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Espiga Cônica, são muitas as vantagens ?

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LeonardoS Ver Drop Down


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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar LeonardoS Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Tópico: Espiga Cônica, são muitas as vantagens ?
    Postado: 13 Abr 2012 as 20:23
um dos meus primeiros topicos, pesquisei no forum e não achei, a minha duvida é a seguinte, a espiga conica ( 1.5 1/1.8 ) tem muita vantagem ? é algo que faz muita diferença ou é dispensável ? valeu =D
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LucianoBsB Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar LucianoBsB Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 13 Abr 2012 as 20:34
Conta a lenda que a espiga cônica dá mais rigidez ao conjunto.
O que sei é que, na prática, esse tipo de suspensão é muito difícil de achar e, consequentemente, o preço é alto.
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gustavomurad Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar gustavomurad Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 14 Abr 2012 as 00:46
Originalmente postado por LucianoBsB LucianoBsB escreveu:

Conta a lenda que a espiga cônica dá mais rigidez ao conjunto.
O que sei é que, na prática, esse tipo de suspensão é muito difícil de achar e, consequentemente, o preço é alto.

Dito! Mas é uma tendencia, em alguns anos pode virar padrão...
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tchuski Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar tchuski Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 15 Abr 2012 as 03:02
estava olhando a marca trek e percebi que na linha montain, as mais tops são tapered e algumas com suspa de eixo 15mm, será que ja está saindo quadro avulso para tapered, tipo assim giant XTC, no ML ainda não vi nenhum.

Editado por tchuski - 29 Set 2012 as 20:31
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Fábio C Ver Drop Down

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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Fábio C Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 15 Abr 2012 as 03:18
Mais coisa que o mercado está empurrando pra cima de nós, vira tendência não, vira novo padrão mesmo, que obriga agente a gastar mais.
 
Logo todas as boas suspas serão tapered, e o seu quadro mais antigo vai ficar sem suspa, caindo na obsolecencia, aí vc aproveita e troca o quadro tb.
 
Foi assim com uma série de peças, mesa/guidon 25.4 para 31.8, caixas de direção, movimento central, sistema 27v etc etc etc.
 
Alguns vão dizer que é a evolução, eu acho uma "falta de sacanagem".
 
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Gui Marques Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Gui Marques Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 15 Abr 2012 as 03:22
Não é só lenda não.

Além do conjunto ficar mais rígido (quanto maior o diâmetro do tubo, mais rígido), permite usar uma caixa de direção com rolamento maior na parte de baixo (que é onde se concentram as cargas) aumentando a vida útil da caixa.

Além disso, como o head tube ali embaixo tem maior diâmetro, a área de contato da solda acaba sendo maior, aumentando a resistência do conjunto e reduzindo as chances de quebra do quadro.

Como a parte de cima não tem essa exigência toda, resolveram economizar peso (na caixa de direção) mantendo o padrão 1 1/8". Assim fica um pouco mais leve que o padrão 1.5.

Estruturalmente é superior ao padrão antigo, isso é fato. Agora, se justifica eu não sei...para cross country normal talvez não faça diferença. Já pra all mountain e trilhas mais técnicas as chances de quebra ali na frente são menores.

Gui Marques
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kiorugui Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar kiorugui Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 15 Abr 2012 as 03:39
Gostaria de saber , estatisticamente, quandos quadros normais quebraram ali, e qual carga sofreram a ponto de quebrar um normal e não um tapered.....ou em quanto aumentaria a vida útil de uma caixa de direção....
Por exemplo:
Um quadro normal da marca Z, com caixa normal, suporta um impacto 137....o tapered suporta um impacto 141.
ou a caixa de direção normal dura 25 meses.... a tapered dura 26 meses, na mesma condição de uso...

Para mim, não passa da mais uma moda para forçar a compra de coisa nova....ninguém faz alguma coisa pra vender e durar a vida toda. E a caixa de direção não faz muita diferença, em termos de valores...o que é caro mesmo é quadro e suspa.
Giant Trance X 26 /Fox RL 120mm/ Overland Vzan.
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Gui Marques Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Gui Marques Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 15 Abr 2012 as 03:57
Eu penso que dificilmente você vai achar essas respostas.

Depende muito de como o quadro é usado. Tem gente que usa quadro de XC leve por anos a fio sem problema, outros forçam mais.

Foram muito raros os casos de quadros de XC que eu já vi quebrar na caixa. Um colega meu usou uma Specialized Enduro (das antigas, de 1999) em XC/semi-freeride e levou vários anos até finalmente ovalizar o head tube. Ou seja, quando bem executado, o padrão 1 1/8" tem uma durabilidade muito boa.


Porém, isso não muda o fato do sistema novo ser de fato estruturalmente mais resistente. É uma questão de engenharia (diametro maior, mais área de solda, etc). Não precisa de teste de impacto para confirmar isso.

Agora, se o usuário de XC vai se beneficiar com esse ganho de resistência já são outros 500...  

Gui Marques



Originalmente postado por kiorugui kiorugui escreveu:

Gostaria de saber , estatisticamente, quandos quadros normais quebraram ali, e qual carga sofreram a ponto de quebrar um normal e não um tapered.....ou em quanto aumentaria a vida útil de uma caixa de direção....
Por exemplo:
Um quadro normal da marca Z, com caixa normal, suporta um impacto 137....o tapered suporta um impacto 141.
ou a caixa de direção normal dura 25 meses.... a tapered dura 26 meses, na mesma condição de uso...

Para mim, não passa da mais uma moda para forçar a compra de coisa nova....ninguém faz alguma coisa pra vender e durar a vida toda. E a caixa de direção não faz muita diferença, em termos de valores...o que é caro mesmo é quadro e suspa.
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Pelas leis da física, a frente tapered flexiona menos, idem para a suspensão dianteira (que vai passar a ter uma maior área de sustentação, permitindo que o crown seja mais fino e mais leve, e ainda assim menos propenso a torção. 
Diante de tantas frescuras que inventaram ultimamente, a espiga cônica é uma evolução real e por isso muito bem-vinda.

Valeu
Marcelo Faraway
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Fábio C Ver Drop Down

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Pois é Gui e Wolverine, concordo com vcs, a evolução é real, é mais resistente, e ponto.
 
Mas a minha questão e a do Kiorugui, é até que ponto isso é realmente necessário? Eu ainda acho que é mais para gastarmos dinheiro do que para melhorar de fato.
 
Vcs vão encontrar justificativas para todas as mudanças de padrão, e assim caminha a humanidade.
 
Eu pedalo desde de 1998, fazia trilhas muito bem com 21v e freio cantilever, depois vieram os V-brake e o sistema 24 e 27, aí ninguem mais usava 18 ou 21 se quisesse peças melhores, melhorou? sim. estou fazendo trilhas que eu não fazia antes? não. Mais recentemente veio o disco, melhorou? sim, estou fazendo trilhas que eu não fazia antes? não. É uma questão de segurança? até é, mas antigamente agente tinha que garantir a segurança na técnica.
 
O que eu vejo nesses 14 anos de MTB, é que as bikes evoluiram MUITO! mas o nível das trilhas e dos ciclistas involuiu na mesma medida.
 
Eu nem sei o que pensar quando vejo pessoas usando bikes full, de carbono, com XTR e toda a parafernalha de tapered, oversized pra todo lado, integrado pra todo lado, e pedalando em estradões, estrada de chão batido, o tal do speed na poeira.
 
Hoje em dia, com toda a segurança que as bikes tem, agente ve gente falando que o verdadeiro MTB, é perigoso.
 
Pra fazer estradão? é totalmente dispensável. O seu quadro vai ficar obsoleto antes de quebrar, pq eles vão inventar outro padrão que te obriga a mudar.
 
E apropósito, eu não sou um ciclista oldschool, me rendo as tendências, não de imediato, mas qd fica impossivel evitar. Gosto mais de MTB do que de ser um dissidente. rsssss


Editado por Fábio C - 15 Abr 2012 as 12:41
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Gui Marques Ver Drop Down
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Fábio, eu não sei quanto a você, mas que eu quero que meu quadro fique "obsoleto" antes de quebrar.

Do jeito que eu gosto de andar, quebrar um quadro pra mim não é uma opção ! não digo isso pelo valor do quadro, você já viu vídeos/fotos do que acontece com o ciclista quando quebra a caixa ?

Gui Marques

Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

 
 
Pra fazer estradão? é totalmente dispensável. O seu quadro vai ficar obsoleto antes de quebrar, pq eles vão inventar outro padrão que te obriga a mudar.
 

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fellipe vaqueiro Ver Drop Down
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Realmente é engraçado essa evolução! Hj eu subo com pinhao 36, às vezes reclamo. E quando subia com pinhao 28, na época das 21 marchas? Pedalo desde 92! Minha KHS era de cromoly, direção standard, um head tube de uns 20 cm, e garfo rígido! Aquilo sim torcia! Nao acho necessario tapered, mas e daí? Nao uso eixo 15mm, press fit, tapered e outros, e nem esquento com isso ainda!
Se Maomé não foi à montanha, é porque não tinha uma mountain bike!
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kiorugui Ver Drop Down
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Blz gurizada...os argumentos de vocês estão perfeitos!

Também me rendo aos poucos com estas evoluções....mas acho que antes de mudarem, os projetistas dos grandes fabricantes devem ter pensado....o que vamos mudar agora para dar uma forçada na troca das peças $$$$$$$$$?
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Fábio C Ver Drop Down

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Gui, não é uma questão de opção, querer ou não querer quebrar. Fato é que se vc usar o quadro certo para a modalidade que vc pratica, dificilmente vai quebrar antes que eles inventem algum novo padrão que te obrigue a trocar de quadro.
 
Isso pq tem peças que tem vida util menor, suspensões por ex, eu não uso suspensão por muito mais de 2 anos. O que aconteceu quando a minha SID 2006 parou de trablhar direito? eu tive que passar pra disco, pq não faziam boas suspas pra Vbrake(exceto a R7) E o que vai acontecer qd a minha SID 2011 estragar? vou ter que passar pra tapered, aí o meu quadro Orbea Alma já não serve mais, e as minhas Mavic tb não, pq possivelmente o eixo tb já mudou.
 
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Pois é Kiorugui, eu tenho certeza que é possivel fazer melhorias, garantir durabilidade,resistencia e segurança sem necessariamente mudar os padrões das peças, mas isso não é intere$$ante pra eles.
 
Vc pega um carro Land Rover Defender por ex. é basicamente o mesmo ha decadas.
 
Vc pega as boas marcas de Guitarra como Fender e Gibson por ex. e os modelos top de linha, os mais desejados, são os mesmos desde os anos 60, houveram melhorias sim, maior estabilidade no braço, mudaram algumas coisas, mas o encaixe das peças é o mesmo.
 
Enfim, coisas feitas para usar, e não para consumir.
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Gui Marques Ver Drop Down
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Bom, eu penso que é assim mesmo que deve ser. Usada dentro do envelope para a qual foi projetada, a peça não deve quebrar.

Então, é lógico que eventualmente o quadro ou garfo vai ter algum problema de compatibilidade, porque o tempo vai passar.

Agora, a Rock Shox nunca foi um primor de durabilidade...

Gui Marques





Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Gui, não é uma questão de opção, querer ou não querer quebrar. Fato é que se vc usar o quadro certo para a modalidade que vc pratica, dificilmente vai quebrar antes que eles inventem algum novo padrão que te obrigue a trocar de quadro.
 
Isso pq tem peças que tem vida util menor, suspensões por ex, eu não uso suspensão por muito mais de 2 anos. O que aconteceu quando a minha SID 2006 parou de trablhar direito? eu tive que passar pra disco, pq não faziam boas suspas pra Vbrake(exceto a R7) E o que vai acontecer qd a minha SID 2011 estragar? vou ter que passar pra tapered, aí o meu quadro Orbea Alma já não serve mais, e as minhas Mavic tb não, pq possivelmente o eixo tb já mudou.
 
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Mas é óbvio que a indústria visa também o lucro, quando ocorre uma mudança de padrões. E isso é assim desde sempre, nunca mudou e provavelmente nunca vai mudar. Mas a história nos mostra que modificações que visam somente o lucro JAMAIS deram certo, nunca vieram a se tornar padrão de mercado. As que vingam, são justamente as que trazem evolução para o esporte... e sem evolução o esporte morre.

Veja, eu também andei de MTB no século passado, eu também tive bikes de 18 e 21 marchas, e elas me atendiam plenamente... na época. 
Mas da mesma forma que as bikes vieram evoluindo de lá pra cá, eu também evoluí junto e mesmo hoje sendo já praticamente um "senhor" eu consigo andar em trilhas repletas de pedras, raízes, valetas, gaps gigantes, e todo o tipo de obstáculo que uma trilha natural possui - assim como vencer montanhas com quilômetros e quilômetros de subida ininterrupta - coisa que quando jovem não conseguia, mesmo tendo mais energia e disposição. 
Então o que aconteceu? É possível fazer todas essas trilhas com uma bike "de antigamente"? A reposta é: muito provavelmente não. Seria natural que com o tempo passando e eu ficando velho, fosse perdendo rendimento e com isso sequer conseguisse subir as montanhas que quando eu era jovem eu subia. Mas hoje eu subo mais, e melhor, e sem ter câimbras. E desço muito mais veloz e por lugares extremamente piores que antes, mesmo sendo mais velho e mais gordo (menos agilidade, portanto).
Tudo isso se deve graças a evolução das bikes ao longo desses anos. E é fácil perceber como esse aperfeiçoamento foi real quando observamos que, mesmo mais gordo e andando de forma muito mais agressiva, minhas bikes não mais estragam ou quebram como antes... ainda que eu castigue mais elas e as submeta a obstáculos que partiriam ao meio uma MTB do início dos anos 90.
E há mais uma infinidade de coisas: eu vivia empenando o aro e quebrando raios, porque os aros eram de parede simples (mais fracos) e as bikes não tinham suspensão; e quando isso acontecia, eu ficava sem freio pois tinha que soltar o cabo do cantilever para que o aro empenado ou amassado não agarrasse nas sapatas do freio; e por falar em freio, quando chovia eu ficava sem; a caixa de direção (standard e de rosca) vira e mexe dava folga ou quebrava esferas, e era preciso estar sempre regulando ou consertando; o banco, que era preso ao canote com uma abraçadeira de ferro, se tomasse um impacto mais forte acabava mudando de posição ou quebrando o canote ao meio, pois era fino; guidão quebrava "do nada" (e eu estou falando do melhor guidão da época); cones do cubo e das caixas de centro davam problema com frequência (normalmente quebravam esferas, ou gastavam torto o cone, ou quebravam a caixa).

Então fica fácil perceber que houveram INÚMERAS evoluções reais. E se a cada "mudança de padrão" dessas muitas que houveram a gente tivesse se negado a mudar, hoje estaríamos andando com garfo rígido, com eixo de porcas, com pedivelas que usavam uma cunha metálica para fixá-los no eixo, com aros de paredes simples, caixa de direção de rosca, canotes de banco de 26.8mm de diâmetro, guidão de 25.4, e por aí vai... 

Reparem que houveram, ao longo desse mesmo período, tentativas de mudanças de padrão que não deram certo e foram abandonadas, pois não apresentavam ganho real de eficiência ou não tinham praticidade. Exemplos: rodas com fios de kevlar no lugar de raios (Tioga); mesas com amortecedor (Softride); down tube duplo (Amplifier); suspensão traseira inteligente (ProFlex/K2); câmbio traseiro com mola invertida (Shimano); canote integrado ao quadro (Scott, Yeti); e muitas outras. Muitas dessas chegaram até mesmo a estar presente em bikes que ganharam títulos mundiais, mas ainda assim não "pegaram" comercialmente a ponto de se tornarem padrão.
E não viraram o padrão justamente porque o mercado - as pessoas, os bikers - perceberam que não havia vantagem real nesses sistemas, ou quando havia alguma vantagem, não havia praticidade... e com isso iam naturalmente rejeitando tais padrões.

Existe esse filtro natural do mercado, e é por conta disso que não precisamos nos preocupar tanto nem nos rebelar contra novos padrões que nos obriguem a mudar alguma peça ou até mesmo nosso quadro. Até porque, ninguém é obrigado a mudar de imediato... em geral, quando as pessoas são obrigadas a mudar de padrão (por falta de disponibilidade de peças do padrão antigo) é porque certamente o novo padrão já se tornou definitivo, já virou evolução real na história do MTB.

E sobre pessoas que correm XCM "precisarem" de quadros full suspension, suspensões dianteiras, cassete de 10v com catraca 36 dentes, aí não é culpa da evolução do MTB, e sim dos bikers que muitas vezes não sabem definir o equipamento ideal para determinada modalidade, ou ainda que querem (e podem $$$) levar vantagem sobre os oponentes em cada mínimo detalhe. 
Uma full não faz sentido para estradão, mas após dezenas de quilômetros (ou vários dias de competição) ela pode fazer a diferença por ter garantido conforto ao atleta; o mesmo vale pra suspensão dianteira, ainda mais quando conta com trava e é quase tão leve quanto um garfo rígido; e catraca 36 dentes pode parecer leve para usar com coroa pequena, mas usando com a coroa grande pode garantir um desempenho a mais, ou uma necessidade de troca de marchas a menos (evitando ter que mudar de coroa numa subida não tão forte).
Mas veja bem: nesse caso são OPÇÕES que os bikers tem, e não uma obrigação que o padrão de mercado impõe. Quem usa uma full de carbono numa corrida de maratona em estradão de terra liso, o faz porque quer; o padrão do mercado não impõe isso a ninguém. 
Quem se rende a essas "facilidades" é porque julga elas melhores ou então porque acabou se tornando dependente de tais tecnologias, a ponto de não conseguir andar sem elas mais. É uma questão mais da comodidade ter acostumado mal a pessoa, do que de uma imposição do mercado.

Valeu


Editado por W0LVER1NE_MG - 15 Abr 2012 as 17:26
Marcelo Faraway
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W0LVER1NE_MG, muito bem exposto!

Valeu!Thumbs Up


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Parabéns pela explicação!
Se Maomé não foi à montanha, é porque não tinha uma mountain bike!
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Fábio C Ver Drop Down

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A explicação é boa mesmo, e não é só sua, e é justamente isso que a ideologia faz, toma conta da nossa vida sem que agente se de conta, agente realmente acha que tem o poder de escolha.
 
Eu não sou contra a evolução não, seria uma estupidez, seria atropelado por ela e ninguem ia perceber, é bobagem resistir.
 
Mas a pergunta do Leonardo que abriu o tópico foi: "tem muita vantagem ? é algo que faz muita diferença ou é dispensável?", e na minha opinião não tem muita vantagem, é dispensável sim, ainda mais se for levar em conta o tipo de uso que a grande maioria da as suas bikes. 
 
Quem já tem, seja feliz.
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Uma prova cabal que as evoluções são bem vindas, um teste de desempenho de bikes dos anos 50 e as atuais (neste caso ai 2009)




O teste é focado nas bikes road, mas vale o experimento...
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Obvio que a evolução é bem vinda! rssss
 
Mas será que é preciso mudar o padrão de encaixe das peças para que isso ocorra? As vezes sim, claro!!! Mas não sempre.
 
Pensem nos computadores, os reis da obsolecencia programada, quem já montou um sabe! será que as memórias, os processadores precisam realmente mudar o formato, o tipo de soquete/slot para ficarem mais rápidos?
 
*desculpem a chatice, rssss. dia chuvoso por aqui, resolvi tirar ele para exercitar a retórica.


Editado por Fábio C - 16 Abr 2012 as 00:14
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Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Obvio que a evolução é bem vinda! rssss
 
Mas será que é preciso mudar o padrão de encaixe das peças para que isso ocorra? As vezes sim, claro!!! Mas não sempre.
 
Pensem nos computadores, os reis da obsolecencia programada, quem já montou um sabe! será que as memórias, os processadores precisam realmente mudar o formato, o tipo de soquete/slot para ficarem mais rápidos?
 
*desculpem a chatice, rssss. dia chuvoso por aqui, resolvi tirar ele para exercitar a retórica.

Upgrade de computador, coisa que me dá ódio... Todo instante mudam o padrão....

No momento estou apostando no eixo traseiro 12x145mm
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Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

...na minha opinião não tem muita vantagem, é dispensável sim
Você já fez trilha com uma bike que tenha a frente tapered? Não percebeu o quanto o garfo é mais firme e dá menos flex, principalmente em frenagens e impactos mais fortes?
É uma vantagem pequena, mas é uma mudança que só trará benefícios, não tem lado ruim.
Como a mudança da caixa com rosca para a aheadset: na prática - ou seja, andando na bike - a vantagem quase inexiste, ninguém nota a diferença. Mas se não tivesse mudado esse padrão, ainda estaríamos lidando com manutenção periódica de caixa de direção standard com rosca, coisa que hoje em dia raramente se precisa fazer (manutenção em caixa de direção).
Além do que a transformação não é da noite pro dia, ela acontece aos poucos... e então você deixa para mudar para o novo padrão quando sua bike quebrar, ou quando achar que ela estiver abaixo da sua expectativa de uso.

Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

...ainda mais se for levar em conta o tipo de uso que a grande maioria da as suas bikes.
Ué, mas não é o biker que se adapta a um tipo de bike, é o contrário: você compra a bike que se adapta ao seu tipo de uso.
Repare como não há bike urbana ou de passeio com caixa de direção tapered. Somente as mountain bikes mais tops, ditas "race" e que enfrentarão situações extremas é que estão adotando este novo padrão. Se alguém que só anda na maciota compra uma bike com quadro tapered, não é o fabricante que tá explorando o consumidor e forçando ele a usar um sistema que não vai render tanto benefício assim; cabe a cada um saber definir o uso que fará da bike e escolher, quando possível, o sistema que melhor vai atender a si. 
Quem vai tomar vantagem realmente dos benefícios do tapered é quem faz trilha "bruta" pra valer ou quem compete e precisa de máximo desempenho, e são esses que precisam de suspensões top de linha que passarão a vir somente nesse formato novo.
Quem não se enquadra nesse tipo de usuário, vai querer uma bike top de XC pra quê? Pra se exibir, e quem quer exibição pode se dar ao luxo de exibir poder aquisitivo, sem reclamar de ter que trocar o quadro para poder usar a suspensão "race" mais top que existe.

Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Mas será que é preciso mudar o padrão de encaixe das peças para que isso ocorra? As vezes sim, claro!!! Mas não sempre.
Isso já foi mais do que dito aqui no tópico, e acho que foi consenso geral de que certas coisas precisam mudar, outras não.
O que realmente não for necessário mudar, não vai mudar. Veja que a mais forte empresa do mundo no ramo de bicicletas, que é a Shimano, tenta vez por outra ditar novos padrões... algumas vezes consegue, outras não.
Então, não basta inventar um novo padrão e lançar no mercado achando que vai forçar todo mundo a mudar, porque se não tiver eficiência e praticidade garantida vai acabar virando mico, mosca branca.

A essa altura do campeonato, o tapered já mostrou que veio pra ficar, que não é invencionice passageira e fútil. Quem acha que vai se beneficiar com o uso do tapered, migra logo. Quem acha que não, pode ficar tranquilo usando over tradicional por muitos e muitos anos ainda.
Veja quanto tempo se passou desde a invenção do padrão over, e note como ainda hoje se encontra suspensões e quadros standard... ninguém é obrigado a migrar para o novo padrão, prova disso é que muita bike de supermercado - que visa passeio urbano - não adotou o padrão over até hoje, e os garfos e as suspensões que você vai encontrar para esse padrão são de acordo com o nível delas. É inviável para as fábricas seguirem produzindo eternamente produtos novos para padrões obsoletos - as poucas que conseguem isso, cobram caro por esses produtos justamente porque é caro manter essa linha de produção ativa para um grupo restrito de consumidores.

------------------------------------------
E sobre computadores:
Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Pensem nos computadores, os reis da obsolecencia programada, quem já montou um sabe! será que as memórias, os processadores precisam realmente mudar o formato, o tipo de soquete/slot para ficarem mais rápidos?
Bom, imagine que uma empresa decida mudar o socket das memórias, para que com isso ela consiga implantar uma tecnologia revolucionária que vai permitir memórias 50% mais rápidas.
Ela em primeiro lugar, precisa convencer as empresas que fabricam placas-mãe a aceitarem esse novo formato - precisando de argumentos consideráveis pra isso; uma vez que consiga, esse novo formato será lançado no mercado e só irá virar de fato o novo padrão se obtiver sucesso de vendas... e nesse meio tempo, se um outro fabricante de memórias criar uma memória tão rápida quanto (ou melhor) usando o socket antigo, acredite: o socket novo não vai vingar e nem virar padrão. 
O mundo da informática está repleto desses exemplos, de formatos que nunca se tornaram padrão e acabaram fracassando por não serem bons o suficiente.

Mais uma vez, vale aquilo que eu falei no meu outro post: o próprio mercado filtra esses excessos. Existem os geeks que vão sempre fazer fila na porta das lojas para comprarem sempre os produtos com a tecnologia mais recente possível, mas se ela não prestar, vai ficar limitada a esses poucos consumidores afoitos e depois cairá no esquecimento.

Valeu


Editado por W0LVER1NE_MG - 16 Abr 2012 as 02:26
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valeu a todos que responderam, ajudou muito! a minha duvida é se era algo pra JÀ, ou se vai ser algo pensando no futuro, e já responderam, e tambem sou a favor da evolução, afinal, qualquer melhoria é bem vinda, daosihdosai, valeu =D
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Olha, essa discussão não vai levar a lugar nenhum. Simplesmente pq as pessoas não estão abertas para ouvir, vc só quer falar, e eu tb. Vc não precisa concordar comigo, e vice-versa.
 
É como eu disse, se vc já comprou, seja feliz. Eu já pedalei em bikes tapered sim, ontem mesmo dei uma volta em um circuito numa Epic 2012 com o sistema, mas sinceramente não posso opinar, to acostumado com a minha Orbea Alma, que é muito diferente, suspa diferente, cockpit diferente, material de quadro diferente etc. O ideal seria comparar na mesma configuração. Mas não dúvido das qualidades que vc mencionou.
 
Pra mim, o fabricante obriga agente a comprar certas coisas sim. Os sistemas de marcha são bons exemplos, sem ir muito longe. O que aconteceu com o sistema 27V? já era. O cara que tem a sua bike toda XT ou XTR 27V, que queira manter o nível, não pode, está fadado a usar cassete e corrente inferior da alivio ou migrar para o sistema 20/30V.
 
O que eu terei q fazer quando a minha atual suspensão estragar? provavelmente eu terei que trocar de quadro, ou ainda me render a salvadora industria dos adaptadores. Pq todas as suspas boas, que é o caso da minha atual provavelmente virão apenas no novo padrão. Mas eu posso escolher!!! ufa!! escolherei uma Dart 3 e pronto né, rodo feliz da vida. Ou quem sabe eu espero o mercado perceber que foi uma inovação inutil, e no ano seguinte as fabricas voltem a fazer espigas normais.
 
Vc acredita realmente que o mercado tem esse poder todo de escolha? não percebe a chuva de necessidades inventadas que surgiram nos ultimos anos? O celular é um exemplo, até pouco tempo ninguem tinha, agora o difícil é encontrar alguem que não tenha um smartphone, pq só celular não basta. Todo mundo agora PRECISA acessar o email o tempo todo, precisa ter twitter, facebook e etc. O que são essas redes sociais se não coisas inventadas para o consumo de celulares? ou vc acha realmente que isso tudo é de graça?
 
De uma hora pra outra todo mundo virou fã de luta livre, MMA ou UFC ou sei la o que. Aí vc vai me dizer, se o mercado não gostar não vai vingar. ahhh por favor, isso é só mais uma coisa que enfiaram na sua cabeça e vc ta reproduzindo, acha mesmo que é livre para escolher.
 
Agente tem que engolir o tal de Teló, a tal de Fernandez que "derrepente caiu" nas graças do Rei Roberto que só por um detalhe do acaso tem a mesma gravadora, as mulhereres agora são no padrão frutas e panicats. Tudo bem, o publico uma hora vai cair na real e perceber que tudo isso é bobeira, quando derrepente perceber que o legal é uma outra coisa que esta bombando na televisão. Rssss, seja bem vindo!


Editado por Fábio C - 16 Abr 2012 as 03:22
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Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Olha, essa discussão não vai levar a lugar nenhum. Simplesmente pq as pessoas não estão abertas para ouvir, vc só quer falar, e eu tb. Vc não precisa concordar comigo, e vice-versa.
Assim que funciona um fórum de mensagens, Fábio.
Cada um posta sua opinião, e a partir do momento que você faz isso está aceitando que outros concordem ou discordem de você. E é interessante que cada um, ao discordar, dê os argumentos para isso... argumentar é que faz a diferença. Não é querer fazer prevalecer sua opinião, mas sim expor a forma de pensar para que a outra pessoa possa, caso seu argumento seja bom, reavaliar uma condição ou linha de pensamento que ela segue. Ou não.
Mas a liberdade de opinião e de argumentos é livre e quando feita com clareza e respeito, normalmente contribui para o debate.
 
Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

É como eu disse, se vc já comprou, seja feliz.
Eu ainda não tenho uma bike com quadro tapered, e isso não me impede de ser feliz - e nem me impede de reconhecer que esse novo sistema seria vantajoso. Não sou do tipo que defende com unhas e dentes somente aquilo que eu tenho; eu opino sobre o que eu acho melhor com imparcialidade, independente de eu ter ou não aquilo. 
E no dia que eu for trocar de quadro ou de bike, com certeza vou procurar adquirir um tapered pois não faria sentido evitar uma coisa que só vai trazer benefício, ainda que pequeno (antes ter o benefício, do que não ter; antes evoluir, do que ficar estagnado).

Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Eu já pedalei em bikes tapered sim, ontem mesmo dei uma volta em um circuito numa Epic 2012 com o sistema, mas sinceramente não posso opinar, to acostumado com a minha Orbea Alma, que é muito diferente, suspa diferente, cockpit diferente, material de quadro diferente etc. O ideal seria comparar na mesma configuração. Mas não dúvido das qualidades que vc mencionou.
Sim, e só pra constar: a comparação que eu fiz se deu da maneira ideal, andando num mesmo modelo de bike, sendo uma tapered e outra não.
 
Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Pra mim, o fabricante obriga agente a comprar certas coisas sim. Os sistemas de marcha são bons exemplos, sem ir muito longe. O que aconteceu com o sistema 27V? já era. O cara que tem a sua bike toda XT ou XTR 27V, que queira manter o nível, não pode, está fadado a usar cassete e corrente inferior da alivio ou migrar para o sistema 20/30V.
E pra mim, não obriga.
Ter escolhas limitadas não equivale a não ter escolha, a ser obrigado a aceitar algo que é imposto. As opções não acabam, só vão ficando mais escassas e provavelmente caras com o tempo. Como eu disse antes, a mudança não acontece da noite pro dia.
No exemplo que você citou (cara tem XTR 27v), ele migra para 30v só se quiser, e o ideal é que seja quando a transmissão atual dele acabar. Daí ele opta: vai evoluir e subir de nível com o XTR 30v, ou vai se manter parado no tempo e descer de nível, optando por um Alivio 27v. Você tem escolha, não é obrigado a nada.
Mas é natural que a escolha por se manter estagnado diante da evolução seja cada vez pior, pois quase nenhuma empresa foca seus produtos no passado.
A vida é feita de escolhas e você sempre irá responder por elas.
 
Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

O que eu terei q fazer quando a minha atual suspensão estragar? provavelmente eu terei que trocar de quadro, ou ainda me render a salvadora industria dos adaptadores. Pq todas as suspas boas, que é o caso da minha atual provavelmente virão apenas no novo padrão. Mas eu posso escolher!!! ufa!! escolherei uma Dart 3 e pronto né, rodo feliz da vida. Ou quem sabe eu espero o mercado perceber que foi uma inovação inutil, e no ano seguinte as fabricas voltem a fazer espigas normais.
Se você escolhe usar eternamente um mesmo padrão, mesmo depois dele se tornar ultrapassado, tem que pagar um preço por isso... eu expliquei isso ali no meu post: não tem como querer que a indústria mantenha eternamente o mesmo padrão, a tendência é evoluir. Quem se apega a padrões antigos vai ficando lentamente limitado e ultrapassado ao longo do tempo.
A gente muda, as coisas mudam, o mundo muda. E mesmo quando você escolhe usar uma coisa pra sempre, essa coisa irá mudar - em relação às demais que seguiram evoluindo, ela vai estar mudando para pior a cada passo evolutivo.
 
Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Vc acredita realmente que o mercado tem esse poder todo de escolha? não percebe a chuva de necessidades inventadas que surgiram nos ultimos anos?
Eu acredito... a prova de que o mercado tem poder de escolha, é que dentre essa chuva de necessidades inventadas, muitas foram recusadas pelo mercado - ou preteridas, em razão de outras. Exemplo: carros elétricos. Faz tempo que as empresas querem que as pessoas passem a usar carros elétricos, e já ofereceram diversas opções... a grande maioria delas completamente inviável, e por conta disso recusadas pelo mercado. O padrão permaneceu sendo os motores a explosão, portanto. 

Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

O celular é um exemplo, até pouco tempo ninguem tinha, agora o difícil é encontrar alguem que não tenha um smartphone, pq só celular não basta. Todo mundo agora PRECISA acessar o email o tempo todo, precisa ter twitter, facebook e etc. O que são essas redes sociais se não coisas inventadas para o consumo de celulares? ou vc acha realmente que isso tudo é de graça?
Hum... pelo visto é você quem PRECISA acessar email toda hora através de smartphones... eu não preciso. Acesso vez por outra pois é uma facilidade que a evolução das coisas nos proporcionou, mas eu não comprei um smartphone pela necessidade de acessar emails, comprei porque meu celular antigo estragou e como eu ia ter que comprar um novo, aproveitei e comprei um mais evoluído, que vai me trazer benefícios frente ao modelo antigo que eu tinha.
 
Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

De uma hora pra outra todo mundo virou fã de luta livre, MMA ou UFC ou sei la o que. Aí vc vai me dizer, se o mercado não gostar não vai vingar.
"Todo mundo gosta", não! E "de uma hora pra outra", também não. Já haviam fãs de UFC antes da campanha massiva da Globo, e após ela ainda há pessoas que permanecem não gostando de UFC. Nada garantia que seria sucesso (e na minha opinião, ainda não é), e ainda que seja sucesso no momento, nada garante que será sucesso pra sempre, pode ser que isso seja apenas momentâneo, que seja "moda". Enquanto houver audiência, será mantido, mas tão logo o fator "novidade" acabe e as pessoas se cansem de ver, parando de dar IBOPE para a emissora ou para o esporte (ou seja, quando o mercado deixar de gostar), as emissoras abandonam o filão e tudo cai no esquecimento. Tudo ao sabor do mercado, é ele quem decide, através da maioria.
E veja: quem não gosta tem a opção de mudar de canal ou desligar a TV ou ignorar notícias relacionadas ao assunto.

Mas particularmente eu penso que não cabe fazer essa analogia que você está fazendo - comparar a "febre UFC" com a mudança de padrão das caixas de direção das MTB. São situações diferentes, na primeira é uma nova tendência que convive - e concorre - harmoniosamente com outras, ela não vai substituir. Já a caixa de direção, tratam-se de padrões no qual um acaba "matando" o outro com o tempo.

Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

ahhh por favor, isso é só mais uma coisa que enfiaram na sua cabeça e vc ta reproduzindo, acha mesmo que é livre para escolher.
Bom, acho que na verdade enfiaram na SUA cabeça que ninguém é livre para fazer escolhas e que todo mundo é um robozinho... e daí você generaliza, quer projetar esse mesmo comportamento para todos os demais. 
Mas cada um fala por si mesmo. Você sequer me viu nessa vida e quer me taxar de "escravo do mercado"? Adivinhar como eu sou? 
Penso que a meu respeito, sobre o que eu gosto ou deixo de gostar e sobre minhas liberdades de escolha, eu sou mais capacitado a falar do que você.
E eu lhe afirmo: eu tenho liberdade de escolha, inclusive quando escolho o que o mercado gostaria - afinal, deixar de escolher algo só pra contrariar o que o mercado quer, seria aí sim uma forma de não ter liberdade de escolha; não é sendo rebelado contra o sistema que você se tornará livre... pense sobre isso.

Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Agente tem que engolir o tal de Teló, a tal de Fernandez que "derrepente caiu" nas graças do Rei Roberto que só por um detalhe do acaso tem a mesma gravadora, as mulhereres agora são no padrão frutas e panicats. Tudo bem, o publico uma hora vai cair na real e perceber que tudo isso é bobeira, quando derrepente perceber que o legal é uma outra coisa que esta bombando na televisão. Rssss, seja bem vindo!
Você tenta colocar as coisas como se todo mundo fosse alienado, e só você fosse sensato... ao mesmo tempo que dá a entender que se curva diante do que lhe é "empurrado".
Você diz "a gente", mas vou interpretar como sendo você (como disse acima, cada um tem autoridade para falar por si mesmo)... então você diz que engole o Teló, a Fernandes, as moças-frutas e Panicats, tudo isso coisas que aparentemente você não deve gostar (é o que você deu a entender).
Pois bem, eu lhe digo que eu não engulo o que eu não gosto. E o que eu gosto, independente de ser tentativa de imposição do mercado ou não, eu vou continuar gostando. Não tenho problemas quanto a isso, me conheço bem e sei que sou realmente livre no que escolho gostar. 
(e eu gostei do tapered, e quando trocar de bike vou procurar uma que tenha) Smile

Valeu


Editado por W0LVER1NE_MG - 17 Abr 2012 as 06:21
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Vc acaba de admitir que se rendeu ao smartphone mesmo sem a necessidade dele, por um benefício do qual não precisa, e quer me dizer que é livre para escolher,  que está livre das necessidades inventadas. mas só por um detalhezinho do acaso acabou optando por livre e espontanea vontade por um aparelho do momento. Na minha época isso era consumismo, agora virou liberdade de escolha é?
 
Mas dentre todas as besteiras que vc falou, uma me chamou a atenção. Quer dizer que os carros elétricos foram rejeitados pela população? Sabe uma coisa que se costuma dizer no meio em que eu trabalho? que só pra constar é o mercado financeiro.:
 
"a melhor coisa do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada, a segunda melhor coisa do mundo é uma empresa de petróleo mal administrada, e a terceira melhor coisa do mundo é uma empresa de petróleo mal administrada pelo governo".
 
Pense nisso vc.
 
Sobre a primeira pessoa do plural, a explicação é simples, um certo vício da linguagem acadêmica, e tomei a liberdade de generalizar pq estou falando de muita gente, não necessáriamente todos, e não significa necessariamente q vc está incluido. Agora, se vc quer achar que eu gosto dessas coisas todas, fique a vontade. 
 


Editado por Fábio C - 17 Abr 2012 as 04:22
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Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Vc acaba de admitir que se rendeu ao smartphone mesmo sem a necessidade dele, por um benefício do qual não precisa, e quer me dizer que é livre para escolher
"Benefício do qual não preciso" seria acessar emails constantemente, como você citou. Mas ele traz muitas outras vantagens que, juntas, constituem uma evolução e tanto diante do meu antigo. (resistente a água, a prova de choque, tela touchscreen que não arranha, tela grande com acesso a internet, GPS, plataforma rápida e compatível com dezenas de milhares de programas - alguns deles voltados para bike, etc)
Muitas dessas capacidades me são muito úteis, e por isso eu decidi comprá-lo. Não faria sentido eu ter comprado o mesmo modelo que eu tinha antes, até porque ele havia estragado por eu ter tomado chuva com ele, coisa que com o novo já não vai acontecer.
Evolução. Assim como vejo - minha opinião - que seria uma evolução válida escolher um quadro tapered quando eu trocar minha bike, futuramente.
 
Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Mas dentre todas as besteiras que vc falou...
Achei que iria manter o nível da conversa... que pena, Fábio.

Uma boa noite aí! Handshake
Marcelo Faraway
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Eu tb achei uma pena que vc baixou o nível da conversa, baixando o nível dos argumentos, por favor, não ofenda a minha inteligência.
 
Essa dos carros eletricos não deu pra aguentar. Vc nunca ouviu o termo, líquido negro do capitalismo? O mundo todo é movido a petróleo, existem guerras e mais guerras por causa disso, e acha que alguem tem realmente intenção de lançar carros elétricos? rssssssss
 
Dos computadores eu preferi nem comentar.


Editado por Fábio C - 17 Abr 2012 as 13:13
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Se espigas cônicas conferem maior durabilidade ao headtube, isso por si só já é uma bela vantagem...


Quanto ao resto do tópico:

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Declarado empate técnico! hehehe
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Originalmente postado por W0LVER1NE_MG W0LVER1NE_MG escreveu:


Você já fez trilha com uma bike que tenha a frente tapered? Não percebeu o quanto o garfo é mais firme e dá menos flex, principalmente em frenagens e impactos mais fortes?

Não quero aumentar a polemica, mas gostaria de dividir minha experiencia nesse aspecto.

Eu sempre me pergunto como conseguem perceber a torcao "x" na suspa "y", pois eu nunca percebi dentre as que ja utilizei de marcas conceituadas.

Onde eu pedalo com frequencia, tem um trecho de uns 1200mts em descida leve, daquelas que vc vai pedalando para manter o ritmo, algo em torno de uns 40km/h. Eh cheio de mudanças de direção, pequenos jumps, um grande jump (que não pulo) e um trecho de uns 300mts muito rapido, com muitas valetas e sequencia de direita-esquerda-direita daquelas que exigem bastante do conjunto frame+suspa.

Entre as suspas já utilizadas, estão: pro-shock, manitou minute, marzocchi 66, talas 2009 e 2011. Pois bem, a unica que senti alguma torção foi a pro-shock, as demais não. E são configurações variadas: Minute 1 com 100mm e 130mm, 66 com 170mm e eixo de 20, talas com 100, 120 ou 140mm. Atualmente uso Talas com 140mm e eixo de 9mm QR, não sinto torção alguma.

Na época da Minute, que muitos falavam que torçe muito, é ruim, etc... Nunca senti torção também.

Ou eu sou muito ogro para não perceber essas coisas, ou o povo tem sensor de telemetria nos punhos. As diferenças realmente notáveis no mesmo trecho são as mudanças de pneus, qual dá mais grip, menos rolagem, escorrega mais, etc... Fica como relato mas não é a discussão do tópico.
No Brasil, a democracia é uma ditadura de picaretas.
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LinosFly...acho que neste caso só valeria a comparação se usássemos a mesma suspensão em quadro cônico ou reto.

Embora a torção da suspa não esteja em discussão, eu percebi claramente torção na R7, em comparação com minha atual Fox. (mesma bike, mesmos pneus, mesmo biker, mesma trilha). Acredito que o fator , neste caso, seja em função das canelas de 30 da R7 e meu peso, 85kg.

Flw.
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LinosFly, para perceber melhor o flex lateral da suspa dianteira tem um método que te permite avaliar: se equilibrando na bike com ela parada, vire o guidão 90° para um dos lados, aperte o freio dianteiro e dê um pouquinho de torque no pedal. Quanto mais rígida lateralmente a suspensão for, menos o corpo dela flexiona para frente e para trás e ela vai tender a afundar o curso, ao passo que uma suspa que não seja tão rígida vai flexionar pra frente e pra trás como se o corpo dela fosse de borracha (inclusive um lado do curso afunda mais que outro). Para esse teste precisa usar a mesma bike e roda dianteira, pois o quadro e a roda também flexionam um pouco nessas condições.

Para perceber torção lateral, encosta o pneu dianteiro de lado numa parede e força um pouco o guidão pra virar pro lado da parede; a suspa que tem menos torção lateral cede menos. Se você forçar demais inclusive, você percebe a suspensão torta se olhar de cima (fica uma canela pra frente e outra pra trás).

E o flex longitudinal, você percebe melhor quando trava a suspensão, encosta a roda dianteira numa parede e força um pouco. Quanto mais rígida, menos ela enverga para trás.

Isso são meios de perceber claramente a flexão e torção de uma e de outra. Mas em condições normais de uso, é preciso um pouco mais de sensibilidade sim, e também estar acostumado a explorar os limites (seus e do equipamento) para ter uma referência.
Em curvas de raio longo e estando em alta velocidade, você nota o flex lateral quando tenta mudar rapidamente de trajetória - por exemplo, desviando duma pedra que está no traçado. Quanto menos flex lateral, mais rápida e precisa é a manobra e tão logo você a efetua, já consegue manter uma linha na curva novamente. Já uma suspensão com mais flex dificulta isso, você desvia e a bike fica oscilando, difícil voltar a manter um traçado estável.

A torção lateral você percebe quando atravessa diagonalmente uma valeta na estrada, ou quando anda num single-track estreito com laterais fundas. Quanto tem menos torção, basta segurar firme o guidão que a roda dianteira entra na valeta e sai sem muita dificuldade, ou quando a roda dianteira começa a raspar a lateral do single-track você vira pra fora e a roda sobe no pequeno barranco e portanto para de derrapar. Quando tem muita torção, ao atravessar a valeta você precisa compensar um pouco levemente no guidão para a roda sair de dentro dela, do contrário ela derrapa e fica dentro da valeta (e vc acaba caindo). E no single-track, fica aquela situação em que o corpo vai pendendo para fora da trilha mas a roda dianteira vai derrapando na beirada da trilha e não consegue sair, e muitas vezes acaba em tombo também.

E o flex longitudinal ocorre em situações em que você acerta um obstáculo relativamente alto de frente. Nessa situação, quanto menos flex longitudinal a suspensão tiver - ou seja, quanto menos ela "entortar" pra trás - mais facilmente você transpõe esse obstáculo pois a suspensão vai afundar o curso dela e a roda subir imediatamente. Quando é realmente muito alto o obstáculo, isso pode ser a diferença entre a suspensão engolir o obstáculo e seguir em frente, ou a roda travar e você capotar.

Tem que deixar claro que, quanto menor a diferença entre uma e outra suspensão em relação a torções e flex, mais difícil é de perceber e daí necessita um "feeling" melhor do biker e também precisa que ele esteja acostumado com situações limites, que é aonde os pequenos detalhes realmente fazem diferença e você toma proveito por estar com um bom equipamento.
Como exemplo prático, eu troquei a suspensão dianteira de uma bike minha duas vezes, ela tinha primeiro uma Manitou RSeven, depois passou a ser uma Fox F100 e por fim coloquei uma Magura Durin... a diferença de flex da RSeven pra Fox eu percebi só na pilotagem, mas da Fox para a Magura não consegui perceber, tive que apelar pros macetes ali no alto para ver que a Magura é um pouquinho mais firme.
E a diferença do sistema tradicional para um tapered, que como eu disse antes foi perceptível em condição de pilotagem, andando com a bike na trilha. Pedalando em pé jogando bem o corpo de lado (como num sprint bem forte) ou fazendo um slalom rápido dá pra sentir essa diferença.

É como carros: a maioria dos motoristas não percebe diferenças sutis, mas por exemplo tire 5 libras de pressão do pneu de um carro de corrida e o piloto vai perceber mesmo na reta que o carro mudou o comportamento, e na primeira curva ele já vai saber que é o pneu que está mais murcho.
Com a bike é a mesma coisa... se você tá acostumado com um determinado circuito ou trecho de trilha que você passa quase todo dia dando o máximo que tem, quando trocar alguma coisa na bike você vai perceber com mais facilidade a mudança de comportamento que essa modificação causa. Thumbs Up

P.S.: tem ainda um outro macete que faço nas descidas, deixando o peso do corpo mais pra trás quando estou acima de uns 30-35Km/h, e dando uma balançada no guidão e imediatamente tirando a mão dele... a frente começa a chacoalhar, e quanto mais tempo você deixa (e mais embalo a bike vai pegando) mais isso aumenta, a ponto de ficar assustador. Quanto mais flex tem no conjunto suspensão/quadro, mais forte fica essa chacoalhada... qualquer dia eu vou filmar isso e colocar aqui pra vocês verem, é uma coisa bem bizarra!

Valeu
Marcelo Faraway
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar LinosFly Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 17 Abr 2012 as 22:31
Originalmente postado por kiorugui kiorugui escreveu:

LinosFly...acho que neste caso só valeria a comparação se usássemos a mesma suspensão em quadro cônico ou reto.


Kiorugui, na verdade minha intenção foi demonstrar que certos feelings não são todos os bikes que possuem. Acredito que ao menos "eu", não conseguiria sentir a diferença de headset entre tapered ou tradicional, se esta diferença não for algo realmente grande. E veja que eventualmente eu levo meu equipamento ao limite.




Originalmente postado por W0LVER1NE_MG W0LVER1NE_MG escreveu:

LinosFly, para perceber melhor o flex lateral da suspa dianteira tem um método que te permite avaliar: se equilibrando na bike com ela parada, vire o guidão 90° para um dos lados, aperte o freio dianteiro e dê um pouquinho de torque no pedal. Quanto mais rígida lateralmente a suspensão for, menos o corpo dela flexiona para frente e para trás e ela vai tender a afundar o curso, ao passo que uma suspa que não seja tão rígida vai flexionar pra frente e pra trás como se o corpo dela fosse de borracha (inclusive um lado do curso afunda mais que outro). Para esse teste precisa usar a mesma bike e roda dianteira, pois o quadro e a roda também flexionam um pouco nessas condições.


Cara, já fiz todos estes testes e outros similares. Claro que na condição proposta, será nítido a maior ou menor flexibilidade da marca x ou y. Conforme expliquei ao Kiorugui, o 'x' é sentir tal diferença durante a prática, e principalmente nos momentos de maior estresse do uso do equipamento, que não é a maior parte do tempo ou percurso do seu rolê, a não ser que pratique DH.


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Isso são meios de perceber claramente a flexão e torção de uma e de outra. Mas em condições normais de uso, é preciso um pouco mais de sensibilidade sim, e também estar acostumado a explorar os limites (seus e do equipamento) para ter uma referência.


Pois é, no trecho que mencionei, eu transito ali a 13 anos e com essa kilometragem adquirida fica mais fácil notar outras reações da bike. É um trecho crítico que levo minha bike ao limite, sem dúvida. Mesmo assim não consigo sentir torção/flexão lateral da suspa.

Sinceramente? Acho que para 90% dos mountain-bikers não faz a menor diferença entre tapered ou 1 1/8.

Ressalto que em momento algum estou desqualificando as vantagens do tapered. Que é mais rígido, a física e a engenharia estão aí para comprovar.

No Brasil, a democracia é uma ditadura de picaretas.
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar W0LVER1NE_MG Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 17 Abr 2012 as 23:45
Uma coisa que esqueci de citar e que o Kiorugui ressaltou com muita propriedade é a questão do peso do biker... quanto mais pesado ele for, mais exigido é o equipamento e portanto mais se faz necessário a robustez dos componentes. 
Para esses bikers - e eu estou incluído nesse grupo, pois peso 100Kg - sempre é interessante poder contar com aprimoramentos no sentido de tornar a bike mais firme e resistente. Thumbs Up

É interessante notar como há duas correntes de pensamento em vigor na indústria do MTB: há uma que busca sempre a maior leveza das peças em detrimento da resistência e durabilidade, tornando os produtos limitados ou descartáveis (a famosa corrente weight weenie, que conta com fabricantes de peças levíssimas, mas muitas com limitações de uso e deixando claro que não são recomendadas para bikers que não sejam igualmente leves - exemplo, aros Stan's NoTubes ZTR Podium MMX, recomendados para pilotos com no máximo 78Kg)... e há outra linha que procura uma maior durabilidade ou eficiência, como por exemplo os bancos WTB (que não são tão leves, mas são muito confortáveis e resistentes em quedas) e a linha de quadros Specialized Epic, que se tornaram mais pesados porém mais rígidos da linha 2009 pra cá.
Fica uma disputa de forças entre leveza x segurança, quando na verdade o ideal era poder contar com ambas.

Valeu


Editado por W0LVER1NE_MG - 17 Abr 2012 as 23:48
Marcelo Faraway
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Originalmente postado por Fábio C Fábio C escreveu:

Pensem nos computadores, os reis da obsolecencia programada, quem já montou um sabe! será que as memórias, os processadores precisam realmente mudar o formato, o tipo de soquete/slot para ficarem mais rápidos?
 
*desculpem a chatice, rssss. dia chuvoso por aqui, resolvi tirar ele para exercitar a retórica.


Aqui o negócio já fica mais complexo porque a litografia, frequências e consumo mudam a cada padrão novo estabelecido, basta ver o consumo exagerado de processadores fabricados em 90nm (By Pentium 4 Prescott) de somente 1 núcleo comparados a qualquer Dual-Core e até mesmo Quad ou Six core concebidos em 32nm, perde de lavada.

As memórias seguem mesmo caminho, voltagens cada vez menores para alcançar frequências cada vez mais altas e consumo menor, imagina deixar um slot para DDR3 com mesmo encaixe das DDR2, a dor de cabeça que isso causaria para os fabricantes?

Só esse ano já vi aqui no forum uns 2 casos de user querendo colocar suspa over em quadro standard LOL, imagina com esse tanto de micreiro que existe?


Nas bikes as mudanças não acontecem na mesma velocidade, mas elas acontecem, eu mesmo fiquei chateado com essa mudança para 30v porque ando mais em estradão, fico remoendo até agora como vou fazer para me acostumar com pedevela de 42T se ainda estou me adaptando ao de 44T já que a pouco usava 48T e daqui a pouco só existirá Alivio para o conjunto de 27v, fazer o que, é a vida...rs!
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Originalmente postado por LinosFly LinosFly escreveu:



Kiorugui, na verdade minha intenção foi demonstrar que certos feelings não são todos os bikes que possuem. Acredito que ao menos "eu", não conseguiria sentir a diferença de headset entre tapered ou tradicional, se esta diferença não for algo realmente grande. E veja que eventualmente eu levo meu equipamento ao limite.





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Editado por kiorugui - 18 Abr 2012 as 01:18
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Falaram que o consumidor decide o que vinga ou não no mercado, já que muitas coisas que lançaram como última novidade não vingaram, mas isso quando se tem opção.
 
Exemplo.
 
Quero uma bike top.
 
A Shimano lançou na geração passada do XTR o dual control e o rapid fire. Escolhi o rapid fire e o dual control foi pro saco. Por que? Porque eu tive opção.
 
A Sram lançou o XX somente com o trigger, eu querio o grip, tive que comprar o trigger, não tive opção.
 
Aos que acham que temos certas opções pergunto: Quero uma bike top com 9V. Como faço? Não tem opção e não adianta dizer para comprar Alivio 9V, pois minha bike deixa de ser top.
 
Então se as suspensões top tiverem opções entre 1 1/8" e taper e 9mm e 15mm, aí sim eu tenho opções. Senão eu terei imposições.
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 Responder Página  12>

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