Shane Sutton, ex-diretor técnico da Sky e da seleção britânica de ciclismo afirmou em uma recente entrevista que medicamentos de uso controlado foram utilizados por atletas para obter vantagem competitiva, mas que seu uso não infringiu nenhuma regra.
A entrevista faz parte do filme "Britain’s Cycling Superheroes: the Price of Success", documentário que investiga a controvérsia que começou quando um grupo de hackers vazou informações médicas de diversos atletas, inclusive de Bradley Wiggins. Na ocasião, descobriu-se que o britânico teria utilizado medicamentos com poderosos efeitos dopantes antes de importantes provas em 2011, 2012 e 2013.
Segundo Sutton, as TUEs - liberação médica para uso de medicamentos normalmente proibidos - podiam ser utilizados para colocar atletas em perfeitas condições de competir. "Se você tem um atleta que está em 95% graças a uma lesão ou doença, você pode usar uma TUE para que ele fique em 100%, e nós fazíamos isso naquela época.
"O negócio do ciclismo é encontrar vantagens sobre seus oponentes para poder vencer, mas nós definitivamente não cruzamos a linha do que é proibido", disse Sutton, explicando que o sistema permitiam o uso das TUEs.
Vale lembrar que, em 2013, a WADA e a UCI mudaram as regras para a utilização das exceção para uso terapêutico de medicamentos proibidos, o que teria reduzido bastante os supostos casos abusos vistos no pelotão.
Na semana passada, Wiggins, Sky e Federação Britânica de ciclismo foram inocentadas depois de uma longa investigação sobre um pacote de conteúdo desconhecido recebido pela equipe durante o Critérium du Dauphiné 2011.
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