entanto, eu até pensaria em trocar a bike se essa fosse minha opção. Uma bike já pronta, com peças próximas ao que você quer, pode sair pouca coisa mais cara que as peças separadas, daí pode ser uma melhor plataforma. Mas não te julgo por se manter fiel ao quadro.

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2. Trocar grupos de peças em duas ou três etapas.

Precisa de alguma grana e não demora muito, mas seu planejamento financeiro tem que prever um bom fluxo de caixa pra cada etapa. Esse vai manter o custo total bem próximo da situação anterior, enquanto vai usando a bike e juntando a grana.

Basicamente, você terá dois ou três grupos de peças que deverão ser todas trocadas em conjunto:

* grupo das rodas, que inclui aros, nipples/raios, cubos/cassete e mão de obra da raiação (pera aí que tem observação sobre esse);
* grupo da transmissão, que inclui câmbios, STIs/freios, pedivela/central e corrente;
* grupo da frente, que inclui o garfo, caixa de direção, mesa e guidão.

Peças menores como fita de guidão, selim e pedais seriam trocadas oportunamente, mas recomendo deixar a fita de guidão depois do próprio guidão e STIs.

Aqui tem dois fatos interessantes a seu favor: a corrente 8v é a mesma do sistema 7v, assim como a puxada dos passadores. Dá pra colocar a roda traseira montada, com freehub e cassete 8v, e ainda continuar usando a mesma corrente, câmbio e passadores. Claro que não vai ser 100% ideal, porque você só vai usar 7 das 8 marchas lá atrás, perdendo a mais pesada (11 dentes) ou a mais leve (28 dentes), à sua escolha.

Você não deve manter essa configuração por muito tempo, no máximo por uns 2-3 meses de uso urbano leve, pois vai estar usando uma corrente antiga com um cassete novo, o que pode desgastar o cassete e prejudicar o resultado final, já com as peças definitivas.

Se precisar de mais tempo entre a troca do grupo das rodas e do grupo da transmissão, pode instalar um cassete temporário, mais barato, como esse SunRace R86 de 11-28d por R$73,00. Isso permitiria você usar os outros componentes que já tem, acrescentando o mínimo possível de custo total, sem desgastar prematuramente o cassete definitivo.

Claro que dá pra trocar rodas e transmissão juntos, deixando apenas a frente separada, ao custo de dar uma facada maior no bolso. Mas se as finanças ainda estiverem apertadas, tem outra opção.

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3. Trocar à medida que for desgastando.

Foi bem isso que eu fui fazendo ao longo de anos, mas cometi alguns erros no processo que posso te alertar pra evitar.

O caso é que, se não tiver um planejamento adequado, vai gastar duas vezes com a mesma coisa. Por exemplo, no caso das rodas: a mão de obra pra enraiar é relativamente cara (R$50,00 por roda na minha região) e não compensa fazer sozinho, precisa de experiência. Se você contratar um mecânico pra trocar só o cubo, depois só o aro, e por último só os raios/nipples, ele vai embolsar R$150,00 por roda ao final da operação toda, só com a mão de obra.

A solução é fazer a roda toda de uma vez só. Pode fazer só a traseira pra aliviar o gasto, depois só a dianteira, mas checa se não dá um desconto por fazer as duas juntas. Por exemplo, escolhendo aros Vzan Spin (R$50,00 por aro), raios de inox com nipples de aço (R$100,00 o jogo completo) e os cubos Claris (R$200,00 pelo par de cubos ou R$100,00 pelo dianteiro e R$150,00 pelo traseiro, comprados separados) e R$50,00 de mão de obra por roda, seu valor deverá ser uns R$500,00 pelas duas, ou R$250,00 pela dianteira e R$300,00 pela traseira separadas. Os valores são de uma pesquisa no MercadoLivre e no site da Vzan, não inclui frete.

Outro ponto potencialmente problemático é a transmissão, porque a corrente se desgasta e alonga, danificando as engrenagens do cassete e pedivela no processo. Não é recomendável trocar cassete sem trocar corrente, nem trocar pedivela sem trocar cassete e corrente, mas você pode usar um componente temporário pra equalizar os gastos até ter tudo definitivo instalado.

Me explico: fazendo a roda traseira como falei, tem de instalar um cassete, pq a catraca não encaixa no freehub, e se esse cassete for o definitivo, vai se desgastar com a corrente antiga, aí você iria querer instalar uma corrente nova. Mas quando você instalar o pedivela definitivo, vc teria de trocar a corrente e o cassete de novo, gastando duas vezes sem necessidade.

Aí você soluciona isso colocando um cassete 8v temporário, como sugeri na opção 2. A corrente 7v original da bike também serve pra 8v, então é um gasto a menos pra poder investir no que for definitivo. Não vai precisar se preocupar com o desgaste do cassete com a corrente velha, porque ele é só temporário.

E não se preocupe com os passadores 7v originais com o cassete 8v: a distância entre as engrenagens é a mesma (isso só muda a partir de 9v, aí fica específico pra cada sistema) e a indexação bate perfeitamente. Claro que você perde uma das marchas, à sua escolha: a mais pesada ou a mais leve. Não dá problema nenhum rodar assim por um tempo.

O próximo item pra instalar são os STIs, que vão obrigar a trocar os freios também, pq a puxada dos freios de pinça é curta e os v-brakes originais da bike são de puxada longa. Quando fizer a troca, aproveita pra substituir os cabos e conduítes. Os STIs funcionam perfeitamente com os câmbios originais da bike e, provavelmente, vão ser o upgrade mais recompensador de todo o processo, até porque vai ser a partir daqui que você vai ter um sistema 16v.

Próximo passo: pedivela, movimento central, corrente definitiva e cassete definitivo. Podem ser comprados em promoções e oportunidades, sem pressa. Quando a relação desgastar (ou a vontade de instalar tudo surgir, o que vier primeiro), você instala eles.

Os câmbios dianteiro e traseiro ficam pra um momento oportuno, em que você encontrar um preço de oportunidade. Podem ser feitos a qualquer momento, mas eu faria quando estivesse trocando os cabos. O traseiro é mais caro (e efetivo, na utilização da bike) que o dianteiro.

Pra finalizar com chave de ouro, falta a frente. Eu começaria pela compra de um adaptador aheadset oversize, que vai permitir a instalação de uma mesa aheadset no garfo original de rosca. A mesa aheadset deve obrigar a compra do guidão junto, pois existem guidões com 22,2mm, 25,4 mm e 31,8mm de diâmetro (recomendo o mais grosso por questão de resistência, mas isso fica a seu cargo) e a mesa tem de acompanhar isso.

Aqui vale um alerta: existem buchas que permitem usar um guidão 25,4mm em mesa pra 31,8mm. Na experiência de pessoas próximas a mim, não vale a pena: se a mesa não puder ser muito bem apertada (algumas mesas tem limites bem baixos de torque, na faixa de 4Nm a 6Nm), o guidão irá girar, principalmente numa frenagem, e pode te jogar pro chão.

Com o guidão definitivo colocado, você já pode colocar a fita de guidão e fazer o roteamento adequado dos cabos por baixo dela, provavelmente trocando conduítes e cabos no processo. Pesquisa nos vídeos da ParkTool no YouTube a melhor forma de fazer isso.

Fica por último o garfo de carbono aheadset oversize e a caixa de direção com a mesma especificação. Pra remover é relativamente simples:

1. solta a mesa do adaptador aheadset;
2. solta o próprio adaptador;
3. solta a roda e os freios do garfo original;
4. solta os copos da caixa de direção antiga (usa a marreta e uma chave de fenda larga e bate por dentro do tubo da direção na aba dos copos com cuidado)

Pra colocar a caixa nova, algumas pessoas usam um pedaço de madeira e martelo, batendo sobre um copo de cada vez, mas eu não gosto desse método (apesar de já ter visto um mecânico fazer assim). Esse vídeo da Pedaleria mostra o que eu fiz pra colocar os copos da caixa, é muito barato e vale bastante a pena, mas lembra de engraxar a barra roscada pra ela não enferrujar.

Com os copos colocados, monte a caixa com cuidado, principalmente na colocação da pista na coroa do garfo (lembre-se que com garfos de carbono tem de se evitar pancadas, pode ser interessante levar num mecânico pra fazer isso). Instale a porca na espiga (pra carbono é um expander, não inventa de colocar porca estrela em espiga de carbono que vai quebrar!), coloque espaçadores pra ajustar a altura do guidão e coloque a mesa. Se precisar de cortar a espiga do garfo, lembre-se que carbono tem lâmina própria pra isso, não pode usar lâmina de serra comum. Por último, reinstale os freios e roda.

Na minha sincera opinião, eu optaria por um garfo de alumínio, que é mais tolerante e fácil de lidar, principalmente se fosse pra eu mesmo mexer na bike. Colocando o carbono como obrigatório, eu levaria em um mecânico com experiência e ferramental adequado pra resolver tudo relacionado ao garfo.

Com isso, você já vai ter a sua bike com os componentes todos. Lembra de tentar combinar o desgaste dela com as trocas de peças, pra economizar ao máximo.

Pneus, sapatas de freio e correntes são consumíveis, devem ser trocados conforme a necessidade. Uma atenção especial ao cassete e pedivela: eles vão durar mais conforme a atenção que você der à limpeza e lubrificação da transmissão. Eu rodo cerca de 500km/mês na cidade (em condições normais, o corona tá me deixando em casa) e faço uma rotina bem constante, a cada 2 semanas, alternando limpeza e lavagem da relação.

Na limpeza eu só limpo a relação com um pano embebido em WD40 ou similar (uso M1, é mais barato) e lubrifico em seguida com Algoo úmido (pode usar outros tb, à sua escolha).

Já na lavagem, eu lavo a relação com desengraxante ou desengordurante. Existem específicos pra bike e eu inclusive já usei o Algoo Powersports, mas hoje eu uso Azulim limpeza pesada sem cloro e alguns colegas do fórum usam Cif desengordurante, também sem cloro. Lavo a bike toda em seguida, sem desmontar, deixando secar ao sol e lubrificando a relação em seguida. Aproveito pra fazer rodízio da corrente (não guarde a corrente anterior suja ou seca, pode travar ou enferrujar).

A cada 6 meses, geralmente nas férias, eu desmonto a bike toda e dou uma geral: tiro tudo do quadro (deixo só os copos da caixa de direção), abro os cubos e troco a graxa (o mesmo com a caixa de direção), reaplicando graxa e óleo nos outros componentes também.

O rodízio de correntes é mantido por um ano, se tudo ocorrer certinho. Uso duas correntes e a intenção é trocar o cassete ao final do ano (6000km/ano, 3000km em cada corrente alternando 500km a cada mês). Já me falaram pra usar três correntes e esticar o cassete até 12000km, mas acho improvável que chegue nisso tudo. As coroas do meu pedivela são substituíveis e eu vou trocando conforme a necessidade.

Não falei de canote, selim e pedais pq eles não dependem de outros componentes, podem ser trocados a qualquer momento. Também não falei de sapatas de freio, mas esses itens são consumíveis e você vai trocando conforme a necessidade. Não recomendo que economize nas sapatas, elas fazem toda a diferença.

Acho que é isso. Demorei pra responder pq um texto desse tamanho demora pra redigir. Acho que fiz um verdadeiro tratado sobre upgrades e manutenção de bike, mas ele não é absoluto e nem tem intenção de ser: é um relato baseado na minha experiência, onde tenho conseguido boa durabilidade e economia no uso da bike, sem deixar de lado quesitos como segurança e confiabilidade. Uma bike competitiva pode seguir por outros caminhos, pra conseguir uma melhor performance, assim como qualquer um que deseje aquela velocidade extra.

Espero ter sido útil. Boa sorte aí na bike! Posta fotos depois de cada etapa pra gente ver.

O site que eu indiquei fica na Alemanha, e não manda pro Brasil. Você pode contratar um serviço de redirecionamento, não costumam ser caros, mas é certeza de pagar imposto.

Nos EUA eu tô por fora. Tem de ver com outros colegas, talvez em outros posts sobre o tema. Pesquisa bem sobre o garfo e lembra que o carbono pode te obrigar a ter ferramentas bem específicas (ou a contratar mecânicos mais caros), então tem custos ocultos envolvidos.

Boa sorte com a magrela e vai mantendo o tópico atualizado com fotos dela em construção!

M9NGE escreveu: Pode deixar que manterei atualizado   no momento ela se encontra assim como está abaixo.. já retirei a pintura e já lixei para poder receber o fundo para alumínio e a pintura, resta os correios entregarem as tintas  **Nessa altura eu já peguei a chave para retirar o movimento central e a catraca ali atras e poder desmonta a roda, lixar e receber a pintura nova  Eu estava pensando.. para não ficar sem bike por muito tempo até comprar o grupo claris, usaria ela sem o grupo atual, apenas como fixa. No lugar da catraca colocaria uma roda livre fixa no cubo traseiro e uma pedivela single speed do meu amigo que está parada. Fiz também uma compra no Aliexpress como experimento, como a mesa dela tinha danificado na remoção hahaha eu comprei uma mesa nova e vou manter o guidão, garfo e a caixa de direção até troca o conjunto inteiro da frente.  Me custou apenas R$ 60,00 com frete grátis  Como não queria depender de ferramenta emprestada fui no ML a procura de kit para bicicleta e inicialmente me deparei com este aqui..     Seria uma solução barata e rápida e não precisaria recorrer a ferramenta emprestada e nem mão de obra paga por um trabalho tão simples.  Mas depois de um tempo me deparei com essa maleta que me pareceu interessante e além do kit acima, ela viria com um arsenal melhor.. pertence a marca Absolute e contem 17 peças    e essa da marca Tool Max contendo 30 peças  A respeito dessas maletas fiquei um pouco indeciso porque a diferença de preço entre elas não passa de R$30 Também vi uma maleta da vonder BEM mais completo, mas sem as especificas para bicicleta fazendo com que eu comprasse a parte. Por enquanto ando apenas pesquisando preços.. sem pressa.   E uma dúvida me surgiu.. caso eu opte por compra este garfo carbono  Sei que terei que compra um expander para carbono, mas quanto o restante.. a caixa de direção? Seria como esta por exemplo?  Desculpa tirar tanta dúvida com você, eu sei que existe a internet e tal mas eu me sinto mais seguro perguntando a alguém com mais experiencia e que possa tirar minhas dúvidas, e eu gosto da forma que explica hahaha

Calma, fio! Vamos por partes...

As ferramentas da Absolute são bem fraquinhas, pau a pau com o kit mais simples que vc mostrou. O kit da Vonder parece ser algo melhor, mesmo não tendo as específicas pra bike (as chaves de movimento central ponta quadrada e HollowTech, chave de catraca e de cassete, chave imobilizadora de cassete e chave de cubo). As específicas não precisam ser Park Tool, mas pega umas paralelas decentes. Tem uma frase que eu já ouvi: só um cara rico compra ferramentas baratas. Nem sempre eu compro as chaves mais caras, mas eu evito elas sempre que posso pra evitar perder peças.

Os freios e manetes originais dela eu não vejo sentido em manter. Eles são relativamente frágeis e fracos, e entendo que devam ser substituídos assim que possível por peças melhores. Lembra que freio é item de segurança. Além do mais, os STIs são passadores de marcha e manete de freio em uma única peça, porque manter um outro manete?

Quanto a colocar ela como fixa, não é a minha praia. Mas sei que o dropout vertical dela não iria permitir ajuste da tensão da corrente, daí você precisaria de um esticador de corrente (é tipo um câmbio, mas com a função de só esticar a corrente, podendo ser um câmbio com posição fixada). Eu deixaria ela do jeito que está, por enquanto.

Você falou de remover a catraca, lembra que não dá pra colocar um cassete em cubo de catraca, os dois são incompatíveis.

E sobre a caixa de direção: eu não arriscaria comprar ela da China. Compra aqui mesmo que você tem como checar se encaixa. E se você não trocar o garfo, não tem porque trocar a caixa (só se ela estiver desgastada). Também: rolamento só é melhor do que esferas quando o rolamento é de boa qualidade, rolamento barato pode até ser pior do que as esferas! Vide os cubos da Shimano, que são todos de esferas (se mudou isso foi recentemente, mas sinceramente duvido).

Vai com calma e segue as sugestões que eu te passei. Se você mudar a direção agora (caso de mudar pra fixa) vai gastar em algo desnecessário e vai fazer a coisa duas vezes. Foco, meu caro!

Opa meu caro! demorei a responder porque por algum motivo não chegou mais notificação Hahaha mas sem mais delongas vamos seguir com atualizações. 

Dei um zoom na foto da mesa que você comprou, está escrito do lado que ela tem haste 22,2mm. Se este for o caso, não é compatível com o seu quadro. Tenta devolver, é melhor.

E pra reforçar: só troca a caixa de direção se trocar o garfo ou se a antiga estiver danificada, o que é bem difícil de acontecer (e geralmente é erro de ajuste) Não preocupa com isso agora, se não for nenhum destes casos.

Editado por dwsmartins - 27 Mai 2020 as 00:42

Os adesivos realmente deram um bom fechamento pra pintura! Pra ser sincero, eu não havia visualizado o resultado final, mas elogiei por entender que é um trabalho em andamento. To vendo que fiz certo e ela vai ficar lindona mesmo!

Quanto à cor das peças, confirma aí, pq eu achava que Claris era preto. Prata da um ar retrô que vai combinar super bem com ela, mas a dúvida é se tem mesmo.

Parabéns aí é continua postando fotos!

Eu diria que o sunrace é um pouca abaixo do shimano e sram em qualidade e durabilidade. Mas melhor que marcas chinesa. Lembrando que sunrace é de taiwan.