Ano após ano, o Criterium du Dauphine é utilizado como termômetro para o Tour de France. Afinal, as prova são separadas por apenas três semanas e, normalmente, quem corre uma acaba correndo a outra.
Por isso, as 8 etapas do Dauphine, que começa neste domingo, dia 4 de junho, prometem muita disputa entre grandes nomes com muito para provar nesta temporada.
Percurso
Logo na primeira etapa, o pelotão enfrentará 170km com oito subidas categorizadas. Porém, o trecho final compreende três subidas do Côte de Rochetaillée - 3.4km a 5.3% - e final em descida. Embora não seja um dia para os velocistas, certamente também não é o cenário ideal para um escalador nato.
A segunda etapa conta com "apenas" 4 subidas categorizadas, mas a chegada posicionada depois de um trecho plano, uma descida e outro trecho plano deve dar bastante vantagem para os velocistas mais leves, já que os últimos 500m são em suave subida.
No terceiro dia, teremos apenas duas subidas curtas e, depois de 180 kms percorridos, uma excelente aproximação final para velocistas puros e seus trens embaladores.
Já a quarta etapa é um contra-relógio individual de 23.5km, onde as primeiras marcas relevantes para a classificação geral devem acontecer.
Com 175km, a etapa 5 também é bastante plana, sendo ela a última oportunidade para os velocistas testarem suas pernas.
Na etapa 6 o pelotão deve passar pela primeira montanha HC da competição, o La Motte-Servolex, que será escalado e depois descido pelos ciclistas logo antes da chegada.
No sétimo dia de competição, mais escaladas prometem definir de forma mais clara quem deve levar a camisa amarela para casa. Até porque, o final do estágio levará os ciclistas pelo Col de Sarenne, uma subida HC, até os últimos quatro quilômetros do mítico Alpe d’Huez onde estará posicionada a linha de chegada.
Fechando a competição, teremos um curto e explosivo último estágio. Com apenas 115km, três subidas categorizadas e final ao alto do Plateau de Solaison, uma escalada HC com 11.3km a 9.2% que marcará a definição final da camisa amarela.
Favoritos
Chris Froome -Sky
Acostumado a vencer provas desde o começo do ano, 2017 trata-se de um ano atípico para Froome. Afinal, seu melhor resultado neste temporada foi um sexto lugar no Herald Sun Tour. Com o Tour batendo na porta, chegou a hora do britânico defender seu título do CdD para mostrar como andam as pernas.
Richie Porte -BMC
Desde que saiu da Sky, onde era super gregário de Froome, o australiano vem buscando uma vitória em grandes voltas. Com a vitória do Tour de Romandie no final de Abril, Porte teoricamente chega para o Criterium du Dauphine com as pernas em excelente forma.
Alberto Contador - Trek-Segafredo
Em seu provável ultimo ano competindo, Contador está de time novo e com muita disposição para mostrar resultados. Infelizmente, este ano não tem sido dos melhores para o espanhol e, assim como seus adversários, o Pistoleiro ainda tem muito para provar em 2017.
Romain Bardet - AG2R La Mondiale
Desde que foi desclassificado da da Paris-Nice 2017 por pegar carona no carro da equipe, o francês tem treinado na altitude em Sierra Nevada. Na etapa 6 do Daufine, ele tem boas chances de tentar alguma coisa.
Esteban Chaves - Orica-Scott
Sem correr desde fevereiro com uma lesão no joelho, Chaves teve um excelente desempenho em grandes voltas no final do ano passado, terminando a Vuelta em terceiro colocado, atrás apenas de Froome e Quintana.
Simon Yates - Orica-Scott
Com a lesão de Chaves, a Orica-Scott preferiu colocar Simon Yates na co-liderança juntamente com o jovem colombiano. Porém, diferente de seu companheiro, Yates já conta com um segundo lugar no Tour de Romandie no final de abril.
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