"Filósofo" dizendo bobagens sobre bike...

ltabh escreveu: Ao meu ver, a associação entre arrogância, sensação de superioridade e o hábito de andar de bicicleta, nada mais é que um raciocínio pessoal do filósofo, ou seja, uma visão pessoal dele.

Calliari_ciclista escreveu: Não, eu seria o seu inimigo, brigando e matando por comida para sobreviver e dar de comer aos meus próximos - bem simples. Encerro por aqui. Abr

Calliari_ciclista escreveu: Não, eu seria o seu inimigo, brigando e matando por comida para sobreviver e dar de comer aos meus próximos - bem simples. Encerro por aqui. Abr

Fiquei com medo do Calliari.

Eu, ao contrário dele, não deixo de fazer "maldades" com o outro por causa de leis e punições, até porque está sendo cada vez mais provado que no Brasil desrespeito às leis não necessariamente causará algum tipo de punição.

Minhas decisões acerca dos relacionamentos interpessoais são baseadas no que muitos chamam de regra de ouro*, ou na regra de diamante*, ou, de maneira mais simples, em algo que chamamos de empatia. Mas cada um é cada um, é claro.

* Quem tiver curiosidade em saber o que são essas regras poderá encontrá-las facilmente no Google.

Bem pior do que isso é assistir ao Jornal da Cultura e ouvir o comentarista (não lembro o  nome, é um professor da USP) defender que bicicleta não pode ser usada como meio de transporte pois "é muito difícil uma pessoa com que já passou dos 30 anos conseguir pedalar". Isso me faz pensar: "porra tô fodido".

Se andar de bicicleta me faz superior aos outros ou não, isso eu não sei e nem me importo em saber. Ocorre que ficar filosofando sobre a prática "dos outros" nunca foi a minha praia, diferente deste que se diz "filósofo".
Contudo, gosto muito de me ver pedalando, vencendo distâncias com a minha própria força física e mental - sim, meus amigos - fico realmente emocionado quando alcanço uma meta, quando praticando cicloturismo passo da marca dos 100Km, quando supero uma serra, quando volto para a minha casa com uma história para contar.
Se quando olho para uma parede de fotos das minhas cicloviagens, eu me vejo feliz - me vejo mais confiante em mim mesmo - não penso nos outros estabelecendo juízos de valores - penso em mim - naquilo em que me esforcei para fazer - e no exemplo que dou para quem quiser vir comigo. E o filósofo? Provavelmente segurando uma lata de cerveja e falando coisas... Coitado...

lgalicki escreveu: Iiii Lafon, isso é porque você não assitiu o jornal em um outro dia, quandoum sociólogo ficou esbravejando todo nervoso de que bicicleta não deveria andar na rua. O Thiago Benicchio estava lá e disse que o ciclista tinha o direito garantido por lei de trafegar nas ruas, e  o tal do sociólogo disse que esse era um direito idiota. Também assisti ao jornal nesse dia ao qual você se referiu. Curiosamente, foi no dia do atropelamento do sócio da Lorenzetti. Haviam acabado de noticiar que o falecido tinha quase setenta anos de idade e esse sujeito ao qual você se referiu, com seus trinta e pouco anos, disse que já estaria velho pra pedalar. As velhas desculpas furadas, apesar de velhas, estão cada vez mais bizarras! Que pelo menos digam a verdade quando não querem usar a bike, não tem problema algum. Se acha que bicicleta é ruim e prefere carro porque é menos arriscado, beleza! Só não fique com essas desculpas furadas pra tentar posar de politicamente correto. Além disso, a âncora do jornal fica insistindo que é besteira ciclistas cobrarem o 1,5 m de distância porque ninguém sabe dessa lei. Oras! Acompanho o jornal e sei que ela já sabe da lei há um certo tempo, e, mesmo assim, ela fica insistindo que é bobagem! Até parei de assistir o jornal com a mesma assiduidade.

Eu não tenho culpa se "esses filósofos aí são inferiores", o que me faz superior a eles...kkkkkk  pura inveja...

mais um especialista soltando uma pérola no jornal da cultura: Bike? Daqui a 15 anos. Só fazer 30km de metrô por ano que a economia de escala tornará fácil fazer essa proeza!

O filósofo foi entrevistado pela revista Veja e está nas páginas amarelas desta semana. O curioso é que o resumo apresenta a expressão "moralmente superior" (novamente?!?): "... e [o filósofo] explica por que considera o cristianismo moralmente superior à pregação materialista". É interessante (bom, nem tanto...) esse apego do pensador ao "moralmente superior", mas, de qualquer modo, depois que o ouvi (essencialmente aquilo que foi escrito), não fiquei muito encorajado a ler o artigo (lógico, corro o risco de perder algo que talvez tenha algum conteúdo desta vez).

Também, não quero inibir ninguém a lê-lo, comentários serão bem-vindos e podem motivar (ou não) essa leitura.

Olha, eu conheço o Pondé. Ele foi meu professor de filsofia na faculdade. Ele sempre teve umas visões extremistas mas sempre foi aberto a novasopiniões ou sugestões. Tenho certeza se sentássemos com ele em uma mesa, em um debate, ele entenderia nosso lado e talvez mudaria a opinião formada, um pré- conceito. sinceramente achei uma gde besteira a generalizaçãoq ue ele fez. Lógico que existe gente estúpida no nosso meio e isso irá aumentar conforme aumentar o número de ciclistas. O que está acontecendo é que estamos começando a ser percebidos pela sociedade. Antes quem usava bike p/ ir ao trabalho era visto como pobre sem dinheiro p/ ter um carro, hj já existe uma parcela que nos enxerga como defensores do meio ambiente, da mobilidade. Mas um dado interessante que li em uma reportagem um tempo atrás é que 95% dos bikers de sampa a usam como meio de transporte e a maioria é pertencente às classes C-, D e E. Ou seja, essa galera com certeza não se acha moralmente superior. Acredito que pelo contrário, mtos devem almejar ter o seu carrinho garagem. principalmente se tratando da classe E.
Mas uma outra análise que tenho feito: depois do atropelamento de Porto Alegre, tem existido um embate mto maior que tem chamado atenção da mídia. Acho que como agora somos percebidos, mtas pessoas que se dizem entendidos do assunto estão dando opinões totalmente equivocadas (como este senhor no link do jornal) que só geram uma diminuição na cordialidade entre motoristas e ciclistas. Espero que isto seja só uma tendência. Mas todos vcs viram o caso daquela moradora do Morumbi que disse que ciclista tem que morrer.... E eu juro que isso me assustou um pouco! As pessoas não estão mais com medo.... Mas isso tmb tem sido um problema da sociedade! Tá todo mundo ficando mais louco.....
Ah, já que estamos numa discussão sobre mobilidade e sobre a arrogância (sic) dos ciclistas dêem uma olha nesse link e assistam ao vídeo! Será que um dia chegamos lá? http://cidadesparapessoas.com.br/

Discussão é bom para ensinar e aprender, ficar só em silêncio respeitoso é garantia de que as coisas erradas vão continuar e estas devem ser combatidas. Quanto ao respeito, isso é bom.

Preciso comentar? DavidGSP, faço minhas as suas palavras: 
Pedalar, primeiramente, é salvar vidas. Quando você abandona um veículo de uma tonelada que pode chegar a mais de 200km/h, você está direta ou indiretamente preservando vidas, seja a sua ou a alheia. Só para ter uma noção da dimensão do estrago, dezenas de milhares de pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito envolvendo automóveis (outras centenas de milhares ficam gravemente feridas).

Pedalar, também, é poupar a natureza e, consequentemente, o bem-estar e saúde de todos. Faz ideia de quantos morrem ou têm saúde comprometida em decorrência da poluição causada por veículos automotores? Tenha certeza de que são muitos. E o mal-estar causado por poluição sonora?!? Noites mal dormidas, irritação, intranquilidade...

Pedalar melhora significativamente a saúde e boa forma, além de incentivar outros a seguirem o mesmo caminho. Um ser mais saudável desafoga o sistema de saúde, e com isso concede aos mais necessitados atendimento ágil e de mais qualidade. 

Pra mim um ser desses que exerce tamanho benefício pra sociedade é tão moralmente superior quanto um ser que, por exemplo, dedica-se à caridade."

Alessandro_sp escreveu: Quanta pérola!!! Também, não admira... Quanta ostra!!! Não achei nada demais no que o sujeito falou, ainda mais levando em consideração que em se tratando de filosofia NUNCA temos textos "rasos", porém na imprensa SEMPRE temos textos "rasos". Certeza que o que o cara escreveu foi editado, picotado, descontextualizado e ficou parecendo um Frankestein de oito pernas e seis olhos só pra causar polêmica. Generalizações inclusas...