Selim de carbono... quem usa ?

Nosso colega Yang usa um selle san marco e já utilizou outros modelos. Ele sim poderá nos ajudar...

anahur escreveu: Nunca usei, não sei em relação ao conforto/eficiência...

anahur escreveu: Nunca usei, não sei em relação ao conforto/eficiência...

PQP, sinceramente....

Eu achei que era uma resposta séra, pois, me interessa saber. Vou acabar comprando o selim para poder opinar, realmente é um flooder como foi anunciado.

O que eu ouvi foi um cara falando, ele tava usando um Selle Italia, que era duro mas a bermuda tava protegendo ele. Mas que tinha alguma flexibilidade.

acunha, esse da foto é daqueles OEM?


Editado por fiaux - 06 Abr 2011 as 16:47

Acunha, já usei vários modelos: aspide de carbono da selle san marco, flite evolution da selle italia, SLR de carbono tbm da selle italia, trigon de carbono e arione K1 da fizik. Deste todos o que mais gostei foi o flite pois além de ser curvado e arredondado, era bastante flexível. Eles TRINCAM em algum momento, menos o K1 e mandava arrumá-los. A adaptação é rápida desde que você use uma boa bermuda e o ajuste do ciclista na bicicleta esteja bem agressivo pois o ideal, para mim, é deixá-lo a frente do selim, ligeiramente inclinado para baixo. A principal vantagem ao meu ver é que você não sai "assado" depois de uma pedal de mais de 140 km num rítmo forte. A bermuda desliza melhor devido um menor atrito e qdo você sua a bermuda tende a segurar mais num selim convencional. Já fiz audax de 200k com os dois tipos de selim, tradicional e de carbono e prefiro o selim de carbono. Dos selins normais, com forro, já usei flite TT, SLR, toupé team, aspide, regal, flite c/ gel, flite normal e arione. Hoje prefiro um de carbono mas por conta que trinquei o meu atual SLR de carbono estou usando o Toupé, temporariamente... Dos modelos de carbono, o que menos gostei foi o K1, duro e achatado em excesso. Óbvio que o selim de carbono é mais duro que um tradicional mas leva vantagem se o pedal for longo e "socado" e este desconforto "some". Mas como no ciclismo de competição, a questão de desempenho não combina muito com o conforto...  A exemplo, Patrique Azevedo comentou uma vez comigo que a bicicleta tem que estar confortável para andar a 40 km/h e não a 30 (a posição na bicicleta nas duas situações é diferente) e ele gostou de usar um selim de carbono no caso um FSA mas que trincou logo, ponto fraco de um selim de carbono... Resumindo, o selim de carbono com forma mais arredondado e estreito são os melhores em desempenho e conforto dos que já experimentei e penso em usar um tune ou um Ax lightness no futuro.

Trinca onde e porque? Alguma explicação?

yiti escreveu: fiaux escreveu: Trinca onde e porque? Alguma explicação?   Trincam pois trabalham muito na flexão.. a fibra de carbono é mais rígida que o termoplástico usado nos selim comuns. O Aspide, Trigon e o SLR são mais achatados e uma curva acentuado na borda... ele trincavam nesta borda perto da junção do trilho da parte dianteira pela diferença de rigidez. O Flite por ser mais arredondado trincava no centro do selim, na parte mais curvada. O K1 era muito desconfortável para mim e desisti dele antes de conhecer a resistência dele. Remenda-se com uma outra camada de carbono por quem trabalha com este material e está resolvido o problema. Usei o flite por 4 anos e mandei remendá-lo 2 x até destruí-lo por completo num tombo na Serra de Campos. O problema é que eles precisam ser leves, logo eles não são muito reforçados, com poucas camadas de carbono... as vezes somente uma camada como foi no caso do trigon. Para resolver este problema, os fabricantes teriam que aumentar a qtde de camadas de carbono e com isso aumentar o peso do selim o que torna um marketing negativo já que a virtude anunciada é justamente a leveza.

Entendi.

Mas que marketing não negativo é esse, compre ele super leve mas quebre logo em seguida?

Valeu Yang ! Realmente é um conceito interessante esse selim de carbono... vou experiementar uma hora, mas teria que fazer um test drive antes para saber qual o formato ideal para mim (e o tamanho tambem)... hoje me adaptei bem ao Arione, pelo perfil reto e pela facilidade em mudar de posição (mais à frente, mais atrás) e nao gostei nada dos selins da Selle Italia, sempre me deram problemas de adaptação... o Arione é bem rigido, e por isso eu confio mais no bretelli para garantir o conforto do que no selim, que pra mim é mais uma questao de formado do que de forração, por isso o interesse pelos pure carbon...

Aproveitando, por onde andas ? antes vc pelo menos aparecia de vez em quando no pedal dos pangarés, mas agora nem isso ? Reserva um "recovery day" pra andar com a gente he he...

Bem varia de 3 a 6 meses para aparecer os trincos (de 4 a 8 mil km rodados)... depois que remenda dura 1 ano mais ou menos o Aspide depois de remendar está durando mais..... e estes selims vem com aviso na garantia que não há muita garantia... Mas eu sou fã destes selims...rsss deixa a bike num visual bem agressivo!!! Se o guidão estiver no talo na cx de direção então... Ei Anderson, pode deixar que eu apareço...rsss é que estou numa fase de "overtraining" . O SLR trincou com 4400 km rodados...

Editado por yiti - 06 Abr 2011 as 22:00

Então praticamente tem prazo de validade rs.

Vou comprar um, se gostar compro uns 5 no ebay também.

danbjpa escreveu: Olá  a todos. Primeiro, vale considerar que sou magro, 1,66m e 61kg. Tenho um selim fsa force K light, a base toda em carbono, sem acolchoado e com trilhos em titanio. O selim tem um design e grafismo muito bonito. Já estou com ele há aproximadamente 10 meses. Já realizei pedais longos, com 100km e não tenho do que reclamar do selim. Estou muito satisfeito. Até agora, não apareceu uma rachadura se quer e também nunca tinha visto selins de carbono quebrados como Yiti mencionou. Quanto ao conforto, não é dos melhores, mas tem uma vantagem na sua forma, com uma abertura na parte traseira e que encaixa muito bem, o que faz aliviar a pressão na musculatura do períneo. Claro que é importante uma bermuda ou bretelle com um bom forro, porque nem com selins dos mais confortáveis, se consegue pedalar por longos período.

 

Tirando o quesito peso, a idéia do selim liso, para girar fácil, e rígido, para balançar pouco e dar muito suporte, é muuuiiito antiga.
Os selins de pista da década de 70 ou 80 da Unica, por exemplo, não eram leves, claro, mas eram de plástico rígido e polido (tipo um nylon, por assim dizer) - ainda tenho um desses na Gitane de pista 1978:

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Corri circuito e treinei na estrada com essas coisas, que eram exatamente como descrito - flexionam, mas não amortecem nada.
Acho que na pista a vantagem é clara - senta-se baixo, precisa-se manter a altura do selim nas curvas inclinadas onde o peso "aumenta" para não perder força, e precisa-se de apoio firme e liso para girar a 130-160 rpm por "longos" trechos.
Não vejo nenhuma, mas nenhuma vantagem, com os quadros e rodas atuais super-rígidos, no uso de similares de carbono.
Pode ser simples reflexo da minha avançada idade, mas hoje penso que para usar um desses, o cara tem que ter uma bunda com gel, e que o nosso amigo Yiti é uma honrosa exceção que resolveu testar TODOS os modelos em carbono até achar um com o qual se sinta aceitavelmente confortável.
Não recomendo gastar dinheiro com isso, sinceramente, acho uso equivocado de material nobre, mesma coisa que usar carbono para guidom e avanço - estruturas tubulares finas, onde o alumínio oferta mesmo (ou menor) peso com mais confiabilidade, salvo pela possibilidade de criatividade total de design/forma.

Clythio escreveu: Tirando o quesito peso, a idéia do selim liso, para girar fácil, e rígido, para balançar pouco e dar muito suporte, é muuuiiito antiga. Os selins de pista da década de 70 ou 80 da Unica, por exemplo, não eram leves, claro, mas eram de plástico rígido e polido (tipo um nylon, por assim dizer) - ainda tenho um desses na Gitane de pista 1978: Uploaded with ImageShack.us Uploaded with ImageShack.us

Na minha BMX,  quando eu era pequeno... eu usava um selim parecido de plástico e era vermelho...  hehhehe

Agora estes de carbono... putz...  como tu disse.. o cara precisa ter uma bunda calejada pra aguentar um... hehehhehe   e eu que peso 100kg e tenho 1,88  não me arriscaria em um...

O selim mais confortável que já tive é o  que uso na minha Aluminum,  é o selim original das calois aluminum 1992...   é muito confortável, porém acho que pra speed não deve servir...

Agora eu quero um quadro de carbono xing-ling sem pintura com banco de carbono sem forração. 

yiti escreveu: Clythio escreveu: ....Não recomendo gastar dinheiro com isso, sinceramente, acho uso equivocado de material nobre, mesma coisa que usar carbono para guidom e avanço - estruturas tubulares finas, onde o alumínio oferta mesmo (ou menor) peso com mais confiabilidade, salvo pela possibilidade de criatividade total de design/forma.   Sim, mas é um material muito mais chique...   rodas, cubos, raios, pedivela, pedal, canote, selim, guidão, avanço, suporte de caramanhola, câmbios e, também, coroas e cassetes! Sem contar com os trocadores e manetes....

Podemos chegar nisso, sim, e não só pelo quesito "fashion", não - eu durante anos achava não desenvolvido o suficiente o uso do carbono para quadros, e hoje só uso full carbon, por exemplo.
Quadros eram moles, canotes e garfos quebravam, porque empregavam geometrias e soluções do alumínio com o material novo, etc. mas evoluíram demais nos últimos anos, e fui me rendendo aos quadros, rodas, pedivelas, canotes..

yiti escreveu: Rss nunca tive uma Pinarello... e nunca um quadro rosa!!!  As bicicletas de estrada que tive e tenho na sequência cronológica (desde 94): Caloi 12 (grupo Suntour de 12v), Peugeot 500 (105 14v), KHS Aero Team (ultegra 16v), Ritchey Logic (DA 16v), Alan de carbono (DA 16v), Colnago Marter Light (DA 16v), GT ZR1000 (DA 18v); Cinelli Super Corsa (DA18v), Eddy Merkcx SLX (DA 18v), outra Master Light (SRAM Force); Colnago C 40 (SRAM red) e atualmente BMC Team Machine (SRAM red) e ainda uso a C 40 com grupo rival em treinos. Hoje tbm tenho uma Fuji feather de pinhão fixo. A master light está desmontada e ainda tenho o quadro cinelli pendulado numa oficina de um amigo.

Para o que usa a Fuji Feather?
Sugiro:
- Vender a Master Light ou esperar mais 20 anos - pode acabar valorizando pelo valor histórico.. ..
- Dar o Cinelli para algum amigo ou até para um inimigo mais necessitado, desde que o presenteado assine um termo de responsabilidade quanto a corrosão e trincas e suas consequências estarem fora da "garantia".. .., de novo..
- Não bater de frente a C-40 - fotos que saíram numa VO2max de uma C-40 sem frente, do Fausto, do Rio, foram de incidente comigo - queda coletiva, freei, o Fausto entrou por trás, bateu o pneu no cassete, ambos em movimento, e arrancou a frente toda! Mas é lindíssima, e limousine para andar - maravilhosa máquina de treino - keep it! Porque não usa mais, no pelote? Prá maltratar a gente com a BMC durinha, é isso?..

Por último - o que faz de treino nos dias de semana e no sábado, ultimamente?

yiti escreveu: A fuji de pinhão fixo/roda livre é para minha terceira idade (estou quase lá kkk), por enqto dá pra comprar pão com ele... a relação dele é 46 x 16 mas talvez arrume uma coroa de 52 dentes e comece a competir em provas de pista. A master light penso em vender mesmo e a cinelli deve ir por 100 contos de réis.... A C40, ando qdo a outra está na oficina ou qdo acho que vai chover hehehehe ei já fui a vários pelotes da marginal com ele...rsss é um quadro legal pacas... mas 2 a 3 gerações de quadro de carbono pra trás... nestas duas últimas semanas andei treinando de terça a domingo e perto de 470 km em cada semana... abril tem algumas boas corridas logo vou estar mais light... Nos últimos sábados andei pelas estradas e domingão o nosso bom e velho pelote. É claro que ando sobrando no pelote "A" mas tento resistir o máximo....

Onde que horas treina durante semana terça a quinta - USP?
Ou estradas por aí a fora?

De fato a C-40 é 3 gerações atrás, na verdade, um quadro convencional construído em carbono, cachimbado, etc. e mole, mas por isso mesmo, bom para treino - e bom de geometria, ao menos - não é nenhuma Giant/SPZ de 5 anos atrás.

470km por semana = 15 horas por semana de treino, médio, é isso?


Editado por Clythio - 07 Abr 2011 as 18:37

Que horas, esse treino na USP, no escuro? Quantas almas estão por lá as 5 da matina? Entra carro a partir de que horas?.. Como vê, estou interessado em dormir bem cedo... rs...

 Hahaha eu é que tento acompanhar os big dog dos treinos!!!! Oficialmente, a USP é liberada para treinos as terças e quintas das 5:00 as 7:00. Pode-se entrar de carro um pouco antes, 15 minutos mais ou menos antes das cinco. Eu vou na USP no pedal. Nestes dias as assessorias estão lá e os grupos se reúnem...em torno de 250 bicicletas (por alto) se espalham por lá. A grande maioria é de pelotões de triatletas e os ritmos e habilidades variam. Andava com um grupo de ciclistas que se denominam 100boletos e que socavam bastante por lá... a média de terça era 38 km/h para 4 voltas de 9 km e qui eles treinavam subidas. Hj treino com os Cycle Cousins, onde a referencia é o cara que ganhou a VO2 amadora, Kleber tbm conhecido como o Lançador. Alguns ex-100boletos se juntaram a eles e hj treina cerca de 10 caras neste grupo. Mas eles treinam ter, qua, qui e sex neste horário das 5:00 as 6:40. Como qua e sex não rola treino oficial lá e a USP fica vazia, os treinos de intervalo acontecem nestes dias reservando ter e qui um giro de médio para forte, em torno de 36km/h.... são poucos grupos que vc pode entrar sem ser "convidado" a se retirar ...lembre-se que são assessoria pagas e maioria de triathlon. No grupo que estou, o único pré-requisito é conseguir acompanhar..  Dos grupos, a race e os 100boletos aceitam "estranhos" nos seus pelotões... Os outros horários a USP fica vazia de ciclistas, pode treinar lá sem problemas, apenas tem uns perdidos por lá! Sou um dos mais véios no grupo (tem um lá de 52 anos) e tem muito socador neste grupo. Ficar de roda passa ser o objetivo no final nos treinos intervalados e nas ter e qui, você pode optar em ficar de roda, fazer sprints intermediários, como andei fazendo, ou ficar a frente do grupo fazendo mais força. Tem uns pequenos grupos independentes que treinam lá, como o Eupídio e o Wolverine. A iluminação lá é um tanto qto precária em muitos trechos, mas dá para treinar sem muito problema. 

Editado por yiti - 08 Abr 2011 as 08:45

Oi acunha.

Estou usando um desses que voce colocou a foto. Faz umas duas semanas.. fiz alguns pedais um pouco longo 100km, 80km, 60km...

O que posso dizer é que nos primeiros dias dói bastante.. eu usava um fizik aliante bem confortavel.. e agora tou com uma pedreira dessas!!

Mas se voce sobreviver aos 3 primeiros dias.. começa a se acostumar.. ou a suportar melhor.. rs.

É como dormir no chão.. nos primeiros dias é ruim.. vc acorda cheio de dor.. mas depois acostuma..

O que acham? ainda não consegui ter uma conclusão boa sobre selim de carbono, compensa para longas pedaladas com um bom bretele?