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Conceitos básicos sobre suspensões - Parte I

Conceitos básicos sobre tecnologias de suspensão de bicicletas de montanha

A suspensão: Para que serve ?

Um garfo de suspensão vai adicionar um bom peso na frente da bicicleta (de duas a quatro vezes mais peso que um garfo rígido comum, dependendo a suspensão) por isso é bom que ela sirva para alguma coisa além de impressionar o seu vizinho.

O objetivo principal do conjunto suspensão é absorver e dissipar a energia de impactos, mantendo a roda no chão e aumentando o controle sobre a bicicleta. Impactos vem de irregularidades e obstáculos na trilha (raízes, pedras, buracos). Se a trilha não tiver obstáculos (exemplo: estradão de terra) então a única função da suspensão vai ser adicionar peso e manutenção à bicicleta.

Mas afinal, eu preciso de um garfo de suspensão ?

A resposta mais simples é não, não precisa. Ciclistas de montanha já percorriam várias das trilhas que você percorrre hoje sem suspensão nenhuma, e certamente se divertiam tanto quanto você. Estes ciclistas já usavam um tipo de suspensão com capacidade de amortecimento variável em velocidade e posição, controlada por um computador capaz de ler o terreno em 3D e processar uma vasta quantidade de informação capaz de deixar qualquer “Deep Blue” na poeira. São os seus braços, pernas, e o teu cérebro. Esta suspensão é fantástica, está disponível para todo mundo e você deve tirar o máximo proveito dela.

A introdução dos garfos de suspensão dianteira comecou timidamente lá em 1987 com a bike "Bushido", que ironicamente era uma "full suspension" mas não chegou ao estágio de produção comercial. Um ano
depois, a Kestrel "Nitro" debuta no bike show de Long Beach, Califórnia, com um garfo de suspensão projetado pelos "gurus" Paul Turner e Keith Bontrager. Era o precursor do famoso RS-1 e usava uma coroa dupla. Já em 1989 o RS-1 começa a ser produzido pela Rock Shox/Dia Compe e a partir daí a indústria não parou mais: Doug Bradbury com o primeiro Manitou em 1990, a Scott com o "Unishock" e a Marzocchi com o "Star Fork" em 1991 e a Rock Shox com o Mag 20 e Mag 30 em 1992.

História à parte, a introdução dos garfos de suspensão dianteira trouxe alguns aspectos interessantes para o ciclismo de montanha.
O primeiro deles é o controle. Amortecendo vários dos impactos a suspensão alivia um pouco o “trabalho” do ciclista. Isto permite a ele transpor terreno mais técnico em maior velocidade. Isso é bom ?

Sinceramente eu não sei, mas como diz um ditado por aí “mais rápido não é sempre melhor, mas é sempre mais divertido...”. É um ditado bobo, mas captura um pouco da razão pela qual muitos de nós nos aventuramos pelo ciclismo de montanha.

O segundo se relaciona um pouco com segurança (eu digo “um pouco” porque não vejo garfos de suspensão necessariamente como equipamento de segurança). Tendo um garfo de suspensão “burro” (não se iluda, comparado com seus braços e pernas qualquer Brain ou Fox T.I.V. é uma suspensão burra) na bicicleta lhe dá uma certa margem de segurança. Se você for pego de surpresa por algum obstáculo ou escolher mal uma linha ela pode literalmente salvar a tua pele.

Juntando os dois aspectos um garfo de suspensão então permite ao ciclista ir mais rápido e sofrer menos desgaste. Assim ele poder fazer trilhas mais longas, mesmo com terreno em condições adversas, e terminar sem aquela sensação nos braços de quem passou o dia inteiro operando um martelete pneumático.

E isso é uma boa coisa.

Veja a segunda parte deste artigo em:
https://www.pedal.com.br/exibe_texto.asp?id=667

Autor: Gui Marques

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