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Entrevista - Fabio Takayanagi, presidente da Shimano América Latina e EUA

Durante o Shimano Fest 2017, a equipe do Pedal teve o enorme prazer de conversar com Fabio Takayanagi, presidente da Shimano América Latina e Estados Unidos. Paulistano criado no Japão, Fabio recebeu há 10 anos a missão de abrir oficialmente o escritório da empresa na capital paulista e assumir o cargo de presidente da Shimano Latin America. No início de 2017, ele recebeu também a incumbência de tomar conta da Shimano Estados Unidos, o maior mercado da marca.

Fabio Takayanagi, presidente da Shimano Latin America e da Shimano American Corporation
Fabio Takayanagi, presidente da Shimano Latin America e da Shimano American Corporation    Pedro Cury

Durante alguns minutos, Fabio falou com toda a serenidade do mundo e sempre com um sorriso no rosto sobre diversos assunto, inclusive sobre o panorama da bicicleta no Brasil e na América Latina e sobre o papel do Shimano Fest em um cenário em que o uso da bicicleta como meio de transporte sofre uma grande pressão, com risco inclusive de perder espaço nas cidades brasileiras.

"É importante ter cada vez mais pessoas pedalando. Afinal, o motorista que usa o carro durante a semana pode pedalar aos finais de semana, por exemplo. Depois que a pessoa pega o gostinho por andar de bicicleta, as ruas ficam mais seguras para todos", explicou. "Esse é um dos objetivos do trabalho que fazemos todos os dias".

A bicicleta no Brasil e na América Latina

Um detalhe interessante levantado por Fabio na comparação entre Brasil e o restante da América Latina é o ritmo de crescimento do ciclismo em geral aqui. Para ele, aconteceu uma grande melhora nos últimos anos, mas o cenário está longe de ser perfeito.

"Vendo por exemplo a cidade de São Paulo, temos muitas ciclovias funcionando. É claro que nada é perfeito e nós temos muito para fazer ainda, mas acredito que estamos na direção certa", afirmou.

É claro que nada é perfeito e nós temos muito para fazer ainda, mas acredito que estamos na direção certa


Além disso, ele afirma que o crescimento do Shimano Fest em 2017 reflete uma recuperação do mercado da bicicleta em nosso pais, embora as vendas tenham diminuído um pouco em relação ao ano passado no Brasil.

"A queda de vendas no Brasil foi compensada pelo aumento no restante dos países Latino Americanos, então no todo estamos em crescimento. Assim como no Brasil, o restante da América Latina também tem marcas locais fortes e isso é um ótimo sinal", exemplificou Fabio, complementando que graças a essa característica, os mercados são saudáveis e com produtos adequados para diferentes realidades.

Estandes lotados todos os dias (Cris Alves / FS Fotografias)
Estandes lotados todos os dias (Cris Alves / FS Fotografias)     Cris Alves

Todavia, Fabio não tarda em afirmar que o cenário no Brasil é de otimismo, com tendência de manter o ritmo de melhora para o fim deste ano e também para o ano que vem. "Conversando com os fornecedores, marcas e lojistas presentes no Shimano Fest, parece que já passamos pelo fundo do poço. As pessoas estão otimistas em relação aos negócios", disse.

Assim como no Brasil, o restante da América Latina também tem marcas locais fortes e isso é um ótimo sinal


Apesar da importância das novidades e das vendas das bicicletas zero, Fabio explicou que o mercado de aftermarket - as peças de reposição - está bastante aquecido, indicando que muitas pessoas estão repondo seus componentes para continuar pedalando. "Isso é um ótimo sinal", complementou.

Finalizando nosso papo, Fabio respondeu uma das perguntas mais importantes de todas: se teremos ou não um Shimano Fest 2018. "Podem esperar o Shimano Fest com certeza. Nós vamos continuar com essa festa", finalizou.




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