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Chain Line ASSIMÉTRICO (deslocado) com duas coroas

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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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    Postado: 23 Abr 2018 as 00:32
Senhores, eu tive uma ideia, e meio que não consigo acreditar que fui o único maluco a pensar nisso... LOL

No sistema de coroa única, temos que o meio da coroa é a linha do chain line.
Isso faz as marchas nos dois extremos, ter muita torção da corrente, devido a curva que ela precisa fazer.
Para as marchas " pesadas " isso não é tão problemático, já que a tensão* (estiamento, ou força sobre a corrente) sobre a corrente é baixa. Porém, para as marchas " leves ", onde o tensão é elevada, acredito que exista um desgaste maior das partes...

Com isso eu pensei no óbvio: adicionar uma coroa menor, a esquerda da coroa única...! Big smile
Em outras palavras, usar 2 coroas, mas com chain line para a coroa maior. Assim, como se fosse apenas essa uma coroa maior...
Temos assim a possibilidade de uma marcha mais reduzida, com menos torção da corrente nos instantes de maior tensão...

Poderíamos encarar que teríamos dois chain lines então! Um entre a coroa menor e os N primeiros pinhões; e outro, entre a coroa maior, e os demais pinhões...

Saudações! Beer


* A corrente é submetida a duas forças ao pedalarmos:
  • A resistente - causada pela tendência da bike ficar parada (inércia), atrito com o chão, e/ou força da gravidade, quando numa subida (plano inclinado positivo)
  • A atuante - que é causada pelo ato de pedalar
Essas forças, tem sentidos opostos, assim esticam a corrente. Então dizemos que ela é submetida a uma tensão.

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TomSemFreio Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar TomSemFreio Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 23 Abr 2018 as 01:06
A tensão não é mais elevada nas marchas "leves"

A tensão é sempre proporcional à força aplicada aos pedais.
Se fosse possível emendar a corrente usando uma linha de costura, daria para perceber que é mais fácil arrebenta-la quando a corrente está nos pinhões menores.

Digo porque minha bicicleta antiga, tem gancheira reta e a roda traseira sai se eu pedalo em pé, e sempre acontece nas marchas "pesadas".
Antonio Carlos
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Gryphon Ver Drop Down
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar Gryphon Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 23 Abr 2018 as 09:27
Na verdade, o problema é mais embaixo.

Há alguns fatores que temos que pensar aqui, e o primeiro é quanta potência é transmitida pela corrente.
Potência é o produto da velocidade de deslocamento pela força de tração na corrente.

Vamos imaginar um ciclista que mantenha a potência de pedalada constante. Ele pode manter a mesma potência aumentando a cadência da pedalada e reduzindo a força, ou o contrário, aumentando a  força e reduzindo a cadência. O problema é que cada ciclista tem seu próprio par de cadência e força para maximizar o rendimento.
Conciliar a forma como o ciclista gera essa potência com o uso imediato da bicicleta é função do câmbio. Quanto mais marchas, mais estreita a faixa que o ciclista consegue manter a cadência e a força.

Numa bicicleta single, quanto maior a velocidade, maior a velocidade da corrente e menor a força de tração. Quanto mais íngreme for uma subida, menor a velocidade e maior a força de tração.
A força de tração na corrente é função do torque na coroa multiplicado pelo raio. É um efeito alavanca. E da mesma forma, a força de tração é produto do torque na roda pelo raio do cog.
Já a velocidade da corrente é o produto da rotação da coroa pelo raio da mesma, e igualmente o produto da rotação da roda pelo raio do cog.

Quando o ciclista vem por uma reta plana, ele tem engrenadas a maior coroa com o menor cog, resultando numa certa combinação de velocidade e força de tração.
Conforme a bike pega uma elevação mais e mais íngreme, a mesma potência gerada pelo ciclista faz a bicicleta desacelerar e aumentar a força de tração na roda traseira com o solo. Então o ciclista troca de marcha.
Quando ele diminui o tamanho da coroa, ele compatibiliza a cadência constante dele com a diminuição da velocidade da bike. Ao reduzir a coroa, a força de tração sobre a corrente tende a aumentar e a velocidade da corrente tende a diminuir.

A subida vai se tornando mais íngreme e o ciclista muda a marcha na roda traseira. Trocando um cog menor por outro maior, a tendência da corrente é ganhar velocidade e perder força de tração.

Então aqui ocorre uma coisa interessante. Quanto maior o número de marchas, para uma potência constante de pedalada, a tendência é que a corrente trabalhe cada vez mais com velocidade e força de tração constantes.

Essa é uma das ideias ocultas que tornam a tecnologia do CVT possível. A corrente é projetada para uma potência específica, independente da velocidade do automóvel.

Então essa ideia de que o maior esforço está na coroa maior é um engano.

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misera Ver Drop Down


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belo horizonte
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (0) Agradecimentos(0)   Citar misera Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 24 Abr 2018 as 20:12
Mais vc não foi o único mesmo a pensar nisso , essa relação já existe , é a 2x.
A relação 1x é a 2x sem a coroa menor que por sua vez é a 3x sem a grande.
O sucesso da 2x é por isso mesmo , a pessoa tem uma coroa maior onde ela usa pra tudo que fica centralizada com a catraca do meio e pega todas dai ela não precisa "pensar" assim como no 1x e quando o bicho pega ela joga a menor com as primeiras catracas só pros morros mais fortes e depois volta pra grande.
A 2 x funciona exatamente como a 3x , na 3x a coroa do meio é a centralizada com o meio do cassete e pega todas as catracas assim como na maior da 2x , mais vc tem a maior como opção pra descidas bem fortes e longas para usar com os últimos cogs assim como a primeira para usar pra subidas fortes com os primeiros cogs.
Em qualquer sistema vc pode modificar o tamanho do eixo (quadrado e octalink) ou as arruelas no caso do hollow pra deixar a chainline do jeito que vc mais gosta.
A única limitaçao é a coroa raspar no chainstay , ai vai depender do tamanho da coroa , quanto menor mais pra dentro ela pode ir.
Uma outra opção mais radical que eu já vi nego usar é a 1x com uma coroa menor que ele passa manualmente em caso do bicho pegar , ela fica lá e o kra não usa câmbio.
Se ele for subir uma serra longa tipo quilometros e ta cansado ele poe a corrente na pequena com a mâo , ai tem o visual e simplicidade da 1x e justifica o uso de lubrificante de cera

Quando eu digo que uma é a outra sem x coroa estou me referindo somente a chainline.
Já no caso da torção no 1x ... faz parte , foi desenhado pra ser assim mesmo.

Editado por misera - 24 Abr 2018 as 21:14
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Originalmente postado por misera misera escreveu:

 A relação 1x é a 2x sem a coroa menor que por sua vez é a 3x sem a grande.
O sucesso da 2x é por isso mesmo , a pessoa tem uma coroa maior onde ela usa pra tudo que fica centralizada com a catraca do meio e pega todas dai ela não precisa "pensar" assim como no 1x e quando o bicho pega ela joga a menor com as primeiras catracas só pros morros mais fortes e depois volta pra grande.


Não é o que me ensinaram em todos os lugares... Por lá eu vi que a coroa dupla, o chain line é num ponto imaginário entre as duas coroas...

PORÉM, para ciclismo DE ESTRADA, eu achei UM artigo técnico, falando de off-set, que aparentemente é o que eu proponho...
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Gryphon Ver Drop Down
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Ismah, já mexi com muita máquina e carros de corrida, então existe uma observação sobre o chain line.

Para uma bike de rua, não se pode dizer que esteja errado dizer que o chain line tem que estar alinhado com a coroa intermediária no caso uma pedivela tripla, ou no meio das coroas, no caso das pedivelas duplas.

Entretanto, imagina uma speed no Tour de France. O percurso terá 100 km, sendo 90 km de rodovia nivelada,  5 km de subida e 5 km de descida.  De longe, o atleta vai usar muito mais a coroa maior do que a menor. Então a melhor linha de funcionamento da corrente(que não propriamente a chain line) passa pela coroa maior e centrada no segundo ou terceiro cog. Esta linha é a que trás a melhor eficiência para o sistema ao longo do percurso.
Mudou o percurso, mudou a linha de funcionamento.

Se fizer as contas, o ganho de fazer o alinhamento desta forma é mínimo. Porém, quando se pensa nas distâncias e dificuldades da competição, e o nível dos concorrentes, qualquer mínima vantagem faz diferença.


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misera Ver Drop Down


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belo horizonte
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Standard doubles are essentially converted triple cranks missing the big ring, sometimes a bash is used in the big ring position.



Our TRS line of dual (2x) ring guides will fit both standard doubles and wide chainline double cranks



Single cranks are measured to the middle of the single ring



Triple cranks are measured to the middle of the middle ring



O alinhamento no meio das 2 e pra wide double mais no meu caso como eu usaria a menor do 2 x apenas com as maiores nos morros mais forte deixaria ela alinhada como na foto pra usar a maior com todas as traseiras.
As wide double tem a maior muito maior que a menor ex: 22-38 34-53 e nesse caso tentando centralizar a maior com o meio do cassete pode acontecer da coroa raspar no chainstay.
A sua idéia e usar o chain line da standart num pedivela wide pelo que eu entendi e nada te impede de fazer isso se a coroa não raspar no stay ta tudo bem.

No manual da shimano realmente o 2x e no meio das 2 , pra mim isso não faz sentido uma vez que a coroa maior com cog maior vai ficar mais desalinhado que uma do meio com cog maior do 3x e a coroa maior vai ser de longe a mais utilizada.
Vendo isso agora , que é um detalhe pro qual eu nunca tinha me atentado antes , não me admira os relatos da galera falando de corrente que durou 700-1000kms...
Mais uma observação que vc tem que fazer é se ao mover elas mais pra dentro o braço do câmbio vai conseguir passar pra menor e se não vai ficar raspando quando estiver na menor com maior atrás , alguns câmbios mesmo com o limite todo aberto não conseguem.
Confesso que errei , vivendo e aprendendo.
Aprendi agora o chainline do 2x e aprendi que pra forma como utilizo as marchas o 3x é o melhor pra mim.

http://service.bythehive.com/Guide/Chainline+explained/9

Editado por misera - 29 Abr 2018 as 23:25
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Pra você ver como a análise é complexa.

Pensa numa mountain bike de 21 velocidades. Pela teoria básica, a chain line passa pela coroa intermediária e pelo cog intermediário.

Quando avaliamos a corrente em termos de engenharia, não pensamos como um componente único, mas como a união de centenas de peças individuais: chapas laterais, pinos e roletes.
Quando esta mountain bike está com a corrente engrenada na chain line, ela traciona em linha reta. Então por todo percurso a força de tração é transmitida por igual usando os dois lados da corrente. O esforço por peça é dividido e o desgaste é menor.

Mas o que acontece quando engrenamos a coroa menor com o cog maior ou a coroa maior com o cog menor? A corrente passa a trabalhar numa trajetória em "S". Nessa trajetória, na primeira curva, um lado da corrente é mais tracionado que o outro, e na curva seguinte, o lado mais tracionado se inverte. Isso acelera o desgaste da corrente e diminui o rendimento mecânico do engrenamento.

É por isso que a corrente de uma bike como uma Barra Forte dura tanto. Ela trabalha todo tempo na chain line. Não tem desgaste por ser usada curvada lateralmente.

Se pensar, vai ver que isso explica muita coisa.
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Pois é senhores... A minha concepção seria justamente esta... Mais numa tentativa de economia, que numa tentativa de reinventar a roda... Caraca eu me peido na maioria das situações pra pedalar com a 29 com 42x14 (0,333:1), com a troca das rodas, iria para 42x11 (0,262:1), que certamente não usaria poucas vezes... Sendo apenas peso morto, não vejo porque deveria manter. salvo o chain line.

Assim, minha ideia seria exatamente usar double ring, onde a do meio estaria como coroa única, e a menor como stand by para situações mais específicas. Motivo? Não preciso fazer nada, salvo regular o batente externo do câmbio dianteiro, e tirar uma coroa (são parafusadas).

Gryphon 

E sem dúvidas que depende do trajeto. Para todo veículo que envolva algo do tipo é assim, logo precisamos achar um ponto médio. Considerando que a marcha que eu mais uso, seja a 2 com 3 e 2 com 4 (a maior prova disso é que chegou a curvar levemente o metal em alguns dentes destas LOL)... Como fico com a relação que eu tenho, está (quase) tudo ok...

Saca o comparativo



http://gear-calculator.com/?GR=DERS&KB=32&RZ=14,16,18,20,22,25,28&UF=2309&TF=90&SL=2&UN=KMH&GR2=DERS&KB2=32&RZ2=12,14,16,18,21,26,32&UF2=2309

Desse modo, o chain line que mais me favorece fica o mesmo, pois preservo as relações mais usadas e o número de marchas, ainda que com uma relação diferente nos extremos. Porém, ao passar para 11v (SunRace 11-42), e claro, num caso hipotético onde eu consiga preservar a coroa...



Assim, precisando deslocar o chain line das duas coroas, para preservar a relação preferencial...
Obviamente, faz todo sentido eu passar para uma coroa maior, de 24-36 ou 24-38 dentes, devido a maior redução. Ou ainda desprezar a coroa menor, e ficar com uma coroa apenas.
De todo modo, vou acabar precisando corrigir o chain line de qualquer maneira...

E isso tudo vai de encontro ao que diz o misera I

"É um detalhe pro qual eu nunca tinha me atentado antes , não me admira os relatos da galera falando de corrente que durou 700-1000kms..."

Ele, e quase ninguém percebeu isso... Acaba que uma maioria das pessoas nas adaptações, seja por modinhas de coroa única, ou upgrades atrás de maior desempenho, tem prejuízos...

Seguindo o meu exemplo, para um Eagle XX1, pergunto para ti, como engenheiro mecânico:
Não seria vantagem alterar o chain line do ponto médio do cassete, em função do tamanho da coroa, para o ponto mais usual?

Com coroa 34



Com coroa 36



Com coroa 38



Ou ainda seria negócio tentar alinhar para que o ponto de menor torção, seja onde há mais força de tração na corrente, visando uma maior durabilidade dessa?

Se puder/quiser, explique porque não seria na marcha onde há maior redução, que a corrente está sob maior tensão... Vou re-fazer umas contas e posto, onde cheguei...

Editado por Ismah/Cabelo - 30 Abr 2018 as 04:38
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misera Ver Drop Down


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Então , eu nunca tinha reparado nisso porque nunca usei 2x , logo nunca tinha lido o manual.
Como a galera que usa 2x usa todas as catracas com a coroa maior e a menor apenas na subida com os primeiros cogs sempre imaginei que a maior era centralizada.
Agora se no caso vc vai utilizar um pedivela 3x e apenas remover a coroa grande é tranquilo , seria o standart mesmo.
Na minha 26 que eu uso 28-38-48 a 38 fica centralizada sem perigo de encostar no chain ate sobra espaco e ela aceita pneus 2.4 de boa.
Já na 29 uma 38 não ficaria no mesmo lugar da 26 sem pegar no stay.
Maior problema ai é se vc estiver usando um mov central quadrado ou octalink , porque pra brincar com chain line neles vc tem que trocar ai se errar é preju.
No holoowtech vc só move uma arruela.
Mais prejuízo já é de todo jeito , eu uso 3x (24v) , tenho marcha pra todas as situações conseguindo manter a corrente relativamente bem alinhada , minha corrente dura 2500-3000km e custa 15 reais (kmc z7) , se eu usasse 27v nas mesmas condições já sairia mais caro pois a corrente custa 3x mais (não entendo o porque...).
Vai pra 10 e 11 eu vejo a galera pagando 200 na corrente 300 se for bonitinha (dourada) e o negocio dura 1000km , acho que quem usa esse tipo de coisa não está preocupado com prejuizo
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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Pensando com minhas moedas... Resolvi desenhar as alavancas, para fins intuitivos... E acho que compreendi algumas coisas a mais...

Temos uma alavanca de de 170 mm (pedivela), e a outra extremidade, de 87,3 mm (coroa de 22T). Se aplicar 1 N na alavanca inicial, aka pedivela, a coroa puxará a corrente com uma força de 1,936 N, pois
170/87,3 ≅ 1,936

Supondo que eu tenha uma alavanca de 127,53 mm (cog de 32T), e a outra ponta de 370 mm (27.5+ ou 29, variando o tamanho do pneu). Se aplicarmos 1 N na corrente, ela vai empurrar o chão com 0,345 N de força...

Como curiosidade: a força atuante (Fa) sobre o pedal, será multiplicado por 1,936, e depois por 0,345, e então teremos a força resultante, que é aplicada no chão... 

Fr = Fa * 1,936 * 0,345 
Fr = Fa * 0,667

Voltando a tensão sobre a corrente...

Se considerarmos que a roda está travada, a força que ela apresenta no sentido contrário ao movimento da corrente, é 0 N... Logo, a tensão sobre a corrente será sempre igual a força aplicada no pedal, multiplicado pela razão pedivela / coroa...

No entanto, quando eu afirmei acima, eu pensei em uma subida, que é onde essa relação 22/32. De cara achei um problema: inércia! Certamente para arrancar, a corrente será mais tensionada que para continuar embalada... Certo?

Então teríamos a força da gravidade + atritos diversos + inércia, "puxando" a corrente para trás, e a força aplicada puxando a corrente para frente... Logo, não tem como calcular a tensão, já que há  variáveis desconhecidas... Certo?

Porém, se atribuirmos um valor constante para essa força contrária (Fc) - que "puxa" a roda pra trás - teremos que a tensão sobre a corrente será maior na marcha mais pesada, pois é onde a força resistente é multiplica pela relação roda/pinhão, e a atuante é multiplicada pela relação pedivela/coroa, tensionando a corrente ao máximo...
Novamente, foi aqui meu erro... Sua explicação anterior, faz bem mais de sentido, só que tu é engenheiro, eu olha lá entusiasta da área... Dead
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Originalmente postado por misera misera escreveu:

Agora se no caso vc vai utilizar um pedivela 3x e apenas remover a coroa grande é tranquilo , seria o standart mesmo. 


Na verdade não, pois eu teria a coroa maior centralizada, e a menor deslocada " para dentro "...

Originalmente postado por misera misera escreveu:

Maior problema ai é se vc estiver usando um mov central quadrado ou octalink , porque pra brincar com chain line neles vc tem que trocar ai se errar é preju.


Espero errar pra mais ao menos, porque cortar, sempre dá para cortar, duro é emendar! 
Ali até daria para colocar uma ou duas arruelas para fins de teste... Não sei agora se é saudável, essa pedalar de maneira "deslocada"...

Originalmente postado por misera misera escreveu:

 prejuízo já é de todo jeito , eu uso 3x (24v) , tenho marcha pra todas as situações conseguindo manter a corrente relativamente bem alinhada , minha corrente dura 2500-3000km e custa 15 reais (kmc z7) , se eu usasse 27v nas mesmas condições já sairia mais caro pois a corrente custa 3x mais (não entendo o porque...)


Sim, também vejo assim, a questão dessa redução IMHO é o óbvio: peso! Ou melhor massa...
Quanto peso não se tirou das coroas e dos cogs que ficaram menores? Vou até tentar achar uma balança, pra ver quanto pesa a coroa grande.
Agora, quanto metal a menos por peça a indústria precisa? Podemos conspirar sobre isso! LOL

Originalmente postado por misera misera escreveu:

minha corrente dura 2500-3000km e custa 15 reais (kmc z7)


Isso rende meu próximo tópico...

https://www.pedal.com.br/forum/topic93791_post1541878.html#1541878
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Opções da Mensagem Opções da Mensagem   Agradecimentos (1) Agradecimentos(1)   Citar Gryphon Citar  ResponderResponder Link direto para este Post Postado: 30 Abr 2018 as 10:17
Originalmente postado por misera misera escreveu:

Então , eu nunca tinha reparado nisso porque nunca usei 2x , logo nunca tinha lido o manual.
Como a galera que usa 2x usa todas as catracas com a coroa maior e a menor apenas na subida com os primeiros cogs sempre imaginei que a maior era centralizada.
Agora se no caso vc vai utilizar um pedivela 3x e apenas remover a coroa grande é tranquilo , seria o standart mesmo.
Na minha 26 que eu uso 28-38-48 a 38 fica centralizada sem perigo de encostar no chain ate sobra espaco e ela aceita pneus 2.4 de boa.
Já na 29 uma 38 não ficaria no mesmo lugar da 26 sem pegar no stay.
Maior problema ai é se vc estiver usando um mov central quadrado ou octalink , porque pra brincar com chain line neles vc tem que trocar ai se errar é preju.
No holoowtech vc só move uma arruela.
Mais prejuízo já é de todo jeito , eu uso 3x (24v) , tenho marcha pra todas as situações conseguindo manter a corrente relativamente bem alinhada , minha corrente dura 2500-3000km e custa 15 reais (kmc z7) , se eu usasse 27v nas mesmas condições já sairia mais caro pois a corrente custa 3x mais (não entendo o porque...).
Vai pra 10 e 11 eu vejo a galera pagando 200 na corrente 300 se for bonitinha (dourada) e o negocio dura 1000km , acho que quem usa esse tipo de coisa não está preocupado com prejuizo


Misera, essa questão de custo é o que eu canso de bater na tecla aqui e tem muita gente que não gosta, porque acha que eu é que estou errado.

Quando fui montar as rodas da GT, fui procurar raios de inox. No site de uma loja estava o raio para aro 26 a R$ 0,50 cada; raio para aro 27,5 a R$ 0,50 cada; raio para aro 29 a R$ 2,00 cada.
Agora, vamos pensar um pouco. A loja era a mesma, o fabricante do raio era o mesmo, o material dos raios era o mesmo, o diâmetro do arame do raio era o mesmo. Um passo adiante e veremos que a máquina quer fez os raios é a mesma, mudando apenas a regulagem de comprimento do raio.
Com isso em mente, alguém me explica como uns poucos cm a mais no arame do aro faz ele quadruplicar de preço para aro 29, sendo que de aro 26 para 27,5 o preço é o mesmo?

Isso me lembra de um amigo que há uns 20 anos entrou a pé numa oficina e perguntou quanto custava a troca de uma embreagem de Corcel II e o mecânico deu o preço. Meu amigo foi buscar o carro e chega na oficina de Del Rey. Conforme ele foi encostando o carro o mecânico foi estrilando: "Del Rey é mais caro!".
Como é mais caro se mecanicamente é o mesmo carro? Só porque Corcel II era carro de pobre e Del Rey luxuoso era carro de rico?

Agora pensem se não é o mesmo caso:
https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-855376747-oleo-lubrificante-corrente-shimano-100ml-com-particulas-prot-_JM
Frasco de óleo Shimano para correntes de 100 ml por R$ 102,77. Quem compra está pagando mais de R$ 1,00 por ml.
Nessa base, uma troca de óleo de um carro que exija 4 litros vai custar R$ 4.000,00.
Uma lata de óleo de motor com 1 litro custa por volta R$ 20,00. Nessa proporção, o frasco de 100 ml deveria custar R$ 2,00 e não R$ 102,00. Por melhor que seja o óleo, este valor não se justifica.

A resposta é que preço não tem nada a ver custo. Tem a ver com o quanto as pessoas acreditam ser justo pagar por aquilo. E empresa não é entidade de caridade. Ela tem que dar lucro. Já que as pessoas aceitam que certas coisas sejam mais caras a partir do que elas julgam, as empresas maximizam lucros e investem em marketing .
Em bikes muita coisa perdeu a noção real de proporção, e as pessoas não estão percebendo isso.

E tem muita coisa que o pessoal acha "normal", e não deveria.

Na década de 80 eu conheci um mecânico de motos que era referência. Mecânico de 1ª linha, com serviço excelente a preço justo. O sujeito cobrava mais caro, mas resolvia de primeira.
A fama dele disparou quando ele teve uma ideia. Ele começou a comprar corrente industrial em caixote fechado, mas na mesma medida das correntes originais das motos. Era época dos primeiros motoboys e eles sempre apareciam para trocar corrente. Corrente paralela era barata e não durava nada. A corrente original da Honda, da marca DID era boa, mas era muito caro. Esse mecânico fez a festa.

Corrente industrial em caixa fechada era muito barata, e uma caixa dava para trocar a corrente de umas 40 CG's. Ele vendia a corrente por metro com lucro de 4 a 5 vezes o valor de compra da corrente, fora mão de obra.  Ainda assim a corrente dele era mais barata que a corrente paralela nas lojas de moto. Só que quando ia para a rua, a corrente industrial durava de 2 a 3 vezes o que durava uma DID original. Não demorou para os motoboys sentirem a diferença e ele ter a oficina lotada.

Um dia, entrou na oficina um rapaz de terno e gravata querendo falar com ele. Era um representante da DID. Ele fez uma proposta que o mecânico não podia recusar. Virou revendedor oficial DID recebendo uma comissão muito acima da normal, incluindo reforma da oficina e colocação de banners com a marca da DID.
E porque a DID faria isso? Porque no dia que os motoboys descobrissem que dava para comprar corrente industrial muito mais barato e durando muito mais que uma corrente original, o negócio da DID naufragava.

Enquanto as pessoas acreditarem que corrente paralela de moto é barata e dura pouco, que a corrente de marca dura mais e por isso é mais cara, o fabricante da peça original coloca o preço no limite da maximização de lucros. Mais caro que aquilo, as pessoas param de comprar. Mais barato que aquilo, as vendas crescem, mas o lucro total fica menor.

Então existe todo um quadro perceptivo que junta qualidade de produto e preço na cabeça do consumidor.
As pessoas pagam mais por mais e menos por menos. No dia que as pessoas descobrirem que podem pagar menos por mais, bagunça todo mercado.

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Ismah/Cabelo Ver Drop Down
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Bom Princípio/R
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Gryphon a respeito do que eu perguntei acima...

Num sistema de coroa única, há mais sentido em alinhar para que o ponto de menor torção, seja onde há mais força de tração na corrente, visando uma maior durabilidade dessa? Ou alinhar onde há mais uso?
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Cadastrado em: 12 Nov 2009
sao paulo
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SÓ ENGENHEIRO NA BAGAÇA.
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RodolfoMTB Ver Drop Down
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Originalmente postado por misera misera escreveu:

Standard doubles are essentially converted triple cranks missing the big ring, sometimes a bash is used in the big ring position.

(...)
O alinhamento no meio das 2 e pra wide double mais no meu caso como eu usaria a menor do 2 x apenas com as maiores nos morros mais forte deixaria ela alinhada como na foto pra usar a maior com todas as traseiras.
(...)
Aprendi agora o chainline do 2x e aprendi que pra forma como utilizo as marchas o 3x é o melhor pra mim.

http://service.bythehive.com/Guide/Chainline+explained/9


Misera e demais, boa tarde!

Por favor, sabem me dizer se já vem regulado de fábrica o chainline do pedivela M6000 com a coroa maior centralizada com k7?

Não sei se é relevante, mas tenho um grupo Deore M6000 de 20v montado em um quadro que só foi vendido com ele (Sense Impact Pro 2020).


A troca de marchas não é algo natural e intuitivo para mim, pergunto isso para saber se posso ser feliz passeando por todo k7 com a coroa maior, chamando a vovózinha só quando o bicho pegar pro meu lado.

Obrigado!
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allmondega Ver Drop Down
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Cadastrado em: 22 Mai 2008
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Originalmente postado por Ismah/Cabelo Ismah/Cabelo escreveu:

Senhores, eu tive uma ideia, e meio que não consigo acreditar que fui o único maluco a pensar nisso... LOL

No sistema de coroa única, temos que o meio da coroa é a linha do chain line.
Isso faz as marchas nos dois extremos, ter muita torção da corrente, devido a curva que ela precisa fazer.
Para as marchas " pesadas " isso não é tão problemático, já que a tensão* (estiamento, ou força sobre a corrente) sobre a corrente é baixa. Porém, para as marchas " leves ", onde o tensão é elevada, acredito que exista um desgaste maior das partes...

Com isso eu pensei no óbvio: adicionar uma coroa menor, a esquerda da coroa única...! Big smile
Em outras palavras, usar 2 coroas, mas com chain line para a coroa maior. Assim, como se fosse apenas essa uma coroa maior...
Temos assim a possibilidade de uma marcha mais reduzida, com menos torção da corrente nos instantes de maior tensão...

Poderíamos encarar que teríamos dois chain lines então! Um entre a coroa menor e os N primeiros pinhões; e outro, entre a coroa maior, e os demais pinhões...

Saudações! Beer


* A corrente é submetida a duas forças ao pedalarmos:
  • A resistente - causada pela tendência da bike ficar parada (inércia), atrito com o chão, e/ou força da gravidade, quando numa subida (plano inclinado positivo)
  • A atuante - que é causada pelo ato de pedalar
Essas forças, tem sentidos opostos, assim esticam a corrente. Então dizemos que ela é submetida a uma tensão.


Li um monte e confesso que não entendi tudo, mas usar coroa única, numa pedivela tripla adaptada, alinhada com com a do meio do cassete mais a coroinha sem câmbio dianteiro é bem comum entre meus colegas de trilha.
Até os macacos caem das árvores
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