Desânimo com XC, cair de cara no AM / Enduro ?

Eu mesmo tenho uma Remedy 8 27,5 2015 e adoro a bike. Anda muito bem tanto subindo (pra uma bike de 140mm) quando descendo. Uso com o intuito de diversão tb, mas como ando predominantemente com a turma de bikes de XC, tenho que acompanhar nos trechos de estradão. Em compensação nos singles e DH eles que se virem pra acompanhar.

Aqui onde moro tem locais incriveis com singletracks, mas a maioria dos grupos se rende a estradas onde cruzamos com camionetas a quase 100 km/h, caminhões.... vai entender.

Concordo com o Pedro,

Você consegue descer trilhas até com bike de speed, mas irá sofrer e muito, desgastar a bike e correr sérios riscos de se acidentar por não ser profissional e não ter tanta técnica! Mas com a bike ideal para cada utilização, a vida do piloto fica muito mais fácil, assim como manter a fluidez (flow)!!!

Tá aí um vídeo pra exemplificar!

Assim é com a bicicleta... qualquer uma encara a trilha mais cascuda, porém se vc tiver uma específica para tal é muito mais fácil e seguro. Senão a galera do DH ia usar speed ... são mais leves, mais rápidas...

Qualquer uma bike encara um asfalto, mas uma Speed o faz com bem mais rapidez e menos esforço;

Um XC vai muito bem em estradões de terra, já uma speed ou Am/Dh é um pouco mais difícil.

Enfim, cada bike tem seu uso específico. Até da pra fugir dele, mas não é o ideal.

é tem gente que desce DH com xc rígida e tem gente que desmonta pra descer meio fio com full de 160 kkkk

por isso q continuo com a idéia que a XC 29 full um pouco mais "turbinada" (pneus maiores, garfo 120, etc) é uma das bikes mais versáteis pro nosso uso aqui no Brasil, encara tudo quanto é trilha na boa e rola muito bem no asfalto e estradão se quiser andar com os speedeiros de terra rs. mas claro, certas trilhas ela não vai acompanhar bikes de mais cursos, e se abusar muito dela em trilhas muito cascudas o quadro pode abrir o bico. assim como se pegar uns caras fortes de estradão e asfalto com bikes de 10kg vai ser complicado acompanhar.

falando nisso vi que tá vendendo a Anthem, pegou qual bike agora?

Fala TheLittle,
Só tô com a Anthem... Na verdade tá a venda pq depois de um uso mais longo achei o quadro da Giant pouca coisa grande pra mim... Nada que comprometa, talvez uma mesa mais curta ainda melhore... Mas se aparecer uma proposta leva só por causa desse detalhe... Do restante tá excelente a bike! Curti muito, concordo no que escreveu acima... A bike ficou bem versátil! E valeu por todas as dicas!
PS: Difícil achar quadro full (anthem, trance, camber, stumpjumper, entre outras)

StFred escreveu: Rapha, lá em casa o negócio é a D. Onça. Tô quase treinando forte com a galera do estradão e começar a pegar uns campeonatos de XC pra justificar o "gasto exorbitante" em uma bike. Se for assim ela deixa

Em casa a D. Inça pega pesado tbm, mas tá difícil a parte do treinar forte por causa de tempo! kkk
Seria muito bom ter duas bikes, no caso, uma segunda com mais curso (talvez uma 26 mesmo)!

 

 

Mas é igual falo quando tem gente que diz que não precisa de garfo com suspensão. Precisar não precisa, se quiser nem de pneu eu preciso, ando só com a roda. Aliás, nem de bike eu preciso, ando a pé.

Grande parte dessa mudança deve-se a este tópico, amigos e muitas pesquisas. Um pouco acima nos posts tem meus comentários pelo desinteresse do XC e porque me interessei no AM.

Graças a DEUS depois de mais de 2 de pesquisa, esperando por promoções , procurando a bike certa, finalmente adquiri uma Cannondale Trigger Carbon 2 , o grupo Dorel fez uma queima de estoque 2015 e acabei fechando nela, por um preço irrecusável.

Com relação a bike, é uma nave com 12,7kg, é uma escaladora bem proxima as de XC, com 140mm Full , a angulação é mais relaxada porém sobe muito bem devido ao FOX DYAD, o Canote Hidráulico foi o que mais senti vantagens, ajuda demais nas descidas técnicas, single tracks..etc..... o centro de gravidade fica bem mais na sua mão, para mim qq MTB seria bom ter um Canote deste. Como ando com uma galera de XC aqui , tem um parceiro que ta louco para mandar um Canote deste, ele ficou impressionado com A facilidade e vantagens que oferece.

As rodas 27,5 são perfeitas, como nunca me adaptei em 29, para mim caiu como uma luva, não são tão grandes nem pequenas, e atropela tudo, a left nem se fale tem uma leitura impressionante do terreno.

O Conforto é outro, quando fazia trilhas de 60, 80km, com minha rigida , voltava quebrado, com essa Full é uma beleza o desgaste é muito menor, sem contar que em trilhas tecnicas, raizes, buracos , pedras......ela deixa as de XC lá p trás, não sou muito de strava mas alguns segmentos cheguei pegar até KOM devido ao equipamento oferecer mais velocidade, algo que com as de Xc tinha de freiar.

Como pessoal disse ALL Mountain, é uma Bike 2 x 1 , eu ando asfalto, estradão, dou role com pessoal de Xc, desço algumas escadas, e alguns saltos leves, para mim é a melhor compra que já fiz, estou muito satisfeito.

Eu iria pegar uma de Enduro com 160MM, porém pesquisando e analisando meu uso diário e distâncias que iria andar, peso da bike, decide por uma ALL Mountain, pois iria levar peso desnecessário e acabaria não usando tudo o que o equipamento oferece.

Enfim, se você está nesta indecisão XC ou AM/ENDURO, te digo não pense 2 vezes, sai dessa onda do marketing, de mesa negativa, bikes sem conforto, se seu negocio é curtir a trilha e aproveitar o maximo do terreno manda ver.

Vlw Galera, abraços

eu passei por essa "transição" lá por 2008~2009 quando reparei que os pedais que fazia eram uma briga de egos, nem existia Strava ainda mas o pessoal ficava se "desafiando" pra ver quem pedalava mais nas suas bikes de 8~9kg. Asfalto e estradões sem fim, não via a hora de pegar uma trilha mas muitas vezes nem acontecia.

Como eu trabalhava o dia todo e estudava a noite, era impossível treinar durante a semana, aí nos sábados ia nesses pedais e sofria demais, e ainda atrapalhava os brutões.

foi então que resolvi comprar uma full, mas no fim não pedalava muito pq tinha pouca gente no DH na época, e quase ninguém com bike de AM.

passei um bom tempo pedalando pouco (pela falta de parceria) até me mudar pro Rio, pegar uma bike full de verdade e conhecer a galera do Enduro. E hoje faço de 2 a 5 pedais por semana, quase todos "enduro", geralmente subindo por estradas de "resgate" e descendo trilhas do nível de DH...

Ainda faço alguma coisa de XC, também gosto, mas até a bike de XC (full) procuro montar de uma maneira que possa encarar qualquer trilha, nada de mesa negativa ou pneu de mentira.

Mas essa de mesa negativa é loucura até em XC. Duvido que o cara não se sentiria melhor com uma mesa mais curta e um guidão mais largo e mesmo assim não seria mais lento. 

Não acho que seja todo mundo que queira ficar disputando KOM. Fato real é que bike de AM é mais cara do que uma mesma bike do mesmo nível XC HT. Acho que é o bolso que manda na hora e que não seja moda. Agora se tem uma moda que possa estar definindo isso, com certeza é a moda do bike fit. Sei que muitos vão achar um absurdo eu falar isso, mas acho que a moda do bike fit é que faz as pessoas irem para mesas negativas e guidões estreitos e não a suposta moda do XC. Conheço um cara que comprou uma Giant Trance e no bike fit cortaram o guidão do cara. Outro cortaram o guidão da Stumpjumper S-Works do garoto. Outro cortaram o guidão da Spark do cara. Outro comprou uma Crave com mesa de 70mm ou 60mm (eu acho), e o cara do bike fit vendeu outra para ele com 80mm ou 90mm, não lembro também, isso que ele foi lá por causa de dor no joelho que, aliás, não parou.

Imagina se eu vou lá com minha HT com guidão de 820mm e mesa de 33mm. kkk Não troco isso por nada. Jogou meu corpo para trás. Tenho tração nas subidas lisas bem inclinadas quando pedalo sentado. E óbvio que a bike não empina. Se o cara não consegue controlar a bike para não empinar, vai andar de speed.  Sem falar que nas descidas você consegue ficar bem atrás do banco com ele entre a barriga e o peito sem precisar de canote telescópico e desce qualquer inclinação, pois é virtualmente impossível capotar, e é só ver em vídeos que esse é o tipo de acidente mais normal em MTB, onde o ciclista erra o posicionamento. Imagine com canote telescópico. Com isso sinto um controle muito melhor e continuo com uma bike leve e com bom rolamento. Os pneus uso tubeless com 25 psi. Maravilhoso. Mas o maior erro que vejo nas pessoas, tanto com bike de AM como de XC é o ajuste da suspensão. Não sigam o recomendado pelo fabricante. Não acertem a suspensão pelo sag. Façam o seguinte. Comecem com a pressão indicada pelo fabricante e use a bike sem dó e veja onde chegou o o'ring de marcação. Ele tem que chegar praticamente no fim do curso. A minha que é de 100mm, fiz bater 98mm, 99mm, fica um tiquinho do final. O cara da Giant, por exemplo, acho que o curso é 140mm e o garfo dele andava só uns 60mm. Ele baixou a pressão como eu falei e disse que é outro mundo. Vejo gente com Stumpjumper FS 29 que usa 80mm, gente de Spark de 100mm usando 50mm e por aí vai. No mais, façam outro teste e tirem o clip e coloquem o flat e vão ver como não vão ter o domínio da bike. Não falo do pé escorregar não, pois isso se resolve com um Five Ten. Falo de fazer os pés saírem do pedal para cima quando se pega uma descida com ondulações. Isso não é falta de aderência no pedal, isso é que o ciclista não copia o terreno com o corpo, desce duro, porque com clip não corre risco de saltar para fora da bike. Eu usei clip 19 anos. Quando por acaso fui andar de flat de brincadeira, percebi que não sabia andar, falando em técnica. E resolvi aceitar esse desafio de reaprender. 

Agora óbvio que sou obrigado a pegar estradas de terra para chegar a certos singles, isso não tem jeito. Mas o pior é ver pessoas que ao chegar no single, preferem pegar outro caminho para desviar do single. kkk

No fim escrevi e não falei do bike fit. Já falei aqui e vou repetir: O que se busca no bike fit? Até hoje eu não sei. Pois eles prometem mais desempenho, menos dores, mais conforto, etc. kkkk O bike fit dos caras é o famoso resolve tudo. Se fosse somente desempenho puro em potência, deveriam ligar a bike num dinamômetro. Mas as vezes a posição do ciclista para melhor potência não lhe dê controle numa descida. Ou não lhe deixe gerar potência em pé. Ou faça perder o torque em baixas rpm. Pode ser que para estrada seja melhor uma posição onde se produza menos potência em favor de uma melhor aerodinâmica, posição essa que possivelmente vai ser bem desconfortável depois de algumas horas. Sem falar essa neura de todo bike fitter de carregar a roda dianteira com mesa longa, mesa negativa, guidão curto, sem falar que adoram avançar o selim perante o movimento central. Peguem um vídeo do Copa do Mundo de 93 ou 94 e vão ver trechos onde os melhores do mundo caem ao passarem por trechos que hoje qualquer bom amador passa facilmente. O que aconteceu? O corpo humano evoluiu? Possivelmente é que naquela época as bikes eram todas muito dianteiras. Eu tenho uma HT de 1995 com guidão de 560mm e mesa de inacreditáveis 145mm. Juntando a roda 26, hoje entendo porque na época eu tinha medo de partes técnicas. Era impossível com uma mesa dessas eu conseguir ficar bem atrás do selim. Mas o problema é que no início do MTB as bikes tinham origem em bikes robustas, etc, só que no final dos anos 80 as MTB começaram a pegar características das bikes de estrada. Bato na mesma tecla, mas a coisa que acho mais esdruxula dessa fase, foi a mesa longa. Por que motivo acharam que MTB deve ter mesa longa? Aerodinâmica no mato, ou seria vegetodinâmica? Não faz sentido. Só ver que até o Tomac corria com guidão de bike de estrada em MTB. Quer maior loucura? Independente do fato de que o cara ganhava. Mas sem deixar de lembrar que DH naquela época era uma puta descida lisa de terra. Hoje até XCO é mais técnico, apesar da velocidade menor. 

pois é, vou avisar ele.

Exatamente!!! Sem contar os engarrafamentos nas raras descidas um pouco mais difíceis.