Cabrita Project: A Hibrida vai virar uma Road

Fala Pessoal!

Há muito tempo atrás quando voltei a pedalar e conheci este fórum, comprei uma hibrida e meio que já pensava em ir pro mundo das speeds.
A bike em questão é uma Merida Speeder 100, deve ter sido fabricado em 2014 e foi adquirida em 2015.
Ela é montada com relação 3x8 e cambio traseiro Claris.

Ela tem uma geometria que lembra bem uma Road de endurance, com o Stack alto, Head Tube enorme de 190mm. Pesquisando, vi que não fica muito distante de alguns modelos conhecidos, como Sense Prologue, Groove Overdrive, Merida Scultura, entre outras.
A exceção é o entre eixos que é cerca de 3cm mais comprido que a maioria das speeeds mais esticadas que conheço. Pode deixar ela meio sem agilidade mas em compensação deve ser bem estável.


Como a bike estava parada e eu já tinha várias peças, resolvi montar.
As principais mudanças serão:

Pedivela: Vai sair as 3 coroas (28/38/48) e vai virar coroa única de 40 dentes
Pneus: Vou colocar um Vittoria Zaffiro IV de 25mm no lugar dos Kenda de 32
Cambio Dianteiro: Vai sumir e também os suporte que seguram
Selim: Está um DDK de passeio e vai ficar com um Selle Italia SLR
STIs: Claris 2400 ao invés dos rapid fire que não lembro quais sao
Pedal: Clip da Zaray
Guidão: Drop da TSW - (pena que perderei os bar-ends, ícone de brutalidade)

Os demais componentes:
Rodas: Alex Rims modelo de entrada e achei bem pesada, a roda dianteira com disco pesa 1,2kg
Cassete: 8V 11/28
Garfo: Alumínio
Freio: Tektro Mecanico (Ponto de atenção pois pode ser que fique muito ruim)

Do jeito que ela está na foto pesa 11,8kg
Com as modificações talvez ela fique com uns 10,5kg, o que é muito bom perto de algumas Roads autenticas com garfo de alumínio e freio no aro.

A intenção é passar a usar essa bike em treinos mais tranquilos, em dia de pelotão recreativo, para delocamentos e ainda tenho a possibilidade usar pneus de bem largos para encaram algum estradão de terra (caso algum espírito maligno baixe em mim)

E aí, será que vai dar certo?

Editado por Degan - 11 Mai 2021 as 22:50

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Editado por Degan - 11 Mai 2021 as 22:48

- Quando trocar o guidão reto pelo o guidão de road, a posição dos manetes não vai ficar muito distante ? 

Monta e conta pra nós!
Tenho uma versa pra 'road' e uma MTB mas tava querendo uma híbrida!
Mas não acha em nenhuma lugar...

kkkk pior que o guidão de Gravel é baratinho. Mas melhor não mexer com essa turma aí.

Bom, essa é uma amostra de como a bike deve ficar, comparando com a Merida Ride 100 do mesmo ano.
https://99spokes.com/compare?bikes=merida-speeder-100-md-2015,merida-ride-100-24-2015;*z.54cm|w.700

Reparem que a geometria é muito parecida.
A traseira da hibrida é mais longa e a frente é 0,5cm maior por causa do angulo da caixa de direção.

Gustavoct escreveu: Eu fiz o caminho contrário, queria uma bike mais rápida para a esposa pedalar comigo, ai como tinha trocado o grupo da minha speed, montei uma para ela mas nunca se adaptou ao guidão drop, então coloquei um guidão de mtb com rise de 60mm, que ela pode girar para achar a melhor posição. Tirei o cambio dianteiro e a coroa 56 e ficou só a coroa 39 (só, kkkk) com um 11-30 8v, guidão e passador Shimano Altus. Único problema foi a largura do pneu, limitada em 25mm, pois um 32mm ficaria ideal.  Melhorou muito o rendimento frente a antiga mtb Caloi Aro 26 que ela usava.

Tu usava coroa 56? que ignorância kkk e eu aqui na dúvida se parto para uma 53
39 com pinhão 30 deve ser uma combinação bem bacana. E posso imaginar a melhora, só a diferença de pneus é muito absurda.

e olha como a cabrita ficou...

Degan escreveu: e olha como a cabrita ficou...

Depois que centralizar seu GPS avisa por favor, nem eu vou dormir direito essa noite por causa disso.
Bike ficou legal, bom que dá pra comprar mais coroas de diferentes tamanhos e testar. As Deckas são boas e bem em conta no Aliexpress, vale ter ao menos mais uma variação. Digo isso porque já usei um pedivela duplo 40-26 em uma hibrida. A menor só usava em trechos de terra, no asfalto só a 40. Pela diferença do meu peso e condicionamento em relação a você, acredito que dá pra usar uma 44 de boa.

Qual o modelo dessas pinças que está usando na bike?
Você pode estar desmistificando a ideia de ter que usar pinças específicas para STI.
Quem vem do MTB e usa hidráulico acaba achando que um freio mecânico já não é lá essas coisas, com STI então fala que não freia nada.
Mas você só andava de road e tá achando o freio espetacular. Quando usava no guidão flat era a mesma coisa ou um pouco melhor?
Quando usei na minha híbrida com STI era melhor que o que tenho na minha Road, mas já era uma TRP de acionamento duplo.

Hugobh77 escreveu: Qual o modelo dessas pinças que está usando na bike? Você pode estar desmistificando a ideia de ter que usar pinças específicas para STI. Quem vem do MTB e usa hidráulico acaba achando que um freio mecânico já não é lá essas coisas, com STI então fala que não freia nada. Mas você só andava de road e tá achando o freio espetacular. Quando usava no guidão flat era a mesma coisa ou um pouco melhor? Quando usei na minha híbrida com STI era melhor que o que tenho na minha Road, mas já era uma TRP de acionamento duplo.

O problema do pessoal que vem do MTB puro é que um freio hidráulico de entrada com pneus 2.25 e área de contato enorme é sobremaneira diferente de uma road, para mesmo! Na road o maior limitador é a largura dos pneus. Tenho usado um par de pneus 32 (medem quase 34mm quando montados), com Sti 105 hidráulico e ainda assim, qualquer MT200 comum freio mais! A galera não entende que é característica do tipo de equipamento. Acredito que um TRP Sphyre seja muito bom numa road batendo de frente a um ferradura intermediario de pivô duplo.

Fico curioso quanto aos si hidráulicos, tipo o tal Nutt com cabo comum e pinça com funcionamento hidráulico.

Alguém já usou?

Editado por dimas2dimas - 20 Mai 2021 as 12:42

Nutt semi_hidráulico é um lixo , esquece.

fhabib escreveu: Parabéns ficou linda. Degan, o que tem a falar desses pedais Zeray? Comprei eles, mas não instalei na minha bike. Tô andando de pedal de MTB na road. Acabei ficando com receio da qualidade desse pedal. Estao aqui na caixa zerado aguardando o dono tomar coragem de instala-los.

Valeu!!!
Gostei viu, tudo bem que andei 3 dias com ele e pouco mais de 100k.
O pouco que dá pra avaliar é que funciona como esperado, clipa e desclipa fácil, não falha, não escapa...

No 1º dia, achei uma coisa ruim: Quando parava em semáforo e etc, ia clipar novamente, o pedal estava numa posição ruim.
Os outros pedais que tive, sempre parava com a parte mais pesada pra baixo então era fácil de encaixar, era natural.
Esse pára em qualquer posição, então as vezes dá mais trabalho de encaixar.
Hoje não percebi muito isso, a maioria das vezes estava nessa posição mais favorável.

Se mantivesse os pneus 32 ficaria uma gravel.

Degan escreveu: Atualizando: Até que venho rodando bastante com ela, mais do que imaginava. A coroa 40 foi um escolha muito acertada. Ela vai bem no plano, começa a faltar lá pelos 43, 44km/h. Nas subidas acima de 10% que faz falta uma menor. A posição mais alta deixa a bike divertida, principalmente ao pedalar em pé. Dá para fazer ótimos treinos específicos.

Eu ainda não tinha associado o seu perfil aqui do fórum com o perfil do Strava.
E cara, parece que vc tem andado bem com essa Bike!
Agora só por curiosidade, eu acho entendi seu propósito com essa bike, seria correto afirmar que com ela vc tem apenas usado um cadência mais alta porém exercendo menos força? Ou até mesmo a sua cadência normal de treino mas ainda com menos esforço? (Isso realmente é curiosidade)

MarcosTri escreveu: Show de projeto. Tenho vontade de ter uma bike assim para treinar e "economizar" a minha bike. Nesta época do ano chove quase todo os dias onde treino e evitar o desgaste da minha bike "oficial" e a segurança dos pneus mais largos seria muito bom.

Sem dúvida que cumpre o objetivo. Por exemplo, dia de treino regenerativo ou aqueles longões chatos em Z2, pra que gastar pneu caro da bike de TT? Fora os outros componentes que são caros, cassete corrente, etc
Tem a questão de que uma posição diferente vai trabalhar outros músculos, gerar novas adaptações.
É bem interessante.

Degan escreveu: l.gustavo escreveu: Eu ainda não tinha associado o seu perfil aqui do fórum com o perfil do Strava. E cara, parece que vc tem andado bem com essa Bike! Agora só por curiosidade, eu acho entendi seu propósito com essa bike, seria correto afirmar que com ela vc tem apenas usado um cadência mais alta porém exercendo menos força? Ou até mesmo a sua cadência normal de treino mas ainda com menos esforço? (Isso realmente é curiosidade) Não sei dizer da cadência pq eu acabei tirado o sensor q tava nela. O que reparei é que pelo fato dela ter mais gaps entre as marchas, gera uma adaptação diferente p manter a mesma cadência. Do esforço, por ela ser mais pesada, rodas de entrada e posição mais ereta, sinto que fazendo o mesmo esforço acabo andando mais devagar. Era esperado. Se bem que senti uma queda de performance absurda nos ultimos tempos, está até difícil de eu avaliar rss Qual q é o seu perfil no Strava?

Dando uma atualizada!

Andei bastante com ela, usava nos dias de giro regenerativo, qdo a principal estava na oficina, dias de chão molhado ou mesmo qdo tava afim de um posicionamento menos agressivo.
Agora ela virou a bike principal.

Arisquei alguns pelotões "lights" e até 44 ~45Km/h ela vai bem, mas o ciclista q não vai muito bem qdo passa dos 95 RPM. Uma coisa é vc estar a 100 RPM numa descidinha sem fazer tanta força. Outra coisa é estar no plano ou falso plano fazendo força e a cadência acima do que está acostumado e com o agravante de um atrito maior.
Mesmo assim dá para fazer ótimos treinos em pelotão, alguns com media acima de 35 no plano.
A diferença é que qdo os meus amigos em em Z2 alta de boa, eu estou em Z4.
Mas está ok, diferentes estímulos geram diferentes adaprtações. Estão falando que vou voar qdo pegar a bike nova, espero que estejam certo.

Subidas: por causa do peso é mais complicado. Por outro lado a geometria é ligeiramente melhor do que estava acostumado, especialmente em pé. Porém, devidos as gaps no pinhões maiores, é preciso avaliar muito bem se vale a pena subir ou descer marcha. As vezes troco a marcha e percebo que a anterior era mais adequada. Hoje fiz um teste e mantive a mesma marcha na subida toda, encaixei a passada e terminei num tempo ótimo.
Pra piorar, preciso regular o cambio e as marchas estão pulando nos pinhões maiores, dá um trabalho acertar.

Venho uando um pneu de 23mm o Continental Gatorskin que não gosto e não consigo acabar com eles. São desconfortáveis e rolam mal. Porém, resistem melhor os furos. Talvez experimente um 28.

Continuo gostando da estabilidade nas descidas e da agilidade em baixa velocidade para situações transito, semáfaros. Já em velocidade, é um pouco lenta para desviar de buracos e etc, mas bem pouco, nada que desabone.
Também da incrível segurança que o freio a disco oferece, mesmo sendo uma adaptação e mecânico.
Definitivamente esse selim Selçe Italia SLS que não tem o canal central, nao serve pra mim. É muito desconfortável e tira o tesão de arriscar um pedal acima de 3 horas.

Editado por Degan - 06 Nov 2021 as 16:12

1 ano depois e a Cabrita segue me acompanhando quando a outra vai pra oficina ou em dias de treinos mais de boa.
Continua me agradando.
O cambio Claris é muito preciso e funciona feito um relógio.
Relação foi uma escolha perfeita.
As vezes uso no rolo de treino.

Esse Gatorskin não acaba nunca. Se um dia isso acontecer, estou pensando em colocar algum pneu 38 ou 40.